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Orçamentos HISTÓRICO •Porém,as raízes das práticas contemporâneas de orçamento devem-se ao desenvolvimento da Constituição inglesa em 1689. • Em 1860 na França foi desenvolvido um sistema contábil uniforme e o orçamento passou a ser considerado o principal instrumento de políticas do governo. • Em meados do século XVIII, o primeiro ministro levava ao parlamento os planos de despesas envoltos em uma grande bolsa de couro, cerimônia que passou a chamar-se de opening of the budget, ou abertura do orçamento. •A palavra budget substituiu o termo bolsa e em 1800 foi incorporada ao dicionário inglês. 2 Orçamentos HISTÓRICO •Nos Estados Unidos, no início do século XX, foram desenvolvidos conceitos e uma série de práticas para planejamento e administração financeira que vieram a ser conhecidas como o “movimento do orçamento público”. •Em 1907, New York tornou-se a primeira cidade a implementar o orçamento público. •Em empresas privadas, o orçamento foi utilizado primeiramente por Brown, gerente financeiro da Du Pont de Memours, nos Estados Unidos, em 1919. Orçamentos HISTÓRICO No Brasil, o orçamento passou a ser foco de estudos a partir de 1940, mas nem mesmo na década seguinte ele foi muito utilizado pelas empresas. O orçamento só teve seu apogeu no Brasil a partir de 1970, quando empresas passaram a adotá-lo com mais freqüência em suas atividades (ZDANOWICZ, 1983). Orçamentos HISTÓRICO O que é um orçamento? a)É uma atividade contábil, não uma atividade gerencial. b)Diz respeito apenas à alta gerência. c)É o assunto predileto de todos. d)Não é importante, porque envolve muito palpite. e)Nenhuma das alternativas anteriores. 3 Orçamentos HISTÓRICO Do ponto de vista da empresa, orçamento é: a)Uma previsão dos resultados financeiros da empresa. b)Um plano do trabalho a ser realizado durante o ano. c)Uma comunicação dos objetivos e prioridades reais da alta gerência. d)Uma ferramenta essencial de controle e mensuração. e)Todas as alternativas anteriores. Orçamentos Definições: •Michaelis, orçamento é a ação do efeito de orçar. Cálculo dos gastos com a realização de qualquer obra ou empresa. Cálculo prévio da receitas e dos gastos; cotação de preços •Welsch (1973) define orçamento como um plano administrativo que abrange todas as fases das operações para um período futuro definido •Zdanowicz (1983) também define orçamento como um instrumento que descreve um plano geral de operações e/ou de investimentos por determinado período, orientado pelos objetivos e metas propostas pela alta administração. Orçamentos Definições: Tung (1994) assevera que o orçamento consiste, essencialmente, em um plano de trabalho coordenado e no controle desse plano. •Boisvest (1999) define orçamento como um conjunto de previsões quantitativas de forma estruturada, com uma materialização em valores de projetos e planos. •Frezatti ( 2000) – na implementação orçamento é necessário atribuir responsabilidades. Para tantos os objetivos e as metas são atribuídos pelos centros de responsabilidade. 4 Orçamentos Definições: •Brookson (2000) assevera que o orçamento é um plano de atividades futuras. • Robert (2000),o orçamento é fundamentalmente um plano. A rigor, é a expressão numérica de vários planos relacionados à unidade que se somam ao plano da empresa para o ano seguinte. •Robert(2000) O orçamento expressa o que a empresa planeja fazer durante o ano em termos concretos de pessoal, recursos financeiros, equipamento, e os resultados esperados em termos concretos de pedidos, vendas ,lucro e fluxo de caixa •INSTRUMENTO : recurso para obter um objetivo ( LUCRO ) Orçamentos Definições: •Padoveze (2005), orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, considerando as alterações já definidas para o próximo exercício. •Lunkes(2007), o processo orçamentário é um plano com a descrição de todas as atividades e operações a serem executadas no período, que resulta em um plano financeiro. • Hoji (2007), o orçamento empresarial é um dos instrumentos mais importantes utilizados em tomadas de decisões financeiras. •Santos [et al.](2009), o orçamento empresarial pode ser definido como a quantificação do planejamento estratégico da empresa. É utilizado para fixar metas quantitativas de receitas,ganhos, despesas e perdas, bem como fluxos futuros de caixa e patrimônio da empresa Período usual : 1 ano, dividido em meses Orçamentos Objetivos do orçamento segundo o ciclo administrativo 5 Orçamentos Objetivos principais do orçamento Os seis objetivos são:(Brookson,2000,p9.) PLANEJAMENTO: auxilia o programa de atividades de uma forma lógica e sistemática que corresponda à estratégia de longo prazo da empresa; COORDENAÇÃO: coordena as atividades de todos os setores da empresa e garante sua qualidade; COMUNICAÇÃO – informa os objetivos, oportunidade e planos da empresa aos gerentes de equipe; MOTIVAÇÃO – fornece estímulo aos gerentes na busca de suas metas e objetivos. Orçamentos Objetivos CONTROLE – compara as atividades da organização com planos originais, fazendo ajuste quando necessário. AVALIAÇÃO –suas fornece base para avaliação dos gerentes, tendo em vista metas e departamentos Condições para implementação 6 Orçamentos Definindo dados para prever o orçamento: Dados externos: referem-se à economia • Crescimento da população; • Comportamento do PIB (crescimento ou retração); • Políticas econômicas; • Comércio com exterior; • Mercado concorrente (produtos substitutos); • Mercado consumidor; Dados internos: referem-se à empresa; • Informações contábeis; • Estatísticas internas; • Capacidade produtiva e produtividade; • Políticas de preços; • Perspectivas de investimentos internos. Orçamentos Requisitos para o Sucesso do Sistema Orçamentário •Apoio e envolvimento da Alta Administração; •Envolvimento e co-responsabilidade dos gestores de todas subunidades; •Visão do todo por parte das subunidades; •Instrumento de avaliação de pessoas; •Definição clara de responsabilidades e participações no processo; •Criação de relatórios na fase de liberação, controle e acompanhamento; •Instrumentos para cobrar providências quando dos desvios; Orçamentos Requisitos para o Sucesso do Sistema Orçamentário •Educação orçamentária – vantagens do sistema; •Sistemas que respeitem a cultura e a estrutura da empresa; •Criação através da contabilidade das contas e centros de responsabilidades; •Instrumentos de incentivos; •Padrões de desempenho realista e simples de medir e avaliar; •Orçamento como instrumento de alto-controle de tarefas. 7 Orçamento Para Boisvert, o orçamento deve permitir: Precisar os objetivos seguintes da organização; Elaborar planos a curto prazo; Estimar recursos associados aos planos; Estabelecer um plano de investimento; Desenvolver um plano de produção; Planejar as compras Prever a necessidade de MOD e prepará-la; Ajustar o orçamento de produção; Estabeleceros orçamentos financeiros; Ajustar orçamento global. Orçamentos O processo orçamentário também deve permitir Assegurar o prosseguimento dos planos; Mensurar periodicamente em que medida os objetivos estão sendo atingidos; Analisar a economia, a eficiência e a eficácia dos gestores; Intervir para ratificar os planos; Reavaliar os objetivos e estratégia da organização. 