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1. TEOREMA Sejam x, y ∈ � e n ∈ �. De - monstra-se que (x + y)n =( ) xny0 + ( ) xn – 1y1 + + ( ) xn – 2y2 + ... + + + ... + ( ) x0yn O desenvolvimento de (x – y)n é feito lembrando que (x – y)n = [ x + (– y) ]n. Exemplo (x + y)10 = ( ) x10y0 + + ( )x9y1 + ( ) x8y2 … + + ( )x0y10 = x10 + 10x9y + + 45x8y2 + ... + 10xy9 + y10 2. TERMO GERAL , para os ex- poentes de x em ordem decres cen te. , para os expoentes de x em ordem crescente. 3. SOMA DOS COEFICIENTES Para obter a soma S dos coe fi - cien tes dos termos do desenvol - vimen to de (ax ± by)n, em que a, b ∈ �* são constantes e x, y ∈ �* são as va riá veis, basta substituir, em (ax ± by)n, x e y por 1. Assim, . n 0 n 1 n 2 n( )xn – kykk n n 10 0 10 1 10 2 10 10 n Tk + 1=( )xn – k ykk n Tk + 1 = ( )xk yn – kk S = (a ± b)n M A T EM Á T IC A A B – 93 FRENTE 1 Álgebra MÓDULO 47 Teorema do Binômio de Newton 1. INTRODUÇÃO Para se chegar a 50 063 860 jogos na Megassena (total de agru - pamentos de 6 números esco lhidos entre um total de 60) ou a 4 782 969 resultados possíveis na Lo te ria Esportiva (palpites para 14 par tidas de futebol), são usados prin cípios de Análise Combinatória. Esse ramo da Matemática aborda problemas de contagem e nos per mite descobrir, ainda, de quantas maneiras diferentes podem ser formadas filas de pessoas ou quan tas senhas distintas um banco con segue emitir para seus clientes, além de possibilitar a resolução de inú me ras situações da vida prática. 2. CONTAGEM As quantidades obtidas nas re so - lu ções dos problemas variam de poucas unidades a muitos milhões. Em alguns casos é vantagem contar, uma a uma, todas as pos sibi - li da des, anotando de maneira orde - nada os possíveis agrupa men tos que satisfazem o problema. Exemplo 1 Um quadrado ABCD de lado 3 centímetros teve seus lados divididos em partes de 1 centímetro cada uma e os pontos ligados por segmentos de reta, como ilustra a figura a seguir. Para saber quantos quadrados podem ser destacados do desenho, devemos levar em conta que, além do quadrado ABCD e dos 9 “qua dra - dinhos”, numerados de 1 a 9, te mos mais 4 de lado 2 centímetros cada um. O total, portanto, é 1 + 4 + 9 = 14 quadrados. Essa contagem pode ser feita como segue. I) 1 quadrado de lado 3 cen tíme - tros; II) 4 quadrados de lado 2 cen tí - me tros, que são os constituídos pela união dos “quadradinhos” (1, 2, 4, 5), (2, 3, 5, 6), (4, 5, 7, 8) e (5, 6, 8, 9); III) 9 quadrados de lado 1 cen - tíme tro. Exemplo 2 Para determinar quantas se quên - cias de 7 elementos cada uma podem ser formadas com os elemen - MÓDULO 48 Princípio Fundamental da Contagem e Arranjos Simples C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 93 tos distintos A e B, sendo exa ta mente 3 deles iguais a “A” e que devem estar em po si ções consecutivas, não é difícil escrever e contar as 5 possibili da des, que são (A, A, A, B, B, B, B), (B, A, A, A, B, B, B), (B, B, A, A, A, B, B), (B, B, B, A, A, A, B) e (B, B, B, B, A, A, A). Conclui-se, entretanto, que, sem nenhuma restrição, são 128 sequên cias com 7 elementos cada uma, formadas com A e B. Porém, chegar a tal número de sequências, escrevendo e contando todas, seria uma tarefa muito trabalhosa. Vere mos, a seguir, como resolver esse tipo de problema utilizando o Prin cí pio Fun - da mental da Contagem. 3. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Considere um acontecimento com posto de dois estágios suces - sivos e independentes. Se o primeiro estágio pode ocorrer de m modos distintos e, em seguida, o segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos, então o número de maneiras de ocorrer esse acontecimento é igual ao produto m.n. No caso das sequências com os elementos A e B, sem restrições, cita - das anterior mente, devemos notar que cada uma pode iniciar-se de dois modos distintos (A ou B). Para cada uma des sas possibilidades, existem outras duas (A ou B) para a segunda posição e assim suces - sivamente. Até o terceiro estágio, os 8 ca - sos podem ser dispostos de acordo com o seguinte diagrama: Observe que, seguindo esse racio - cínio, chega-se ao número total, que é 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 = 27 = 128. 