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REVISÃO DIDÁTICA 2

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Resumo da Aula 01 – Didática, Fundamentos e Práticas 
Todo professor tem didática? 
Você já deve ter criticado um determinado professor chato dizendo que ele não 
tem “didática”, não é verdade? Mas, também já parou pra pensar que há outros 
colegas que, ao contrário de você, gostam desse professor chato? 
Para entendermos o real sentido que a Didática nos traz, devemos 
problematizar o conceito de Didática para compreendermos o que vem a ser 
Didática e, depois, chegarmos a uma conclusão se aquele professor tem ou não 
tem didática. Normalmente, os alunos, independente do nível de escolaridade, 
associam o conceito de Didática à capacidade do professor de transmitir um 
conhecimento com clareza, de modo que ele se faça entender, que o professor 
faça o aluno assimilar o conteúdo, ou seja, compreender a matéria. E é através 
deste sentido que faz com que as pessoas cheguem numa conclusão sobre 
aqueles professores que não alcançam o objetivo de fazer com que o aluno 
compreenda os assuntos referentes às disciplinas, que eles não possuem 
didática. 
Está certo que a Didática é a transmissão e assimilação do saber, porém não se 
resume a esse conceito apenas. Há muito mais a ser compreendido. A partir de 
um diálogo sobre o conceito de Didática com os alunos do curso de formação 
docente da Universidade Estácio de Sá, alguns responderam: 
• A Didática é um conjunto de técnicas e estratégias ou normas de ensino; é a teoria 
do ensino; 
• São os procedimentos do ensino adotados pelo professor. É a capacidade do 
professor de transmitir um assunto, fazer com que o aluno compreenda as 
explicações; 
• É o caminho que o professor traça para trabalhar o conteúdo, quando um professor 
domina um assunto e explica de forma fácil para que o aluno entenda e apresente 
bons resultados; 
REPORT THIS AD 
Ao analisar tais respostas dos alunos, podemos dizer que tratam-se de 
definições clássicas onde a responsabilidade pelo ensino recai, 
predominantemente, sobre o professor. Mas também precisamos analisar sobre 
a responsabilidade de aprendizagem do aluno. Vamos analisar a charge abaixo. 
 
Ao analisarmos a charge acima, podemos continuar com a teoria de que a 
responsabilidade pelo aprendizado do aluno é apenas o professor? Os alunos, 
por sua vez, será que também podem aprender com os próprios colegas de 
turma? Podemos dizer que o professor é o centro do processo ensino-
aprendizagem e o aluno é aquele que tem a função de assimilar, de receber 
passivamente a informação; isto é, de reter o máximo de conteúdos em sua 
mente. Esse é um modelo linear em que o conhecimento é transmitido do 
professor para o aluno, hierarquicamente e como verdade absoluta, em via de 
mão única. É como se o professor fosse o único detentor do saber e o aluno é 
considerado “sem luz” até que ele aprenda o que o professor tem pra lhe 
ensinar. 
Podemos afirmar que a Didática vai muito além do que essa definição clássica 
mencionada acima. Pois, dependendo da ocasião, os alunos também possam 
aprender com os seus próprios colegas e não apenas com o professor em sala 
de aula. Lembremos daqueles nossos colegas monitores onde marcavam 
horário na biblioteca de nossas escolas pra explicar a matéria que estávamos 
com dificuldade. 
Segue algumas definições da Didática na perspectiva de alguns especialistas: 
• Didática: É um dos ramos de estudo da Pedagogia […] É uma disciplina que estuda 
os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino tendo em 
vista finalidades educacionais, que são sempre sociais […] a Didática se baseia 
numa concepção de homem e sociedade. (LIBANEO, 2013); 
• A Didática em Questão: Uma reflexão sistemática e busca de alternativas para os 
problemas da prática pedagógica. (CANDAU, 2004); 
• Didática Geral: É comum a associação da Didática com o como ensinar, ou seja, 
com métodos e técnicas, mas, ressalta sobre a importância da reflexão sobre os seus 
fundamentos, sobre as razões de seu emprego, pois, caso contrário, corre-se o risco 
de nos convertermos em escravos dos instrumentos. (PILETTI, 2010); 
Podemos ver que o conceito sobre a Didática é algo amplo, e os autores citados 
aprofundam em suas obras. Se ainda compreendemos que a Didática é o ato 
de transmitir algo a alguém, então, nossa concepção é linear e tradicional, pois, 
nesse caso, apenas o professor é o protagonista do processo de aprendizagem. 
https://overdosedeteorias.files.wordpress.com/2016/04/didatica_charge.jpg
Além da apropriação crítica esperada no professor, bem como da autonomia 
nas ações pedagógicas, acrescentamos que a criatividade é uma característica 
fundamental ao professor para que ele crie, elabore sua prática com “mãos 
próprias” e não reproduza modelos pedagógicos de outras pessoas. A Didática 
é fazer e pensar a educação, é o trabalho docente, apresentar uma proposta de 
ensino, visando a objetivos educacionais; é pensar no que desejamos para os 
alunos e por que; é se envolver com a construção de um projeto de sociedade. 
