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2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OSB – DIREITO PENAL Professor: Rogério Cury Aula Online MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I – Anotações da Aula II - Lousas I – ANOTAÇÕES DA AULA LEP (lei 7.210/84) – Lei de Execução Penal Execução Penal Natureza Jurídica – caráter misto (doutrina): parte jurisdicional e parte administrativa. Permissão de Saída: pode ser concedida pelo próprio diretor do estabelecimento prisional. Princípios inerentes a Execução Penal: JU/CO/PE/PU AM/I/DU/LE JU – Jurisdicionalização/Jurisdicionalidade – em regra ela caminha sempre com controle do poder judicial, ou seja, pelo magistrado; CO – Contraditório – durante a execução penal vige o P. do Contraditório, pois estamos falando de um processo penal na fase de execução penal (art. 5º, LV, CF) se não respeitado o contraditório ensejará nulidade daquele procedimento; PE – Personalização/Personalidade – Princípio da Individualização da Pena. A personalização esta individualizada também na fase de execução penal; PU – Publicidade da execução – Que o processo de execução em regra é público, mas excepcionalmente existirá o segredo de justiça se houver necessidade; AM – Ampla defesa – Se é processo ensejará a ampla defesa (art. 5º, LV, CF). Autodefesa (não é dispensada) e Defesa Técnica (advogado). Durante a execução penal a Defensoria Pública é órgão obrigatório, atuando como fiscalizador. A não observância da ampla defesa gera a nulidade do procedimento; I – Igualdade – Tratar os iguais nas medidas das suas igualdades e tratar os desiguais nas medidas das suas desigualdades; DU – Duplo Grau de Jurisdição - durante a execução penal é possível recurso (Recurso com Efeito Infringente) Agravo em Execução tanto pela acusação e também pela defesa; 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria LE – Legalidade – a execução penal esta sendo fiscalizada (MP, Defensora Pública e pelo Magistrado); Competência para a Execução Penal Mais simples do que o processo de conhecimento Regra: tem início com o transito em julgado de uma sentença penal condenatória ou com o trânsito em julgado de uma sentença penal absolutória imprópria (Medida de Segurança); Exceção: execução provisória da pena ou da medida de segurança. O tempo da prisão conta para os devidos benefícios como por exemplo a progressão de regime; Qual o Lugar que tramitará a execução Penal? (Vara de Execução Penal) Qual a comarca? Local do cumprimento da pena ou da medida de segurança, não importando o local do crime praticado ou onde tramitou o processo de conhecimento. Qual a justiça? Depende da natureza do estabelecimento prisional, ou seja, se o individuo cumpre pena em um estabelecimento federal a justiça competente será federal. Se o indivíduo cumpre pena em estabelecimento estadual a justiça competente será a estadual. Aonde o preso vai a execução vai atrás. Progressão de Regime Bom Comportamento Carcerário – a partir do diretor do estabelecimento prisional; Tempo de Cumprimento de Pena - Regra: 1/6 de pena imposta na sentença (art. 112, LEP e Súmula 715 do STF); Exceção: em se tratando de crimes hediondos ou equiparados – 2/5 se primário e 3/5 para o reincidente (Lei 8.072/90, Crimes Hediondos) SÚMULA 192 do STJ Compete ao juízo das execuções penais do estado a execução das penas impostas a sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a administração estadual. Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria OBS¹: Súmula Vinculante 26 e Súmula 471 do STJ – é possível a progressão com cumprimento de apenas 1/6 para os crimes hediondos e equiparados, se antes da entrada em vigor da Lei 11.464/07 que alterou a lei dos Crimes Hediondos; OBS²: não há necessidade de exame criminológico ficando a critério de o juiz analisar caso a caso; OBS³ (progressão em saltos): é inadmissível a progressão em saltos conforme a Súmula 491 do STJ. Se o Indivíduo esta no regime fechado e obtém uma decisão favorável para o regime semiaberto, mas não há vagas. Nesse caso a jurisprudência reconhece o direito do indivíduo aguardando vaga no aberto. Livramento Condicional (Liberdade antecipada) Cumprimento de mais de 1/3 da pena imposta caso o indivíduo seja primário e de bons antecedentes (não seja reincidente em crime doloso); Cumprir mais da 1/2 se reincidente em crime doloso; Cumprir mais de 2/3 da pena imposta quando crime hediondo ou equiparado a hediondo; OBS: caso seja reincidente específico em crime hediondo ou equiparado a hediondo não terá direito ao livramento condicional. O indivíduo deve mostrar/ demonstrar comportamento carcerário satisfatório; Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; Mostrar aptidão para prover a própria subsistência; Reparação do dano ou demonstrado a impossibilidade de fazê-lo; OBS: se condenado por crime doloso praticado com violência ou grave ameaça contra a pessoa, obrigatoriamente o seu livramento dependerá do exame criminológico, mas não é obrigatório. Art. 83 e ss do CP Art. 126 e ss da LEP SÚMULA VINCULANTE Nº 26 Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. SÚMULA 471 Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da lei n. 7.210/1984 (lei de execução penal) para a progressão de regime prisional. 