4. TÉCNICAS DE CONTAGEM Basicamente, são dois os tipos de agrupamentos utilizados em Aná - lise Combinatória: arranjos e com - bi na ções. Para diferenciar um do outro, to - me mos os seguintes exemplos: Exemplo 1 Considere quatro pontos, A, B, C e D, distintos de um mesmo plano, de modo que três quaisquer deles não estejam alinhados, como na figura. A • • B D • C • Os triângulos ABC e ABD são diferentes. Diferem pela natu re za (C ≠ D) de pelo menos um de seus elementos. No entanto, ABC e ACB repre - sen tam o mesmo triângulo. A ordem de leitura dos vértices não dife rencia um do outro. Esses agrupamentos que dife - rem apenas pela natureza de pelo menos um de seus elementos (não pela ordem) são chamados combinações. Exemplo 2 Considere, agora, os algaris mos 1, 2, 3 e 4. Os números 123 (cento e vinte e três) e 124 (cento e vinte e quatro) são di fe rentes. Diferem pela natu - reza (3 ≠ 4) de pelo menos um de seus elementos. Os números 123 e 132, embora cons tituídos pelos mesmos algaris - mos, também são diferentes. Diferem pela ordem de seus elementos. Esses agrupamentos que dife - rem pela natureza de pelo menos um de seus elementos e também diferem pela or dem deles são chamados arranjos. 5. ARRANJOS SIMPLES Como vimos, são agrupamentos que diferem entre si pela ordem ou pela natureza de seus ele men tos. O número de arranjos simples de n elementos tomados k a k, ou classe k, com n ≥ k, é dado por Exemplo 1 A10,3 = = = = = 10 . 9 . 8 = 720 Exemplo 2 A9,4 = = = = = 9 . 8 . 7 . 6 = 3024 Exemplo 3 Com os algarismos de 1 a 9 po - dem ser formados A9,4 = 3024 núme - ros de 4 algarismos distintos. Note que cada número difere de outro pela natureza ou pela ordem de seus elementos. An,k = n(n – 1)(n – 2)…(n – k + 1) = n! = ––––––––– (n – k)! 10! –––––––––– (10 – 3)! 10 . 9 . 8 . 7! –––––––––––––– 7! 9! ––––––– (9 – 4)! 9 . 8 . 7 . 6 . 5! –––––––––––––– 5! M A T EM Á T IC A A B 94 – MÓDULO 49 Permutações 1. PERMUTAÇÕES SIMPLES São arranjos simples de n ele men tos tomados k a k em que n = k. Assim, permutações simples são agru pamentos que diferem entre si apenas pela ordem de seus ele mentos. Podemos dizer que uma per mu ta ção de n elementos é qualquer agru pa mento orde nado desses n ele mentos. Por exemplo, as permuta ções dos elementos distintos A, B e C são ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA. O número de permutações sim ples de n elementos é dado por C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 94 1. CONCEITO DE PROBABILIDADE Seja uma experiência em que pode ocorrer qualquer um de n resultados possíveis. Cada um dos n resultados possíveis é chamado ponto amostral e o conjunto S de todos os pontos amostrais é chamado espaço amostral; qualquer sub - con junto A do espaço amostral S é chamado de evento. Chama-se probabilidade de ocor - rer um evento A de um espaço amos tral S ≠ Ø ao número , em que n(A) é o nú mero de elementos n(A) P(A) = ––––– n(S) M A T EM Á T IC A A B – 95 1. COMBINAÇÕES SIMPLES São agrupamentos que diferem entre si apenas pela natureza de seus elementos. Podemos dizer que uma com - binação de n elementos dis tintos to - mados k a k ( n ≥ k) é uma escolha não ordenada de k dos n elementos dados. Por exemplo, as combinações dos 4 elementos distintos A, B, C e D, tomados 3 a 3, são ABC, ABD, ACD e BCD. É bom notar queABC e BAC, bem como todas as permutações de A, B e C, representam a mesma com - binação. O mesmo acontece com cada um dos agrupamentos ABC, ACD e BCD. O número de combinações sim - ples de n elementos, tomados k a k, ou classe k (n ≥ k), é dado por 2. ARRANJOS COM REPETIÇÃO O número de arranjos com repe - tição de n elementos k a k é dado por 3. COMBINAÇÕES COM REPETIÇÃO O número de combinações com repetição de n elementos k a k é dado por An,k n! n Cn,k = –––––– = –––––––––– =� �Pk k!(n – k)! k n! Cn,k = ––––––––––k!(n – k)! A*n, k = n k n + k – 1 C*n,k = Cn+k – 1,k = ( )k 2. PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO Sejam α elementos iguais a a, β elementos iguais a b, γ elementos iguais a c, …, λ elementos iguais a i, num total de α + β + γ + … + λ = n elementos. O número de permutações dis tin - tas que podemos obter com esses n elementos é 3. PERMUTAÇÕES CIRCULARES O número de permutações cir cu - lares de n elementos é dado por ✍ Exercícios Resolvidos 1. De quantas maneiras quatro livros diferentes de Matemática, seis de Física e três de Química podem ser dispostos em uma pra teleira, de modo que os de uma mesma matéria fiquem juntos? Resolução Só os de Matemática: P4 Só os de Física: P6 Só os de Química: P3 Como para cada uma dessas ma nei ras podemos permutar os três grupos, obtém-se (P4 . P6 . P3) . P3 = = (24 . 720 . 6) . 