REPORT THIS AD 
REPORT THIS AD 
 
Resumo da Aula 02 – Breve Retrospectiva Histórica da Didática 
Na Antiguidade, os pensadores Sócrates, Platão e Aristóteles foram 
considerados os primeiros educadores, representando algumas expressões 
filosóficas. Esses filósofos desenvolveram e difundiram concepções de educação 
do homem que ligam o desenvolvimento humano a finalidades colocadas em 
um modelo ideal de humanidade, de formação de caráter, de moral, de hábitos, 
do domínio das paixões, da justiça, do desenvolvimento religioso-intelectual, 
físico e artístico. 
Na Idade Média, a partir de influências da Igreja Católica, a educação enfatizou 
a formação do homem como ser incompleto em busca de perfeição. A Bíblia era 
o livro consagrado na pedagogia da escolástica, e os princípios fundamentais 
desse modelo de educação podem ser encontrados na obra de Santo Tomás de 
Aquino e na Ratio Studiorum dos jesuítas que foram os principais educadores de 
quase todo o período colonial. O estudo era privado, onde o mestre prescrevia 
o método de estudo, a matéria e o horário; as aulas eram ministradas de forma 
expositiva, os exames eram orais e o discípulo deveria memorizar, repetir o que 
decorou. Nessa época também, a educação era restrita à elite, aos filhos de 
brancos e colonos, padres, monges que enquanto estudavam, estavam isentos 
do trabalho; e enquanto os pobres trabalhavam, estavam excluídos da escola, 
cujo significado do termo se refere ao “lugar do ócio”. 
Na Idade Moderna, temos o Comenius (1592-1670) que foi considerado o Pai 
da Didática Magna. O cara criticou o dogmatismo da Igreja, a pedagogia da 
escolástica e afirmou que todos os jovens, independente do sexo, deveriam ter 
acesso à escola e propôs a reformulação do ensino e da cristandade. O Tratado 
Universal da Didática Magna se referia à arte de ensinar tudo a todos, sem se 
desvincular totalmente das ideias religiosas. Comeninus propõe que o aluno 
deveria ser instruído para os bons costumes visando o progresso da nação. 
Como podemos ver também, na ideia de Comeninus, o processo de ensino 
aprendizagem é controlado pelo professor, esperando-se que o aluno se 
comporte apresentando uma resposta ou uma conduta previamente 
determinada. 
Na Idade Contemporânea, temos o Herbert (1766-1841) que foi considerado o 
Pai da Pedagogia Tradicional. Podemos dizer que Herbert e Comenius são os 
principais representantes do modelo tradicional de ensino. Herbert nos ensina o 
método da transmissão-assimilação, tomando por base os estudos da Filosofia 
e da Psicologia. Com o foco no desenvolvimento moral e intelectual da criança, 
formulou um esquema de cinco passos a ser seguido pelo professor: 
1. Preparação do aluno: que pode se dar com a recordação da lição anterior, o 
despertar do interesse, a proposição de linhas gerais dentro das quais se situa a 
matéria que vai ser apresentada; 
2. Apresentação pelo professor do conteúdo a ser assimilado pelo aluno pela técnica 
daexposição (aulas expositivas); 
3. Assimilação pelo aluno do novo conteúdo por meio da comparação do 
conhecimento novo com o conhecimento ao velho, partindo sempre do mais 
simples para o mais complexo; 
4. Sistematizar o conhecimento visando à generalização; 
5. Aplicação através de exercícios; 
No modelo tradicional de ensino, professor tende a repassar o conteúdo como 
verdade absoluta, não se abre espaço para o questionamento na sala de aula, e 
o professor é o detentor da verdade. A finalidade educacional é que o aluno se 
ajuste à sociedade, se desenvolvendo moral e intelectualmente. Predomina, 
então, a cultura do silêncio, a autoridade do mestre e a disciplina baseada no 
medo da punição. 
REPORT THIS AD 
Nos anos 1700 até 1900, inúmeros pensadores contribuíram para o sistema 
educacional brasileiro, podemos citar: Rousseau, Decroly, Kilpatrick, Pestalozzi, 
Maria Montessori, Claparède, Froebel, Dewey, Freinet, Piaget. Podemos 
destacar aqui o Froebel (1782-1852) que foi o criador do Jardim de Infância. 
Ele dizia que as crianças são como plantas, cujo desenvolvimento futuro é uma 
consequência do tratamento que recebem nos primeiros anos de vida. Esses 
pensadores ajudaram a acrescentar uma influência para o modelo escolanovista 
no Brasil, década de 1930, ressaltando um movimento que visa superar a 
Pedagia Tradicional. Os representantes foram Anísio Teixeira, Fernando 
Azevedo, Lourenço Filho, Cecília Meireles e outros. Esses caras foram os 
pioneiros da educação renovada. 
Com o avanço da tecnologia, podemos ressaltar também o Ensino à Distância. 
