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1 
MATERIAL DIDÁTICO: 
AULA 9 
ALEITAMENTO MATERNO 
 
Profª. Liliane Martins 
Plano de Aula 
1. Aleitamento Materno; 
2. Composição do Leite Humano; 
3. Vantagens do AM; 
4. Medicamento, drogas e lactação; 
5. Técnicas de Amamentação; 
6. Dificuldades, dúvidas e problemas mais 
comuns na amamentação; 
7. Contra Indicações para o AM; 
8. Ações e Promoção para AM. 
 2 
Aleitamento Materno 
 No Brasil estudos indicam que o AM exclusivo 
está em ascensão, embora com taxas ainda muito 
baixas nas capitais. 
 Dados divulgados pela UNICEF em 2013 apontam 
que somente 39% das crianças menores de 6 
meses recebem AME. 
 
 LER SOBRE OS DADOS REFERENTES A: 
 Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), 
1979 X Pesquisa de Prevalência do AM, 1999 X 
Pesquisa Nacional sobre Democracia e Saúde. 
Ver cap. 18; ref. bibliográfica 1; pag. 279-280. 
 
 
3 
Composição do Leite Humano 
 
 Características físicas; 
 
 Distribuição dos macronutrientes 
 
 Fatores imunológicos; 
 
 Diferenças na composição do colostro, leite de 
transição e leite maduro. 
 
4 
Vantagens do Leite Materno x Drogas no AM 
 Vantagens para o Lactente x Vantagens para 
mãe. 
 Lista de medicamentos permitidos e restritos 
publicado pelo MS. 
 
 Responda: 
 Como são classificadas as drogas em relação à 
amamentação? 
 
 VER RELAÇÃO DE DROGAS E AM, NO ANEXO 
A; REF. BIBLIOGRÁFICA – 1; PÁG.296 – 299 
e Drogas no LM, pág. 286-287. 
 
 
5 
Técnicas de Amamentação 
 Apojadura do LM no período pós parto: período 
entre 2 a 4 dias em que a produção láctea se 
estabelece de forma plena. 
 
 Importância do início precoce do LM: 
estabelecimento da relação mãe e filho; 
probabilidade de sucesso na amamentação. 
 
 Técnicas correta para garantia do sucesso do AM. 
 Ref. Bibliográfica -1; pág. 288-289. 
 
 6 
Dificuldades, dúvidas e problemas 
mais comuns na amamentação: 
 Importância da orientação para o AM e o cuidado 
com as mamas no pré-natal como parte de um 
trabalho das equipes de saúde para manutenção 
do AM. 
 Problemas mais comuns da lactante durante a 
amamentação e como prevenir e tratar o 
ingurgitamento mamário, fissuras e mastites; 
 Mitos e dúvidas que podem surgir por parte da 
mãe e como lidar com estas situações Ex: “Meu 
leite é fraco, dar de mamar faz os seios caírem, 
etc.” 
 Relactação e lactação adotiva. 
 
7 
Relactação x Lactação Adotiva 
 Relactação: Restabelecimento do processo de 
produção de leite em mulheres que, por algum 
motivo, suspenderam a amamentação por um 
período de tempo. 
 Lactação Adotiva: Para uma mulher que nunca 
engravidou, mas que adotou um bebe e deseja 
alimentá-lo, o processo chama-se lactação 
adotiva. 
 Responda: 
 Quando são indicados estes processos e de que 
forma podem ser desenvolvido? 
 Ver ref. Bibliográfica 1 – pág. 292 
 
8 
Contra Indicações para o AM 
 Raras situações em que o AM pode ser contra 
indicado seja por problemas da mãe ou do 
lactente; 
 
 Orientação do MS, 2004 
 
 Ver Anexo B – ref. Bibliográfica – 1 ; pág. 299 
 
9 
Ações e Promoção para o AM 
 
 Objetivos do Programa Nacional de Incentivo ao 
AM; 
 Iniciativa Hospital Amigo da Criança; 
 Método Mãe Canguru; 
 Iniciativa Unidade Básica Amiga da 
Amamentação; 
 10 Passos para a Promoção do AM. 
 
10 
11 
TERMOS E DEFINIÇÕES DO 
ALEITAMENTO MATERNO (OMS 1992) 
 
O que significa cada um deles? 
 
