Motivação extrínseca e motivação intrínseca

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Motivação Intrínseca e Motivação Extrínseca
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Motivação Intrínseca
Propensão inata de a pessoa se comprometer com seus próprios interesses e exercitar suas próprias capacidades, e, ao fazer isso, a pessoa busca e domina desafios em um nível ótimo 
A motivação intrínseca surge espontaneamente das necessidades psicológicas, das curiosidades pessoais e dos esforços inatos para se obter o crescimento. 
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Quando são intrinsecamente motivadas, as pessoas agem sem interesse: “apenas pelo prazer de fazer" e pelo desafio que uma determinada atividade lhes proporciona. 
Esse comportamento ocorre espontaneamente e não resulta de nenhuma razão instrumental (extrínseca). 
A motivação intrínseca fornece a motivação inata para que a pessoa busque seus próprios interesses e exerça o esforço de procura de desafios necessário para desenvolver suas próprias habilidades e capacidades.
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As pessoas experimentam a motivação intrínseca porque têm necessidades psicológicas. As necessidades psicológicas, quando são satisfeitas durante uma atividade, fornecem espontaneamente o sentimento de satisfação.
A motivação intrínseca provém da sensação de se sentir competente e autodeterminado durante a realização de uma atividade.
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Motivação Extrínseca
Surge das consequências e dos incentivos ambientais (p. ex., alimento, dinheiro).
Toda vez que agimos para obter uma nota alta na escola, ganhar um troféu, fazer a parte que nos coube, impressionar nossos colegas ou cumprir um prazo estabelecido, nosso comportamento está sendo extrinsecamente motivado
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A motivação extrínseca surge de uma motivação do tipo "Faça isso e obterá aquilo” ou “o que eu ganho com isso?”
A motivação extrínseca é um motivo criado pelo ambiente para fazer com que o indivíduo inicie ou persista em uma dada ação, para obter algo ou para evitar consequências desagradáveis.
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Comportamento extrínseco x intrínseco
No comportamento intrinsecamente motivado, a motivação emana das necessidades psicológicas e da satisfação espontânea que a atividade fornece; já no comportamento extrinsecamente motivado, a motivação emana dos incentivos e das consequências do comportamento.
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Uma pessoa intrinsecamente motivada lê um livro, pinta um quadro ou vai para a escola ou para o trabalho; uma pessoa extrinsecamente motivada faz tudo isso da mesma maneira. Portanto, por meio de uma observação casual, é difícil saber se uma pessoa está sendo intrínseca ou extrinsecamente motivada
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Tipos de Motivação Extrínseca
 Alguns tipos de motivação extrínseca ainda correspondem às formas de motivação que surge do ambiente, mas outros tipos existem dentro da própria pessoa e, portanto, representam motivos que o próprio indivíduo endossa e leva livremente dentro de si.
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INCENTIVOS E CONSEQÜÊNCIAS
O estudo da motivação extrínseca gira em tomo da linguagem e da perspectiva do condicionamento operante, processo pelo qual uma pessoa aprende como operar de modo eficiente em seu ambiente, ou seja, que produzem boas consequências
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Incentivo e pista situacional
Os incentivos não causam o comportamento, mas afetam a probabilidade de a pessoa iniciar ou não uma resposta. O incentivo é a pista situacional que assinala a probabilidade de que um comportamento produzirá ou não consequências compensadoras ou punitivas. 
O conhecimento sobre o valor de incentivo de um estímulo é apreendido por meio da experiência. 
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Os incentivos diferem das consequências no que diz respeito 
(1) ao momento de ocorrência: os incentivos precedem o comportamento e as consequências sucedem o comportamento
(2) à maneira de motivar o comportamento: os incentivos excitam ou inibem a iniciação do comportamento e as consequências aumentam ou diminuem a persistência do comportamento.
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Reforços e Punições
Reforços: qualquer estímulo ambiental que, quando apresentado, aumenta a probabilidade futura de ocorrência de um comportamento indesejado
Punições: qualquer estímulo ambiental que, quando apresentado, diminui a probabilidade futura de ocorrência de um comportamento indesejado.
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O Reforço Positivo
Qualquer estímulo ambiental aumenta a probabilidade futura de ocorrência do comportamento desejado. Ou seja, a pessoa que recebe o reforço positivo terá maior probabilidade de repetir seu comportamento do que alguém que não obteve consequência positiva decorrente desse mesmo comportamento. 