Nada mais é fixo, estático, tratando-se das multimídias, do hipertexto (conjunto 
de textos, imagens, sons, etc.) como se fosse um caleidoscópio, conforme 
explica Pierre Levy (1994). O discurso ideológico para que as pessoas 
continuem acreditando que sua posição social se deve à falta de escolarização, 
falta de capacidade, habilidade, aptidão, e não às injustiças intrínsecas à 
própria sociedade capitalista, deveria fazer parte das discussões sobre a EAD. 
 
Resumo da Aula 03 – Correntes Pedagógicas Liberais 
Antes, seria bom analisarmos o porquê deste termo: liberal. 
O termo liberal veio para justificar a nossa sociedade capitalista que é 
caracterizada pelo individualismo, pelo imediatismo, competitividade e o consumo. 
E é sob essas bases que as tendências pedagógicas em questão se alicerçam. 
(Dermeval Saviani, 2008) 
Para facilitarmos a aprendizagem sobre as tendências pedagógicas, optamos 
por sistematizá-las, apontando suas características, discutindo sobre os reflexos 
no espaço de sala de aula, lembrando que são apenas referências da prática e 
nunca uma solução definitiva sobre como ser professor. 
No modelo tradicional, Comenius (Pai da Didática Magna) e Herbart (Pai da 
Pedagogia Tradicional) são os representantes principais e, nesse lance de 
modelo, o professor é o centro do processo de aprendizagem; ele detém o 
poder do conhecimento e o aluno é considerado um sujeito “sem luz”. O 
conhecimento é transmitido vertical e hierarquicamente do professor para o 
aluno que recebe, passivamente, uma massa de informações para arquivar em 
sua mente. 
Na Pedagogia Tradicional, o ensino é compreendido como um repasse de ideias 
do professor para a cabeça do aluno, os alunos devem compreender o que o 
professor transmite, mas apenas com a finalidade de reproduzir a matéria 
transmitida. A aprendizagem torna-se mecânica, automática, sem mobilizar a 
atividade mental, a reflexão e o pensamento independente e criativo dos 
alunos. O aluno não podia questionar o seu professor e acabava que não 
exercendo uma cidadania crítica. 
Em seguida, temos a Escola Nova que também pode ser denominada de ativa, 
progressiva (ou progressivista) e renovada. É neste lance que o professor 
passará a estreitar os vínculos com o aluno, se relacionando de forma mais 
amigável, centralizando o ensino do educando, permitindo, ao mesmo, mais 
espontaneidade e o comportamento do aluno torna-se mais ativo. O aluno pode 
participar de aulas práticas em laboratórios, experimentação, soluções de 
problemas, aulas passeio, na horta, entre outros. Um modelo para se trabalhar 
disciplinas de ciências naturais, fazendo experimentos. 
REPORT THIS AD 
Temos também a Pedagogia Liberal Tecnicista que é um ensino que surgiu nos 
EUA durante o século XX, chegando ao Brasil entre as décadas de 60 e 70. O 
Tecnicismo acredita que a consciência do homem é formada pelas relações 
acidentais estabelecidas com o meio e devem ser controladas cientificamente 
através da Educação. Tal ensino é inspirado na Teoria Behaviorista, 
comportamental de Skinner, e essa abordagem acabou sendo imposta às 
escolas pelos organismos oficiais por ser compatível com a orientação 
econômica, política e ideológica do regime militar vigente. A instituição passa a 
enfatizar a importância de uma definição precisa do que o aluno deverá 
aprender e a importância de estruturar cuidadosamente os materiais a serem 
utilizados (apostila) para o aluno aprender exatamente o que se quer que ele 
aprenda. 
 
Resumo da Aula 04 – Correntes Pedagógicas Progressistas 
Existe dois tipos de professor: o pesquisador e o reprodutor. O professor 
pesquisador é autor do que faz, não replicando conhecimentos ou reproduzindo 
modelos pedagógicos, de modo que, ao adotar uma prática mais tradicional, ele 
terá consciência sobre o que está fazendo, conseguirá se responder sobre o 
sentido de sua prática e, em caso de ser questionado, argumentará com 
fundamento. Já o professor reprodutor, se for perguntado sobre sua prática, 
sobre o porquê de trabalhar um determinado assunto, responderá que o motivo 
é porque está no livro, no programa, na emenda, no planejamento determinado 
pela escola. Entendeu a lógica? Ele apenas reproduz o que lhe foi passado. 
Vamos então analisar três tendências progressistas: Libertadora (Década de 
1960), Libertária (Década de 1980) e Crítico Social dos Conteúdos. 
Libertadora (Década de 1960): Paulo Freire (1921-1997) é o cara nesta 
tendência. Considerado um dos maiores educadores brasileiros do século XX, a 
educação, para ele, deve ser um instrumento de libertação do estado de 
opressão. Freire defende uma prática educativa transformadora, fundada na 
ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando. O aluno vai 
se transformando em um real sujeito da construção e da reconstrução do saber 
ensinado, ao lado do educador, igualmente, sujeito do processo. É neste lance 
que o professor deve incentivar a curiosidade, a liberdade de expressão, a 
criatividade, o viver e aprender com o diferente. 
