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Aula 9.1 Aleitamento Materno

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1 
MATERIAL DIDÁTICO: 
AULA 9 
ALEITAMENTO MATERNO 
 
Profª. Liliane Martins 
2 
TERMOS E DEFINIÇÕES DO 
ALEITAMENTO MATERNO (OMS 1992) 
 
 
 ALEITAMENTO MATERNO. 
 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO. 
 ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE. 
 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR. 
3 
ANATOMIA DA MAMA 
4 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
 Reflexos maternos: 
 - Produção (prolactina) 
 - Ejeção (ocitocina). 
 
 Reflexos infantis: 
 - Busca 
 - Pega 
 - Sucção 
 - Deglutição. 
 
5 
PROCESSO NEURO-HORMONAL 
SUCÇÃO  NERVO VAGO  HIPÓFISE ANTERIOR  PROLACTINA  SECREÇÃO LÁCTEA 
6 PROCESSO NEURO-HORMONAL 
SUCÇÃO  NERVO VAGO  HIPÓFISE POSTERIOR  OCITOCINA  CONTRAÇÃO DAS CÉLULAS 
MUSCULARES LISAS  DESCIDA DO LEITE 
7 
8 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
  ESTRÓGENO   PROLACTINA   PRODUÇÃO 
LÁCTEA 
 
  ESTRÓGENO   PROLACTINA   PRODUÇÃO 
LÁCTEA 
 
NÍVEIS ADEQUADOS  ASSEGURAM A LIBERAÇÃO 
DA PROLACTINA 
 
 MAIOR EFEITO INIBIDOR NO INÍCIO DA LACTAÇÃO 
9 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
 CONTRACEPTIVO ORAL 
 
- Ministério da Saúde  contra indica 
 
- Recomenda somente aqueles a base de 
progestogênio  eficaz na contracepção 
sem interferir na amamentação, 
especialmente o implante e o injetável 
10 
Exemplos de contraceptivos orais 
combinados 
Biofim 
Megestran 
Microvlar 
Nordette 
Levordiol 
Ciclo 21 
Normamor 
Levogen 
Gynera 
Minulet 
Tâmisa 30 
Diane 35 
Selena 
Femiane 
Harmonet 
Diminut 
 
Gestrelan 
Micropil 
Tâmisa 20 
Ginesse 
Minesse 
Mirelle 
Mínima 
Yasmin 
11 
Exemplos de contraceptivos orais de 
progestogênio 
 Micronor 
 Norestin 
 Nortrel 
 Minipil 
 Exluton 
12 
ESTIMULADORES DA PRODUÇÃO 
LÁCTEA 
 SUCÇÃO 
 
 AMAMENTAÇÃO CONTINUADA E 
SISTEMÁTICA 
 
 ALIMENTAÇÃO MATERNA 
QUALIQUANTITATIVAMENTE ADEQUADA 
13 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
 AMAMENTAÇÃO DESCONTINUADA 
 
 STRESS  inibe a ocitocina (compromete 
descida do leite) 
14 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
 Vantagens do AM 
 Dentre as vantagens do leite humano, 
reconhece-se sua capacidade em retardar 
o crescimento de E.coli e Shigella a nível 
intestinal, através do aumento da 
concentração de íons hidrogênio. 
 
 O responsável por esta condição é o 
seguinte microorganismo: Bifidobacterium 
bifidum 
15 
16 
 
 
 
A TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO 
 
 A mãe deve estar confortavelmente 
posicionada, relaxada; 
 
 O corpo e a cabeça do bebê devem estar 
alinhados e voltados para a mãe (tórax/ 
tórax) com as nádegas apoiadas; 
 
 A mãe deve segurar a mama formando 
um C entre o polegar e os outros dedos. 
A TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO 
 
 O bebê deve abocanhar além do mamilo, 
parte da aréola com o queixo tocando a 
mama; 
 
 Os lábios devem estar curvados para fora 
com a língua sobre a gengiva inferior; 
 
 Ouve-se a deglutição e não a sucção. 
17 
18 
Técnica da Amamentação 
 
19 
Sinais indicativos de pega 
incorreta 
 Bochechas do bebê encovadas a cada 
sucção; 
 Ruídos da língua. A deglutição pode ser 
barulhenta; 
 Mama aparentando estar deformada 
durante a mamada; 
 Mamilos com estrias vermelhas ou áreas 
esbranquiçadas ou achatadas quando o 
bebê larga a mama; 
 Dor na amamentação. 
20 
 
