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Resistência dos Materiais I Engenharias Aulas 1 e 2 Professor Thiago Guerra Ementa da Disciplina: Provas: • P1: 11/04 • P2: 06/06 • Exame Final: 28/06 • Proibido uso de celulares durante a prova; • Permitido o uso de calculadora apenas. • Os trabalhos devem ser entregues 1 semana antes de cada prova, nos 20 primeiros minutos de aula. Bibliografia da Disciplina: Introdução: • Muitos materiais quando em serviço estão sujeitos a forças ou cargas; – Liga de alumínio da asa do avião; – Aço do eixo do automóvel; • Deve-se conhecer as características do material; • A deformação resultante não seja excessiva e não cause fratura. Propriedades Mecânicas: • São verificadas através de experimentos laboratoriais cuidadosos; • O experimento deve reproduzir de forma mais fiel possível as condições de serviço do material; • A carga aplicada pode ser: Tração, compressão ou cisalhamento; Sua magnitude pode ser constante ou variar ao longo do tempo. • Tempo de aplicação pode variar. • A temperatura também pode ser um fator importante. Orgãos regulamentadores: • Ensaios padronizados; • Nos EUA a organização mais ativa é a ASTM (American Society for Testing and Materials). – www.astm.org Papel do Engenheiro: • Entender e determinar as distribuições de tensões em estruturas que estejam submetidas a cargas definidas; • Produção e fabricação de materiais oara atender as exigências de serviço previstas; • Pode ser realizado por técnicas experimentais de ensaio e/ou através de análises teóricas e matemáticas de tensões. Ensaio de Tração: (ASTM E8 e E8M) • Uma amostra é deformada, geralmente até a fratura, por uma carga de tração que é aumentada gradativamente e que é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo maior de um corpo-de-prova. • A máquina de ensaios de tração é projetada para alongar o corpo-de-prova a uma taxa constante, ao mesmo tempo em que mede a carga aplicada e os elongamentos resultantes. Equipamento Ensaio de Tração: Corpo-de-prova: • Normalmente a seção transversal é circular; • Sua configuração é tal que a deformação fica confinada à região estreita e reduz probabilidade de fratura nas extremidades. Resultados: • O resultado registrado é na forma da carga em função do elongamento. • Essa característica é dependente do tamanho do corpo-de-prova. – Será necessário 2x mais carga para produzir um mesmo elongamento se a área da seção transversal do corpo-de- prova for dobrada. Tensão de Engenharia: • Para minimizar os fatores geométricos, a carga e o elongamento são normalizados para os seus respectivos parâmetros de “tensão de engenharia”: F => carga aplicada A0 => área original da seção • Unidade da tensão de engenharia: Pascal (Pa) Deformação de Engenharia: • Definida como: l0 => comprimento original li => comprimento instantâneo • Grandeza adimensional. • Pode ser expressada como porcentagem (x100). Tensão Admissível Fator de Segurança • Para garantir a segurança de uma estrutura, é necessário escolher uma tensão admissível que restrinja a carga aplicada, a uma que seja menor que aquela que a estrutura possa suportar. Há vários motivos para isso: – Imperfeições no cálculo; – Imperfeitções oriundas do processo de fabricação; – Variabilidade nas propriedades mecânicas dos materiais; – Degradação do material, etc. Tensão Admissível Fator de Segurança • Uma das maneiras de especificar a tensão admissível é definir um coeficiente de segurança dado por: • A tensão de ruptura é determinada experimentalmente e o coeficiente de segurança é selecionado baseado no tipo de estrutura e em suas aplicações. _Numerador se refere ao estado crítico de operação; _Denominador ao estado admissível. • Fator de segurança, é utilizado a fim de evitar que ocorram falhas no projeto, por exemplo: – se você projetar uma viga para suportar uma carga igual a 10KN e for aplicada uma carga maior do que a suportada, sua viga não suportará. – Por isso usamos o coeficiente de segurança e é importante ressaltar que o coeficiente de segurança sempre será maior do que 1. Ensaio de Compressão: (ASTM E9) • Este ensaio é conduzido de maneira semelhante à de um ensaio de tração, exceto pelo fato de que a força é compressiva e o corpo-de-prova se contrai ao longo da direção da tensão; • Por convenção, a força de compressão é considerada negativa, o que produz uma tensão negativa assim como a deformação; • Usado primordialmente para materiais frágeis. Ensaio de Cisalhamento: (ASTM E143) • A tensão cisalhante é calculada de acordo com: F => carga aplicada em uma direção paralela às faces superior e inferior, com área A0 • A deformação de cisalhamento é definida como sendo a tangente do ângulo de deformação. Tensão de Cisalhamento: • Tensão de cisalhamento, tensão tangencial, ou ainda tensão de corte ou tensão cortante é um tipo de tensão gerado por forças aplicadas em sentidos iguais ou opostos, em direções semelhantes, mas com intensidades diferentes no material analisado. • Um exemplo disso é a aplicação de forças paralelas mas em sentidos opostos, ou a típica tensão que gera o corte em tesouras. Tensão de Cisalhamento: Age tangencialmente à superfície do material. Tensão de Cisalhamento: Tensão de Cisalhamento: • O cisalhamento é provocado pela ação direta da carga aplicada F. Ocorre freqüentemente em vários tipos de acoplamentos simples que usam parafusos, pinos, materiais de solda, etc. Módulo de Cisalhamento: • É definido como sendo a razão entre a