Libertária (Década de 1980): Esta tendência não se afasta muito da 
Libertadora, mas há um sentido expressamente político à medida que se afirma 
o indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento individual somente 
se realiza no coletivo. A ideia básica da Pedagogia Libertária é introduzir 
modificações institucionais, a partir dos níveis subalternos que, em seguida, vão 
contaminando todo o sistema. O Ensino à Distância (EAD) pode ser considerado 
um exemplo de prática libertária, pois o aluno é gestor do seu próprio 
conhecimento, escolhendo o seu próprio caminho. 
Crítico Social dos Conteúdos: Esta tendência levanta uma ideia de difundir 
os conteúdos escolares concretos, porém, indissociáveis da realidade social do 
aluno. O conteúdo teórico deverá ser vinculado à prática, para que o aluno veja 
sentido no que está aprendendo, podendo lhe ser útil em sua prática 
imediata/social, útil em sua vida; e a partir daí, introduzir a possibilidade de 
uma reavaliação crítica frente aos conteúdos sistematizados e aprendidos. 
 
Resumo da Aula 05 – Planejamento no Campo da Educação 
REPORT THIS AD 
REPORT THIS AD 
Todo planejamento envolve definir metas; incluir parâmetros e refletir princípios 
educacionais que sejam capazes de orientar o processo de formação humana, 
ter relação com a sociedade e com que projetode homem se pretende formar. 
Planejar é estudar e assumir uma atitude séria e curiosa diante de um 
problema. 
No campo educacional, temos os seguintes níveis de planejamento: 
educacional, curricular e do ensino. 
Planejamento Educacional: “Consiste na tomada de decisões sobre a educação 
no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de 
planejamento requer a proposição de objetivos a longo prazo que definam uma 
política da educação.” (PILETTI, 2004, p. 62) 
Planejamento Curricular: Refere-se aos planos desenvolvidos por 
instituições educacionais que deverão tomar como base os órgãos 
governamentais para elaborar e executar suas propostas pedagógicas, 
implicando na definição de conteúdos, carga horária, tipos de atividades, e 
obedece as orientações das Diretrizes curriculares. Embora o currículo seja mais 
ou menos determinado, cabe à escola interpretar e operacionalizar estes 
currículos. 
Planejamento de Ensino: “É a especificação do planejamento curricular. 
Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará 
em sala de aula para conduzir os alunos a alcançar os objetivos propostos.” 
(PILETTI, 2004, p. 62). Pode ser também aquele planejamento desenvolvido 
por educadores/professores no âmbito de suas atividades. 
Portanto, o planejamento busca um rumo, é uma ação intencional com sentido 
explícito, com compromisso, porém, deve ser definido e (re) definido 
coletivamente. Conforme as palavras de Freitas (1991, p. 23) “tem que nascer no 
próprio chão da escola“. Na prática, significa abrir um espaço permanente de 
diálogo entre os profissionais da educação, os sujeitos da comunidade escolar, 
visando à contextualização do ensino, a não dicotomia entre escola e 
sociedade, não trabalhando, exclusivamente, os conteúdos estabelecidos no 
currículo obrigatório determinado pelos órgãos superiores governamentais e 
consequentemente pela escola. Trata-se de criar um contexto democrático de 
decisão sobre os conteúdos de ensino, configurando uma ideia mais ampla e 
real de escolarização. 
Em seguida temos o Planejamento Participativo que se propõe a romper a 
lógica hierarquizada e verticalizada de gestão, não implicando em reunir todo 
mundo para planejar tudo, o tempo todo. Mas de organizar as formas de 
participação e instâncias de tomadas de decisões. O planejamento participativo 
assume que a efetividade de um processo está na capacidade de entender que 
o poder emana da responsabilidade de cada um e não da posição hierárquica 
que ocupa na organização. Todos tem um nível de responsabilidade, que se 
transforma em corresponsabilidade na tomada e execução das decisões. Seu 
desafio é estimular a participação construtiva de todos os sujeitos da 
comunidade escolar e para isso precisa ser incentivadora, dinamizadora e 
facilitadora do processo de construção coletiva para que as metas definidas 
sejam alcançadas. 
 
Resumo da Aula 06 – Planejamento Didático e os Objetivos 
Educacionais 
Os professores creem que o planejamento é baseado no autoritarismo, na ação 
tecnicista, onde os professores são detentores de poder e almejam controlar os 
processos pedagógicos segundo os interesses do mercado, do sistema vigente, 
garantindo assim a reprodução, a manutenção do status quo. Já outros 
consideram que as práticas educacionais estão acima da definição de objetivos. 
Elas acontecem e promovem aprendizagens independentemente das “vontades 
explícitas” dos sujeitos envolvidos e, assim, não há sentido em se gastar tempo 
com isto. 
