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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA XXX CÍVEL DA COMARCA DE BAURU/SP Processo nº 5467389267) VIAÇÃO METEORO LTDA, já qualificada nos autos da ação em epígrafe , proposta por CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA- ME, vem respeitosamente por meio do seu procurador abaixo assinado, inconformada com a r. sentença de fls . (XXX) , à presença de Vossa Excelência, por esta ser a melhor forma de direito, interpor, nos termos do Art. 1.009 do Código de Processo Civil RECURSO DE APELAÇÃO Que o faz dentro do prazo legal, requerendo que Vossa Excelência se digne de receber o presente recurso, nos seus efeitos suspensivos, devolutivos , e, consequentemente retido para o Tribunal de Justiça de São Paulo, para que ele conheça, dando-lhe provimento. Junta para tanto comprovante de recolhimento de custas de preparo e as RAZÕES DE APELAÇ ÃO. Nestes Termos, Pede deferimento Bauru, 10 de dezembro de 2018 Advogado : Lucas Umbelino de Souza EGRÉGIO TRIBUN AL DE JUSTIÇ A DO ESTADO DE SÃO PAULO COLENDA CÂMAR A CÍVEL EMÉRITOS JULGAD ORES RAZÕES DA APELAÇÃO APELANTE: VIAÇÃO METEORO LTDA APELADO: CAIPIRA HORTALIÇAS LTD A- ME PROCESSO N º5467389267 I – DOS FATOS A Apelada ajuizou AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS, PROCEDIMENTO COMUM, em face do Apelante tendo em vista a colisão entre os veículos Ford Ranger, placa GG G 54321, de propriedade da Apelada e um ônibus, placa GPW 9876, de propriedade da Apelante, acarretando aos envolvidos grandes prejuízos . Citada, a Apelante ofereceu Contestação com Reconvenção conforme Art.343 do CPC e Denunciou Lide a Seguradora Trafegar S.A, tendo o requerimento d e denuncia deferido por meio d e Agravo de Instrumento. Alegou ausência total de prova nos autos por parte da Apelada, fundamentado nos termos do Art.373 , incisos II e II d o CC. Suscitou que o laudo pericial fls .(XX) realizado pelos peritos da polícia rodoviária federal foi inconclusivo em relação ao causador do acidente, o que é suficiente par a afastar eventual responsabilidade da Apelante, tendo em vista a impossibilidade de atribuir a culpa. Ainda, o relatório da Seguradora Trafegar S.A indicava que com o a perícia policial foi inconclusiva, não havia com o afirmar o relatado na inicial do processo, indicou ainda outra versão para o acidente baseado na posição dos veículos e nos relatos dos passageiros , bem como culpa exclusiva da Apelada. Foi realizada a audiência e produz idas pela Apelante as provas testemunhais e demais provas . O M. M. juiz, ao proferir a sentença, atribuiu culpa concorrente ás partes, atribuindo 60% de culpa à Apelada e 40% de culpa à Apelante. Ao distribuir a culpa concorrente, a fundamentação da decisão estava em contradição com a conclusão do julgado, 60% da culpa do acidente ocorreu por culpa da Apelada e 40% por culpada Apelante, tal percentual de veria refletir também na parte dispositiva da sentença. Contudo, não foi o que ocorreu, a bem de verdade , ao atribuir o percentual de culpa de cada um a das partes inverteu os percentuais no momento da condenação, incidindo na reconvenção, custas processuais e honorários advocatícios, omitiu- s e ainda quanto ao julgamento da Denunciação da Lide , não enfrentando os argumentos trazidos no processo tempestivamente. Houve também divergência entre a fundamentação e a parte dispositiva da decisão onde o juiz valorou as provas e concluiu que o acidente foi causado pela invasão do veículo da Apela da à mão direcionada Apelante o que não se harmoniza com a culpa concorrente da Apelante ora sentenciada e sim harmoniza - se com a culpa exclusiva da apelada. Em decorrência das contradições e a omissão constantes na sentença, a Apelante interpôs Embargos de Declaração. Os Embargos foram parcialmente atendidos. Com relação á Denunciação da Lide, considerando o provimento do Agravo de Instrumento. Ocorre que no mes após a reforma pelos Embargos de Declaração, o M. M manteve a in versão de 60% para a Ré e 40% para a Autora incidindo nos valores atribuídos aos honorários e as custas processuais. Deixou também de julgar todos os pedidos trazidos nos Embargos , ou seja, a impugnação do valor da causa. Já referente aos juros