tensão de cisalhamento aplicada ao corpo e sua deformação específica; Tensão de Esmagamento: • Os parafusos, pinos e rebites provocam tensões de esmagamento nas barras que estão ligando, ao longo da superfície de contato. No exemplo abaixo, o rebite exerce na placa A uma força P igual e de sentido contrário à força F, aplicada sobre o rebite pela placa. • A força P representa a resultante das forças elementares que se distribuem ao longo da superfície interna do semicilindro de diâmetro "d" e comprimento "t". • A distribuição das tensões ao longo dessa superfície cilíndrica é de difícil obtenção e, na prática, se utiliza um valor nominal médio para a tensão, chamado de tensão de esmagamento. • Obtém-se a tensão de esmagamento dividindo a força P pela área do retângulo que representa a projeção do rebite sobre a seção da chapa. Essa área é igual a "t . d", onde é a espessura da chapa multiplicado pelo diâmetro do rebite. Deformação Elástica: • O grau no qual uma estrutura se alonga ou se deforma depende da magnitude da tensão que lhe é imposta. Para a maioria dos metais que são submetidos a uma tensão de tração em níveis relativamente baixos, a tensão e a deformação são proporcionais entre si, de acordo com a Lei de Hooke E => módulo de elasticidade (módulo de Young) Rigidez ou resistência do material à deformação elástica Deformação Elástica: • O processo de deformação no qual a tensão e a deformação são proporcionais é chamado de “deformação elástica” ou deformação no regime elástico. • Não é permanente; Proporcional às alterações no espaçamento interatômico. Propriedades Elásticas: • Quando uma tensão de tração é imposta sobre uma amostra de um metal, um elongamento elástico e a sua deformação correspondente ez resultam na direção da tensão aplicada (direção z). • Como resultado, existirão constrições nas direções laterais perpendiculares à tensão aplicada; a partir dessas contrações, as deformações compressivas podem ser determinadas (ex ; ey). – Se a tensão for uniaxial e o material for isotrópico, esses valores serão iguais. Coeficiente de Poisson: • Definidocomo sendo a razão entre as deformações laterais e axial: • O sinal negativo está incluído na fórmula porque as deformações transversais e longitudinais possuem sinais opostos. – Materiais convencionais têm coeficiente de Poisson positivo, ou seja, contraem-se transversalmente quando esticados longitudinalmente e se expandem transversalmente quando comprimidos longitudinalmente Coeficiente de Poisson: • No caso de materiais isotrópicos, o módulo de cisalhamento (G), o módulo de Young (E) e o coeficiente de Poisson relacionam-se pela expressão: Deformação Plástica: • Para a maioria dos materiais o regime de deformação elástico é muito pequeno e na medida que o material é deformado além desse ponto, a tensão não é mais proporcional à deformação; • Acontece uma deformação permanente, não recuperável, ou deformação plástica. • A transição do comportamento elástico para o plástico é gradual, para a maioria dos metais. Deformação Plástica: • A maiorida das estruturas é projetada para assegurar que ocorrerá apenas deformação elástica quando uma tensão é aplicada. É útil então, conhecer o nível de tensão no qual a deformação plástica tem seu início. • O “limite de proporcionalidade” mostra o ponto (P) onde se inicia o afastamento da linearidade na curva tensão-defromação. Deformação Plástica: • Nem sempre a determinação deste ponto (P) pode ser feita com precisão; • Foi estabelecida uma convenção onde uma linha reta é construida paralelamente à porção elástica da curva tensão-deformação, a partir de uma pré deformação de 0,002. • A tensão correspondente à interseção dessa linha com a curva tensão-deformação é definida como o limite de escoamento. Deformação Plástica: Limite de Resistência a Tração: • Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação plástica nos metais aumenta até um valor máximo, o ponto M na figura a seguir, e então diminui até a eventual fratura do material. • O LRT é a tensão no ponto máximo da curva tensão- deformação de engenharia. • Se essa tensão for aplicada e mantida, ocorrerá a fratura. Limite de Resistência a Tração: Limite de Resistência a Tração: • Toda deformação até esse ponto é uniforme ao longo de toda região estreita do corpo-de-prova; • Ocorre o fenômeno do “empescoçamento”; Ductilidade: • Medida do grau de deformação plástica suportada até a fratura. • Materiais que apresentam uma deformação plástica muito pequena são chamados de “frágeis”. • Pode ser espressa quantitativamente como alongamento percentual: Ductilidade: • Representação esquemática do comportamento tensão-deformação em tração para materiais: Importância da Ductilidade: • Indica ao projetista o grau ao qual uma estrutura irá se deformar plasticamente antes de fraturar; • Especifica o grau de deformação que é permitido durante as operações de fabricação. Resiliência: • Capacidade do material absorver energia quando este é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. Resiliência: • Dessa forma, materiais ditos resilientes são aqueles que possuem limites de escoamento elevados e módulos de elasticidade pequenos; • Tais ligas encontram aplicações como molas. Tenacidade: • Medida da habilidade de um material absorver energia até a fratura. • Também pode ser medido como sendo a área sob a curva tensão-deformação de engenharia. Tensão e deformação verdadeira:
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