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1 MATERIAL DIDÁTICO: AULA 9 ALEITAMENTO MATERNO Profª. Liliane Martins Plano de Aula 1. Aleitamento Materno; 2. Composição do Leite Humano; 3. Vantagens do AM; 4. Medicamento, drogas e lactação; 5. Técnicas de Amamentação; 6. Dificuldades, dúvidas e problemas mais comuns na amamentação; 7. Contra Indicações para o AM; 8. Ações e Promoção para AM. 2 Aleitamento Materno No Brasil estudos indicam que o AM exclusivo está em ascensão, embora com taxas ainda muito baixas nas capitais. Dados divulgados pela UNICEF em 2013 apontam que somente 39% das crianças menores de 6 meses recebem AME. LER SOBRE OS DADOS REFERENTES A: Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), 1979 X Pesquisa de Prevalência do AM, 1999 X Pesquisa Nacional sobre Democracia e Saúde. Ver cap. 18; ref. bibliográfica 1; pag. 279-280. 3 Composição do Leite Humano Características físicas; Distribuição dos macronutrientes Fatores imunológicos; Diferenças na composição do colostro, leite de transição e leite maduro. 4 Vantagens do Leite Materno x Drogas no AM Vantagens para o Lactente x Vantagens para mãe. Lista de medicamentos permitidos e restritos publicado pelo MS. Responda: Como são classificadas as drogas em relação à amamentação? VER RELAÇÃO DE DROGAS E AM, NO ANEXO A; REF. BIBLIOGRÁFICA – 1; PÁG.296 – 299 e Drogas no LM, pág. 286-287. 5 Técnicas de Amamentação Apojadura do LM no período pós parto: período entre 2 a 4 dias em que a produção láctea se estabelece de forma plena. Importância do início precoce do LM: estabelecimento da relação mãe e filho; probabilidade de sucesso na amamentação. Técnicas correta para garantia do sucesso do AM. Ref. Bibliográfica -1; pág. 288-289. 6 Dificuldades, dúvidas e problemas mais comuns na amamentação: Importância da orientação para o AM e o cuidado com as mamas no pré-natal como parte de um trabalho das equipes de saúde para manutenção do AM. Problemas mais comuns da lactante durante a amamentação e como prevenir e tratar o ingurgitamento mamário, fissuras e mastites; Mitos e dúvidas que podem surgir por parte da mãe e como lidar com estas situações Ex: “Meu leite é fraco, dar de mamar faz os seios caírem, etc.” Relactação e lactação adotiva. 7 Relactação x Lactação Adotiva Relactação: Restabelecimento do processo de produção de leite em mulheres que, por algum motivo, suspenderam a amamentação por um período de tempo. Lactação Adotiva: Para uma mulher que nunca engravidou, mas que adotou um bebe e deseja alimentá-lo, o processo chama-se lactação adotiva. Responda: Quando são indicados estes processos e de que forma podem ser desenvolvido? Ver ref. Bibliográfica 1 – pág. 292 8 Contra Indicações para o AM Raras situações em que o AM pode ser contra indicado seja por problemas da mãe ou do lactente; Orientação do MS, 2004 Ver Anexo B – ref. Bibliográfica – 1 ; pág. 299 9 Ações e Promoção para o AM Objetivos do Programa Nacional de Incentivo ao AM; Iniciativa Hospital Amigo da Criança; Método Mãe Canguru; Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação; 10 Passos para a Promoção do AM. 10 11 TERMOS E DEFINIÇÕES DO ALEITAMENTO MATERNO (OMS 1992) O que significa cada um deles? ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO. ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE. ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR. 12 ANATOMIA DA MAMA 13 FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO Reflexos maternos: - Produção (prolactina) - Ejeção (ocitocina). Reflexos infantis: - Busca - Pega - Sucção - Deglutição. 