6 = 622 080. Resposta: 622080 2. Um carrinho de montanha-russa é formado por três bancos de dois lugares cada um. De quan tas ma - neiras três casais podem se aco - mo dar nesse veículo, de mo do que nenhum casal seja sepa ra do? Resolução Sejam (a1, a2) . (b1,b2) e (c1,c2) os três casais dispostos nessa or - dem, respectivamente, nos ban - cos 1, 2 e 3. Ocupando esses lugares, eles podem se dispor de 2 . 2 . 2 = 23 = 8 maneiras diferentes. Para cada uma des sas possibilidades, os casais podem ser colocados de P3 = 3! = 6 modos nos três bancos. O número de maneiras de acomo - dá-los, de acordo com o enun - ciado, é, portanto, igual a 23 . 3! = 8 . 6 = 48. Resposta: 48 n! Pn = An,n = ––––––––– = n!(n – n)! Pn = n! n! Pn (α, β, γ, ..., δ) = –––––––––––––––– α! . β! . γ! … λ! P’n = (n – 1)! MÓDULOS 50 e 51 Combinações Simples, Arranjos com Repetição MÓDULO 52 Probabilidades, Definição e União de Eventos C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 95 de A, e n(S) é o número de elementos de S. Na prática, costuma-se dizer que probabilidade é o quociente entre o número de casos favoráveis, que é n(A), e o número de casos possíveis, que é n(S). 2. PROPRIEDADES Sendo S ≠ Ø um espaço qual quer, A, um evento de S e A — , o com - plementar de A em S, valem as seguintes propriedades: • P(Ø) = 0 • P(S) = 1 • 0 ≤ P(A) ≤ 1 • P(A) + P(A — ) = 1 3. UNIÃO DE DOIS EVENTOS Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral S ≠ Ø. A probabilidade de ocorrer A ou B é dada por Observe que o número de ele - mentos de A ∪ B, n(A ∪ B), é dado por n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B) ⇔ ⇔ = + – ⇔ ⇔ P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B). Se A ∩ B = Ø, A e B são chama - dos eventos mutuamente exclusivos. Neste caso, Se A ∩ B = Ø e A ∪ B = S, A e B são chamados eventos exaustivos. Então, Generalizando: sejam n eventos A1, A2, A3, ..., An de um espaço amostral S, tais que A1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ ... ∪ An = S. Assim, P(A1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ ... ∪ An) = = P(S) = 1 Além disso, se A1, A2, A3, ... , An são, dois a dois, mutuamente exclu si - vos, então eles são eventos exausti vos. Assim sendo, P(A1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ ... ∪ An) = = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + P(An) = 1 ✍ Exercício Resolvido Numa urna, existem 10 bolas nu - meradas de 1 a 10. Retirando-se, ao acaso, uma bola dessa urna, qual a probabilidade de se ter a) um múltiplo de 2 ou um múlti - plo de 3? b) um número ímpar ou um múlti - plo de 6? Resolução O espaço amostral é S = {1; 2; 3; ... ; 10} e n(S) = 10. a) 1) O evento “múltiplo de 2” é A = {2; 4; 6; 8; 10} e n(A)= 5. 2) O evento “múltiplo de 3” é B = {3; 6; 9} e n(B) = 3. 3) A ∩ B = {6} e n(A ∩ B) = 1. 4) P(A) = = , P(B) = = e P(A ∩ B) = = . 5) P(A∪B) =P(A) + P(B) – P(A ∩ B). Logo, P(A ∪ B) = = + – = = 70% b) 1) O evento “número ímpar” é A = {1; 3; 5; 7; 9} e n(A) = 5. 2) O evento “múltiplo de 6” é B = {6} e n(B) = 1. 3) A ∩ B = Ø e n(A ∩ B) = 0 (A e B são mutuamente ex - clusivos). 4) P(A) = = , P(B) = = e P(A ∩ B) = 0. 5) P(A ∪ B) = =P(A)+P(B)–P(A∩B)=P(A)+P(B) Logo, P(A∪B)= + = = 60%. Respostas: a) 70% b) 60% P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) n(A ∪ B) –––––– n(S) n(A) –––– n(S) n(B) –––– n(S) n(A ∩ B) –––––– n(S) P(A ∪ B) = P(A) + P(B) P(A ∪ B) = P(A) + P(B) = 1 n(A) –––– n(S) 5 –– 10 n(B) –––– n(S) 3 –– 10 n(A ∩ B) –––––––– n(S) 1 ––– 10 5 –– 10 3 –– 10 1 –– 10 7 –– 10 n(A) –––– n(S) 5 –– 10 n(B) –––– n(S) 1 –– 10 5 –– 10 1 –– 10 6 –– 10 M A T EM Á T IC A A B 96 – C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 96 M A T EM Á T IC A A B – 97 MÓDULO 53 Probabilidade Condicional e Intersecção de Eventos 1. PROBABILIDADE CONDICIONAL Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S ≠ Ø, chama-se proba bilidade de A condicionada a B a probabilidade de ocorrer A, saben - do-se que já ocorreu ou vai ocorrer o evento B.Indica-se por P(A/B). Observe que P(A/B) = ⇔ ⇔ P(A/B) = ⇔ ⇔ P(A/B) = 2. EVENTOS INDEPENDENTES Os eventos A e B de um espaço amos tral S são independentes se . 3. INTERSECÇÃO DE DOIS EVENTOS ❑ Propriedade Se A e B são independentes, então P(B/A) = P(B) e . P(A ∩ B) P(A/B) = ––––––––––– P(B) n(A ∩ B) ––––––––– n(B) n(A ∩ B) ––––––––– n(S) –––––––––––– n(B) –––– n(S) P(A ∩ B) –––––––– P(B) P(A/B) = P(A) OU P(B/A) = P(B) P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A) = P(B) . P(A/B) A e B independentes ⇔ ⇔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B) A e B dependentes ⇔ ⇔ P(A ∩ B) ≠ P(A) . P(B) P(A ∩ B) = P(A) . P(B) MÓDULO 54 Lei Binomial de Probabilidade Considere uma experiência que é realizada várias vezes, sempre nas mes mas condições, de modo que o resul tado de cada uma seja indepen - dente das demais. Considere, ainda, que cada vez que a experiência é rea - li zada ocorre, obrigatoriamente, um evento A cuja probabili da de é p ou o complemento A — cuja probabilidade é 1 – p. 1. PROBLEMA Realizando-se a experiência des - cri ta exatamente n vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o evento A somente k vezes? 2. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA a) Se ocorre apenas k vezes o evento A, num total de n experiên - cias, então deverá ocorrer exata men - te n – k vezes o evento A — . b) Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do evento A — é 1 – p, então a probabilidade de ocor - rer k vezes o evento A e n – k vezes o evento A — , numa certa ordem, é p . p . p . ... . p . k fatores . (1 – p) . (1 – p) . (1 – p) . ... . (1 – p) = (n – k) fatores = pk . (1 – p)n – k c) As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer entre as n vezes possíveis. O número de manei - ras de escolher k vezes o evento A é, pois, Cn, k. d) Existem, portanto, Cn,k even - tos diferentes, todos com a mesma probabilidade pk . (1 – p)n – k e, assim sendo, a probabilidade procu - ra da é Observações a) Fala-se em lei binomial de pro - ba bilidade, porque a fórmula repre sen - ta o termo Tk + 1 do de sen vol vi men to de [p + (1 – p)]n. b) O número Cn, k pode ser subs - tituído por Cn, n – k ou Pn k, n – k, já que Cn, k = Cn,n – k = Pn k, n – k = . Cn,k . p k . (1 – p)n – k n! ––––––––– k! (n – k)! C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 97 M A T EM Á T IC A A B 98 – 1. DEFINIÇÃO Sendo M uma matriz de ordem n e In a matriz unidade de ordem n, define-se: M–1 é inversa de M ⇔ M . M–1 = In = M –1 . M 2. EXISTÊNCIA DA INVERSA det M ≠ 0 ⇔ M é invertível (não singular) det M = 0 ⇔ M é não invertível (singular) 3. REGRA PRÁTICA • Calcular det(M) • Determinar a matriz dos cofa to res de M : M' • Determinar a matriz adjunta de M: — M = (M')t • Aplicar a fórmula: M–1 = __ M Observação Para encontrar um elemento da inversa de M, aplicar a fórmula: bij de M –1 = 1 ––––––– det (M) cofator do aji de M–––––––––––––––––– det M FRENTE 2 Álgebra MÓDULO 24 Definição e Cálculo da Matriz Inversa 1. DEFINIÇÃO Sendo M uma matriz de ordem n e In a matriz unidade de ordem n, define-se: M–1 é inversa de M ⇔ M . M–1 = In = M –1 . 2. EXISTÊNCIA DA INVERSA det M ≠ 0 ⇔ M é invertível (não singular) det M = 0 ⇔ M é não invertível (singular) 3. REGRA PRÁTICA • Calcular det(M) • Determinar a matriz dos cofa to res de M : M' • Determinar a matriz adjunta de M: — M = (M')t • Aplicar a fórmula: M–1 = __ M Observação Para encontrar um elemento da inversa de M, aplicar a fórmula: bij de M –1 = 4. PROPRIEDADES • Se A é invertível, então A–1 é úni ca. • Se A é invertível, então (A–1)–1 = A. • Se A e B são invertíveis e de mesma ordem, então (A . B)–1 = B–1 . A–1. • Se A é invertível, então (At)–1 = (A–1)t. • Se A é invertível, então det (A–1) = .1 ––––––– det (M) cofator do aji de M–––––––––––––––––– det M 1 ––––––– det (A) MÓDULO 25 Propriedades da Matriz Inversa e Equações Matriciais C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 98 1. SISTEMAS LINEARES • Um sistema (S) de m equa ções lineares (m ∈ �*) com n incógnitas (n ∈�*), x1, x2, x3, …, xn, é um conjunto de equações da forma: com m ≥ 2 e n ≥ 2 no qual os coeficientes aij são núme ros reais não todos nulos simultanea mente e os termos bi são números reais quaisquer. • Se todos os mesmos bi forem nulos (i = 1, 2 …, m), então (S) é um sistema linear homogêneo. • Dizemos que a n-upla de nú me ros reais (α1, α2, …, αn) é uma SOLUÇÃO do sistema (S) se forem verdadeiras todas as sentenças de (S) fazendo-se xi = αi. • Um sistema (S) é COMPATÍ VEL (ou possível) se existir pelo me nos uma solução; (S) é INCOM PATÍVEL (ou impossível) se não admite so lução. Se "V" é o conjunto-solução (ou conjunto verdade) do sistema (S), en tão devemos ter uma das seguintes situações: – Compatível e determina do: quando V é um conjunto unitário. – Compatível e indetermi na do: quando V é um conjunto infinito. – Incompatível: quando V é o conjunto vazio. ❑ Matrizes de um sistema Num sistema linear, definem-se as duas matrizes seguintes: que recebem o nome de: MI = matriz incompleta. MC = matriz completa (ou as socia da ao sistema). Se a matriz M.I. for quadrada, o seu determinante é dito determinante do sistema (D). Exemplo • O sistema é possível e determinado, pois apre