 
 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
 
 Fissura nos mamilos: 
- Exposição das mamas ao ar livre ou 
- À luz solar, para mantê-las secas; 
- Não uso de sabões, álcool ou qualquer 
outro produto; 
- Amamentação freqüente (< força de 
sucção); 
- Aplicação do leite materno 
nos mamilos após cada mamada; 
21 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
 
 Mamilos planos ou invertidos: 
- Promover a confiança da mãe (a sucção 
ajuda a protrair o mamilo) 
- Manobras para protrair o mamilo; 
- Orientar a ordenhar o leite 
enquanto o bebê não 
sugar efetivamente. 
 
 
Situações Especiais: 
Ingurgitamento Mamário 
 -Ocorre congestão, 
acúmulo de leite e 
edema devido a 
obstrução da 
drenagem linfática 
pelo aumento da 
vascularização e 
enchimento dos 
alvéolos; 
-Amamentar 
frequentemente  
reduz o risco de 
mastite 
-Massagens delicadas 
das mamas  
fluidificação do 
leite; 
- Compressas frias de 
2/2h por 15 min.: 
Hipotermia 
- Vasoconstricção  
fluxo sanguíneo e a 
produção de leite; 
- Analgésicos se 
necessário. 
 22 
23 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
 
 Mastite 
 
- Apesar da presença de bactérias no LM, 
deve-se manter a amamentação; 
- Retirada manual do leite após as 
mamadas; 
- Antibioticoterapia; 
24 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
 Mamaplastia redutora 
- Não impede a amamentação desde que a 
inervação do mamilo e os ductos lactíferos 
sejam preservados. 
- Giungliane e col. em 1999 mostraram 
impacto negativo nas taxas de 
aleitamento materno: ao final do 1º mês 
19% das mulheres com cirurgia estavam 
amamentando exclusivamente em 
contraste com 77% das mulheres sem 
cirurgia prévia. Aos 3 meses essas taxas 
eram de 12% e 55% respectivamente. 
25 
Relativos à criança 
 Galactosemia 
 Fenilcetonúria (PKU) 
 *Icterícia do leite materno (a teoria atual 
concentra-se em níveis elevados da enzima 
beta-glucuronidase no leite materno 
causando uma maior absorção de 
bilirrubina intestinal no neonato, assim 
bloqueando a excreção de bilirrubina). 
Contraindicações para 
amamentação 
26 
Contraindicações para 
amamentação 
Relativos à mãe 
 Tuberculose e hepatite C: 
- Centro para Prevenção e controle das 
doenças nos EUA: Não contraindica 
 - Academia Americana de Pediatria: 
recomenda informar sobre o risco de 
transmissão 
 Iniciar a ordenha e desprezar o leite até 1-
2 semanas do tratamento ser completado, 
podendo então o bebê mamar diretamente 
no peito 
 HIV/AIDS 
 
27 
CONTRAINDICAÇÕES PARA 
AMAMENTAÇÃO 
 Uso de drogas 
 
 Bebidas alcoólicas: contra indicadas 
- Pode impedir o crescimento e 
desenvolvimento do lactente 
- A ingestão de grandes quantidades pode 
afetar a capacidade da mãe de cuidar do 
lactente 
- Caso a mãe deseja ingerir uma dose, deve 
toma-la após a mamada e esperar 2 horas 
até a próxima mamada 
28 
CONTRA- INDICAÇÕES PARA 
AMAMENTAÇÃO 
 
 Nicotina: passa facilmente pelo leite 
materno, pode impedir o reflexo de 
descida do leite, diminuindo a produção 
- Pode levar à cólica infantil, 
agitação/inquietude 
- Caso a nutriz continue a fumar, usar 
menos de 6 cigarros/dia. 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 
 Leite Colostro (3º trimestre até 1ª semana 
pós parto); 
 
 Leite de Transição (7º ao 14º dia); 
 
 Leite Maduro (Após a 2ª semana) 
 Leite anterior e Leite Posterior 
 
29 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 
 O leite humano tem um elevado teor de 
um aminoácido que o lactente nos 
primeiros meses de vida é incapaz de 
sintetizar, sendo importante para a síntese 
de sais biliares e no processo de formação 
da retina. 
 Esse aminoácido considerado essencial 
nesta fase é a: Taurina 
30 
31 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Características do colostro 
 
 
  Teor protéico e minerais 
(sódio, potássio, cloro e 
zinco) 
 
  Teor de gorduras e 
carboidratos 
 
  Teor de anticorpos 
 
 Cor amarelada (vit. A), 
espesso. 
 