 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO. 
 ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE. 
 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR. 
12 
ANATOMIA DA MAMA 
13 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
 Reflexos maternos: 
 - Produção (prolactina) 
 - Ejeção (ocitocina). 
 
 Reflexos infantis: 
 - Busca 
 - Pega 
 - Sucção 
 - Deglutição. 
 
14 
PROCESSO NEURO-HORMONAL 
SUCÇÃO  NERVO VAGO  HIPÓFISE ANTERIOR  PROLACTINA  SECREÇÃO LÁCTEA 
15 PROCESSO NEURO-HORMONAL 
SUCÇÃO  NERVO VAGO  HIPÓFISE POSTERIOR  OCITOCINA  CONTRAÇÃO DAS CÉLULAS 
MUSCULARES LISAS  DESCIDA DO LEITE 
16 
17 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
  ESTRÓGENO   PROLACTINA   PRODUÇÃO 
LÁCTEA 
 
  ESTRÓGENO   PROLACTINA   PRODUÇÃO 
LÁCTEA 
 
NÍVEIS ADEQUADOS  ASSEGURAM A LIBERAÇÃO 
DA PROLACTINA 
 
 MAIOR EFEITO INIBIDOR NO INÍCIO DA LACTAÇÃO 
18 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
 CONTRACEPTIVO ORAL 
 
- Ministério da Saúde  contra indica 
 
- Recomenda somente aqueles a base de 
progestogênio  eficaz na contracepção sem 
interferir na amamentação, especialmente o 
implante e o injetável 
19 
Exemplos de contraceptivos orais 
combinados 
Biofim 
Megestran 
Microvlar 
Nordette 
Levordiol 
Ciclo 21 
Normamor 
Levogen 
Gynera 
Minulet 
Tâmisa 30 
Diane 35 
Selena 
Femiane 
Harmonet 
Diminut 
 
Gestrelan 
Micropil 
Tâmisa 20 
Ginesse 
Minesse 
Mirelle 
Mínima 
Yasmin 
20 
Exemplos de contraceptivos orais de 
progestogênio 
 Micronor 
 Norestin 
 Nortrel 
 Minipil 
 Exluton 
21 
ESTIMULADORES DA PRODUÇÃO 
LÁCTEA 
 SUCÇÃO 
 
 AMAMENTAÇÃO CONTINUADA E SISTEMÁTICA 
 
 ALIMENTAÇÃO MATERNA 
QUALIQUANTITATIVAMENTE ADEQUADA 
22 
FATORES INIBIDORES DA 
PRODUÇÃO LÁCTEA 
 AMAMENTAÇÃO DESCONTINUADA 
 
 STRESS  inibe a ocitocina (compromete descida 
do leite) 
 
 
 Vantagens do AM 
 Dentre as vantagens do leite humano, reconhece-
se sua capacidade em retardar o crescimento de 
E.coli e Shigella a nível intestinal, através do 
aumento da concentração de íons hidrogênio. 
 
 O responsável por esta condição é o 
microrganismo Bifidobacterium bifidum. 
23 
24 
 
 
 
 TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO 
 
 A mãe deve estar confortavelmente posicionada, 
relaxada; 
 
 O corpo e a cabeça do bebê devem estar 
alinhados e voltados para a mãe (tórax/ tórax) 
com as nádegas apoiadas; 
 
 A mãe deve segurar a mama formando um C 
entre o polegar e os outros dedos. 
 TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO 
 
 
 O bebê deve abocanhar além do mamilo, parte 
da aréola com o queixo tocando a mama; 
 
 Os lábios devem estar curvados para fora com a 
língua sobre a gengiva inferior; 
 
 Ouve-se a deglutição e não a sucção. 
25 
26 
Técnica da Amamentação 
 
27 
Sinais indicativos de pega incorreta 
 
 
 Bochechas do bebê encovadas a cada sucção; 
 Ruídos da língua; 
 A deglutição pode ser barulhenta; 
 Mama aparentando estar deformada durante a 
mamada; 
 Mamilos com estrias vermelhas ou áreas 
esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê 
larga a mama; 
 Dor na amamentação. 
28 
 
 
 
 
Situações Especiais 
 
 Fissura nos mamilos o que fazer: 
 