sen ta uma única solução que é S = {(1, 2)}. • O sistema é possível e indeterminado, pois apre senta infinitas soluções da forma S = {(k, k – 2)}. Observe, nesse exemplo, que a se gunda equação é a primeira com am bos os membros multiplicados por 2. • O sistema é impossível, pois não existe par or de nado (x, y) que torne as duas sen tenças verdadeiras "simultanea men te". • No sistema , de finem-se: Ml = e MC = e o determinante do sistema D = det MI = 2. SISTEMA NORMAL • O sistema linear (S) com "m" equações e "n" incógnitas será "NORMAL" quando: e ❑ Resolução de um sistema normal • Teorema de Cramer Qualquer sistema normal admite uma e uma só solução dada por: (s) � a11x1 + a12x2 + … + a1nxn = b1 a21x1 + a22x2 + … + a2nxn = b2 ……………………….....……………... am1x1 + am2x2 + … + amnxn = bm MI = � a11 a12 … a1n a21 a22 … a2n ………………………… ………………………… am1 an2 … amn � MC = � a11 a12 … a1n b1 a21 a22 … a2n b2 …………………….…… ……………………….… am1 an2 … amn bm � {x + 2y = 5x + y = 3 {x – y = 22x – 2y = 4 {x – y = 2x – y = 4 {x + 2y = 53x + 4y = 11 � 13 2 4 � � 1 3 2 4 5 11 � 1 3 2 4 m = n D ≠ 0 M A T EM Á T IC A A B – 99 MÓDULO 26 Sistema Normal, Regra de Cramer e Escalonamento C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 99 x1 = ; x2 = x3 = ; …; xn = onde: – D é o determinante do sistema. – Di é o determinante que se ob tém de D, trocando a iésima coluna da matriz M.I. por b1, b2, b3, …, bn. Exemplo • O sistema é normal, pois o número de equações é igual ao número de incógnitas e o determinante do sistema: D = = – 2 ≠ 0 O Teorema de Cramer nos garan te que a solução é única e obtida por: x = = = 1, pois Dx = = – 2 y = = = 2, pois Dy = = – 4 5 11 2 4 – 2 ––– – 2 Dx––– D 1 3 5 11 – 4 ––– – 2 Dy––– D 1 3 2 4 {x + 2y = 53x + 4y = 11 Dn––– D D3––– D D2––– D D1––– D M A T EM Á T IC A A B 100 – 1. DEFINIÇÃO: SISTEMAS EQUIVALENTES Dizemos que dois sistemas são equivalentes se e somente se apresentarem o mesmo conjunto solução. Para transformar um sistema num sistema equiva - lente mais simples, pode-se • permutar duas equações; • multiplicar qualquer uma das equações por um número real dife rente de zero; • multiplicar uma equação por um número real e adicioná-la à outra equação. Exemplo Vamos resolver o sistema: x – y + z = –2 (a1) (l) x – 2y – 2z = –1 (b1){ 2x + y + 3z = 1 (c1) transformando-o num sistema equi valente mais simples, seguindo o se guin te roteiro: • para obter (b2), multiplique (a1) por –1 e adicione o resultado a (b1); • para obter (c2), multiplique (a1) por –2 e adicione o resultado a (c1). x – y + z = –2 (a1) (ll) – y – 3z = 1 (b2){ 3y + z = 5 (c2) • para obter (b3), multiplique (b2) por (–1); para obter (c3), multiplique (b2) por 3 e adicione o resultado a (c2). x – y + z = –2 (a1) (lll) y + 3z =–1 (b3){ – 8z = 8 (c3) Assim, como (l), (ll) e (lll) são equi valentes: • de (c3), obtém-se z = –1; • substituindo-se em (b3), obtém-se y = 2 e substituindo-o em (a1), obtém-se x = 1. Logo, V = {(1; 2; –1)} 2. DISCUSSÃO Se for possível transformar um sistema (S) num sistema equivalente mais simples do tipo pode-se discuti-lo em função da variação de a e de b. Assim, se • a ≠ 0 ⇒ o sistema é possível e determinado. • a = 0 e b = 0 ⇒ o sistema é possível e indeterminado. • a = 0 e b ≠ 0 ⇒ o sistema é impossível. x – y + z = – 2 y + 3z = – 1 az = b� MÓDULO 27 Escalonamento (Método de Gauss) C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 100 M A T EM Á T IC A A B – 101 1. POSIÇÃO DOS PONTOS DE UM PLANO EM RELAÇÃO A UMA RETA ❑ Seja o plano cartesiano e r uma de suas retas. • Em relação à reta r, os pontos do plano podem assumir uma das seguintes posições relativas: a) pertencem à reta r. b) pertencem ao semiplano (1) (sem considerar os pontos de r). c) pertencem ao semiplano (2) (sem considerar os pontos de r). • Sendo P(x0; y0) um ponto gené rico do plano carte - siano e r a reta de equação ax + by + c = 0, verifica-se que: a) ax0 + by0 + c para todos os pontos da reta r. b) ax0 + by0 + c para todos os pontos de um dos semiplanos (sem considerar os pontos da reta r). c) ax0 + by0 +c para todos os pontos do ou tro semiplano (sem considerar os pontos da reta r). • Para sabermos qual dos semipla nos é positivo ou negativo, procede-se da seguintemaneira: a) Procura-se o valor numérico do trinômio ax + by + c para o ponto O (0; 0) – (origem). b) Se o resultado é positivo, o semiplano que con - tém a origem é positivo e o outro, negativo. c) Se o resultado for negativo, o semi plano que contém a origem é negativo e o outro, posi ti vo. d) Se o resultado der “zero”, signi fica que a origem per tence à reta e devemos, pois, tomar um outro ponto (exem plo: (1; 0), (2; 0), (0; 1) etc.) externo à reta para, então, recairmos no estudo anterior. Exemplo Representar graficamente o con jun to dos pontos do plano (x; y), tais que 2x – 3y – 6 ≥ 0. Resolução O problema pede a representação gráfica dos pon - tos da reta e do semiplano positivo. A partir da representação gráfica da reta 2x – 3y – 6 = 0, observamos que o semiplano que contém a origem é negativo, pois 2 . 