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Reforços Negativos
Um reforço negativo é qualquer estímulo ambiental que, quando removido, aumenta a probabilidade de ocorrência futura do comportamento desejado. Mas, diferentemente dos reforços positivos, os reforços negativos são estímulos aversivos e irritantes.
Ex.: o ruído estridente de um despertador é um estímulo aversivo e irritante. Fazer o despertador parar de tocar é um reforço negativo, porque aumenta a probabilidade de que a pessoa que gostaria de continuar dormindo levante-se da cama. 
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Fuga e evitação
A fuga faz com que a pessoa se afaste de um estímulo aversivo; e a evitação impede que o estí­mulo aversivo ocorra primeiramente .
Ex.: a maneira como as pessoas evitam o ruído do despertador, Ievantando-se da cama; como evitam o alarme do carro, apertando o cinto de segurança; e como evitam uma criança que se queixa, saindo da sala. Uma vez descobertos quais comportamentos são eficazes para nos afastar do ruído do despertador, do alarme do carro ou das lamúrias da criança, tendemos a repetir essas mesmas manobras de escape nas situações em que o ruído, o alarme ou as lamúrias retornem. 
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Entretanto, para impedir que os estímulos aversivos ocorram primeiramente, as pessoas aprendem a se levantar da cama mais cedo (para evitar o ruído do despertador), a usar o cinto de segurança (para evitar que soe alarme do carro) e a ficar longe da criança (para evitar ouvir suas lamúrias). Os comportamentos de fuga são reativos contra os estímulos aversivos; e os comportamentos de evitação são proativos ao prevenir que os encontremos novamente.
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Punição
Há uma certa confusão quando se discriminam punições de reforços negativos, já que ambos utilizam estímulos aversivos. 
Ex.:quando os pais repreendem os filhos por não arrumarem o quarto, estarão eles aplicando um reforço negativo ou uma punição? A reprimenda é uma punição se seu objetivo for suprimir o futuro comportamento da criança de deixar o quarto bagunçado. 
É como se a punição dissesse: “Pare de fazer isto!” 
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Entretanto, a reprimenda será um reforço negativo se a criança arrumar o quarto para fugir ou para evitar a reprimenda antes de ocorrer. 
É como se o reforço negativo dissesse: “Faça isto!” 
As punições diminuem o comportamento (indesejável); 
Os reforços negativos intensificam o comportamento (de fuga e evitação).
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Punição Negativa
Todas as punições negativas envolvem a aplicação de um estímulo aversivo para suprimir um comportamento futuro. Esse tipo de punição é comumente utilizado em nossa cultura.
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Puinição Positiva
Envolvem a remoção de consequências positivas com o objetivo de suprimir um comportamento futuro. 
Um sinônimo de punição positiva é o “custo da resposta”, que acontece quando as pessoas que adotam um comportamento indesejável e arcam com o ônus 
Ex.: suspender a carteira de habilitação de um motorista que dirigiu embriagado, tirar o brinquedo de uma criança que age com teimosia.
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A punição funciona?
As pesquisas mostram que é uma estratégia motivacional ineficiente, embora seja bastante utilizada. Há cinco razões para isso (Gershoff, 2002):
Para impedir a ocorrência de comportamentos indesejáveis no futuro.
Para que o indivíduo punido obedeça imediatamente e não repita o comportamento indesejável.
Para fazer alguém “receber o que merece” — funcionando como uma espécie de justiça.
Para exprimir um estado emocional negativo (p. cx., frustração ou raiva).Para fazer alguma coisa a respeito do comportamento indesejável (diante da impossibilidade de adotar uma estratégia melhor).
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A punição com certeza gera diversos “efeitos colaterais” preocupantes e indesejados, incluindo a emocionalidade negativa (pela qual as pessoas choram, gritam e sentem-se amedrontadas), danos na relação entre quem pune e quem é punido e uma mode­lagem negativa de como enfrentar o comportamento indesejável de outras pessoas.
Quando se observam as consequências da punição física em crianças, vê-se pouco mérito no castigo físico como uma estratégia motivacional.
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No esforço de tratar o comportamento indesejável dos outros em nível motivacional, o que de fato funciona é um método que seja capaz de alimentar uma relação positiva entre a criança e seus pais, que produza uma melhora do bem-estar da criança e aumente seu desejo de internalizar os valores e prescrições dos pais.