- Exposição das mamas ao ar livre ou à luz solar, 
para mantê-las secas; 
- Não uso de sabões, álcool ou qualquer outro 
produto; 
- Amamentação frequente (< força de sucção); 
- Aplicação do leite materno 
nos mamilos após cada mamada; 
29 
Situações Especiais 
 
 Mamilos planos ou invertidos 
o que fazer: 
 
- Promover a confiança da mãe (a 
sucção ajuda a protrair o 
mamilo); 
- Manobras para protrair o mamilo; 
-Orientar a ordenhar o leite 
enquanto o bebê não sugar 
efetivamente. 
30 
 
 
Situações Especiais: 
 
Ingurgitamento Mamário o que fazer: 
 
- Ocorre congestão, acúmulo de leite e edema 
devido a obstrução da drenagem linfática pelo 
aumento da vascularização e enchimento dos 
alvéolos; 
 
- Amamentar frequentemente  reduz o risco de 
mastite 
Situações Especiais: 
Ingurgitamento Mamário 
 
- Massagens delicadas das mamas  promove 
fluidificação do leite; 
 
- Compressas frias de 2/2h por 15 min promove 
Hipotermia; 
 
- Vasoconstricção  fluxo sanguíneo e a produção 
de leite; 
 
- Analgésicos se necessário. 
 
 31 
32 
Situações Especiais 
 Mastite 
 
 Apesar da presença de bactérias no LM, deve-se 
manter a amamentação; 
 
 Usar compressas frias, evitando colocar 
diretamente nas mamas para não provocar 
lesões; 
 
 Ordenhar o excesso de leite depois da mamada; 
 
Antibioticoterapia depende da gravidade. 
33 
Situações Especiais 
 Mamaplastia redutora 
 
 Não impede a amamentação desde que a 
inervação do mamilo e os ductos lactíferos sejam 
preservados. 
 
 Giungliane e col. em 1999 mostraram impacto 
negativo nas taxas de aleitamento materno: ao 
final do 1º mês 19% das mulheres com cirurgia 
estavam amamentando exclusivamente em 
contraste com 77% das mulheres sem cirurgia 
prévia. Aos 3 meses essas taxas eram de 12% e 
55% respectivamente. 
34 
Relativos à criança 
 
 Galactosemia 
 Fenilcetonúria (PKU) 
 Icterícia do leite materno (a teoria atual 
concentra-se em níveis elevados da enzima beta-
glucuronidase no leite materno causando uma 
maior absorção de bilirrubina intestinal no 
neonato, assim bloqueando a excreção de 
bilirrubina). 
Contraindicações para amamentação 
35 
Contraindicações para amamentação 
Relativos à mãe 
 
 Tuberculose e Hepatite C: 
- Centro para Prevenção e controle das doenças 
nos EUA: Não contraindica 
 - Academia Americana de Pediatria: recomenda 
informar sobre o risco de transmissão 
 - Iniciar a ordenha e desprezar o leite até 1-2 
semanas do tratamento ser completado, podendo 
então o bebê mamar diretamente no peito 
 
 HIV/AIDS 
 
36 
Contraindicações para amamentação 
 Uso de drogas 
 
 Bebidas alcoólicas: 
- Pode impedir o crescimento e desenvolvimento do 
lactente; 
- A ingestão de grandes quantidades pode afetar a 
capacidade da mãe de cuidar do lactente; 
- Caso a mãe deseja ingerir uma dose, deve toma-la 
após a mamada e esperar 2 horas até a próxima 
mamada. 
37 
Contraindicações para amamentação 
 Nicotina: 
 
- Passa facilmente pelo leite materno, pode 
impedir o reflexo de descida do leite, diminuindo 
a produção; 
 
- Pode levar à cólica infantil, agitação/inquietude; 
 
- Caso a nutriz continue a fumar, usar menos de 6 
cigarros/dia. 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 
 Leite Colostro (3º trimestre até 1ª semana pós 
parto); 
 
 Leite de Transição (7º ao 14º dia); 
 
 Leite Maduro (Após a 2ª semana) 
 Leite anterior e Leite Posterior 
 
38 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 O Leite Materno é estruturado em um subsistema 
que são: 
 
 Fração de solução com vitaminas lipossolúveis, 
carboidratos, proteínas, enzimas e hormônios; 
 Fração de suspensão composto por micelas de 
caseína; 
 Fração de emulsão composta por glóbulos de 
gordura e os constituintes lipossolúveis como as 
vitaminas. 
39 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 
 O leite humano tem um elevado teor de um 
aminoácido que o lactente nos primeiros meses 
de vida é incapaz de sintetizar, sendo importante 
para a síntese de sais biliares e no processo de 
formação da retina. 
 