moratórios de 1%, ao mês, o juiz sentenciou a contar da data da citação, o que contradiz a súmula 54 do STJ que diz a contar do fato danoso. II- DAS PRELIMINARES DE APELAÇÃO A) DO ERRO IN PROCEDENDO -AUSÊNCIA DE DECISÃO DA IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUS A Houve s ente nça ‘’c itra petita ’’ ao d eixar o juiz ‘‘a quo’’ de ju lgar todos ped idos traz idos nos Embargos, conforme demonstrados nos fatos, vistas as fls . (XXX). Tal hipótese gera a nulidade da sentença devendo o juiz julgar no s limites do que f oi pedido a fim de não violar o Princípio da Congruência, o que diversão ente ocorreu no caso em tela. Assim ocorrendo, a sentença proferida é ‘ ’citra petita ’’, por ter deixado de analisar alguns pedidos trazidos para apreciação. Além da violação do Princípio da Congruência, está sendo violado o princípio da inafastabilidade da jurisdição contemplado no inciso XXXV do artigo 5º da Constituição brasileira, pois o Judiciário está deixando de apreciar matéria traz ida para análise. A consequência desta violação de dispositivos legais está no fato de o juiz estar cometendo ‘’erro in procedendo ’’. Ocorre que o erro no procedimento gera a nulidade da decisão, ou seja, outra dever á ser praticada pelo julgador a fim de observar adequadamente a regra do processo, conforme regra preestabelecida no artigo 283, caput, do Código de Processo Civil. Diante do exposto requer que seja alterado o valor da causa para R$ 75.000 ,00 (SETENTA E CINCO MIL REAIS) nos termos do Art. 1.013, parágrafo 3 º, inciso III. Conforme ofensa ao art. 292, inciso IV, do CPC/15. III - DAS RAZÕES A r. sentença, prolata da pelo MM. Juiz Singular, não reflete a realidade dos fatos e por simples leitura, é possível concluir que não há que se dizer em culpa concorrente pelos motivos a seguir: A) DA CULPA E XC LUS IVADA APELADA O M. M. j uiz ‘’a qu o’’ s entenc iou o f ato c om o c ulpa c onc orrente nos term os do Art.944, Art 945, do CC, decisão contraria as provas produzidas nos autos , tendo em vista o acidente só ter ocorrido devido o veículo da Apela da ter invadi do a contramão. Quando um dano ocorre por culpa exclusiva da vítima, se torna causa de exclusão do próprio nexo causal, pois o agente causador do d ano é um mero meio do acidente. Portanto, quando ausente o nexo causal, não há que se falar em responsabilidade do agente. Inversamente, a luz do Art. 186 e 9 27 ambos do CC, quem na verdade cometeu ato Ilícito e tem o dever de indenizar é a Apelada. Houve ainda, ofensa aos artigos 1.022, inciso I, d o CPC, e aos arts . 28, 29, inciso II, e 34 do Código de Trânsito Brasileiro. B) DA COMPENSAÇÃO DE HONOR ÁRIOS Os honorários , na hipótese de sucumbências recíproca, não se com pensam conforme sentenciado, por s e tratar de direito autônomo do advogado nos termos Art. 23 do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. Ha vendo assim ofensa, ao artigo 86, do CPC. E ainda nos termos do art. 85, § 14 d o NCPC: ‘’ Art. 85. § 1 4 - Os honorários c onstituem direito do advoga do e têm naturez a alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho , sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial. ’’ Aduz -s e a inaplicabilidade da súmula 306 do STJ. IV – DOS PEDIDO S Diante o exposto requer: a) Seja a apelada intimada para apresentar contrarrazões nos termos do art. 1.030 do CPC, sobpena de revelia; b) Sejam acolhidas as preliminares julgando procedente o valor da causa no valor de R$ 75.000,00 (SETENT A E CINCO MIL REAIS) nos termos do art. 1.013, § 3 º, inciso III; c ) Sejam julgados improcedentes os pedidos iniciais ; d) Sejam julgados totalmente procedentes os pedidos de reconvenção. Considerando procedente a impugnação ao valor da causa. e) Condenação da apelada ao pagamento de R$ 2 2.000,0 0 ( VINTE E DOIS MIL REAIS) com inversão de ônus sucumbenciais . Caso não se entenda dessa forma, seja o recurso provido parcialmente, para alterar o percentual da responsabilidade pelo acidente, bem como alteração dos ônus, sucumbências e despes as processuais , retirando-se a compensação de honorários . Nesses termos , Pede deferimento XXX de XXX de XXX Advogado: Lucas Umbelino de Souza OAB/SP nº 14765498
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