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HIV - Aids

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1 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG 
MICROBIOLOGIA 
 
HIV – AIDS 
 
 
 
- HIV (vírus) é diferente de AIDS (doença tardia); 
- Um paciente soropositivo não é aidético; 
 
 HIV Tipo I e Tipo II: 
- O HIV tipo II, tem uma taxa de replicação menor, 
produz menos partículas virais que o tipo I. Apesar da 
possibilidade de transmissão ser menor, ela existe. 
- Tipo I: está presente no mundo todo; é mais 
agressivo, sua evolução é mais rápida; seu período 
assintomático pode durar até 10 anos (não 
relacionado com os sintomas da AIDS). Possui uma 
taxa de transmissão mais alta, mais pessoas 
infectadas. 
- Tipo II: Mais restrito à África; seu período 
assintomático pode durar até 30 anos, há um menor 
número de pessoas infectadas (mais difícil de ser 
transmitido). 
- No período assintomático também transmite-se o 
vírus. (+/- 3 meses para ser identificado) 
- Surto de espalhamento do vírus: americano viajou para o 
Kongo, teve relação com um africano infectado, voltou para 
os EUA e espalhou a doença. 
- Possui uma alta taxa de mutação por ser um vírus de 
RNA, tudo acontece muito rápido. 
- Possui uma variabilidade genética muito grande. 
Uma pessoa infectada atualmente, terá 6% de 
variabilidade dos vírus em seu organismo daqui 1 ano. 
Quanto mais o tempo passa, mais aumenta a 
variação. Isso é um mecanismo de evolução do vírus 
(resistência a retrovírus). Tais modificações são 
importantes para sua evolução. 
 
 Consequências da alta taxa de mutação: 
- Dificuldade de desenvolver-se vacinas (e outros 
medicamentos) 
- Resposta do sistema imune tem que mudar muito 
rápido também. 
- Há vários subtipos dos vírus (categorias) – que tem 
virulência diferente, patogenicidade, forma de 
infectar as pessoas. -> VARIABILIDADE! 
 
 Patogenia: 
- A partir de três meses que a pessoa se infectou, ela 
torna-se soropositiva. Ela passa por uma fase 
assintomática (mas o vírus se multiplica), que com o 
tempo torna-se sintomática, pelo enfraquecimento do 
sistema imune. 
- As categorias sintomáticas podem variar, e 
apresentam 4 fases: 
 Fase inicial: Febre, sudorese, cefaléia, mal 
estar, fadiga, diarréia, herpes zoster, herpes 
simples, dermatite seborréia, tuberculose. 
Doenças oportunistas que aparecem devido à 
queda do sistema imune. 
 Fase intermediária: Mesmos sintomas da fase 
inicial + Candidíase oral ou genital, sinusite, 
broncopneumonia. A candidíase, sobretudo 
oral, é um sinal de evolução da doença. 
Quando o médico percebe esse sintoma, o 
coquetel deve ser trocado, pois a carga viral 
está subindo e o sistema imune entrando em 
colapso. O sistema imunológico do infectado 
não está dando conta de manter a condição 
normal homeostase, e começa a crescer 
fungos, que não cresceriam em pessoas 
saudáveis. 
 Fase tardia: É a fase em que se tem mais risco 
de contrair pneumonia por agentes que não 
causariam tal doença, em pessoas saudáveis. 
A candidíase começa a descer para o esôfago 
da pessoa, e o caso clínico tende a piorar. 
 Fase avançada: A pessoa tem o que 
chamamos de “nocaute sistêmico”, ela quase 
não possui sistema imunológico e por isso 
torna-se um grande “meio de cultura”. Todos 
os vírus que estavam latentes no sistema 
nervoso, principalmente os herpes vírus, 
começam a se multiplicar e o paciente 
começa a apresentar herpes zoster e várias 
outras doenças que afetam muito e causam 
muitas desordens neurológicas. O coquetel 
pode evitar a evolução da doença. 
 
- A carga viral do HIV nunca chega a zero, ele está 
sempre se multiplicando. 
 
 
2 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG 
 
 Transmissão: 
- O ato sexual é o principal responsável pela 
transmissão do vírus HIV – 63,7%. 
- Grávidas, se não tratar: chance de 25% de 
transmissão durante o parto ou na amamentação. Se 
trata, a chance de transmissão cai para 10%. 
- Usuários de drogas injetáveis: 0,8% 
- Profissionais da saúde: 0,5% 
- Transfusão de sangue: 1 em 1 milhão (hemocentros 
tomam muito mais cuidado) 
 
 Transmissão nas relações sexuais: 
 Mulher -> Homem: 1:700 a 1:3000 
 Homem -> Mulher: 1:200 a 1:2000 
 Homem -> Homem: 1:10 a 1:600 
 Mulher -> Mulher: Dado ainda não informado 
 
 Por que ocorre essa variação H-H? 
- Porque as pessoas não são iguais, os vírus são 
variáveis (depende do subtipo), falta de uso de 
preservativos (A camisinha é principalmente usada 
para a prevenção da gravidez), pelo sexo anal 
transmite-se muito mais o vírus, por a mucosa ser 
muito vascularizada. 
 
- Na saliva, suor, urina e lágrimas a concentração e 
infectividade dos vírus é extremamente baixa, e por 
isso não estão relacionadas com transmissão. 
- Insetos: não transmitem 
 
- Profissionais da área da saúde devem sempre usar 
EPI para prevenir infecções, sendo o paciente 
soropositivo ou não. 
- Se o tratamento com o coquetel anti-HIV é feito no 
início, assim que se foi contaminado (por sangue 
infectado, por exemplo), a chance de infecção é muito 
baixa. 
- Quanto menos controlada a doença, maior a carga 
viral. Quanto maior a carga viral, maior a transmissão. 
 