Esse aminoácido considerado essencial nesta fase é 
a Taurina. 
40 
41 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Características do colostro 
 
 
  Teor protéico e minerais 
(sódio, potássio, cloro e 
zinco) 
 
  Teor de gorduras e 
carboidratos 
 
  Teor de anticorpos 
 
 Cor amarelada (vit. A), 
espesso. 
 
  Efeito laxativo 
(eliminação do mecônio) 
Características do leite 
maduro 
 
 
  Teor protéico e minerais 
(sódio, potássio, cloro e 
zinco) 
 
  Teor de gorduras e 
carboidratos 
 
 Teor de anticorpos 
 
 Cor esbranquiçada 
42 
Composição do Leite Materno 
Proteínas 
 Lactoalbumina: 80% 
 
 Caseína: 20% (Humana - impede aderência do H. 
Pylori na mucosa intestinal, favorece a absorção do 
cálcio biodisponível) 
 
 taurina e cistina (essenciais no prematuro) 
  taurina - conjugação de ácidos biliares 
 - neurotransmissor 
 - neuromodulados do SNC 
 
43 
Composição do Leite Materno 
Carboidratos 
 Lactose: 7g/100ml 
 
 Facilita absorção de cálcio e ferro 
 
 Promove colonização intestinal com Lactobacillus 
Bifidus  “fator bifidus” ↓ pH intestinal 
 
44 
Composição do LM: Lipídeos 
 
 40-50% do VCT sendo: Ácidos graxos insaturados 
(58%) e Ácidos graxos saturados (42%); 
 
 Tipo de gordura varia de acordo com a dieta 
materna; 
 
 Rico em ács. graxos insaturados de cadeia longa 
(desenvolvimento e mielinização do cérebro). 
Sendo o W3 (docosahexaenóico) o de grande 
importância para o desen. do sistema nervoso. 
 
 Lipase do leite materno (sensível ao calor) 
 
45 
Composição do Leite Materno 
 
Sais minerais: 
 
 Não são afetados pela dieta materna 
 Ca X P: relação 2:1 
 Fe  biodisponibilidade (Zn,Co,Lactoferrina). 
 Zn > quantidade no colostro do que no leite 
maduro (1,6g/l). 
46 
Composição do Leite Materno 
Vitaminas: 
 
 Vitaminas hidrossolúveis: dependem da dieta 
materna mas deficiências são raras 
 Vit. D: banho de sol diários para evitar deficiências 
 B12: pobre na dieta vegetariana 
 O leite humano supre quase todas as 
necessidades nutricionais do recém nascido 
durante os seis primeiros meses de vida, com 
exceção das vitaminas D e K 
 
 
47 
Composição do Leite Materno 
Fatores Imunológicos 
 
1- Humorais: 
 - Imunoglobulinas 
 - Lactobacillus bífidus 
 - Lizozima 
 - Lactoferrina 
 
2- Celulares: 
 - Macrófagos 
 - Linfócitos 
 - Polimorfonucleares neutrófilos 
 - Células epiteliais 
Composição do Leite Humano / LM 
 
 O leite humano contém diversos componentes 
que contribuem para a menor incidência de 
doenças infecciosas no lactente dentre eles, 
destaca-se: 
 
 A IgA secretória que é composta por duas 
moléculas de IgA séricas que são importantes 
fatores de resistência do hospedeiro contra 
microorganismos que invadem o TGI. 
48 
49 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 
 Propriedades antiviral, antibacteriana e 
antiprotozário. 
 
 Glicosamina que promove crescimento 
do Lactobacillus e bifidobactérias: reduz 
o pH das fezes; inibe o crescimento de 
bacterias gram - ( Salmonella, cepas 
de E. Coli), Shigella. 
 
 Estimula a atividade fagocitária dos 
macrófagos não ativados; estimula a 
migração de neutrófilos e monócitos do 
sangue aos tecidos; presente em grande 
quantidade no colostro. 
 