REPORT THIS AD 
REPORT THIS AD 
A postura autoritária está de acordo com os modelos liberais de ensino 
tradicional ou tecnicista, em que o aluno não tem o direito de questionar o que 
está posto, ou a construir uma nova ordem social, tendo que se enquadrar no 
sistema vigente e adaptar-se a este. O aluno estaria sendo formado para 
aceitar os fatos como inexoráveis, garantindo assim a reprodução da estrutura 
social vigente. É necessário desenvolver uma certa sensibilidade para 
compreender o que está por trás dos fatos e desenvolver uma visão crítica 
sobre o sentido da educação. Sendo assim, o desafio imposto à docência está 
em irmos além da formação técnica; em ultrapassarmos o modelo 
reprodutivista. Mas, para aproximarmos deste objetivo educacional, não 
devemos superdimensionar os objetivos menores, específicos, 
comportamentais, imediatistas, com finalidades meramente utilitaristas. 
Um professor que respalda a prática na pedagogia progressista admitirá que 
outros projetos surjam no caminho, rompendo com a fragmentação e 
isolamento do conhecimento, sendo o conteúdo tratado de forma 
contextualizada. O professor deve ter a consciência sobre o que pretende para 
os alunos, por que pretende, que tipo de formação deseja para os alunos e que 
tipo de sociedade deseja ajudar a construir, o que se refletirá em seu fazer 
docente. Quanto mais o professor tiver consciência sobre o seu papel diante da 
sociedade, mais capaz ele será de fazer correspondência entre os conteúdos 
que ensina e sua relevância social, frente às exigências de transformação da 
sociedade presente e diante das tarefas que cabe ao aluno desempenhar no 
âmbito social, profissional, político e cultural. 
Os objetivos gerais são mais amplos, alcançados em médio e longo prazo; 
consiste na contribuição do professor pela formação do sujeito. Já os objetivos 
específicos são mais precisos e alcançados em curto prazo. Tais objetivos 
ressaltam que o professor dá conta dos objetivos específicos e, ao término do 
período letivo, alcança o objetivo geral. Por um outro lado, um professor 
progressista poderá perseguir na aula os objetivos específicos, mas não perderá 
de vista o “salto na qualidade”, ou seja, levará seus alunos à reflexão sobre o 
sentido de aprender tal conteúdo. Já o professor tradicional (ou tecnicista) 
ficará preso ao objetivo específico, cometendo exageros e não contribuindo 
para uma formação mais crítica, ampla e consciente. 
Quanto aos domínios: 
Cognitivo/Intelectual: Quando o aluno apresenta o domínio da matéria, 
quando está em dia com os conteúdos de ensino. (PIETTI, 2004, p. 32). 
Afetivo/Humorístico: Diz respeito aos sentimentos e emoções. Aprender a 
apreciar o belo através das obras de artes é uma aprendizagem afetiva. 
Psicomotor: É a aprendizagem de hábitos que incluem desde habilidades 
motoras, como aprender a andar e a dirigir um automóvel, por exemplo, até 
habilidades verbais e gráficas, ou seja, aprender a falar e a escrever (PILETTI, 
2004). 
 
Resumo da Aula 07 – Planejamento Didático e os Conteúdos Escolares 
Você já questionou sobre os conteúdos escolares e a forma como este é 
aplicado em sala de aula? Então? A quem compete a seleção e organização dos 
conteúdos escolares? E como devem ser tratados os conteúdos no espaço de 
sala de aula, virtual ou presencial? Afinal, qual o propósito de tais conteúdos? 
REPORT THIS AD 
REPORT THIS AD 
Os conteúdos escolares tratam-se do conhecimento científico que ensina aos 
alunos para que desenvolvam as capacidades que lhe permitam produzir e 
usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos. Os conteúdos não devem ter 
características de terminalidade, mas sim como ponto de partida para novos 
conhecimentos. Por um outro lado, o professor do modelo tradicional trabalha 
com o conteúdo estudado no sentido de terminalização, ou seja, como se o 
assunto não tivesse nenhuma relação com o assunto anterior. 
O fato é que o professor precisa ser um pesquisador. Não há como desenvolver 
uma visão crítica sobre o objeto de estudos em questão sem o aprofundamento 
do conhecimento. E quando o professor dialoga com seus alunos sobre os 
conteúdos de ensino, eis uma forma de estabelecer relações entre a escola e a 
sociedade. O professor não deve fragmentar o saber, e sim contextualizá-lo. O 
saber deve partir da realidade, do saber do aluno, do óbvio, do senso comum. 
É preciso de segurança, fundamentação e um poucode ousadia para trabalhar 
de forma contextualizada, articulada à prática e à sociedade, pois do contrário, 
o professor ficará mesmo submetido às imposições externas, ou seja, às 
determinações da escola e dos órgãos governamentais, ou ainda, aprisionado 
ao livro didático adotado pela escola. 
O papel do professor progressista é de apresentar os conteúdos e as atividades 
de aprendizagem de forma que os alunos compreendam o porquê do que 
aprender. Os alunos devem compreender o sentido do conhecimento e, assim, 
desenvolver expectativas positivas em relação à aprendizagem, e assim, 
sintam-se motivados para o trabalho escolar. 
Os conteúdos de ensino, na visão de Nilda Alves, é a seleção daqueles 
conhecimentos adquiridos no nosso mundo e aplicados na escola. Isto nos leva 
a reconhecer que outros conhecimentos foram proibidos de entrarem na escola. 