0 – 3 . 0 – 6 < 0. A representação gráfica da ine qua ção 2x – 3y – 6 ≥ 0 é: = 0 > 0 < 0 FRENTE 3 Geometria Analítica MÓDULO 24 Posição dos Pontos de um Plano em Relação a uma Reta e Distância de Ponto à Reta C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 101 M A T EM Á T IC A A B 102 – 2. DISTÂNCIA DE UM PONTO A UMA RETA Seja a reta r, de equação ax + by + c = 0 e o ponto P(x0; y0), não pertencente à reta. A distância do ponto P à reta r será: Exemplo A distância do ponto P(5; 1) à reta de equação 3x + 4y – 4 = 0 é: � 3 . 5 + 4 . 1 – 4 � d = ––––––––––––––––––– = = 3 � 32+42 3. DISTÂNCIA ENTRE DUAS RETAS PARALELAS Dadas duas retas r e s paralelas com equações: r: ax + by + c = 0 s: ax + by + c’ = 0 conclui-se que a distância entre r e s é: 4. LUGARES GEOMÉTRICOS ❑ Definição Lugar geométrico (L.G.) é um conjunto de pontos, no qual todos os pontos e somente eles possuem uma propriedade comum. Dessa maneira, uma curva é um lugar geométrico quando todos os seus pontos e unicamente eles admitem uma propriedade comum. ❑ Resolução de problemas Resolver um problema de lugar geométrico significa determinar a equação de uma curva e interpretar essa equação no plano cartesiano, isto é, dizer que tipo de curva representa a equação obtida. Para resolver um problema de L.G., devemos se guir os seguintes passos: 1o.) Tomar um ponto genérico P(x; y) do plano. 2o.) Impor, analiticamente, (geral mente, por meio das fórmulas de dis tân cias), condições para que o pon to pertença ao lugar geométrico. 3o.) Obter a equação do lugar geométrico. 4o.) Interpretar essa equação no plano cartesiano. Exemplo Dadas as retas (r) 3x – 6y – 1 = 0 e (s) 2x + y + 1 = 0, de terminar as equações das retas bissetrizes de r e s. Obs.: As bissetrizes constituem o L.G. dos pontos do plano equidistantes de r e s. Resolução Seja P(x; y) um ponto genérico do plano, então: dP,r = dP,s � 3x – 6y – 1 � � 2x + y + 1 � Portanto: –––––––––––––– = –––––––––––––– ⇔ � 9 + 36 � 4 + 1 ⇔ � 3x – 6y – 1 � = 3 . � 2x + y + 1 � ⇔ 3x – 6y – 1 = 6x + 3y + 3 ⇔ 3x + 9y + 4 = 0 ⇔{ou3x – 6y – 1 = – 6x – 3y – 3 ⇔ 9x – 3y + 2 = 0 As bissetrizes de r e s constituem um par de retas perpendiculares entre si. � ax0 + by0 + c � dP,r = –––––––––––––––––– � a2 + b2 | c’ – c | dr,s = –––––––––– � a2 + b2 15 ––– 5 C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 102 M A T EM Á T IC A A B – 103 MÓDULO 25 Circunferência: Equações Reduzida e Geral A circunferência é um dos mais importantes lugares geométricos (L.G.), merecendo, pois, um estudo detalhado. 1. DEFINIÇÃO Dado um ponto C de um plano (chamado centro) e uma medida r não nula (chamada raio), denomina-se circunferência ao lugar geo métrico (L.G.) dos pontos do plano que distam r do ponto C. 2. EQUAÇÃO REDUZIDA (OU CARTESIANA) DA CIRCUNFERÊNCIA Seja a circunferência de centro C(a; b) e raio r. Considerando um ponto genérico P(x; y) pertencente à circunferência, teremos: P ∈ circunferência ⇔ dPC = r ⇔ ⇔ � (x – a)2 + (y – b)2 = r ⇔ (x – a)2 + (y – b)2 = r2 A equação é denominada equação reduzida da circunferência. • Caso particular: Se o centro da circunferência é a origem, C(0; 0), então a equação reduzida resulta Exemplos 1) Obter a equação reduzida da circunferência de centro C(– 2; 3) e raio 5. Resolução A partir da equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, resulta: (x – (–2))2+ (y –3)2 = 52 ⇔ (x + 2)2 + (y – 3)2 = 25, denominada equação reduzida. 