 Produzem anticorpos específicos contra 
inúmeros patógenos. 
 COMPONENTE 
 
 Ácidos Graxos 
 
 
 Fator bifidus 
 
 
 Fibronectina 
 
 
 
 - Linfócitos B 
50 
COMPONENTES DO LEITE MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 
 Recobre mucosas intestinal e 
respiratória, tornando-as 
impermeáveis a patogenos. Possui 
elevada especificidade antigênica, 
representa 90% das Ig do leite 
humano 
 
 Glicoproteina que se liga ao ferro, 
competindo com microorganismos 
ferro dependentes; possuindo 
propriedades antiinflamatórias e 
atividade bacteriostática contra E. Coli, 
S. aureus e Candida; junto com IgA 
tem ativ. bactericida 
 
 Destroem microorganismos por ação 
citotóxica e tem importante ativ. 
antiinflamatória. Produzem subst. que 
estimulam o sist. imunologico: 
interferon, linfocinas, interleucinas e 
fatores de quimiotaxia 
 COMPONENTE 
 
 IgA secretória 
 
 
 
 
 - Lactoferrina 
 
 
 
 
 
 - Linfócitos T 
51 
COMPONENTES DO LEITE MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 
 Em associação com lactoferrina 
tem atividade bactericida e 
antiinflamatória; atua destruindo 
a parede celular das bacterias 
 
 Ação fagocitária sobre as bacterias 
do T.G.I.; produzem de lisozimas, 
lactoferrina, complemento, e 
ativam outros componentes do 
sist. imunologico 
 
 Ligam-se a microorganismos ( 
princ. E. coli ), reduzindo a 
capacidade de aderir à superficie 
das mucosas 
 
 Fagocitam bacterias do T.G.I. 
 COMPONENTE 
 
 Lisozima 
 
 
 
 - Macrofagos 
 
 
 
 Mucinas 
 
 
 
 - Neutrofilos 
COMPONENTES DO LEITE MATERNO 
 
Qual a importância da Lisozima? 
 
 O efeito bactericida direto sobre bactérias gram-
positivas e enterobactérias e efeito bactericida 
indireto na potencialização de atividades dos 
anticorpos do leite materno são obtidos através 
da Lisozima. 
52 
53 
Composição do Leite de vaca 
Proteínas 
 
 Maior quantidade de ptn (3x mais) Caseína: 80% 
 
 Proteínas do soro: 20% 
 
 Predomínio de ácidos graxos saturados 
 
 Beta- lactoglobulina: altamente alergênica 
Diferenças entre o leite humano (LH) 
e o leite de vaca (LV) 
 
 A Caseína em maior teor no LV forma um coágulo 
resistente e de difícil digestão para o estômago da 
criança, enquanto a Lactoalbumina, presente em 
maior concentração no LH, forma coágulos macios, 
flocosos e de fácil digestão. 
 
 A digestibilidade do leite humano é melhor 
quando comparada ao do leite de vaca. Isto 
deve-se, principalmente, à existência, no leite 
humano, de uma menor quantidade de 
caseína . 
 
54 
55 
Composição do Leite de vaca 
Carboidratos e lipídeos 
 Menor quantidade de lactose (4,9%) 
 
 Predomínio de ácidos graxos saturados (maior 
tempo de esvaziamento gástrico) 
 6x menos ácido linoléico → maturação do SNC 
 
Com relação ao teor de lipídeos no leite humano 
podemos afirmar que quase 90% estão 
presentes sob a forma de Triglicerídeos. 
56 
 
 Rico em sódio e cloretos (↑ carga de soluto renal e ↑ 
risco de desidratação) 
 4x mais cálcio (↓ absorção do ferro) 
 6x mais fósforo 
 Maior quantidade de ferro, mas ↓ biodisponibilidade 
 ↓ quantidade de vits C, D e E 
Composição do Leite de vaca 
Vitaminas e minerais 
57 
Composição do leite materno em 
situações específicas 
 
 O LM de mães com parto prematuro tem maior 
quantidade de nitrogênio, proteínas , energia, 
Cálcio, fósforo, magnésio, zinco e sódio, e 
capacidade anti-infecciosa. 
 