8 Orçamentos ESTRUTURA BÁSICA DO ORÇAMENTO Orçamento Operacional: Primeiro plano do orçamento global, visam a aquisição e uso de recursos escassos e é formado pelas seguintes peças: orçamento de vendas orçamento do estoque final orçamento de fabricação orçamento de custos de materiais orçamento da mão-de-obra direta orçamentos dos custos indiretos de fabricação e orçamento das despesas departamentais. Orçamentos ESTRUTURA BÁSICA DO ORÇAMENTO O Orçamento Financeiro: Segundo plano do orçamento global, concentram-se em obter os meios para adquiri- los, e é formado pelas peças: orçamento de capital orçamento de caixa balanço patrimonial e demonstração do exercício projetado. Orçamentos Estrutura básica do Orçamento O rçame nto de Vendas/R eceitas O rçame nto de Fabricação Orçamento de E stoque Final O rçamento dos Custos dos M ater iais D iretos O rçamento dos Custos de M ão-de- obra Direta O rçamento dos Custos Indiretos de Fa br icação O rça mento do Cus to dos Produtos V endidos O rçame nto das D espesas: Pesquisas e D ese nvolvimento Vendas e M arket ing Distr ibu ição Adm inistração Out ros D emonstração de Resultado Orçada Orçamento de Capital Ba lanço Patrimonia l O rçada O rçame nto de C aixa Orçamento Operacional Orçamento Financeiro 9 Orçamentos Vantagens do Orçamento Obriga a empresa a análise antecipada das políticas básicas; Evidencia as políticas e premissas chaves do planejamento; Compartilhamento de conhecimento no corpo gerencial; Sistematização do processo de planejamento; Democratização da informação; Qualificação dos recursos e definição de prazos para as atividades; Orçamentos Vantagens do Orçamento Instrumento de avaliação e desempenho; Otimização de recursos; Atividades coordenadas da base do processo de planejamento; Aumenta o grau de participação e fixação dos objetivos Aperfeiçoa seus sistemas de registros, análise e relatórios; Obriga a quantificação e datação das atividades extras; Aproxima setores através de planos harmônicos. Orçamentos Limitações do Orçamento Processo longo e “Pesado” Não acomodam reações e mudanças no comportamento dos clientes é concorrentes com rapidez; Pode gerar excessos de controles; Pode tornar-se uma “Camisa-de-força” E apenas um recurso quantificador; Falta de flexibilidade; O uso excessivo das tendências históricas para o estabelecimento dos objetivos; Os dados são apenas estimativas; 10 Orçamentos Limitações do Orçamento A aplicação de percentuais de cortes gerais nos custos, sem análise prévia do contexto de cada área ou setor; A excessiva associação dos custos na preparação do orçamento; Deve ser continuamente monitorado e adaptado às circunstâncias. Nem todas as empresas possuem recursos para implementar um sistema adequado. Atrasos na emissão dos dados comprometem as ações corretivas. As dificuldades de ajustes geram desconfianças em relação ao resultado projetado. É apenas uma ferramenta de apoio a decisão, não podendo tomar o lugar da administração. Orçamentos Evolução dos Métodos Orçamentários Orçamento TIPOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ( LONGO PRAZO, 5 ANOS ) Para onde a organização vai ? Avaliação do ambiente, o interno e o externo, o micro e o macro Desenvolvimento de estratégias para atingir os OBJETIVOS Fornece as premissas (orientações básicas) para se dar início ao planejamento de curto prazo ( ORÇAMENTO ) OPERACIONAL ( CURTO PRAZO, 1 ANO ) EXEMPLO DE SITUAÇÃO NUM PROCESSO DE PLANEJAMEN TO DÚVIDA : COMPRAR PEÇAS MAIS SIMPLES ou SOFISTICADAS ? SOLUÇÃO : DEPENDE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CONCLUSÃO : o orçamento de curto prazo deve ser elaborado com base nos objetivos e estratégias do planejamento estratégico, de longo prazo 11 Orçamento O ORÇAMENTO COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE O ORÇAMENTO é também um instrumento de