Ação Direta de Inconstitucionalidade

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS EM SAÚDE, qualificação e endereço completos com CEP, por seu Presidente, NOME COMPLETO, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com instrumento procuratório específico incluso e endereço para intimações no endereço completo com CEP, com fulcro no artigo 103, inciso IX e no art. 2º, inciso IX da Lei nº 9.868/99, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE C/C PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR
em face a) CÂMARA DOS DEPUTADOS, por intermédio de seu Presidente, com endereço para comunicações no Palácio do Congresso Nacional, Praça dos Três Poderes, Brasília-DF; b) SENADO FEDERAL, por intermédio de seu Presidente, com endereço para comunicações na Praça dos Três Poderes, Brasília-DF; c) PRESIDENTE DA REPÚBLICA, com endereço para comunicações no Palácio do Planalto, Praça dos Três Poderes pela edição de Lei Federal “W”, “que prevê terminantemente o direito a greve dos servidores públicos em sentido lato”, pelos fatos e fundamentos abaixo alinhados:
 	
1. DOS FATOS. 
 
	Segundo se infere do procedimento incluso, foi editada Lei Federal “W”, que em síntese, prevê terminantemente o direito a greve dos servidores públicos em sentido lato, ou seja, abrangendo todas as categorias de servidores públicos brasileiros. Ocorre que a edição da referida lei irá causar irreparáveis danos na economia pública, desemprego, e, ainda inevitável proliferação de doenças pela inexistência de servidores em continuidade para o exercício de tais funções.
2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO.
	A legislação ora atacada é inconstitucional por afrontar o direito fundamental de greve do servidor público civil conforme artigo 37, inciso VII da CF/88, bem como, vedação ao retrocesso, pois a edição desta diminui a proteção a direito e garantia do servidor público.
3. MEDIDA CAUTELAR. NECESSIDADE DE CONCESSÃO.
Presentes os requisitos exigidos à concessão da medida cautelar a fim de evitar grave lesão à ordem jurídica e social. Afigura-se plausível a argüição de inconstitucionalidade ora articulada, o que traduz o fumus boni iuris necessário à concessão da medida suspensiva. O periculum in mora também ressai transparente, pois, acaso a lei federal atacada não seja suspensa de plano, continuará ela surtindo seus efeitos no âmbito nacional, ceifar o direito dos servidores públicos civis a deflagrarem movimento de greve, arrimados em lei de nenhuma validade normativa.
Assim sendo, ante à relevância da fundamentação expendida e estando presentes os requisitos exigidos para a concessão da medida cautelar, nos termos previstos no artigo 10 da Lei n.º 9.868/99 e artigo 102, inciso I, “p”, da Constituição Federal Brasileira, pleiteia o autor a suspensão ad cautelam da Lei “W”, por flagrante violação ao artigo 37, inciso VII da Constituição Federal. 
4. DOS PEDIDOS. 
À vista da argumentação aduzida, a ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS EM SAÚDE, por seu PROCURADOR, requer:
a) a concessão de MEDIDA CAUTELAR, com a imediata suspensão da eficácia da Lei Federal “W”, por afronta ao preceito insculpido artigo 37, inciso VII da Carta Maior; 
b) a oitiva do senhor Presidente da República que sejam colhidas informações no prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento, na forma do artigo 6 da Lei 9.68/99;
c) a citação, nos termos do art. 7 da Lei 9.868/99, do Senhor Advogado Geral da União, bem como do Senhor Procurador-Geral da República, para proceder, no prazo de 15 (quinze) dias, a defesa do texto impugnado;
d) Protesta provar os fatos alegados por todos os meios admitidos em direito, em especial a prova testemunhal e pericial;
e) a juntada cópia da lei impugnada e Estatuto da Associação Nacional dos Servidores Públicos em Saúde;
f) a admissão da Associação Nacional dos Servidores Públicos em Saúde como “ amicus curiae” na forma do artigo 7, parágrafo segundo da Lei 9.868/99;
g) em final julgamento, que seja reconhecida a procedência da pretensão deduzida, mediante a declaração de inconstitucionalidade da Lei Federal “W”, por afronta à Carta Magna Brasileira. 
	
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000.000,00 (Um Milhão de Reais)
	
Local e Data
 Advogado – OAB nº
		1