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PEÇA - CIVIL SEÇÃO 5 - Apelação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 	 VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU/SP
Autos n° xxxx
VIAÇÃO METEORO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº. ..., com sede à Rua ..., nº...., bairro ... , CEP ..., cidade ... , São Paulo/SP, devidamente qualificada nos autos em epigrafe, cuja parte adversa é CAIPIRA HORTALIÇAS – ME., microempresa, inscrita no CNPJ sob o nº. ..., estabelecida na Rua ..., nº...., bairro ... , CEP ..., Bauru, São Paulo/SP, vem, por via de seu procurador que esta subscreve, não se conformando com a sentença proferida às fls. XX, interpor o presente
RECURSO DE APELAÇÃO
Com base nos arts. 1.009 a 1.014, ambos do Código de Processo Civil, requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para os fins de mister.
Termos em que,
Pede o deferimento.
Local e data.
Advogado OAB/SP...
RAZÕES RECURSAIS
APELANTE: VIAÇÃO METEORO LTDA
APELADO: CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA- ME
AUTOS Nº: xxxx
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COLENDA CÂMARA
Nobre Julgadores,
I. DO PREPARO
Informa que junta em anexo a devida comprovação do recolhimento do preparo recursal.
II. DA TEMPESTIVIDADE
Verifica-se que houve publicação no diário oficial no dia 16/11/2018. Sendo a juntada neste dia, XX/XX/XXX, verifica-se a sua tempestividade para a apresentação da contestação em tela, nos moldes a seguir declinados.
III. BREVE RELATO DOS FATOS
Trata-se	de	uma	AÇÃO	DE	INDENIZAÇÃO	POR	PERDAS	E	DANOS
MATERIAIS que lhe move a Apelada por conta de um sinistro em decorrência de uma colisão de veículos de propriedade das partes. Acontece que existem provas densas nos autos no sentido de que a culpa é da autora, provas estas solidificadas pelos
depoimentos de testemunhas que estavam no veículo da ré e que presenciaram o acidente. O veículo da autora derrapou, em razão da pista estar molhada, com a perda do controle do veículo, este deslizou, deslocando-se até a pista por onde o preposto da ré conduzia o ônibus. Os croquis, constantes nos autos indicam as posições finais dos veículos, demonstram que não há como prevalecer a versão de que foi o ônibus da ré quem invadiu a mão direcional do veículo da autora. Portanto está comprovado intensamente nos autos que a culpa é do preposto da Autora.
No entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece prosperar, devendo ser reformada
IV. RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA SENTENÇA
Conforme a exposição dos fatos e provas testemunhais, que senão bastasse, a invasão da pista contrária pela Autora foi ratificada pela r. decisão do d. juízo nas fls. xx como segue:
“(...)tendo em vista que foi constatado que a maior parte da culpa ocorreu por parte da Autora, que invadiu a contramão direcional, e colaborou de forma decisiva para a realização do acidente” (grifo nosso)
Portanto fica estampado no caso em tela que a há uma dissonância entre os fatos e provas apresentadas e a r. decisão do d. juízo a quo.
Importa também aludir que a proporção dos encargos se demonstra desproporcional as provas apresentadas nos autos como se apresenta no excerto da r. decisão, conforme fls. xx como segue:
“(...) De fato, na fundamentação, após sopesar as circunstâncias, entendi que a culpa pelo evento danoso objeto da presente ação deve ser em 60% para a Autora e 40% para a Ré, tendo em vista que foi constatado que a maior parte da culpa ocorreu por parte da Autora, que invadiu a contramão direcional, e colaborou de forma decisiva para a realização do acidente (...)” (grifo nosso)
O d. juízo ao sopesar as circunstâncias, mesmo entendendo que a culpa maior é da Autora, não prolatou a justa e a devida proporcionalidade de culpa na r. decisão.
Na mesma esteira de desproporção evidencia-se a distribuição de honorários dissonante à proporção de 60% para a Autora e 40% para a Ré, da r. decisão prolatada, nas fls. xx como segue:
“Fixo os honorários em 20% sobre o valor atribuído à causa, devendo a Autora arcar com 40% do valor e a Ré a arcar com 60% do valor, permitida a compensação, nos termos da súmula 306, do Superior Tribunal de Justiça. Custas processuais na mesma proporção, devendo a Autora arcar com 40% e a Ré a arcar com 60%.
Com base no exposto retro apontados, entendemos que a Ré não é responsável pelo sinistro ocorrido, e a culpa deve ser atribuída totalmente a Autora, dever-se-á também lhe ser atribuída o total dos honorários pagos pela Apelada.
E ainda, no que diz respeito a compensação de honorários prolatada na r. decisão, afirmamos que é incorreta tal compensação, com fulcro no CPC/2015 Art. 85 § 14, onde estabelece que é vedada a compensação em caso de honorários nos casos de sucumbências parciais.
Diante do exposto, fica demonstrado de forma expressa o error in judicando, na prolação da r. sentença do juízo a quo.
V. III - DO DIREITO
Quanto ao cabimento da interposição de recurso de apelação:
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art.
1.015 integrarem capítulo da sentença.
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
A Apelação, em regra, gera os efeitos devolutivo e suspensivo como dispõe o CPC/2015, em seu artigo:
art. 1.012 - A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
VI. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
1. o CONHECIMENTO E PROVIMENTO do presente Recurso de Apelação, a fim de reformar a sentença, haja vista o error in judicando, demonstrado.
2. A devida condenação da Apelada, pela responsabilidade total, na causa do sinistro.
3. A condenação da Apelada ao pagamento total das despesas processuais e de sucumbência, se não, pelo menos a correta proporção da atribuição.
4. A intimação da Apelada para se manifestar querendo, nos termos do § 1º art. 1010 do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento. 
Local e data
Advogado 
xxxx/OABSP

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