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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA CURSO DE PEDAGOGIA FICHAMENTO DO LIVRO: “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA” COMPONENTES DO GRUPO: JANAÍNA SILVA MELO JOYCE MARILIA CALAZANS DE VIVEIROS KARINE CORRÊA LEITE DA SILVA TANIA MARA MIRANDA DO NASCIMENTO PROFESSOR (A): SANDRA SIERRA. DISCIPLINA: DIDÁTICA GERAL “Ensinar é preparar o caminho para a total autonomia de quem aprende fazendo um cidadão consciente de seus deveres e direitos” (Paulo Freire) Importância da reflexão (páginas 38 e 39) A reflexão é importante para o educador em sua prática docente, porque é a partir dela que ele poderá melhorar sua prática. Essa reflexão crítica envolve o pensar certo, movimento dinâmico, dialético, o fazer e pensar sobre a prática. Ou seja, quanto mais o educador assumir o que faz e a razão pela qual ele é assim, mais ele é capaz de mudar e melhorar sua didática. Desta forma, a reflexão crítica torna-se fundamental para os educadores. Relação teoria/prática (página 48) Em uma sala de aula o conteúdo deve ter significado para o aluno, ou seja, o discente deve entender a utilidade e a relação daquele conteúdo no seu dia a dia. O discurso do professor sobre a teoria deve ser exemplificado na prática. Docentes e discentes devem estar envolvidos nessa relação de teoria/prática. Ensinar não é transferir conhecimento (páginas 22,26 e 27) A concepção de que ensinar é apenas transferir conhecimento tem muito haver com a ideia do ensino bancário. A tarefa do docente não é apenas “passar” os conteúdos, mas também tornar o aluno ativo , capaz de refletir e criticar o ensino sistemático . Para isto, é preciso que docentes e discente sejam criadores, investigarodes, inquietos, curiosos e persistentes. Ensinar é possibilitar a construção do conhecimento. Não há docência sem discência (página 25) Não há docência sem discência, porque é como se um completasse o outro. Isso acontece porque quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Afinal, quem ensina, ensina alguma coisa a alguém. Pois, ensinar inexiste sem aprender e vice-versa. Curiosidade ingênua e curiosidade epistemológica (páginas 29,38 e 85) A curiosidade ingênua é caracterizada pelo senso comum, ou seja, pelas experiências pessoais, é algo espontâneo. A curiosidade epistemológica é caracterizada pela rigorosidade metódica, é algo mais comprovado, pesquisado e estudado. Independente disso, sem a curiosidade que move, inquieta e insere na busca, o professor não ensina e nem aprende. Ensino bancário (páginas 38 e 47) O ensino bancário é aquele onde a opinião do aluno e a reflexão crítica não são relevantes dentro da sala de aula. Segundo esta concepção, a educação é um ato de “depositar” no aluno conhecimentos e valores. Neste ensino o professor é o único detentor dos conhecimentos, somente ele que opina, atua escolhe e pensa. Momentos do ciclo gnosiológico (página 28) O ciclo gnosiológico é dividido em dois momentos: o que se ensina e se aprende o conhecimento existente e o momento que se trabalha o desconhecido. Utiliza-se o conhecimento que o aluno tem consigo e deste ensina-se algo novo e desconhecido para aquele aprendiz. Ética e estética (páginas 32,33 e 34) Para Paulo Freire, a docência caminha junto com a estética, ou seja, o ensino precisa ser belo tanto para quem o faz quanto para quem o aprende. Quando nos tornamos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir e de romper, conseguimos nos tornar seres éticos. Consciência de incoclusão (páginas 50, 51,52 e 53) Um educador consciente e responsável deve sempre estar predisposto às mudanças e a aceitação do diferente. O ser humano é um ser cultural e histórico que constantemente vive transformações sociais e, por isso, inevitavelmente se torna um ser inacabado e inconcluso. O educador deve estar ciente desta inconclusão para não entrar na armadilha do determinismo. Devido a isto, a importância da problematização do futuro. Condições favoráveis para a realização da tarefa docente (página 66) O professor tem o dever de realizar sua tarefa docente, mas para isso precisa de condições apropriadas para a realização desta prática, tais como, condições higiênicas, espaciais e estéticas. Somente desta maneira, as aulas serão eficazes, honrando e respeitando o educando, o educado e a prática pedagógica. Importância da dialogicidade (página 86) É fundamental que professores e alunos saibam que a postura deles deve ser dialógica, isto é, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto um fala o outro ouve. Este diálogo proporciona a troca de informações, a construção e o questionamento de conhecimentos. Rigorosidade (página 26) A rigorosidade não tem relação com o discurso “bancário”, mas sim com o aprender criticamente. Essa condição exige educadores e educandos criadores, investigadores, inquietos e rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Politicidade da educação (páginas 98 e 102) A educação é uma forma de intervenção no mundo e o professor, portanto, não pode aderir uma postura “neutra”. A prática deste educador exige uma definição, uma tomada de posição, uma decisão e a escolha de um ponto de vista, para a formação do aluno para o mundo. Respeito à cultura local (página 30) Pensar certo coloca ao educador o dever de não somente respeitar os saberes e a cultura que os educandos trazem consigo, mas também implementar em sala de aula, os saberes socialmente construídos na prática comunitária. Características de uma aula dinâmica (páginas 135,136 e 137) Para uma aula ser dinâmica é necessário que o professor esteja disponível ao diálogo, oferecendo a seus alunos segurança e levando-os a um pensamento crítico. Educação problematizadora (página 26) A educação problematizadora exige que o professor crie situações problemas o que levará os seus educandos a uma reflexão crítica. A ideia da problematização faz com que o aluno elabore outros meios de realização da questão, valorizando o seu lado cognitivo e até mesmo quebrando paradigmas do ensino sistemático. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender (página 23) Quem ensina aprende ao ensinar por ser possível rever e pesquisar uma prática pedagógica. Quem aprender ensina ao aprender, pois além do conteúdo o conhecimento de mundo do aluno ensina ou ajuda o educador. Dentro de uma sala de aula, é preciso acontecer uma relação de complemento e/ou troca de conhecimentos. O discurso da globalização (página 126,127 e 128) Geralmente, os discursos levam as pessoas a pensarem que a globalização é algo inevitável ou coisa do destino. O discurso da globalização que fala em ética esconde, porém, que a sua é a ética do mercado e não a ética universal, pela qual devemos defender se queremos um mundo melhor. A globalização também procura disfarçar as desigualdades sociais e justificar as condições das pessoas. Educador democrático (página 26) O educador democrático, em sua prática docente, deve reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade e sua insubmissão. Uma das tarefas primordiais deste educador é trabalhar com os seus aprendizes a rigorosidade metódica. Autonomia (página 59,60 e 61) É fundamental que o educador respeite a autonomia do educando, levando em consideração a sua curiosidade, inquietude, o gosto estético e a sua linguagem. Isto requer do professor uma prática coerente. O educador autoritário afoga a liberdade do educando. Tarefa pedagógica dos pais (página 106) Uma das tarefas pedagógica dos pais é explicar aos filhos que sua participação no processo de tomada de decisão deles não é uma intromissão, mas um dever. Entretanto, os pais não devem assumir a missão de decidir pelos filhos. Autoridade democrática (página 105) A autoridade democrática trabalha com o limite ético pela liberdade, sem se confundir com a licenciosidade ou autoritarismo.Conclusão final: Para que no dia a dia o professor consiga ter uma boa prática educativa e alunos bem sucedidos é necessário afetividade, carinho, atenção, amor e querer bem aos seus educandos. Sem isso, o educador estará fadado ao insucesso, reproduzindo modelos ultrapassados e desestimulará seus alunos, levando a educação ao fracasso e ao inevitável círculo vicioso. Estes saberes necessários à prática educativa são fundamentais aos professores, entretanto é apenas a teoria. Para que esses saberes teóricos tenham um efeito positivo na educação é preciso colocados na prática, na vida real, os mesmos precisam ser indissociáveis e complementares. O professor deve inovar em sala de aula, levar os alunos a reflexão crítica e a construção de um conhecimento livre e ilimitado, para que estes aprendizes não sejam vítimas de uma educação bancária e tenham a possibilidade de formar suas opiniões, tornando-se pessoas políticas, éticas e acima de tudo, cidadãos. O educador precisar ter consciência de que mudar é uma tarefa complicada que requer tempo e muita coragem, afinal é bem mais cômodo reproduzir modelos do que encarar transformar a realidade de alunos, muita das vezes, desmotivados pelo próprio ato de aprender. O profissional que tem apresso pelo que faz, busca sempre pelo melhor, reflete e se autoquestiona faz com que uma aula seja um processo construtivo, onde o aluno é o ator principal e mais importante que assumirá o seu papel na vida real.
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