  Efeito laxativo 
(eliminação do mecônio) 
Características do leite 
maduro 
 
 
  Teor protéico e minerais 
(sódio, potássio, cloro e 
zinco) 
 
  Teor de gorduras ecarboidratos 
 
 Teor de anticorpos 
 
 Cor esbranquiçada 
32 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Proteínas 
 Lactoalbumina: 80% 
 Caseína: 20% (Humana - impede 
aderência do H. Pylori na mucosa 
intestinal) 
 taurina e cistina (essenciais no 
prematuro) 
  taurina - conjugação de ácidos biliares 
 - neurotransmissor 
 - neuromodulados do SNC 
 
33 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Carboidratos 
 Lactose: 7g/100ml 
 
 Facilita absorção de cálcio e ferro 
 
 Promove colonização intestinal com 
Lactobacillus Bifidus  
 
 “fator bifidus” ↓ pH intestinal 
 
34 
COMPOSIÇÃO DO LM: Lipídeos 
 
 40-50% do VCT 
 ácidos graxos insaturados: 58% e Ácidos 
graxos saturados: 42% 
 Tipo de gordura varia de acordo com a 
dieta materna 
 Rico em ács. graxos insaturados de cadeia 
longa (desenvolvimento e mielinização do 
cérebro). Sendo o W3 (docosahexaenóico) 
o de grande importância para o desen. do 
sistema nervoso. 
 Lipase do leite materno (sensível ao calor) 
 
35 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 
Sais minerais: Não são afetados pela dieta 
materna 
 Ca X P: relação 2:1 
 Fe  biodisponibilidade (Zn, Co, 
lactoferrina). 
 Zn > quantidade no colostro do que no 
leite maduro (1,6g/l). 
36 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Vitaminas: 
 Vitaminas hidrossolúveis: dependem da 
dieta materna mas deficiências são raras 
 Vit. D: banho de sol diários para evitar 
deficiências 
 B12: pobre na dieta vegetariana 
 O leite humano supre quase todas as 
necessidades nutricionais do recém 
nascido durante os seis primeiros 
meses de vida, com exceção das 
seguintes vitaminas: D e K 
 
 
37 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Fatores Imunológicos 
1- Humorais: 
 - Imunoglobulinas 
 - Lactobacillus bífidus 
 - Lizozima 
 - Lactoferrina 
2- Celulares: 
 - Macrófagos 
 - Linfócitos 
 - Polimorfonucleares neutrófilos 
 - Células epiteliais 
Composição do Leite Humano 
 O leite humano contém diversos 
componentes que contribuem para a 
menor incidência de doenças infecciosas 
no lactente dentre eles, destaca-se: 
 
 A IgA secretória que é composta por 
duas moléculas de IgA séricas que são 
importantes fatores de resistência do 
hospedeiro contra microorganismos que 
invadem o TGI. 
38 
39 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 Propriedades antiviral, 
antibacteriana e 
antiprotozário 
 
 Glicosamina que promove 
crescimento do Lactobacillus 
e bifidobactérias: reduz o pH 
das fezes; inibe o crescimento 
de bacterias gram - ( 
Salmonella, cepas de E. Coli), 
Shigella 
 
 Estimula a atividade 
fagocitária dos macrófagos 
não ativados; estimula a 
migração de neutrófilos e 
monócitos do sangue aos 
tecidos; presente em grande 
quantidade no colostro 
 
 Produzem anticorpos 
específicos contra inúmeros 
patógenos. 
 COMPONENTE 
 
 Ácidos Graxos 
 
 
 Fator bifidus 
 
 
 Fibronectina 
 
 
 