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria Autorização de Saída (divida em 02 espécies) Saída Temporária: tem como objetivo a visita a família ou a freqüência a cursos ou participação em atividades que concorram para que o indivíduo retorne ao convívio social. Pode se dar 05 vezes ao ano. Cada saída pode durar por até 07 dias. Entre uma saída e outra deve existir uma lapso temporal de no mínimo de 45 dias. O indivíduo sai sem escolta, mas com monitoração eletrônica. Cabe para indivíduos do semiaberto. Para a lei e para a jurisprudência comportamento adequado e cumprimento de no mínimo de 1/6 se primário e 1/4 se reincidente. Cabe Agravo em Execução; Permissão de Saída(art. 120, LEP): quem concede é o diretor do estabelecimento prisional. Pode ser aplicada nos regimes fechados e semiaberto independentemente da quantidade da pena cumprida, pois objetiva casos de falecimento ou doença grave (C.C.A.D.I) ou para a necessidade de tratamento médico para o próprio preso. Com escolta policial. Se o diretor indefere o pedido, pede-se para o juiz e se este não conceder caberá Agravo em Execução. RDD Não é regime de Cumprimento de Pena; Regime de Disciplina Carcerária; Sanção Disciplinar; Cabe aos presos condenados e a presos provisórios; Necessidade de Decisão Judicial; Requerimento da Autoridade Administrativa (Diretor do Estabelecimento Prisional); OBS: é possível que o diretor promova o isolamento cautelar do preso antes do RDD pelo prazo de até 10 dias (RDD Cautelar). Os dias de RDD cautelar deveram ser abatidos do RDD definitivo; Qual o prazo do RDD? Até 360 dias, mas pode haver prorrogação por tempo que não ultrapasse 1/6 da pena aplicada; Cumprimento: cela individual; 02 Visitas semanais, salvo as crianças; 02 horas diárias para “banho de sol”; Hipóteses de inserção em RDD Da Permissão de Saída Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão; II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14). Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso. 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria Pratica de fato previsto como crime doloso ou quando pratique fato que ocasione subversão a ordem ou a disciplinas internas. OBS: para que haja RDD deve haver o contraditório e a ampla defesa. Remição Através do trabalho (a cada 03 de trabalho 01 dia descontado). Horas extras trabalhadas: se obrigado conta, mas se por espontaneidade não será computado. Se trabalhar de domingo a domingo não conta o domingo; Através do estudo (novidade da lei): a cada 12 horas de estudo abate-se um 01 da pena, divididas no mínimo em 03 dias. Podendo ser um estudo presencial ou a distância. OBS: se o preso receber certificado de conclusão de curso ganha + 1/3 de remição sobre o tempo remido; Pode haver Cumulação de Remição pelo estudo e pelo trabalho. Em tese pode por força do art. 126, § 3º, LEP; A remição (regra): atinge os regimes fechados e semiabertos. Exceção: cabe remição em regime aberto e durante o livramento condicional (pelo estudo); Falta Grave: modificação do art. 127 da LEP. Antes perdia-se todos os dias remidos diante da falta grave. Atualmente há possibilidade de revogação de até 1/3 do tempo remido (nova redação do art. 127 da LEP). Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011). § 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem.(Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria Agravo em Execução (art. 197, LEP) Objetivo: combater a decisão durante a fase de execução penal; Para OAB: Regra (art. 197, LEP). Na exceção o Agravo teria efeito suspensivo na hipótese do art. 179 da LEP Prazo (Súmula 700 do STF): 05 dias Exs.: de Hipóteses de Cabimento Decisão de Extinção de Punibilidade no processo penal de execução; Decisão que trata da progressão ou regressão de regime; Detração ou remição penal; Livramento Condicional; Etc. Petição de Interposição Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá ordem para a desinternação ou a li- beração. Art. 66. Compete ao Juiz da execução: I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; II - declarar extinta a punibilidade; III - decidir sobre: a) soma ou unificação de penas; b) progressão ou regressão nos regimes; c) detração e remição da pena; d) suspensão condicional da pena; e) livramento condicional; f) incidentes da execução. IV - autorizar saídas temporárias; V - determinar: a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade; c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; e) a revogação da medida de segurança; f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei. i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei; IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade. X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria Para o juiz da vara de execução penal aonde o indivíduo cumpre a pena ou a medida de segurança. Não depende da natureza do crime praticado; No preâmbulo deve constar o art. 197, da Lei 7.210/84 (Súmula 700 STF); Deve haver o pedido de retratação(pedido de reconsideração) citar o art. 589 do