Porque nunca esquecemos de andar de bicicleta

Prévia do material em texto

Aprendizagem e Desenvolvimento Motor
Professor: Mario Luiz Miranda
Alunos:
Rocha, Leonardo Perissé e Sholl-Franco, Alfred (2006). Memória motora: por que nunca esquecemos como andar de bicicleta? Ciências & Cognição; Ano 03, Vol 09. Disponível em www.cienciasecognicao.org
Memória Motora
Por que nunca esquecemos como andar de bicicleta?
 Andar de bicicleta exige diversas habilidades motoras e cognitivas, vocês conseguem nomear?
Noção espacial (calcular distância, desviar de obstáculos, etc)
Equilíbrio
Lateralidade
Física (velocidade X forca X distância)
Coordenação motora
Tonicidade muscular
Ritmo
Controle corporal
Conhecimento 
Primeiro Nível de Memória: Declarativa ou explícita
Retém informações que o indivíduo processa conscientemente – tem relação característica com fatos e eventos.
O indivíduo consegue narrar fatos e eventos armazenados em sua memória.
O primeiro nível da memória se divide em:
Memória episódica: lembranças conscientes de eventos datados, fatos históricos.
Exemplo: Brasil foi Pentacampeão da copa do Mundo em 2002.
Memória semântica: Processa ideias e conceitos.
Exemplo: significado das letras, o conceito de o que é um gato, cores e capitais.
Segundo nível de memória: Não declarativa ou implícita
Relação com procedimentos, habilidades e as emoções. Não verbalizada.
 Exemplo: a habilidade para dirigir, jogar bola, amarrar os sapatos.
 
Memória Associativa:
compreende a memória motora
 Aquisição e alteração nas habilidade, através da realização de ato motor, formando a memória associativa.
 O desenvolvimento se dá por treinamento repetitivo e frequência.
 Mudanças de gesto descoordenados para harmoniosos, se da através do processo de mecanização.
 Memória não associativa: 
 Relacionadas as respostas emocionais
O segundo nível da memória se divide em:
6
Andar de bicicleta
Maior domínio do gesto motor, em razão da memória Associativa.
Houve mecanização gerada pela pratica repetitiva.
Exemplo: superar obstáculos acontece quase que de forma automática: buraco, curva. 
		Medina e colaboradores, testaram através do condicionamento palpebral em coelhos, um mecanismo para a memorização desta informação no cerebelo.
Aprendizagem motora X Fenômeno de extinção
Comparação entre as fases:
Aprendizado inicial
Memorização
Extinção
Reaprendizado
Registros realizados no núcleo profundo cerebelar
 			Através de estudos realizados em diferentes épocas, o objetivo principal foi a procura da melhor resposta para que se pudesse entender ‘‘como’’ e ‘’de que modo’’ ocorre o aprendizado motor e a melhora de sua performance. As respostas condicionadas descritas por Pavlov baseiam essa resposta.
 		Os testes demonstraram que a reaquisição da reposta condicionada após a extinção, foi muito mais rápida que o aprendizado original.
Magnitude de plasticidade residual
+
Magnitude de memorização
Maior plasticidade = respostas condicionadas relativamente rápidas
Menor plasticidade = dificuldade em aprender gestos motores
Melhora do mecanismo de aprendizagem e melhora da performance. 
Ocorre no cerebelo – principalmente estrutura da memória implícita associativa.
Relacionada a coordenação da atividade muscular esquelética.
Através do processamento sináptico das informações sensoriais e cognitivas que chegam ao seu córtex e núcleo profundo.
 		O controle da plasticidade nos núcleos cerebelares se dá pela quantidade e qualidade das informações que chegam as células de Purkinje, elementos neuronais que concentram todas as informações que chegam ao cérebro e que são responsáveis pela emergência de informações cerebelares.
Essa é a explicação para a conhecida frase que diz: 
“quem aprendeu a andar de bicicleta, nunca irá esquecer”.