 - Linfócitos B 
40 
COMPONENTES DO LEITE 
MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 
 Produzem 
 Recobre mucosas intestinal e 
respiratória, tornando-as 
impermeáveis a patogenos. Possui 
elevada especificidade antigênica, 
representa 90% das Ig do leite 
humano 
 
 Glicoproteina que se liga ao ferro, 
competindo com microorganismos 
ferro dependentes; possuindo 
propriedades antiinflamatórias e 
atividade bacteriostática contra E. 
Coli, S. aureus e Candida; junto 
com IgA tem ativ. bactericida 
 
 Destroem microorganismos por 
ação citotóxica e tem importante 
ativ. antiinflamatória. Produzem 
subst. que estimulam o sist. 
imunologico: interferon, linfocinas, 
interleucinas e fatores de 
quimiotaxia 
 COMPONENTE 
 
 IgA secretória 
 
 
 
 
 - Lactoferrina 
 
 
 
 
 
 - Linfócitos T 
41 
COMPONENTES DO LEITE 
MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 
 Em associação com lactoferrina 
tem atividade bactericida e 
antiinflamatória; atua destruindo a 
parede celular das bacterias 
 
 Ação fagocitária sobre as bacterias 
do T.G.I.; produzem de lisozimas, 
lactoferrina, complemento, e 
ativam outros componentes do 
sist. imunologico 
 
 Ligam-se a microorganismos ( 
princ. E. coli ), reduzindo a 
capacidade de aderir à superficie 
das mucosas 
 
 Fagocitam bacterias do T.G.I. 
 COMPONENTE 
 
 Lisozima 
 
 
 
 - Macrofagos 
 
 
 
 Mucinas 
 
 
 
 - Neutrofilos 
COMPONENTES DO LEITE 
MATERNO 
 
 
 O efeito bactericida direto sobre bactérias 
gram-positivas e enterobactérias e efeito 
bactericida indireto na potencialização de 
atividades dos anticorpos do leite materno 
são obtidos através da Lisozima. 
42 
43 
Composição do Leite de vaca 
Proteínas 
 Maior quantidade de ptn (3x mais) 
 Caseína: 80% 
 Proteínas do soro: 20% 
 Predomínio de ácidos graxos saturados 
 Beta- lactoglobulina: altamente alergênica 
A digestibilidade do leite humano é 
melhor quando comparada ao do leite 
de vaca. Isto deve-se, principalmente, à 
existência, no leite humano, de uma 
menor quantidade de caseína . 
44 
Composição do Leite de vaca 
Carboidratos e lipídeos 
 Menor quantidade de lactose (4,9%) 
 
 Predomínio de ácidos graxos saturados 
(maior tempo de esvaziamento gástrico) 
 6x menos ácido linoléico → maturação do SNC 
 
Com relação ao teor de lipídeos no leite 
humano podemos afirmar que quase 
90% estão presentes sob a forma de 
Triglicerídeos. 
45 
 
 Rico em sódio e cloretos (↑ carga de soluto renal e ↑ 
risco de desidratação) 
 4x mais cálcio (↓ absorção do ferro) 
 6x mais fósforo 
 Maior quantidade de ferro, mas ↓ biodisponibilidade 
 ↓ quantidade de vits C, D e E 
Composição do Leite de vaca 
Vitaminas e minerais 
46 
Composição do leite materno em 
situações específicas 
 
 O LM de mães com parto prematuro tem maior 
quantidade de nitrogênio, proteínas , energia, 
Cálcio, fósforo, magnésio, zinco e sódio, e 
capacidade antiinfecciosa. 
 
 A dosagem de lactose no colostro de mães 
adultas e adolescentes, eutróficas e desnutridas 
foi estudada e não encontraram diferenças 
significantes. 
 
 Comparação da quantidade de gordura e energia 
no colostro de mães de prematuros em relação 
ao estado nutricional materno e paridade, não 
mostrou diferenças. 
47 
Composição do leite materno em 
situações específicas 
 Estudo comparando zinco, ferro e cobre no 
colostro de mães adolescentes eutróficas e 
desnutridas constatou que nas mais jovens (de 
maior risco nutricional) apresentavam valores 
maiores de oligoelementos no colostro. As 
adolescentes desnutridas tendem a ter valores 
maiores de oligoelementos no colostro que as 
eutróficas. 
 