2) Obter a equação reduzida da cir cunferência de centro na origem e raio 5. Resolução A partir da equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, temos: (x – 0)2 + (y – 0)2 = 52 ⇔ x2 + y2 = 25 3. EQUAÇÃO GERAL (OU NORMAL) DA CIRCUNFERÊNCIA Desenvolvendo a equação reduzida da circunfe rên - cia: (x – a)2 + (y – b)2 = r2, obtemos: x2 – 2ax + a2 + y2 – 2by + b2 = r2 ⇔ ⇔ x2 + y2 –2ax– 2by+a2+b2 – r2 = 0 Fazendo-se – 2a = m; – 2b = n e a2 + b2 – r2 = p, resulta: que é denominada equação geral da circunferência. Exemplo Determine a equação geral da cir cun ferência de centro C(–1; 3) e raio 5. Resolução A partir da equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, temos a equa ção reduzida: (x + 1)2 + (y – 3)2 = 25, que, desen volvida, resulta: x2 + 2x + 1 + y2 – 6y + 9 = 25 ⇔ ⇔ x2 + y2 + 2x – 6y – 15 = 0, denominada equação geral da circunferência. (x – a)2 + (y – b)2 = r2 x2 + y2 = r2 x2 + y2 + m . x + n . y + p = 0 MÓDULO 26 Determinação do Centro e do Raio 1. DETERMINAÇÃO DO CENTRO E DO RAIO DE UMA CIRCUNFERÊNCIA ❑ Equação reduzida Dada a equação reduzida de uma circunferência: (x – a)2 + (y – b)2 = r2 , de imediato conclui-se que o centro é C(a ; b) e o raio é r. Exemplo A circunferência de equação (x – 2)2 + (y + 5)2 = 9 tem centro C (2; – 5) e raio r = 3. ❑ Equação geral Dada a equação geral de uma circunferência, x2 + y2 + m . x + n . y + p = 0, o centro e o raio são C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 103 obtidos comparando-se essa equação com a equa ção x2 + y2 – 2a . x – 2b . y + a2 + b2 – r2 = 0. Notando-se que os coeficientes de x2 e y2 são iguais a 1, a obtenção do centro e do raio é feita da seguinte forma: • Na determinação das coordenadas do centro, os coeficientes de x e y (m e n) devem ser divididos por (–2), pois a partir das equações, conclui-se que: Assim, as coordenadas do centro são: • Obtido o centro C(a; b), o raio é determinado a par tir da fórmula: , (com a2 + b2 – p > 0), visto que das equações, temos: p = a2 + b2 – r2 ⇔ r2 = a2 + b2 – p Observações • Quando a2 + b2 – p = 0, a equação representa apenas o ponto C(a; b). • Quando a2 + b2 – p < 0, a equação nada repre - sen ta. � m – 2a = m ⇔ a = –––– – 2 n – 2b = n ⇔ b = –––– – 2 r = � a 2 + b2 – p m n C�––––; ––––�– 2 – 2 a b M A T EM Á T IC A A B 104 – Seja a circunferência de centro C(a; b) e raio r, com equa ção (x – a)2 + (y – b)2 = r2 e um ponto P(x0; y0) do plano cartesiano. A posição do ponto P em relação à circunferência é obtida pelo cálculo da distância do ponto P ao centro C da circunferência e comparada com a medida do raio r. Dessa forma, temos: • P(x0; y0) pertence à circun fe rên cia ⇔ ⇔ (x0 – a) 2 + (y0 – b) 2 = r2 • P(x0; y0) é interno à circun fe rência ⇔ ⇔ (x0 – a) 2 + (y0 – b) 2 < r2 • P(x0; y0) é externo à circun fe rência ⇔ ⇔ (x0 – a) 2 + (y0 – b) 2 > r2. Exemplo 1 Representar gra ficamente os pon tos que satisfa - zem à inequação x2 + y2 ≤ 9. Resolução A equação x2 + y2 = 9 repre senta uma circunferên cia de centro C(0; 0) e raio r = 3. Des sa forma, a inequa ção x2 + y2 ≤ 9 representa os pon tos da circunferência e os pon tos internos a esta, e sua representação gráfica é: Exemplo2 Representar gra ficamente os pon tos que satisfa - zem à inequação (x – 3)2 + y2 > 4. Resolução A equação (x – 3)2 + y2 = 4 repre senta uma circun fe - rên cia de centro C(3; 0) e raio r = 2. Dessa forma, a ine - quação (x – 3)2 + y2 > 4 representa os pontos ex ternos a essa cir cun fe rên cia, e sua repre sen ta ção grá fica é: MÓDULO 27 Posição dos Pontos do Plano em Relação a uma Circunferência C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 104 1. DEFINIÇÃO E ELEMENTOS Seja um plano α, um ponto V ∉ α e um círculo γ contido em α. Chama-se cone circular a reunião de todos os segmentos de reta com uma extre - midade em V e a outra nos pon tos do círculo γ considerado. No cone circular da figura, têm-se os seguintes elementos: VÉRTICE: é o ponto V citado na definição. BASE: é o círculo γ citado na de - fi nição. ALTURA: é a distância (h) do vértice ao plano da base. GERATRIZES: são os segmen - tos com uma extremidade em V e a outra nos pontos da circunferência da base. RAIO DA BASE: é o raio do cír - culo γ citado na definição. 2. CONE RETO ❑ Definição e elementos Um cone circular é dito reto quando a projeção ortogonal do vér - tice sobre o plano da base é o centro da base. O cone circular reto é também chamado cone de revolução, pois pode ser gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos. Na figura, temos: VO = h é a altura do cone OB = R é o raio da base VB = g é a geratriz g2 = h2 + R2 • Secção meridiana É a intersecção do cone reto com um plano que contém a reta VO ↔ (eixo de rotação). A secção meridiana de um cone circular reto é um triângulo isósceles, cuja área é dada por: O triângulo isósceles VAB é uma secção meridiana do cone circular reto da figura. • Desenvolvimento das superfícies lateral e total de um cone reto A superfície lateral de um cone circular reto de raio da base R e geratriz g é equivalente a um setor circular de raio g, cujo arco tem comprimento 2 π R. Assim, sendo Ab a área da base, Al a área lateral e At a área total desse cone circular reto, temos: A� = ⇔ At = A� + Ab ⇔ • Volume do cone Todo cone é equivalente a uma pirâmide de base equivalente e de mesma altura. Assim, ou 3. CONE EQUILÁTERO Um cone circular reto é dito equi - látero quando a sua secção meri diana é um triângulo equilátero. No cone equilátero da figura, tem-se AB = AV = BV. Assim, e ASM = R . h Ab = π R 2 A� = π R g g . 