 A dosagem de lactose no colostro de mães 
adultas e adolescentes, eutróficas e desnutridas 
foi estudada e não encontraram diferenças 
significantes. 
 
 Comparação da quantidade de gordura e energia 
no colostro de mães de prematuros em relação 
ao estado nutricional materno e paridade, não 
mostrou diferenças. 
58 
Composição do leite materno em 
situações específicas 
 Estudo comparando zinco, ferro e cobre no 
colostro de mães adolescentes eutróficas e 
desnutridas constatou que nas mais jovens (de 
maior risco nutricional) apresentavam valores 
maiores de oligoelementos no colostro. As 
adolescentes desnutridas tendem a ter valores 
maiores de oligoelementos no colostro que as 
eutróficas. 
 
 Estudo avaliando a influência de infecção aguda 
materna na composição do leite não mostrou 
alteração. 
59 
LEITE MATERNO: 
INDEPENDENTE DA FAIXA ETÁRIA, NÍVEL SOCIOECONÔMICO, 
PARIDADE, ESTADO NUTRICIONAL MATERNO E IDADE GESTACIONAL, 
O LEITE MATERNO TEM CONDIÇÕES DE PROMOVER UM 
CRESCIMENTO ÓTIMO AOS LACTENTES 
LEITE MATERNO: 
NÃO HÁ SUPORTE CIENTÍFICO QUE JUSTIFIQUE A NECESSIDADE 
EXTRA DE FERRO OU COBRE PARA RECÉM-NASCIDO A TERMO QUE 
ESTEJA EM ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO DURANTE OS 6 
PRIMEIROS MESES DE VIDA. 
60 
Causas do desmame precoce 
 
Conceitua-se por desmame precoce a introdução de 
alimentos na dieta do lactente antes do 6° mês de 
vida. 
 
 Percepção de “fome” do bebê/ leite fraco. 
 “Rejeição” da criança 
 Volta ao trabalho/retorno as aulas. 
 LM “reimoso” por algum alimento consumido pela 
mãe 
 Se oferecido quando a mãe está com o “corpo 
quente” pode causar diarréia 
 LM se torna “salgado” quando a mãe engravida 
novamente 
61 
Desvantagens do desmame precoce 
 
 
 Reduz a duração do aleitamento materno. 
 Prejudica a absorção de nutrientes do LM como 
ferro e zinco. 
 Diminui o volume total de LM ingerido 
independente do número de mamadas 
 Uso de mamadeiras para ofertar líquidos → fonte 
de contaminação e altera a dinâmica oral. 
 Introdução de alimentação inadequada do ponto 
de vista fisiológico e nutricional. 
Contra Indicação do AM 
 
 O leite materno é o melhor alimento para o 
lactente por suas inúmeras vantagens em relação 
a sua composição e funções específicas 
relacionadas a imunidade inata. 
 
 Porém, o aleitamento materno não é 
recomendado nos casos de Fenilcetonúria e 
Galactosemia. 
62 
63 
Ordenha do leite materno 
Indicações: 
 
 Alimentar um RN de baixo peso ou doente. 
 
 Aliviar ingurgitamento mamário. 
 
 Manter a produção de leite. 
 
 Situações de trabalho ou saída materna. 
64 
Como ordenhar 
 Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços 
 Usar máscara ou evitar falar, espirrar ou tossir 
enquanto estiver ordenhando o leite 
 Massagens nas mamas 
 Ambiente tranqüilo e confortável 
 Ideal ordenha manual 
 Evitar conversas durante a ordenha 
 Utilizar frascos esterilizados e bem vedados 
 
65 
Como ordenhar 
 
 Pressione seu polegar e o dedo indicador, um em 
direção ao outro, e levemente para dentro em 
direção a parede torácica. 
 Evite esfregar ou deslizar seus dedos sobre a 
pele. O movimento dos dedos deve ser mais 
rotatório. 
 Explique que ordenhar leite de peito 
adequadamente leva mais ou menos 20-30 
minutos, em cada mama. 
66 
 LACTAÇÃO 
67 
Outras técnicas de ordenha: seguir as 
orientações dos manuais 
 