14 PROCESSO NEURO-HORMONAL SUCÇÃO NERVO VAGO HIPÓFISE ANTERIOR PROLACTINA SECREÇÃO LÁCTEA 15 PROCESSO NEURO-HORMONAL SUCÇÃO NERVO VAGO HIPÓFISE POSTERIOR OCITOCINA CONTRAÇÃO DAS CÉLULAS MUSCULARES LISAS DESCIDA DO LEITE 16 17 FATORES INIBIDORES DA PRODUÇÃO LÁCTEA ESTRÓGENO PROLACTINA PRODUÇÃO LÁCTEA ESTRÓGENO PROLACTINA PRODUÇÃO LÁCTEA NÍVEIS ADEQUADOS ASSEGURAM A LIBERAÇÃO DA PROLACTINA MAIOR EFEITO INIBIDOR NO INÍCIO DA LACTAÇÃO 18 FATORES INIBIDORES DA PRODUÇÃO LÁCTEA CONTRACEPTIVO ORAL - Ministério da Saúde contra indica - Recomenda somente aqueles a base de progestogênio eficaz na contracepção sem interferir na amamentação, especialmente o implante e o injetável 19 Exemplos de contraceptivos orais combinados Biofim Megestran Microvlar Nordette Levordiol Ciclo 21 Normamor Levogen Gynera Minulet Tâmisa 30 Diane 35 Selena Femiane Harmonet Diminut Gestrelan Micropil Tâmisa 20 Ginesse Minesse Mirelle Mínima Yasmin 20 Exemplos de contraceptivos orais de progestogênio Micronor Norestin Nortrel Minipil Exluton 21 ESTIMULADORES DA PRODUÇÃO LÁCTEA SUCÇÃO AMAMENTAÇÃO CONTINUADA E SISTEMÁTICA ALIMENTAÇÃO MATERNA QUALIQUANTITATIVAMENTE ADEQUADA 22 FATORES INIBIDORES DA PRODUÇÃO LÁCTEA AMAMENTAÇÃO DESCONTINUADA STRESS inibe a ocitocina (compromete descida do leite) Vantagens do AM Dentre as vantagens do leite humano, reconhece- se sua capacidade em retardar o crescimento de E.coli e Shigella a nível intestinal, através do aumento da concentração de íons hidrogênio. O responsável por esta condição é o microrganismo Bifidobacterium bifidum. 23 24 TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO A mãe deve estar confortavelmente posicionada, relaxada; O corpo e a cabeça do bebê devem estar alinhados e voltados para a mãe (tórax/ tórax) com as nádegas apoiadas; A mãe deve segurar a mama formando um C entre o polegar e os outros dedos. TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO O bebê deve abocanhar além do mamilo, parte da aréola com o queixo tocando a mama; Os lábios devem estar curvados para fora com a língua sobre a gengiva inferior; Ouve-se a deglutição e não a sucção. 25 26 Técnica da Amamentação 27 Sinais indicativos de pega incorreta Bochechas do bebê encovadas a cada sucção; Ruídos da língua; A deglutição pode ser barulhenta; Mama aparentando estar deformada durante a mamada; Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê larga a mama; Dor na amamentação. 28 Situações Especiais Fissura nos mamilos o que fazer: - Exposição das mamas ao ar livre ou à luz solar, para mantê-las secas; - Não uso de sabões, álcool ou qualquer outro produto; - Amamentação frequente (< força de sucção); - Aplicação do leite materno nos mamilos após cada mamada; 29 Situações Especiais Mamilos planos ou invertidos o que fazer: - Promover a confiança da mãe (a sucção ajuda a protrair o mamilo); - Manobras para protrair o mamilo; -Orientar a ordenhar o leite enquanto o bebê não sugar efetivamente. 30 Situações Especiais: Ingurgitamento Mamário o que fazer: - Ocorre congestão, acúmulo de leite e edema devido a obstrução da drenagem linfática pelo aumento da vascularização e enchimento dos alvéolos; - Amamentar frequentemente reduz o risco de mastite Situações Especiais: Ingurgitamento Mamário - Massagens delicadas das mamas promove fluidificação do leite; - Compressas frias de 2/2h por 15 min promove Hipotermia; - Vasoconstricção fluxo sanguíneo e a produção de leite; - Analgésicos se necessário. 31 32 Situações Especiais Mastite Apesar da presença de bactérias no LM, deve-se manter a amamentação; Usar compressas frias, evitando colocar diretamente nas mamas para não provocar lesões; Ordenhar o excesso de leite depois da mamada; Antibioticoterapia depende da gravidade. 