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CASO CONCRETO SEMANA 2 PROC. PENAL I

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CASO CONCRETO SEMANA 2 – DIR. PROCESSO PENAL I:
1 – Jorginho tem direito de constituir advogado para exercer sua ampla defesa, e ainda, deve ter oportunidade para contradizer as acusações da parte autora (princípio do contraditório). Dito isso, em análise ao caso em tela, fica claro que a condenação foi nula de pleno direito, uma vez que não houve a concessão de ampla defesa e contraditório ao acusado, ferindo frontalmente o que dispõe o artigo 5º, L V da C F. Convém lembrar que o sistema adotado pelo nosso código de processo penal é o acusatório, quando nele há a característica da separação entre a função acusatória e a julgadora, garantindo a imparcialidade do órgão julgador, e por consequência, assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema, ao considerarmos que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último. A produção das provas é incumbência das partes. Ademais, como bem esclarece o nosso código de processo penal no artigo 261, é inconcebível a prolação de sentença ao acusado sem que este tenha constituído defensor durante todo o trâmite processual. Isto posto, há de se convir que a sentença é totalmente nula, e que deveria o magistrado, ao perceber que o réu não constituiu patrono para exercer a sua defesa, nomear defensor dativo, nos termos do artigo 263 do CPP. 
QUESTÕES OBJETIVAS:
2 – B
3 – A 
JURISPRUDÊNCIA
Legislação direta
Artigo 217A do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de menores
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp 600239 SP 2014/0267592-2 (STJ)
Data de publicação: 06/05/2015
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ART. 217-A DO CÓDIGO PENAL. REGIME PRISIONAL. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS. REGIME SEMIABERTO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. - Não se admite a fixação do regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso quando a pena-base é fixada no mínimo legal, e o acusado é primário e detentor de bons antecedentes. Precedentes. Agravo regimental desprovido.
DOUTRINA
Autor: Diego Wasiljew Candido da Silva
“A Lei 12.015/2009 revogou o art. 224 do Código Penal, o qual tratava da chamada presunção de violência para assim dar lugar ao atual art. 217-A, que melhor delimita o âmbito de aplicação do tipo incriminador do estupro. A presunção de violência se caracterizava nas situações em que a vítima era: menor de 14 (catorze) anos; alienada ou débil mental (sendo tal circunstância conhecida pelo agente); e não poderia oferecer resistência por qualquer outra causa. O legislador possuía o entendimento que, devido à incapacidade de tais vítimas, a presunção seria a de que elas foram obrigadas ao ato libidinoso ou à conjunção carnal, assim configurando uma conduta violenta por parte do agente.”

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