• Bomba manual tira-leite com pêra de borracha 
e bulbo 
 
• Bomba manual tira-leite tipo seringa 
 
• Bomba elétrica para tirar leite 
 
 
68 
Técnica de Relactação 
 
69 
Técnica de Relactação 
 
70 
Armazenando o leite ordenhado 
 
Benefícios do Leite Materno 
 Para a Mãe: Ajuda o útero a recuperar seu 
tamanho normal, reduzindo o risco de 
hemorragia ; Aumenta as reservas de ferro; 
Reduz o risco de câncer de mama e de ovário. 
 Para a Família: Melhor saúde e nutrição 
resultam em melhor ambiente psico-social e bem 
estar ; Menos gastos com cuidados médicos; A 
economia que se gera pode ser revertida em 
outros benefícios. 
 Para o Hospital: ambiente emocional mais 
calmo e tranquilo; mais espaço para o hospital 
(com alojamento conjunto); menos infecção 
neonatal. 71 
72 
E na impossibilidade do leite materno??? 
Fórmulas Infantis - Definição 
 Fórmulas - produtos modificados  composição 
semelhante ao Leite materno 
 
 Atender aos padrões do Códex Alimentarius 
FAO/OMS 
 Nutricionalmente adequada 
 Segura para o lactente 
 Satisfazer o lactente 
 Aceitável em paladar/cheiro 
 Disponibilidade e custo 
 
73 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO: Modelo Leite Materno 
 
 
 < conteúdo protéico 
 Relação proteínas do soro/caseína 
 Gorduras animais e vegetais 
 Ácidos Graxos saturados 
 AGPI e AGE 
 Adição de lactose 
 pH ácido > absorção de Cálcio 
 Adição de minerais 
 Adição de elementos-traço 
 Adição de vitaminas 
74 
 
COMPOSIÇÃO: Modelo Leite Materno 
 
 Densidade energética – 60 a 70 Kcal/100ml 
 Todas as fórmulas devem ser suplementadas com 
AGE 
 Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com 
Vitamina C 
 Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com 
Ferro 
 As fórmulas contém concentrações > de 
nutrientes do que o leite materno (menor 
biodisponibilidade) 
 
 
Considerações: Para Fixar 
 A digestibilidade do leite humano é melhor 
quando comparada ao do leite de vaca. Isto 
deve-se, principalmente, à existência, no leite 
humano, de uma menor quantidade de caseína. 
 
 O leite humano contém ácidos graxos W3, entre 
os quais o docosahexaenóico de grande 
importância para desenvolvimento do sistema 
nervoso. 
 
 O leite materno apresenta maior conteúdo de 
colesterol do que o leite de vaca. 
 
 
 
75 
76 
 
 Com relação ao teor de lipídeos no leite humano 
podemos afirmar que quase 90% estão presentes 
sob a forma de Triglicerídeos. 
 
 O leite materno é o melhor alimento para o 
lactente por suas inúmeras vantagens em relação a 
sua composição e funções específicas relacionadas 
a imunidade inata. Porém, o aleitamento materno 
não é recomendado nos casos de Fenilcetonúria 
e Galactossemia. 
 
77 
 Ao se comparar a composição química do colostro 
com o leite maduro, pode-se afirmar que o primeiro 
contém maior teor de proteínas, menor teor de 
gordura, menos carboidratos. 
 
 O colostro é um fluido amarelo viscoso (rico em 
caroteno) que preencheas células alveolares no 
último trimestre da gestação. Secretado por alguns 
dias após o nascimento, contém a seguinte 
composição: mais proteína e vitaminas 
lipossolúveis e menos lactose e vitaminas 
hidrossolúveis. 
 
78 
 A digestão de proteínas é complexa no recém-
nascido e depende da ação combinada de várias 
enzimas proteolíticas, por esse motivo deve-se 
evitar a oferta excessiva de proteínas em razão do 
risco de sobrecarga renal e desequilíbrio ácido-base 
e acidose metabólica. 
 
 O recém-nascido apresenta preferência ao sabor 
doce, apresentando indiferença ou rejeição aos 
sabores salgados, amargos ou azedos. 
 
79 
 As proteínas de origem plasmática estão em 
maior concentração no colostro. 
 
 Evacuações: A criança amamentada ao seio 
poderá ter um padrão de evacuação variável, 
podendo ficar alguns dias sem evacuar ou 
apresentar várias evacuações por dia. 
 