controle os relatórios gerenciais COMPARAM as PREVISÕES com os RESULTADOS EFETIVAMENTE OBTIDOS os GESTORES identificam as METAS alcançadas as VARIAÇÕES ( absolutas e relativas ) ANALISAM e ENTENDEM as causas das VARIAÇÕES DECIDEM com AÇÕES que ajustem as metas no futuro EXEMPLO ORÇADO REALIZADO VARIAÇÃO N S T N S T N S T Preço 20 25 22,73 17 27,4 22,2 -3 2,4 -0,4 Quantidade 50 60 110 56 57 113 6 -3 3 Receita 1000 1500 2500 952 1565 2517 -48 65 17 Orçamento ANÁLISE ◦ O preço do sul, subestimado ◦ RT do sul superada em $ 65 ◦ O preço do norte, superestimado ◦ RT do norte, abaixo $ 48 do norte ◦ TANTO AS METAS ALCANÇADAS como as NÃO ALCANÇADAS DEVEM SER OBJETO DE ANÁLISE (CRÍTICA ou INCENTIVO) e DIVULGAÇÃO ◦ ___________________________________________ ◦ INSTRUMENTO DE AUTORIZAÇÃO O orçamento funciona como instrumento de autorização, o que torna os processo mais ágeis Orçamento PRINCIPIOS PARA IMPLANTAÇÃO ◦ ( orientações, atividades, abordagens ) ENVOLVIMENTO DA ALTA ADMINISTRAÇÃO SISTEMA DE GESTÃO BEM DEFINIDO COMUNICAÇÃO INTEGRAL, agil, eficiente, participativa EXPECTATIVAS REALISTAS DESTACAR DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS VANTAGENS e LIMITAÇÕES INTEGRAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS E DEPARTAMENTOS QUANTIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS E PRAZO DELEGAÇÃO DE PROCESSOS AVALIAÇÃOL DETALHADA DO DESEMPENHO RACIONALIZAÇÃO DO RECURSOS 12 Orçamento ◦ O PLANO DE RESULTADOS BASEIA-SE EM ESTIMATIVAS ◦ ADAPTAÇÃO, ÀS CIRCUNSTANCIAS AO TIPO DE EMPRESA ◦ EXECUÇÃO NÃO AUTOMÁTICA , deve haver grande esforço O PLANO DE RESULTADOS NÃO DEVE TOMAR O LUGAR DA ADMINISTRAÇÃO MÉTODO DE ELABORAÇÃO POR ONDE COMEÇAR ? QUEM CENTRALIZAÇÃO O PLANEJAMENTO e o CONTROLE ? IDENTIFICAÇÃO E ALOCAÇÃO DE RECURSOS ? FINANCEIROS, MATERIAIS, HUMANOS, COMERCIAIS ESTRUTURAÇÃO NUMA EMPRESA DE MÉDIO/GRANDE PORTE CONTROLADORIA TESOURARIA contabilidade geral relações bancárias orçamento contas a pagar auditoria contas a receber contabilidade de custos caixa impostos fluxo de caixa Orçamento ROTEIRO BÁSICO DE UM PROCESSO DE ORÇAMENTO A CONTROLADORIA SOLICITA AS PREVISÕES DE VENDAS AO DPTO COMERCIAL ( QDE, PREÇOS, IMP O DPTO COMERCIAL ENVIA AS PREVISÕES A TODOS OS DPTOS, PARA QUE ESTES ELEBOREM SUAS PREVISÕES A CONTROLODORIA ELABORA AS PROJEÇÕES TOTAIS A DRE É ENCAMINHADA À ALTA ADMINISTRAÇÃO PARA APROVAÇÃO APÓS APROVADA, A CONTROLADORIA COMUNICA E ACOMPANHA A EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO Orçamento 13 Orçamento BIBLIOGRAFIA: BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2003. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. A Matemática das Finanças: com aplicações na HP-12C e Excel. Série desvendando as finanças. 1.ed. São Paulo: Atlas, v.1., 2003. CASTELO BRANCO, A. C. Matemática Financeira Aplicada: Método algébrico, HP-12C, Microsoft Excel. 1.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. FINNEY, ROBERT G. Como elaborar orçamentos. 4.ed. Robert G.Finney; tradução de Luiz Euclydes Trindade Frazão Filho.-Rio de Janeiro: Campus,2000. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira.11.ed. São Paulo: Harbra, 2006. LUNKES, R. J. Manual de Orçamento. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2007. HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária: Uma abordagem prática. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2007. TOSI, A. J. Matemática Financeira: com utilização da HP-12C. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2004. SOUZA, S.; CLEMENTE, A. Matemática Financeira: fundamentos, conceitos, aplicações. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2005.
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