2π R ––––––––– 2 At = π R (g+R) Ab . h V = ––––––– 3 π R2 h V = –––––––– 3 g = 2 R h = R� 3 M A T EM Á T IC A A B – 105 FRENTE 4 Geometria Métrica MÓDULO 24 Cone Circular C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 105 M A T EM Á T IC A A B 106 – 1. SECÇÃO PARALELA À BASE DE UMA PIRÂMIDE Quando interceptamos todas as arestas laterais da pirâmide por um plano paralelo à base, que não con - tém esta, nem o vértice, obte mos uma secção poligonal, tal que: • As arestas laterais e a altura ficam divididas na mesma razão. • A secção obtida e a base são polígonos seme lhantes. • A razão entre as áreas da sec - ção (As) e da base (Ab) é igual ao quadrado da razão entre suas distân - cias ao vér tice. • A razão entre os volumes das pirâmides semelhantes VA’B’C’... e VABC ... é igual ao cubo da razão entre suas alturas. • A “parte” (região) da pirâmide compreendida entre a base e a cita da secção é denominada TRON CO DE PIRÂ MI DE DE BASES PARA LE - LAS. 2. CÁLCULO DO VOLUME DE UM TRONCO DE PIRÂMIDE DE BASES PARALELAS Sendo AB e Ab as áreas das ba - ses, H, a altura (distância entre os planos das bases) e V, o volume de um tronco de pirâmide de bases pa - ra lelas, tem-se: 3. TRONCO DE CONE DE BASES PARALELAS Seccionando-se um cone por um plano paralelo à base dele, obtêm-se dois sólidos: um novo cone e um tron - co de cone de bases para lelas. Sendo R e r os raios das bases e h a altura do tronco de cone de ba ses paralelas, tem-se que o seu volu me é dado por: e sua área lateral é dada por: 4. SÓLIDOS SEMELHANTES Em sólidos semelhantes, a razão entre as áreas é igual ao quadrado da razão de semelhança, e a razão entre os volumes é igual ao cubo da razão de se melhança. Assim, se dois sólidos de áreas, respectivamente, iguais a A1 e A2, e volumes, respectivamente, iguais a V1 e V2 são semelhantes numa razão K, então: e VA’ VB’ VC’ h –––– = –––– = –––– = … = ––– VA VB VC H As h2–––– = –––– Ab H2 VVAB'C'... h3 ––––––––– = –––– VVABC... H3 H V = ––– (AB + Ab + � AB . Ab )3 π hVt = ––––– (R 2 + r2 + R r) 3 A� = π (R + r) g V1–––– = K3 V2 A1–––– = K2 A2 MÓDULO 25 Troncos MÓDULO 26 A Esfera e suas Partes 1. SUPERFÍCIE ESFÉRICA É a superfície gerada pela revo lução completa de uma semicircun ferência (ABA’) em torno de seu diâ metro (AA’), como mostra a figura. A área de uma superfície esfé rica de raio R é dada por: 2. ESFERA É o sólido limitado por uma su per fície esférica. ASE = 4 π R 2 C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 106 O volume de uma esfera de raio R é dado por: 3. PARTES DA SUPERFÍCIE ESFÉRICA • Fuso esférico • Zona esférica • Calota esférica 4. PARTES DA ESFERA • Cunha esférica • Setor esférico • Segmento esférico de uma base • Segmento esférico de duas bases π R 2 α° Af = ––––––––90° Azona = 2π R h Acal = 2π R h π R3 α° Vc = –––––––– 270° 4 Vesf = ––– π R 3 3 2 V = –– π R2 h 3 π h V = ––––– (3r2 + h2) 6 π h V = –––– [3 (r1 2 + r2 2 ) + h2] 6 M A T EM Á T IC A A B – 107 MÓDULO 27 Inscrição e Circunscrição de Sólidos 1. ESFERA INSCRITA NO CUBO r + r = a ⇔ 2. CUBO INSCRITO NA ESFERA ar = ––– 2 C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 107 M A T EM Á T IC A A B 108 – (2R)2 = (a� 2) 2 + a2 ⇔ 3. ESFERA INSCRITA NO CILINDRO e 4. CILINDRO INSCRITO NA ESFERA 5. CILINDRO INSCRITO NO CUBO e 6. CUBO INSCRITO NO CILINDRO e 7. ESFERA INSCRITA NO CONE No triângulo retângulo BCA, de acordo com o Teorema de Pitágoras, tem-se: Da semelhança dos triângulos retân gulos DOA e BCA, resulta: 8. CONE INSCRITO NA ESFERA No triângulo retângulo MAO, de acordo com o Teorema de Pitágoras, tem-se: 9. ESFERA INSCRITA NUMA PIRÂMIDE REGULAR DE BASE QUADRADA No triângulo retângulo AMV, de acordo com o Teo rema de Pitágoras, tem-se: Da semelhança dos triângulos retân gulos POV e AMV, resulta: ⇔ a� 3 R = –––––– 2 h = 2 . Rr = R (2R)2 = (2r)2 + h2 h = a aR = ––– 2 h = a a� 2R = –––––– 2 g2 = h2 + R2 r h – r ––– = –––––– R g R2 = r2 + (h – R)2 � 2g2 = h2 + (––)2 2r h – r ––– = –––––– � g r h – r –––– = –––––– �/2 g C6_AB_MAT_TEO_2012_Rose 18/04/12 08:24 Página 108
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