Em geral, a escolha para o que podia entrar na escola como conhecimento a 
ser aprendido era feita buscando o que era conveniente ou não aos que iam 
aprender. Escolha essa que privilegiava aspectos morais que levassem à 
manutenção da autoridade nas mãos de quem sempre a teve, servindo para 
formar pessoas subordinadas a ordens sociais prescritas. 
 
Resumo da Aula 08 – Planejamento Didático e os Procedimentos do 
Ensino 
Faz-se necessária a contextualização do processo de aprendizagem, sobretudo, 
quando respaldamos a prática em perspectivas progressistas da educação. A 
partir das diversas literaturas especializadas sobre o assunto em pauta, cabe ao 
professor, fazer a apropriação crítica, a sua leitura própria, (re)significando os 
modelos de ensino apresentados por estudiosos e praticantes da educação. 
O Planejamento de Ensino e a Avaliação Escolar são meios para alcançar 
objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de 
ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos 
para atingir objetivos e conteúdos. 
Outras definições: 
Estratégia: É uma palavra emprestada da terminologia militar. Trata-se de 
uma descrição dos meios disponíveis pelo professor para atingir os objetivos 
específicos. 
Método: O significado etimológico da palavra método é: caminho a seguir para 
alcançar um fim; um roteiro geral para a atividade. O método indica as grandes 
linhas de ação. 
REPORT THIS AD 
REPORT THIS AD 
Técnica: É a operacionalização do método. Se um professor quer utilizar um 
método ativo para atingir seus objetivos, poderá operacionalizar esse método 
através da utilização das diferentes técnicas de dinâmica de grupo. 
Procedimento: Maneira de efetuar alguma coisa. Consiste em descrever as 
atividades desenvolvidas pelo professor e as atividades desenvolvidas pelos 
alunos. 
Um dos desafios dos professores seria criar um ambiente onde os alunos se 
sintam insatisfeitos com as limitações de suas representações, com suas 
realidades sociais. Realidades essas que estão postas, determinadas e abertas 
às explicações científicas para poder transformar suas realidades sociais, 
ficando evidente a relevância da conscientização acerca dos fatos, pois, do 
contrário, não se intervém, não se sai da zona de conforto. 
Método da Contradição: Segundo Alonso Rays, o professor deve 
proporcionar ao educando um modo significativo de assimilação crítica da 
ciência, representada na escola pela matéria de ensino e o confronto desta com 
as necessidades sócio-culturais dos diferentes grupos sociais que frequentam a 
mesma coisa. Ou seja, alunos e professor fazem da sala de aula um espaço de 
trabalho, de pesquisa, de busca de novas respostas, novas possibilidades a 
partir da constatação de fatos. 
Método da Aula Prática/Aula-Passeio: Adotar aulas-passeio como 
estratégia é louvável, mas, se desejamos contribuir para a formação crítica e 
emancipada das novas gerações, não podemos parar por aí. Cabe ao professor 
retornar para a sala de aula e atribuir um sentido mais amplo sobre a atividade 
realizada, além de uma simples demonstração, frustrando os alunos em não 
permitir a experimentação, ou seja, o aprender fazendo. 
Método do Aprender Fazendo: “Agir com uma meta é agir inteligentemente. 
Aprender fazendo.” (J. Dewey, 1859-1952) Trata-se de um método ativo que 
valoriza a experiência concreta do aluno, que observa, manipula materiais, 
objetos, experimenta, pesquisa. É o método da descoberta, pois o aluno fica 
em contato direto com o meio natural, tendo como objetivo o desenvolvimento 
espontâneo e intelectual. 
Método da Interdisciplinaridade: “O ensino interdisciplinar nasce da 
proposição de novos objetivos, de novos métodos, de uma nova pedagogia, cuja 
tônica primeira é a supressão do monólogo e a instauração de uma prática dialógica. 
Para tanto, faz-se necessário a eliminação das barreiras entre as pessoas que 
pretendem desenvolvê-las….” (JAPIASSU, in: Fazenda, 1991, p. 35). 
Aula Expositiva: Trata-se de um modelo tradicional de ensino, entretanto, a 
nossa prática indica que podemos (re)ssignificar a aula expositiva e torná-la, 
além de expositiva, interativa, ao dialogarmos com os alunos sobre o objeto de 
estudos em questão, “quebrando” a rotina de uma prática mais conservadora 
quando apenas o professor é o centro do processo de aprendizagem. 
Estudo Dirigido: É uma estratégia que, quando bem utilizada, pode oferecer 
bons frutos. O professor propõe algumas temáticas de estudo e orienta 
literaturas, pesquisas, incentivando a autonomia do educando. 
Jogos: São uma estratégia ou técnica que torna a aula mais lúdica. O professor 
pode criar jogos tais como cruzadas, jogo da memória, trilha, competições 
entre os alunos. 
Dramatizações: Através do teatro. 
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Estudo de Caso: O professor pode propor uma situação-problema para que os 
alunos resolvam e proponham soluções. É importante ressaltar que as soluções 
não sejam aleatórias, espontaneístas, e sim fundamentadas, evitando-se assim 
que os alunos “atirem” para todos os lados sem saber onde chegar. 