 Estudo avaliando a influência de infecção aguda 
materna na composição do leite não mostrou 
alteração. 
48 
LEITE MATERNO: 
INDEPENDENTE DA FAIXA ETÁRIA, NÍVEL SOCIOECONÔMICO, 
PARIDADE, ESTADO NUTRICIONAL MATERNO E IDADE GESTACIONAL, 
O LEITE MATERNO TEM CONDIÇÕES DE PROMOVER UM 
CRESCIMENTO ÓTIMO AOS LACTENTES 
LEITE MATERNO: 
NÃO HÁ SUPORTE CIENTÍFICO QUE JUSTIFIQUE A NECESSIDADE 
EXTRA DE FERRO OU COBRE PARA RECÉM-NASCIDO A TERMO QUE 
ESTEJA EM ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO DURANTE OS 6 
PRIMEIROS MESES DE VIDA. 
49 
DURAÇÃO MEDIANA DE 
AMAMENTAÇÃO: 
50 
DURAÇÃO MEDIANA DE AMAMENTAÇÃO 
51 
Causas do desmame precoce 
 
 Percepção de “fome” do bebê/ leite fraco. 
 “Rejeição” da criança 
 Volta ao trabalho/retorno as aulas. 
 LM “reimoso” por algum alimento 
consumido pela mãe 
 Se oferecido quando a mãe está com o 
“corpo quente” pode causar diarréia LM se torna “salgado” quando a mãe 
engravida novamente 
52 
Desvantagens do desmame 
precoce 
 
 Reduz a duração do aleitamento materno. 
 Prejudica a absorção de nutrientes do LM 
como ferro e zinco. 
 Diminui o volume total de LM ingerido 
independente do número de mamadas 
 Uso de mamadeiras para ofertar líquidos 
→ fonte de contaminação e altera a 
dinâmica oral. 
 Introdução de alimentação inadequada do 
ponto de vista fisiológico e nutricional. 
Contra Indicação do AM 
 
 O leite materno é o melhor alimento para 
o lactente por suas inúmeras vantagens 
em relação a sua composição e funções 
específicas relacionadas a imunidade 
inata. Porém, o aleitamento materno não 
é recomendado nos seguintes casos: 
 
 Fenilcetonúria e galactossemia 
53 
54 
Ordenha do leite materno 
Indicações 
 
 Alimentar um RN de baixo peso ou 
doente. 
 Aliviar ingurgitamento mamário. 
 Manter a produção de leite. 
 Situações de trabalho ou saída materna. 
55 
Como ordenhar 
 Lavar cuidadosamente as mãos e 
antebraços 
 Usar máscara ou evitar falar, espirrar ou 
tossir enquanto estiver ordenhando o leite 
 Massagens nas mamas 
 Ambiente tranqüilo e confortável 
 Ideal ordenha manual 
 Evitar conversas durante a ordenha 
 Utilizar frascos esterilizados e bem 
vedados 
 
56 
Como ordenhar 
 
 Pressione seu polegar e o dedo indicador, 
um em direção ao outro, e levemente para 
dentro em direção a parede torácica. 
 Evite esfregar ou deslizar seus dedos 
sobre a pele. O movimento dos dedos 
deve ser mais rotatório 
 Explique que ordenhar leite de peito 
adequadamente leva mais ou menos 20-
30 minutos, em cada mama 
57 
 LACTAÇÃO 
58 
Outras técnicas de ordenha: - 
seguir as orientações dos manuais 
 
• Bomba manual tira-leite com pêra de 
borracha e bulbo 
 
• Bomba manual tira-leite tipo seringa 
 
• Bomba elétrica para tirar leite 
 
 
59 
Técnica de relactação 
 
60 
Técnica de relactação 
 
61 
Armazenando o leite ordenhado 
 
62 
E na impossibilidade do leite materno??? 
Fórmulas Infantis - Definição 
 Fórmulas - produtos modificados  composição 
semelhante ao Leite materno 
 
 atender aos padrões do Codex Alimentarius 
FAO/OMS 
 nutricionalmente adequada 
 segura para o lactente 
 satisfazer o lactente 
 aceitável em paladar/cheiro 
 disponibilidade e custo 
 