33 Situações Especiais Mamaplastia redutora Não impede a amamentação desde que a inervação do mamilo e os ductos lactíferos sejam preservados. Giungliane e col. em 1999 mostraram impacto negativo nas taxas de aleitamento materno: ao final do 1º mês 19% das mulheres com cirurgia estavam amamentando exclusivamente em contraste com 77% das mulheres sem cirurgia prévia. Aos 3 meses essas taxas eram de 12% e 55% respectivamente. 34 Relativos à criança Galactosemia Fenilcetonúria (PKU) Icterícia do leite materno (a teoria atual concentra-se em níveis elevados da enzima beta- glucuronidase no leite materno causando uma maior absorção de bilirrubina intestinal no neonato, assim bloqueando a excreção de bilirrubina). Contraindicações para amamentação 35 Contraindicações para amamentação Relativos à mãe Tuberculose e Hepatite C: - Centro para Prevenção e controle das doenças nos EUA: Não contraindica - Academia Americana de Pediatria: recomenda informar sobre o risco de transmissão - Iniciar a ordenha e desprezar o leite até 1-2 semanas do tratamento ser completado, podendo então o bebê mamar diretamente no peito HIV/AIDS 36 Contraindicações para amamentação Uso de drogas Bebidas alcoólicas: - Pode impedir o crescimento e desenvolvimento do lactente; - A ingestão de grandes quantidades pode afetar a capacidade da mãe de cuidar do lactente; - Caso a mãe deseja ingerir uma dose, deve toma-la após a mamada e esperar 2 horas até a próxima mamada. 37 Contraindicações para amamentação Nicotina: - Passa facilmente pelo leite materno, pode impedir o reflexo de descida do leite, diminuindo a produção; - Pode levar à cólica infantil, agitação/inquietude; - Caso a nutriz continue a fumar, usar menos de 6 cigarros/dia. COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO Leite Colostro (3º trimestre até 1ª semana pós parto); Leite de Transição (7º ao 14º dia); Leite Maduro (Após a 2ª semana) Leite anterior e Leite Posterior 38 COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO O Leite Materno é estruturado em um subsistema que são: Fração de solução com vitaminas lipossolúveis, carboidratos, proteínas, enzimas e hormônios; Fração de suspensão composto por micelas de caseína; Fração de emulsão composta por glóbulos de gordura e os constituintes lipossolúveis como as vitaminas. 39 COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO O leite humano tem um elevado teor de um aminoácido que o lactente nos primeiros meses de vida é incapaz de sintetizar, sendo importante para a síntese de sais biliares e no processo de formação da retina. Esse aminoácido considerado essencial nesta fase é a Taurina. 40 41 COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO Características do colostro Teor protéico e minerais (sódio, potássio, cloro e zinco) Teor de gorduras e carboidratos Teor de anticorpos Cor amarelada (vit. A), espesso. Efeito laxativo (eliminação do mecônio) Características do leite maduro Teor protéico e minerais (sódio, potássio, cloro e zinco) Teor de gorduras e carboidratos Teor de anticorpos Cor esbranquiçada 42 Composição do Leite Materno Proteínas Lactoalbumina: 80% Caseína: 20% (Humana - impede aderência do H. Pylori na mucosa intestinal, favorece a absorção do cálcio biodisponível) taurina e cistina (essenciais no prematuro) taurina - conjugação de ácidos biliares - neurotransmissor - neuromodulados do SNC 43 Composição do Leite Materno Carboidratos Lactose: 7g/100ml Facilita absorção de cálcio e ferro Promove colonização intestinal com Lactobacillus Bifidus “fator bifidus” ↓ pH intestinal 44 Composição do LM: Lipídeos 40-50% do VCT sendo: Ácidos graxos insaturados (58%) e Ácidos graxos saturados (42%); Tipo de gordura varia de acordo com a dieta materna; Rico em ács. graxos insaturados de cadeia longa (desenvolvimento e mielinização do cérebro). Sendo o W3 (docosahexaenóico) o de grande importância para o desen. do sistema nervoso. Lipase do leite materno (sensível ao calor) 45 Composição do Leite Materno Sais minerais: Não são afetados pela dieta materna Ca X P: relação 2:1 Fe biodisponibilidade (Zn,Co,Lactoferrina). Zn > quantidade no colostro do que no leite maduro (1,6g/l). 