Método de Projetos: Permitir que os alunos escolham as temáticas de estudo 
relacionados à disciplina, cabendo ao professor fazer um trabalho de orientação 
sobre o que pesquisar, como pesquisar, para que pesquisar, além da orientação 
acerca da produção de texto, em que o aluno apresentaria os resultados de sua 
pesquisa. 
Denominação de método: 
• Analógico: É aquele que faz a integração dos outros dois; 
• Dedutivo: É aquele que vai do geral para o particular; 
• Indutivo: É aquele que vai do particular para o geral; 
O professor poderá explorar inúmeros recursos como recursos materiais, mapas 
conceituais, aulas teletransmitidas, fóruns, CHAT, tecnologia móvel (tablets, 
celulares), entre outros. Kensky (1998) ressalta que as velozes transformações 
tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e 
aprender. É preciso que se esteja em permanente estado de aprendizagem e de 
adaptação ao novo. 
 
Resumo da Aula 09 – Planejamento Didático e a Avaliação Escolar 
Falar de avaliação escolar é bem complexo, pois trata-se de uma ação 
pedagógica realizada por uma pessoa, o que faz dessa prática poder se 
submeter ao risco da subjetividade, do olhar tendencioso, impreciso e 
desatendo do professor, principalmente quando trabalha em diversas turmas e 
com um número elevado de alunos. Por mais que o professor seja bem 
formado na ética, ele é um ser humano e pode cometer erros/injustiças nas 
avaliações. Para Haydt (2006), o termo avaliar tem sido constantemente 
associado a expressões como fazer prova, fazer exame, atribuir nota, repetir ou 
passar de ano. Esta associação é resultado de uma concepção arcaica, mas 
tradicionalmente dominante. Porém, não se trata de um “jogo de palavras”. É 
preciso ver se, de fato, houve mudança no ato de avaliar o educando, pois 
mudar as estratégias, as ações pedagógicas que dependerão da concepção que 
o professor, assim como também da cultura da escola, se mais tradicional, mais 
conservadoraou construtivista e progressista. 
Segundo Vasco Moretto (2003), a avaliação não deverá ser um acerto de 
contas, e sim um momento privilegiado de estudos. Mas, infelizmente, nem 
todos os professores pensam assim. Normalmente, os alunos sentem medo de 
errar e da reprovação. Nas bibliotecas, a fila do xerox fica lotada nos dias de 
prova. Isso mostra que precisamos construir uma nova cultura de 
aprendizagem, do aprender a aprender. 
Segundo Kensky, ao assumirmos que o ato de avaliar-se faz presente em todos 
os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está 
presente em todos os momentos vividos em sala de aula. O pensamento de 
Kensky é bastante progressista na medida em que reconhece a possibilidade de 
o professor também ser avaliado além do aluno, já que este pode tornar o 
processo de aprendizagem mais flexível, bem como estimular o trabalho 
coletivo e não o individualismo, o que é comum em práticas pedagógicas 
respaldadas no modelo tradicional de ensino. É preciso dar voz aos alunos, 
humanizar o discurso; abrir espaço para que eles se posicionem sem 
patrulhamento ideológico, resgatando o caráter polissêmico da escola. 
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Infelizmente existem profissionais que acreditam estar acima do bem e do mal, 
num pedestal de hipocrisia e de autoritarismo. A crítica que precisa ser feita 
recai, na maioria das situações avaliativas, sobre os aspectos mais negativos do 
que positivos. Em vez de observar o processo de construção do aluno, alguns 
desses professores não se preocupam em discutir os critérios avaliativos com 
suas turmas no início do período, antes de cada prova, de partilhar isso com os 
responsáveis, num trabalho de negociação. 
A prática avaliativa, quando responsável, amorosa, formativa e dialética, 
resgata a autoestima dos alunos e os ajuda na sua trajetória pessoal e de 
aprendizagem. Quando não, criam alienados, oportunizam desigualdades, 
alimentam desesperança e exclusão. Na visão de Libaneo (2013), a avaliação 
exerce três funções: 
1. Função Pedagógico-Didática: Refere-se ao papel da avaliação no cumprimento 
dos objetivos gerais e específicos da educação escolar. Favorece uma atitude mais 
responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-o como um dever social. 
2. Função Diagnóstica: Permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a 
atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de 
ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos. A avaliação ocorre no 
início, durante e no final do desenvolvimento das aulas. No início verificam-se as 
condições prévias dos alunos de modo a prepará-los para o estudo da matéria 
nova. Durante o processo das aulas, é feito o acompanhamento do progresso dos 
alunos e, ao mesmo tempo, fornece ao professor informações sobre como ele está 
conduzindo o seu trabalho. E, por fim, é necessário avaliar os resultados da 
aprendizagem no final de uma unidade didática, do bimestre ou do ano letivo. 
3. Função de Controle: Refere-se aos meios e à frequência das verificações e de 
qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações 
didáticas. Nesse caso, não se deve quantificar os resultados. O controle parcial e 
final se refere a verificações efetuadas durante o bimestre, no final do bimestre e 
no final do semestre ou ano, caso a escola exija o exame final. 