 A lactose é o principal carboidrato encontrado no 
leite humano destacando-se pela sua importância 
em fornecer substratos para formação da flora 
bífida. 
 
80 
 Como avaliar se a criança está mamando a 
quantidade suficiente? 
 
- Teste da fralda (8x/dia, urina clara e diluída): 
- Ganho de peso (500g/mês); 
- Freqüência de mamada (8 a 12x/dia); 
- Avaliação clínica; 
- Evacuação (toda vez que mama). 
 
 
Existe Leite Fraco? Mamadas Curtas? 
 NÃO existe leite materno fraco. Cada mãe produz 
o leite que seu bebê precisa e na quantidade 
certa. 
 O leite materno produzido pode ser dividido como 
leite anterior e leite posterior. O leite anterior é o 
primeiro succionado pelo bebê, porém ele é mais 
rico em água e mais pobre em calorias. Já o leite 
posterior, é rico em gorduras, dá mais saciedade, 
porém só consegue ser succionado após a 
mamada do leite anterior. 
 Assim, mamadas curtas podem não proporcionar 
a sucção do leite posterior total ou parcialmente, 
de modo que a criança não se sente saciada. 81 
Três situações que impossibilitam a 
amamentação. 
 Suspensão definitiva do aleitamento em caso de 
fenilcetonúria; 
 
 Criança portadora de Galactosemia, doença rara em 
que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer 
outro que contenha lactose; 
 
 Mães HIV+ e de vírus do mesma família retroviridae 
como HTLV-1 e HTLV-2 (Vírus linfotrópico humano). 
 
82 
Hospital Amigo da Criança 
A Iniciativa Hospital Amigo da Criança tem a finalidade 
de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno 
do recém-nato, por meio dos "Dez passos para o 
Sucesso do Aleitamento Materno". Dentre Eles: 
 Informar todas as gestantes sobre as vantagens e 
o manejo do aleitamento. 
 Ajudar as mães a iniciar o aleitamento a partir da 
meia hora após o nascimento. 
 Mostrar às mães como amamentar e manter a 
lactação, mesmo se separada dos seus filhos. 
 Não oferecer aos recém-nascidos bebida ou 
alimento que não seja o leite materno, a não ser que 
haja indicação médica. 
 
83 
Políticas Públicas de promoção, de 
proteção e de apoio: 
 Programa de incentivo ao aleitamento 
materno na década de 80; 
 Iniciativa hospital amigo da criança; 
 Norma de comercialização de alimentos para 
lactentes de primeira infância, bicos, 
chupetas e mamadeira (lei nº 11.265/2006); 
 O método mãe canguru; 
 A rede cegonha; 
 As semanas de aleitamento materno 
 As salas de apoio à amamentação. 
84 
Referência Bibliográfica 
 1- ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, E. Nutrição 
em obstetrícia e pediatria, 2ª edição, Rio de Janeiro: 
Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009. Capítulo 18: 
Aleitamento Materno (pág.279 - 299) 
 
 2- WEFFORT, V.R.S & LA MOUNIER, JA. Nutrição em 
pediatria: da neonatologia à adolescência. São Paulo: 
Manole, 2009. Parte 11- Prevenção das Doenças do Adulto 
na Infância e Adolescência ; AM e Prevenção da Obesidade 
e Hipertensão Arterial pág. 567-573 
 
 3- Site MS, www.saude.gov.br para acessar: Dez passos 
para uma Alimentação saudável para crianças menores de 
2 anos; Guia Alimentar para Crianças menores de 2 anos 
 85 
http://www.saude.gov.br/
http://www.saude.gov.br/
http://www.saude.gov.br/
http://www.saude.gov.br/
http://www.saude.gov.br/
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http://www.saude.gov.br/
86 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 4- Giugliani ERJ. O aleitamento materno na 
prática clínica. Jornal de Pediatria 2000; 76 
(Supl.3):S238-52 (www.jped.com.br) 
 
 5- BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação e 
uso de drogas. Brasília, 2000 
 
 6- BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar 
para crianças menores de 2 anos. Brasília, 2002. 
152p.( Normas e Manuais Técnicos, 107 ) 
 
 7- BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para 
uma alimentação saudável. Guia Alimentar para 
crianças menores de 2 anos. Brasília, 2002. 
http://www.jped.com.br/

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