46 Composição do Leite Materno Vitaminas: Vitaminas hidrossolúveis: dependem da dieta materna mas deficiências são raras Vit. D: banho de sol diários para evitar deficiências B12: pobre na dieta vegetariana O leite humano supre quase todas as necessidades nutricionais do recém nascido durante os seis primeiros meses de vida, com exceção das vitaminas D e K 47 Composição do Leite Materno Fatores Imunológicos 1- Humorais: - Imunoglobulinas - Lactobacillus bífidus - Lizozima - Lactoferrina 2- Celulares: - Macrófagos - Linfócitos - Polimorfonucleares neutrófilos - Células epiteliais Composição do Leite Humano / LM O leite humano contém diversos componentes que contribuem para a menor incidência de doenças infecciosas no lactente dentre eles, destaca-se: A IgA secretória que é composta por duas moléculas de IgA séricas que são importantes fatores de resistência do hospedeiro contra microorganismos que invadem o TGI. 48 49 COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO AÇÃO PRINCIPAL Propriedades antiviral, antibacteriana e antiprotozário. Glicosamina que promove crescimento do Lactobacillus e bifidobactérias: reduz o pH das fezes; inibe o crescimento de bacterias gram - ( Salmonella, cepas de E. Coli), Shigella. Estimula a atividade fagocitária dos macrófagos não ativados; estimula a migração de neutrófilos e monócitos do sangue aos tecidos; presente em grande quantidade no colostro. Produzem anticorpos específicos contra inúmeros patógenos. COMPONENTE Ácidos Graxos Fator bifidus Fibronectina - Linfócitos B 50 COMPONENTES DO LEITE MATERNO AÇÃO PRINCIPAL Recobre mucosas intestinal e respiratória, tornando-as impermeáveis a patogenos. Possui elevada especificidade antigênica, representa 90% das Ig do leite humano Glicoproteina que se liga ao ferro, competindo com microorganismos ferro dependentes; possuindo propriedades antiinflamatórias e atividade bacteriostática contra E. Coli, S. aureus e Candida; junto com IgA tem ativ. bactericida Destroem microorganismos por ação citotóxica e tem importante ativ. antiinflamatória. Produzem subst. que estimulam o sist. imunologico: interferon, linfocinas, interleucinas e fatores de quimiotaxia COMPONENTE IgA secretória - Lactoferrina - Linfócitos T 51 COMPONENTES DO LEITE MATERNO AÇÃO PRINCIPAL Em associação com lactoferrina tem atividade bactericida e antiinflamatória; atua destruindo a parede celular das bacterias Ação fagocitária sobre as bacterias do T.G.I.; produzem de lisozimas, lactoferrina, complemento, e ativam outros componentes do sist. imunologico Ligam-se a microorganismos ( princ. E. coli ), reduzindo a capacidade de aderir à superficie das mucosas Fagocitam bacterias do T.G.I. COMPONENTE Lisozima - Macrofagos Mucinas - Neutrofilos COMPONENTES DO LEITE MATERNO Qual a importância da Lisozima? O efeito bactericida direto sobre bactérias gram- positivas e enterobactérias e efeito bactericida indireto na potencialização de atividades dos anticorpos do leite materno são obtidos através da Lisozima. 52 53 Composição do Leite de vaca Proteínas Maior quantidade de ptn (3x mais) Caseína: 80% Proteínas do soro: 20% Predomínio de ácidos graxos saturados Beta- lactoglobulina: altamente alergênica Diferenças entre o leite humano (LH) e o leite de vaca (LV) A Caseína em maior teor no LV forma um coágulo resistente e de difícil digestão para o estômago da criança, enquanto a Lactoalbumina, presente em maior concentração no LH, forma coágulos macios, flocosos e de fácil digestão. A digestibilidade do leite humano é melhor quando comparada ao do leite de vaca. Isto deve-se, principalmente, à existência, no leite humano, de uma menor quantidade de caseína . 