Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Glândulas Tireóide e Paratireóides Profª Msc. Pábula Thais Lima As células da tireóide se dispõem num padrão folicular. As paredes dos folículos são formadas por células foliculares que produzem a tireoglobulina (TG), passo inicial para a síntese hormonal e armazenada no lúmen de cada folículo (colóide). Síntese dos Hormônios da Tireóide 1. Síntese e armazenamento da tireoglobulina (TG) 2. Captação e oxidação do iodo 2.1. A membrana basal das células foliculares capta Iodo ativamente do plasma através de uma Bomba de Iodo; 3. Iodação das tirosinas da TG 3.1. Através da enzima peroxidase, o iodo liga- se a aminoácidos tirosinas que compõem a TG; 3.2. A iodação de uma tirosina com 1 iodo produz a monoiodotirosina (MIT); 3.3. A iodação de uma tirosina com 2 iodos produz a diiodotirosina (DIT). Síntese dos Hormônios da Tireóide Diiodotirosina Monoiodotirosina Formação de MIT e DIT 4. Acoplamento de MITs e DITs 4.1. A peroxidase pode, também, ligar: 1 MIT + 1 DIT e formar Triiodotironina ou T3 1 DIT + 1 DIT e formar Tetraiodotironina, tiroxina ou T4 →Interações entre 2 DITs são mais frequentes. →Note que T3 e T4 ainda permanecem ligados à TG no colóide. Síntese dos Hormônios da Tireóide Triiodotironina ou T3 Tetraiodotironina, Tiroxina ou T4 Secreção de T3 e T4 5. A TG é clivada por enzimas lisossomais gerando: a) T3 e T4 livres que se difundem para o sangue; b) MITs e DITs que perdem o iodo gerando tirosina+iodo são reaproveitados pela célula folicular. Transporte de T3 e T4 no sangue 6. Na circulação, T3 e T4 circulam ligados à proteína plasmática Globulina de Ligação de Tiroxina e a outras proteínas transportadoras produzidas pelo fígado. Chegada de T3 e T4 nos tecidos-alvo 7. Nos tecidos alvo: a) T4 é transformado em T3; b) T3 liga-se a uma proteína citosólica que o transporta até o núcleo; c) No núcleo, T3 desliga-se da proteína de transporte e liga-se ao seu receptor nuclear, estimulando a transcrição e tradução. → Embora T4 seja o principal hormônio produzido pela tireóide, T3 é o mais atuante hormônio nas células-alvo, por isso quase todos os tecidos convertem T4 em T3. De maneira geral, os hormônios da tireóide aumentam a atividade metabólica de todos os tecidos corporais. Sob seu estímulo, as células aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas (estruturais, transportadoras, enzimas), consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gás carbônico e aumentam a produção de calor. Ações de T3 e T4 Ações de T3 e T4 Aumentam a Taxa Metabólica Basal por promoverem: a) Nos carboidratos: → Maior absorção intestinal de glicose, glicólise e gliconeogênese. b) Nos lipídios: → Aumento na mobilização dos lipídios do tecido adiposo para obtenção de energia. c) Nas proteínas: → Degradação protéica (liberação de aminoácidos pelos músculos) Sistema cardiovascular Aumento da frequência e força da contração cardíaca, assim como do fluxo sanguíneo tecidual. Sistema Respiratório Aumento da frequência e amplitude da respiração. Sistema Digestório Aumento do apetite e da motilidade gastrointestinal. Ações de T3 e T4 Ações de T3 e T4 Crescimento e Desenvolvimento Aumento do crescimento linear dos ossos e maturação dos centros ósseos epifisários; Participa do desenvolvimento do Sistema Nervoso em neonatais estimulando a formação dos neurônios e sua mielinização; Desenvolvimento e erupção dos dentes. Sono O aumento de T3 e T4 produz insônia e a redução produz sonolência. Hipertiroidismo Nervosismo, aumento da sudorese, intolerância ao calor, palpitações, cansaço, perda de peso, diarréia, tremores, exoftalmia (olhos saltados), insônia, reflexo rápido, ansiedade, fraqueza muscular e fome excessiva e bócio (não endêmico). HIPERTIROIDISMO Hipotiroidismo Hiportireoidismo na infância Retardo no crescimento ósseo, diminuição da capacidade intelectual (cretinismo). Hipotiroidismo no adulto Intolerância ao frio, constipação intestinal, ganho de peso, diminuição do apetite, raciocínio lento, sonolência, cansaço, depressão, reflexo lento, períodos de menstruação irregular ou ausente, colesterol elevado, unhas e cabelos fracos e quebradiços. Paratormônio (PTH) As glândulas paratireóides possuem um “sensor” de cálcio, extremamente sensível à diminuição plasmática de cálcio. Ação do Paratormônio (PTH) Aumenta a atividade osteoclástica; Aumenta, no rim, a reabsorção de cálcio. Aumenta a absorção intestinal de cálcio Homeostase do Cálcio Funções do Cálcio: Regula a excitabilidade dos neurônios e músculos, promove a liberação de neurotransmissores, a contração muscular, a formação de dentes e ossos, além de ser determinante na coagulação. A manutenção da homeostase plasmática do cálcio é depende do: Paratormônio (PTH); Vitamina D Calcitonina Calcitonina A calcitonina é produzida pelas células parafoliculares (células C) da glândula tireóide. Seus efeitos são opostos ao PTH, portanto, o principal estímulo para sua liberação é o aumento de cálcio plasmático. A calcitonina age principalmente inibindo os osteoclastos (inibindo a absorção óssea) e favorecendo a deposição óssea (atividade dos osteoblastos). As células C da em que, junto com a vitamina D Células C da
Compartilhar