 Multiplicação: 
 
- Célula em repouso: Uma vacina gera memória, 
porque temos células de memória. Muitas dessas 
células ficam nos linfócitos (linfonodos) em repouso. 
Se um patógeno, que ela já teve contato, entra em 
seu corpo, ela começa a se multiplicar rapidamente. 
- O vírus é capaz de infectar células ativas ou em 
repouso; 
- Quando o HIV entra no organismo, seu genoma se 
integra ao da célula. Essa integração ocorre de 
diversas maneiras (sem ordem ou lugar certo). 
- Todas as vezes que a célula se multiplica, ela divide o 
genoma e o vírus é multiplicado junto. Nesse 
momento, o vírus não produz na célula em repouso a 
carga viral. Mas sempre que a célula divide, o genoma 
se expande. O potencial de produzir partícula existe. 
 
- Célula ativada: Pode ocorrer a partir da ativação de 
uma célula em repouso e está sempre produzindo 
partícula viral. Uma célula infectada possui meia vida 
de 2 dias. Se a pessoa consegue manter a carga viral, é 
porque sempre tem células morrendo. Não 
conseguimos eliminar o HIV do corpo de uma maneira 
completa, sempre vai ter uma célula do HIV integrada 
ao genoma, e isso dificulta sua eliminação do corpo. 
(ex: cels germinativas, espermatozóides) 
 
 Como ocorre a doença: 
- A pessoa se infecta, depois de 20 dias ela tem 
sintomas de gripe como, coriza, dor de cabeça, febre 
muito alta. 
- Aos três meses, começam a ocorrer mudanças no 
corpo (emagrecimento) e também surge uma série de 
doenças que acometem pessoas idosas e pessoas que 
fazem uso de imunossupressores. 
 
- Existe um nível padrão de células imunológicas – que 
respondem pelo corpo. O HIV infecta o TCD4 
(principal célula do sistema imunológico), e isso acaba 
desregulando muitas funções. 
- A pessoa se infecta, a carga viral sobe e o sistema 
imunológico cai. 
- Se houver controle da carga viral, a pessoa sobrevive 
( essa é a função dos coquetéis). 
- Quando o coquetel não consegue agir ou quando a 
pessoa não faz seu uso, o sistema imune cai, a carga 
viral sobe e não há mais controle – AIDS 
- O colapso do sistema imune, leva à morte. 
 
 Doenças mais comuns em pessoas já na fase 
de AIDS: 
- tuberculose disseminada 
- herpes zoster e simples 
- candidíase oral e genital 
 
 
3 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG 
- diarréia/emagrecimento 
- febre 
- disfunção do sistema nervoso 
 Número de partículas: 
- Até 10.000 ou menos: baixa progressão 
- 10.000a 100.000: progressão moderada (deve trocar 
o coquetel) 
- Acima de 100.000: Risco muito grande; geralmente a 
pessoa desenvolve a AIDS – não dá para controlar 
mais. 
 
- O surgimento do HIV assustou a sociedade científica. 
Das 45 drogas existentes contra vírus, 40 são contra 
HIV. O investimento é muito grande, da indústria 
farmacêutica. Primeira droga anti-retroviral, foi a AZT, 
que age na transcriptase reversa. Hoje em dia já 
existem vários tipos de droga, agindo em várias fases 
da via do ciclo do HIV, no ciclo de multiplicação do 
vírus. 
 
 Coquetel: 
- Deve haver a combinação de mais de duas drogas 
para que elas atuem em alvos diferentes. 
- Ele diminui em até 50% a carga viral. 
- As drogas agem de diferentes maneiras e só atuam 
em drogas que estão se multiplicando, ou seja, células 
ativadas, porque agem no ciclo de replicação do vírus. 
Não agem em células de repouso. 
- O vírus pode sofrer mutação, então a droga deverá 
ser trocada. 
 
 Curiosidades: 
 
- Hoje em dia, existem drogas que agem em diferentes 
pontos das vias do HIV. Agem no inibidor, na 
interação do vírus com a célula, na transciptase 
reversa, na integrase e inibidores de protease. 
 
- De 100 pessoas infectadas, somente 40 recebem 
tratamento. E essa falta de tratamento ocorre por 
várias razões, como a falta de tratamento no local que 
a pessoa mora, a falta de conhecimento sobre a 
infecção - muitas não sabem que estão infectadas. 
- O diagnostico muitas vezes não é feito, por medo do 
HIV, por medo do julgamento, discriminação, por 
medo do teste – agulha. 
 
- Apenas 41% dos adultos, que foram diagnosticados, 
tomam a medicação. O resto não toma porque não 
quer – efeito colateral. No Brasil é oferecido o 
coquetel é oferecido pelo SUS. 
- É necessário também um acompanhamento 
psicológico ao portador do vírus, para auxiliar no 
tratamento. 
 
- Para o HIV é muito difícil existir cura, pela existência 
de células latentes. 
- Vacina preventiva: pode existir! 
 
 META DA OMS para 2030: 
- 90% dos infectados, saberem que são infectados; 
- 90% dos infectados, receberem tratamento; 
- 90% dos que recebem tratamento, terem a carga 
viral não detectável.

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