54 55 Composição do Leite de vaca Carboidratos e lipídeos Menor quantidade de lactose (4,9%) Predomínio de ácidos graxos saturados (maior tempo de esvaziamento gástrico) 6x menos ácido linoléico → maturação do SNC Com relação ao teor de lipídeos no leite humano podemos afirmar que quase 90% estão presentes sob a forma de Triglicerídeos. 56 Rico em sódio e cloretos (↑ carga de soluto renal e ↑ risco de desidratação) 4x mais cálcio (↓ absorção do ferro) 6x mais fósforo Maior quantidade de ferro, mas ↓ biodisponibilidade ↓ quantidade de vits C, D e E Composição do Leite de vaca Vitaminas e minerais 57 Composição do leite materno em situações específicas O LM de mães com parto prematuro tem maior quantidade de nitrogênio, proteínas , energia, Cálcio, fósforo, magnésio, zinco e sódio, e capacidade anti-infecciosa. A dosagem de lactose no colostro de mães adultas e adolescentes, eutróficas e desnutridas foi estudada e não encontraram diferenças significantes. Comparação da quantidade de gordura e energia no colostro de mães de prematuros em relação ao estado nutricional materno e paridade, não mostrou diferenças. 58 Composição do leite materno em situações específicas Estudo comparando zinco, ferro e cobre no colostro de mães adolescentes eutróficas e desnutridas constatou que nas mais jovens (de maior risco nutricional) apresentavam valores maiores de oligoelementos no colostro. As adolescentes desnutridas tendem a ter valores maiores de oligoelementos no colostro que as eutróficas. Estudo avaliando a influência de infecção aguda materna na composição do leite não mostrou alteração. 59 LEITE MATERNO: INDEPENDENTE DA FAIXA ETÁRIA, NÍVEL SOCIOECONÔMICO, PARIDADE, ESTADO NUTRICIONAL MATERNO E IDADE GESTACIONAL, O LEITE MATERNO TEM CONDIÇÕES DE PROMOVER UM CRESCIMENTO ÓTIMO AOS LACTENTES LEITE MATERNO: NÃO HÁ SUPORTE CIENTÍFICO QUE JUSTIFIQUE A NECESSIDADE EXTRA DE FERRO OU COBRE PARA RECÉM-NASCIDO A TERMO QUE ESTEJA EM ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO DURANTE OS 6 PRIMEIROS MESES DE VIDA. 60 Causas do desmame precoce Conceitua-se por desmame precoce a introdução de alimentos na dieta do lactente antes do 6° mês de vida. Percepção de “fome” do bebê/ leite fraco. “Rejeição” da criança Volta ao trabalho/retorno as aulas. LM “reimoso” por algum alimento consumido pela mãe Se oferecido quando a mãe está com o “corpo quente” pode causar diarréia LM se torna “salgado” quando a mãe engravida novamente 61 Desvantagens do desmame precoce Reduz a duração do aleitamento materno. Prejudica a absorção de nutrientes do LM como ferro e zinco. Diminui o volume total de LM ingerido independente do número de mamadas Uso de mamadeiras para ofertar líquidos → fonte de contaminação e altera a dinâmica oral. Introdução de alimentação inadequada do ponto de vista fisiológico e nutricional. Contra Indicação do AM O leite materno é o melhor alimento para o lactente por suas inúmeras vantagens em relação a sua composição e funções específicas relacionadas a imunidade inata. Porém, o aleitamento materno não é recomendado nos casos de Fenilcetonúria e Galactosemia. 62 63 Ordenha do leite materno Indicações: Alimentar um RN de baixo peso ou doente. Aliviar ingurgitamento mamário. Manter a produção de leite. Situações de trabalho ou saída materna. 