CPP aplicado por analogia. Razões Recursais Prazo de 02 dias (aplicado por analogia); Endereçado para o TJ ou para TRF; Divisão: em fatos, direito e pedido. Denominação do cliente: Agravante. TÍCIO, foi preso em flagrante delito pelo delito de roubo, descrito no art. 157 do C.P. A instrução criminal se encerrou após 05 meses de sua prisão. Foi condenado a pena de 4 anos de reclusão e multa, motivo pelo qual não lhe foi concedido o benefício da suspensão condicional da pena. Você foi contratado para ser o advogado de TÍCIO após a sentença ter transitado em julgado (eliminadas peças: antes e durante o processo; após a sentença e antes do trânsito em julgado). Durante o processo de execução penal, em uma única petição houve o requerimento para obtenção de progressão de regime, tendo em vista o preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos para tanto, além da restituição de parte dos dias remidos, com base na entrada em vigor da Lei 12.433/2011, haja vista que meses antes, havia perdido todos os dias remidos em razão do cometimento de falta grave. Porém, seus pedidos foram indeferidos. Questão: Solucione imediatamente o caso de seu cliente, redigindo a devida peça processual. DURANTE EXECUÇÃO PENAL – PEDIDO E INDEFERIMENTO, OU SEJA, HOUVE DECISÃO JUDICIAL; PEÇA: AGRAVO EM EXECUÇÃO. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE ..., ESTADO DE ... Execução nº ... 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria TÍCIO, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado e procurador que esta subscreve, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no artigo 197 da Lei 7.210/1984 c.c a Súmula 700 do Supremo Tribunal Federal, por não se conformar com a r. decisão de fls. que indeferiu pedidos de progressão de regime e restituição de dias remidos. Requer que Vossa Excelência se retrate da decisão ora combatida, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal. Contudo, caso haja por bem mantê-la, requer o processamento do presente recurso para a instância superior. Termos em que, Pede deferimento. Local e data. Advogado ... OAB nº ... EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ... RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO Agravante: Tício Agravada: Justiça Pública Execução nº ... Comarca de ... Douto Procurador Colenda Câmara Eméritos Julgadores 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria Com o devido respeito, a r. decisão de fls., merece reparo, pois não deu ao caso o conforto da justiça, o que será demonstrado a seguir. DOS FATOS: Início / meio e fim Narrativa objetiva Não discutir tese(s) Não repetir mesma palavra. Parágrafos de até 5 / 6 linhas. DO DIREITO: No presente, o magistrado não poderia indeferir o pedido do Agravante para que obtivesse a progressão de regime, pois preenche os requisitos legais para tanto. Em verdade, o Agravante, possui bom comportamento carcerário, o que foi atestado pelo Diretor do estabelecimento prisional, conforme se vislumbra do com leitura do documento anexo. Não bastasse, houve o cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena imposta, o que demonstra o preenchimento dos requisitos exigidos pelo artigo 112 da Lei 7.210/1984, que prevê: Art. 112 .... Diante do que fora narrado e inequivocamente comprovado, evidente o direito do Agravante em obter a progressão de regime prisional, devendo haver a reforma da r. decisão ora combatida. Ademais, insurge-se o Agravante, também, contra o indeferimento de restituição de dias remidos. Em verdade, ao longo do cumprimento de pena, Tício cometeu falta grave, o que lhe custou a perda de todos o período de remição, nos termos da antiga redação do artigo 127 da Lei 7.210/1984. Entretanto, a matéria em pauta sofreu significativa modificação com a entrada em vigor da Lei 12.433/2011 que, dentre outras alterações, modificou a redação do sobredito artigo. Assim, a partir de então, aquele que ao longo da execução comete falta grave, não mais perderá todos os dias remidos, mas sim terá a revogação de até 1/3 (um terço) deles. 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria Diante de tal situação, evidente que a nova lei é mais benéfica e deve retroagir em favor do Agravante, por possuir matéria de natureza híbrida, de modo a promover a restituição de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos dias remidos, anteriormente perdidos. Pelo exposto, inequívoco o direito do Agravante em ter restituído os dias remidos, bem como progredir de regime prisional. DO PEDIDO Por tudo quanto foi exposto e inequivocamente demonstrado, requer o conhecimento e provimento do presente recurso para que haja a reforma da r. decisão de fls., deferindo-se ao Agravante a restituição de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos dias remidos, bem como a progressão de regime prisional, haja vista a entrada em vigor da Lei 12.433/2011 e o preenchimento dos requitos previstos no artigo 112 da Lei 7.210/1984. Local e data Advogado ... OAB nº ... II - LOUSAS 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Rogério Cury Material elaborado pela monitoria
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