Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Confederação Nacional do Comércio, (qualificação), vem por meio de seu advogado com qualificações e endereço profissional em anexo, à presença de V. Exa., nos termos dos art. 1º e 2º da L. 9868/99 c/c art. 103, IX, CRFB/88 Propor: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE em face da lei estadual x de iniciativa do governador do estado KWY, pelas razões de fato e direito que passa a expor: O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, sendo certo ainda que a norma impugnada estabeleceu multas pelo descumprimento de seu comando inclusive trazendo a previsão de punições gradativas. Diante da nítida violação da lei constitucional é que se ajuíza a presente ADI para que seja reconhecida a inconstitucionalidade da norma impugnada. DA LEGITIMIDADE ATIVA O autor é parte legítima para figurar no polo ativo desta ação, uma vez que presente como um dos legitimados nos termos do art. 103, IX da CRFB/88, bem como em virtude do seu estatuto que instrui a presente inicial nos doc. Em anexo. DA TUTELA CAUTELAR Presentes os requisitos que autorizam a tutela cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade. O fumus boni iuris pela própria proteção ao direito de propriedade garantido na CRFB/88 e o periculum in mora pelo prejuízo suportado pelos proprietários em decorrência da limitação à utilização da propriedade. DOS FUNDAMNETOS A presente lei versa sobre limitação ao direito de propriedade que é objeto de estudo do direito civil, por se tratar de norma de direito privado. O art. 22 da CRFB/88, tratou de vincular de forma expressa como competência privativa da União a legislação sobre matérias de objeto da seara civil. Desta forma, o Estado KWY ao legislar sobre o direito de propriedade que como dito acima é objeto de estudo do direito civil, usurpou a competência da União, revestindo-se de nulidade eis que há evidente vício de forma na sua elaboração. Assim sendo, deve ser declarada nula pelo vício formal e inconstitucional por usurpação de competência expressamente prevista como sendo privativa da União, porem caso assim não entenda V. Exa., que passemos a análise do próximo tópico. Há ainda que asseverar quanto a inconstitucionalidade da referida lei estadual, no que tange ao capítulo constitucional da ordem econômica, quanto à defesa da propriedade privada. O legislador constituinte tratou de fazer uma proteção à propriedade privada. Não obstante, destacou no art. 170, II, CRFB/88 a propriedade privada como sendo um direito fundado na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, de modo que não pode uma lei estadual suprimir tal direito. Não há outra interpretação senão pela inconstitucionalidade da lei x editada pelo Estado KWY, não só pelo seu vício formal de usurpação de competência legislativa mas também quanto a inconstitucionalidade por suprimir direito fundamental que interfere diretamente na ordem econômica da atividade exercida pelo estabelecimento. Desta forma, pugna-se pelo reconhecimento e declaração da inconstitucionalidade da lei x pelos fundamentos expostos acima. DOS PEDIDOS Pelo exposto, vem requerer: I. A concessão da tutela cautelar de urgência para sustar a lei impugnada até o julgamento final da presente ação; II. A notificação do governador do Estado KWY pra prestar as informações no prazo legal de 30 dias; III. A intimação do Advogado Geral da União; IV. A intimação do Procurador Geral da União; V. Seja julgada procedente o pedido para declarar a inconstitucionalidade da lei s, observados os seus regulares efeitos. DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em especial prova documental. Nestes termos, Pede deferimento. Local/Data Advogado/OAB
Compartilhar