 
Resumo da Aula 10 – Trabalho Docente 
A ideia é despertar um olhar crítico sobre os fatos, deixando claro que entre 
teoria e prática sempre existirão lacunas, cabendo ao professor comparar 
dialeticamente essas duas lógicas e buscar a superação, a transformação, 
perseguindo novas respostas a partir do lugar que ocupa na sociedade. 
Educação Bancária: No centro do processo, é o professor que detém o saber 
e espera que o aluno assimile-o passivamente. A esse modelo, o autor 
denominou de educação bancária, enciclopedista, conteudista. Segundo Paulo 
Freire (1987), a educação torna-se um ato de depositar, em que os educandos 
são os depositários e o educador o depositante. A única imagem que tem são 
os educandos receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los […] no fundo, 
os grandes arquivados são os homens […] arquivados, porque, fora da busca, 
fora da práxis, os homens não podem ser. Nesta distorcida visão da educação, 
não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe invenção, 
reinvenção, busca inquieta, impaciência, que os homens fazem no mundo, com 
o mundo e com os outros […]. O ‘saber’ é uma doação dos que se julgam 
sábios aos que julgam nada saber. E o educador que aliena a ignorância se 
mantém em posições fixas, invariáveis. 
Infelizmente, a relação aluno – professor é marcada pela hierarquia, pelo 
distanciamento e formalidade. O aluno não se sente representado no currículo 
escolar, pois não participa como sujeito protagonista do processo de 
aprendizagem. Como citado acima, o senhor Freire nos dizia que o modelo da 
educação bancária não possui criatividade, não há transformações e não há 
saber. Na condição da educação bancária, o aluno é o sujeito passivo e sua 
formação é meramente reprodutora, contribuindo apenas para garantir a 
manutenção da estrutura social vigente, o status quo. Com isso, Freire sinaliza 
para a cultura do silêncio e acrescenta que: 
1. O educador é o que educa; os educandos são educados; 
2. O educador é que sabe; os educandos, os que não sabem; 
3. O educador é o que pensa; os educandos, os pensados; 
4. O educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; 
5. O educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; 
6. O educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos, os que seguem a 
prescrição; 
7. O educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam, na 
atuação do educador; 
8. O educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, jamais ouvidos 
nesta escolha, acomodam-se a ele; 
9. O educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que 
opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às 
determinações daquele; 
10. O educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos; 
Se desejamos formar o aluno criticamente frente ao mundo, precisamos 
levantar questionamentos a respeito do objeto de estudos. Podemos dizer o 
mesmo a respeito em que o professor solicita aos alunos que plantem feijão no 
algodão para que eles estudem, conheçam as partes do vegetal; mas, se a aula 
parar por aí, apenas na demonstração, apesar da prática, não abriremos espaço 
para que os alunos manifestem suas inquietações frente à realidade vivida. 
Note que a educação pode funcionar como um instrumento de opressão ou 
libertação e transformação, e que isto não ocorre apenas na relação aluno – 
professor, mas que a partir da prática docente, é possível contribuir para 
transformar o sistema. É preciso também reforçar que não é suficiente uma 
aula prática para formar um aluno crítico, pois, o sentido da prática pode se 
perder caso o professor não tenha esses valores interiorizados dentro de si; 
De acordo com Vázquez, o homem comum só concebe a prática como prática-
utilitária, isto é, aquilo que ele usa para satisfazer as necessidades imediatas da 
vida cotidiana, o que não é suficiente quando pensamos em construir um 
mundo mais justo, digno, democrático e melhor de se viver. Nessa perspectiva, 
a práxis, por sua vez, é “a atividade humana que produz objetos, sem que, por 
outro lado, essa atividade seja concebida com o caráter estritamente utilitário que se 
infere do prático na linguagem comum […] A práxis é a atividade humana 
transformadora da realidade natural e humana.” 
Como atividade humana, a prática pedagógica pode se constituir em atividade 
de prática, numa visão utilitarista, ativista e espontaneísta, ou sem uma práxis 
guiada por intenções conscientes. Neste lance temos a prática pedagógica 
repetitiva e a prática pedagógicareflexiva. Na repetitiva, a unidade teoria e 
prática é rompida, a fragmentação do conhecimento encontra espaço para 
efetivar-se, havendo dificuldades para a introdução do novo. 
Na sala de aula, o trabalho do professor é condicionado pelo regime escolar. O 
regime escolar é o documento administrativo e normativo de uma unidade 
escolar que, fundamentado na proposta pedagógica, estabelece a organização 
e o funcionamento da escola e regulamenta as relações entre os participantes 
do processo educativo. 
Cabe ao professor despertar no educando o senso de coletividade, o desejo de 
ir além do imediatismo, compreendendo a educação como instrumento de 
transformação de realidades sociais, e não apenas para mobilizar a motivação 
pessoal, o interesse pessoal, visando à aprovação no final do ano letivo. O 
projeto da escola deverá ser mais aberto, e não apenas responder aos 
interesses de uma sociedade capitalista, respaldada na lógica do mercado, e, 
portanto, individualista e competitiva.

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