63 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO:Modelo Leite Materno 
 
 < conteúdo protéico 
 Relação proteínas do soro/caseína 
 Gorduras animais e vegetais 
 Ácidos Graxos saturados 
 AGPI e AGE 
 Adição de lactose 
 pH ácido > absorção de Cálcio 
 Adição de minerais 
 Adição de elementos-traço 
 Adição de vitaminas 
64 
 
COMPOSIÇÃO:Modelo Leite Materno 
 
 Densidade energética – 60 a 70 Kcal/100ml 
 Todas as fórmulas devem ser suplementadas com 
AGE 
 Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com 
Vitamina C 
 Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com 
Ferro 
 As fórmulas contém concentrações > de 
nutrientes do que o leite materno (menor 
biodisponibilidade) 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
 A digestibilidade do leite humano é melhor 
quando comparada ao do leite de vaca. Isto 
deve-se, principalmente, à existência, no leite 
humano, de uma menor quantidade de caseína. 
 
 O leite humano contém ácidos graxos W3, entre 
os quais o docosahexaenóico de grande 
importância para desenvolvimento do sistema 
nervoso. 
65 
66 
 
 Com relação ao teor de lipídeos no leite humano 
podemos afirmar que quase 90% estão presentes 
sob a forma de Triglicerídios. 
 
 O leite materno é o melhor alimento para o 
lactente por suas inúmeras vantagens em relação a 
sua composição e funções específicas relacionadas 
a imunidade inata. Porém, o aleitamento materno 
não é recomendado nos casos de Fenilcetonúria 
e Galactossemia. 
 
67 
 
 Dentre as vantagens do leite humano, reconhece-se 
sua capacidade em retardar o crescimento de E.coli 
e Shigella a nível intestinal, através do aumento da 
concentração de íons hidrogênio. O responsável por 
esta condição é o seguinte microorganismo 
Bifidobacterium bifidum. 
 
 Ao se comparar a composição química do colostro 
com o leite maduro, pode-se afirmar que o primeiro 
contém maior teor de proteínas, menor teor de 
gordura, menos carboidratos. 
68 
 O colostro é um fluido amarelo viscoso que 
preenche as células alveolares no último trimestre 
da gestação. Secretado por alguns dias após o 
nascimento, contém a seguinte composição: mais 
proteína e vitaminas lipossolúveis e menos lactose 
e vitaminas hidrossolúveis. 
 
 O leite humano supre quase todas as 
necessidades nutricionais do recém nascido 
durante os seis primeiros meses de vida, com 
exceção das seguintes vitaminas D e K 
69 
 A digestão de proteínas é complexa no recém-
nascido e depende da ação combinada de várias 
enzimas proteolíticas, por esse motivo deve-se 
evitar a oferta excessiva de proteínas em razão do 
risco de sobrecarga renal e desequilíbrio ácido-base 
e acidose metabólica. 
 Os movimentos de mastigação e o controle dos 
lábios se tornam mais eficientes em torno dos seis 
aos sete meses de idade, e a partir dos dois anos a 
criança passa a apresentar movimentos mais 
complexos o que possibilita a introdução de 
alimentos mais fibrosos. 
70 
 O recém-nascido apresenta preferência ao sabor 
doce, apresentando indiferença ou rejeição aos 
sabores salgados, amargos ou azedos. 
 
 As proteínas de origem plasmática estão em 
maior concentração no colostro. 
 
 A criança amamentada ao seio poderá ter um 
padrão de evacuação variável, podendo ficar 
alguns dias sem evacuar ou apresentar várias 
evacuações por dia. 
71 
 
 A lactose é o principal carboidrato encontrado no 
leite humano destacando-se pela sua importância 
em fornecer substratos para formação da flora 
bífida. 
 
 O leite materno apresenta maior conteúdo de 
colesterol do que o leite de vaca. 
 
72 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Giugliani ERJ. O aleitamento materno na prática 
clínica. Jornal de Pediatria 2000; 76 
(Supl.3):S238-52 (www.jped.com.br) 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação e 
uso de drogas. Brasília, 2000 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar 
para crianças menores de 2 anos. Brasília, 2002. 
152p.( Normas e Manuais Técnicos, 107 ) 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para 
uma alimentação saudável. Guia Alimentar para 
crianças menores de 2 anos. Brasília, 2002.

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