64 Como ordenhar Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços Usar máscara ou evitar falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite Massagens nas mamas Ambiente tranqüilo e confortável Ideal ordenha manual Evitar conversas durante a ordenha Utilizar frascos esterilizados e bem vedados 65 Como ordenhar Pressione seu polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para dentro em direção a parede torácica. Evite esfregar ou deslizar seus dedos sobre a pele. O movimento dos dedos deve ser mais rotatório. Explique que ordenhar leite de peito adequadamente leva mais ou menos 20-30 minutos, em cada mama. 66 LACTAÇÃO 67 Outras técnicas de ordenha: seguir as orientações dos manuais • Bomba manual tira-leite com pêra de borracha e bulbo • Bomba manual tira-leite tipo seringa • Bomba elétrica para tirar leite 68 Técnica de Relactação 69 Técnica de Relactação 70 Armazenando o leite ordenhado Benefícios do Leite Materno Para a Mãe: Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, reduzindo o risco de hemorragia ; Aumenta as reservas de ferro; Reduz o risco de câncer de mama e de ovário. Para a Família: Melhor saúde e nutrição resultam em melhor ambiente psico-social e bem estar ; Menos gastos com cuidados médicos; A economia que se gera pode ser revertida em outros benefícios. Para o Hospital: ambiente emocional mais calmo e tranquilo; mais espaço para o hospital (com alojamento conjunto); menos infecção neonatal. 71 72 E na impossibilidade do leite materno??? Fórmulas Infantis - Definição Fórmulas - produtos modificados composição semelhante ao Leite materno Atender aos padrões do Códex Alimentarius FAO/OMS Nutricionalmente adequada Segura para o lactente Satisfazer o lactente Aceitável em paladar/cheiro Disponibilidade e custo 73 COMPOSIÇÃO: Modelo Leite Materno < conteúdo protéico Relação proteínas do soro/caseína Gorduras animais e vegetais Ácidos Graxos saturados AGPI e AGE Adição de lactose pH ácido > absorção de Cálcio Adição de minerais Adição de elementos-traço Adição de vitaminas 74 COMPOSIÇÃO: Modelo Leite Materno Densidade energética – 60 a 70 Kcal/100ml Todas as fórmulas devem ser suplementadas com AGE Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com Vitamina C Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com Ferro As fórmulas contém concentrações > de nutrientes do que o leite materno (menor biodisponibilidade) Considerações: Para Fixar A digestibilidade do leite humano é melhor quando comparada ao do leite de vaca. Isto deve-se, principalmente, à existência, no leite humano, de uma menor quantidade de caseína. O leite humano contém ácidos graxos W3, entre os quais o docosahexaenóico de grande importância para desenvolvimento do sistema nervoso. O leite materno apresenta maior conteúdo de colesterol do que o leite de vaca. 75 76 Com relação ao teor de lipídeos no leite humano podemos afirmar que quase 90% estão presentes sob a forma de Triglicerídeos. O leite materno é o melhor alimento para o lactente por suas inúmeras vantagens em relação a sua composição e funções específicas relacionadas a imunidade inata. Porém, o aleitamento materno não é recomendado nos casos de Fenilcetonúria e Galactossemia. 77 Ao se comparar a composição química do colostro com o leite maduro, pode-se afirmar que o primeiro contém maior teor de proteínas, menor teor de gordura, menos carboidratos. O colostro é um fluido amarelo viscoso (rico em caroteno) que preencheas células alveolares no último trimestre da gestação. Secretado por alguns dias após o nascimento, contém a seguinte composição: mais proteína e vitaminas lipossolúveis e menos lactose e vitaminas hidrossolúveis. 78 A digestão de proteínas é complexa no recém- nascido e depende da ação combinada de várias enzimas proteolíticas, por esse motivo deve-se evitar a oferta excessiva de proteínas em razão do risco de sobrecarga renal e desequilíbrio ácido-base e acidose metabólica. O recém-nascido apresenta preferência ao sabor doce, apresentando indiferença ou rejeição aos sabores salgados, amargos ou azedos. 79 As proteínas de origem plasmática estão em maior concentração no colostro. Evacuações: A criança amamentada ao seio poderá ter um padrão de evacuação variável, podendo ficar alguns dias sem evacuar ou apresentar várias evacuações por dia. A lactose é o principal carboidrato encontrado no leite humano destacando-se pela sua importância em fornecer substratos para formação da flora bífida. 80 Como avaliar se a criança está mamando a quantidade suficiente? - Teste da fralda (8x/dia, urina clara e diluída): - Ganho de peso (500g/mês); - Freqüência de mamada (8 a 12x/dia); - Avaliação clínica; - Evacuação (toda vez que mama). Existe Leite Fraco? Mamadas Curtas? NÃO existe leite materno fraco. Cada mãe produz o leite que seu bebê precisa e na quantidade certa. O leite materno produzido pode ser dividido como leite anterior e leite posterior. O leite anterior é o primeiro succionado pelo bebê, porém ele é mais rico em água e mais pobre em calorias. Já o leite posterior, é rico em gorduras, dá mais saciedade, porém só consegue ser succionado após a mamada do leite anterior. Assim, mamadas curtas podem não proporcionar a sucção do leite posterior total ou parcialmente, de modo que a criança não se sente saciada. 81 Três situações que impossibilitam a amamentação. Suspensão definitiva do aleitamento em caso de fenilcetonúria; Criança portadora de Galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose; Mães HIV+ e de vírus do mesma família retroviridae como HTLV-1 e HTLV-2 (Vírus linfotrópico humano). 82 Hospital Amigo da Criança A Iniciativa Hospital Amigo da Criança tem a finalidade de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno do recém-nato, por meio dos "Dez passos para o Sucesso do Aleitamento Materno". Dentre Eles: Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento a partir da meia hora após o nascimento. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação, mesmo se separada dos seus filhos. Não oferecer aos recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica. 83 Políticas Públicas de promoção, de proteção e de apoio: Programa de incentivo ao aleitamento materno na década de 80; Iniciativa hospital amigo da criança; Norma de comercialização de alimentos para lactentes de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeira (lei nº 11.265/2006); O método mãe canguru; A rede cegonha; As semanas de aleitamento materno As salas de apoio à amamentação. 84 Referência Bibliográfica 1- ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria, 2ª edição, Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009. Capítulo 18: Aleitamento Materno (pág.279 - 299) 2- WEFFORT, V.R.S & LA MOUNIER, JA. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência. São Paulo: Manole, 2009. Parte 11- Prevenção das Doenças do Adulto na Infância e Adolescência ; AM e Prevenção da Obesidade e Hipertensão Arterial pág. 567-573 3- Site MS, www.saude.gov.br para acessar: Dez passos para uma Alimentação saudável para crianças menores de 2 anos; Guia Alimentar para Crianças menores de 2 anos 85 http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ 86 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4- Giugliani ERJ. O aleitamento materno na prática clínica. Jornal de Pediatria 2000; 76 (Supl.3):S238-52 (www.jped.com.br) 5- BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação e uso de drogas. Brasília, 2000 6- BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília, 2002. 152p.( Normas e Manuais Técnicos, 107 ) 7- BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável. Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília, 2002. http://www.jped.com.br/
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