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lândulas endócrinas Tireoide ANATOMIA: Glândula em formato de borboleta (ou H) localizada na base do pescoço, mais especificamente na parte anterior da traqueia e abaixo da laringe (logo abaixo do pomo-de-adão = cartilagem tireoide). Pesa de 16 a 20g e é formada por dois lobos laterais, unidos pelo istmo HISTOFISIOLOGIA: É formada por um conjunto de folículos, os quais são preenchidos por um colóide (constituído majoritariamente pela tireoglobulina). Apresenta dois tipos básicos de células: as foliculares (secretam os hormônios da tireóide) e as parafoliculares/células em C (produzem calcitonina). É altamente vascularizada. ● produção hormonal ● *Ocorre no colóide *Os hormônios da tireóide são derivados do aminoácido tirosina, lipossolúveis e dependentes de IODO, necessário para sua formação -> ingestão mínima de 50mg de I- ao ano (sal de cozinha suplementado com iodeto de sódio) ETAPAS: 1. Captação de iodo do sangue pelo simporte Na+/I- (cotransporte unidirecional e ativo). O I- é levado para o colóide pela molécula transportadora pendrina 2. Síntese de tireoglobulina* pelas células foliculares *glicoprot. (RER e C. golgi) 3. Oxidação de iodeto (I- → I0 ou I3-) para possibilitar seu uso 4. Iodinação ou organificação da tireoglobulina a partir da ligação do iodo oxidado com os radicais tirosina da tireoglobulina; reação catalisada pela enzima iodinase; origina a monoiodotirosina (T1) e a di-iodotirosina (T2) 5. Conjugação T1-T2 ou T2-T2, originando, respectivamente, a triiodotironina e a tiroxina 6. Armazenamento da tireoglobulina, que retorna às células foliculares por pinocitose, agora com hormônios tireoidianos em sua constituição. *Atenção: Cada molécula de tireoglobulina carrega hormônios tireoidianos em sua fórmula (cerca de 30 moléculas de T4 e algumas de T3). Logo, os hormônios tireoidianos ficam armazenados no interior dos folículos da tireoide na forma de tireoglobulina. Obs: Quando sintetizados, são armazenados em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo por até 3 meses, razão pela qual os efeitos fisiológicos de uma possível deficiência hormonal só são observados vários meses depois. ● secreção ● PROTEÓLISE (digestão do colóide): Nas células foliculares, a tireoglobulina sofre ação enzimática proteolítica, fragmentando-se em vários pedaços pequenos e liberando T3 e T4 na circulação. Uma vez na corrente sanguínea, 99% desses hormônios ligam-se a proteínas plasmáticas transportadoras como a globulina, com quem tem alta afinidade. A liberação hormonal para as células teciduais ocorre lentamente Atenção: Cerca de 90% dos hormônios secretados estão na forma de T4, mas o mais utilizado é o T3 O T4 liga-se mais fortemente às proteínas transportadoras (é liberado mais lentamente) O organismo tem maior afinidade pelo T3 (liberação e ação mais rápida), motivo pelo qual cerca de metade da tiroxina é lentamente desiodada em T3 nos tecidos *correlação clínica: o uso de T4 é preferível nos medicamentos ● regulação hormonal ● A secreção dos hormônios tireoidianos é regulada por um mecanismo de feedback negativo. ▪ O hipotálamo produz TRH (h. liberador de tirotropina), que estimula a hipófise libera TSH ▪ A hipófise libera o TSH ou tirotropina (h. estimulador da tireoide), que induz a secreção dos hormônios tireoidianos ▪ Os altos níveis sanguíneos de T3 e T4 exercem ação inibitória sobre o hipotálamo e a hipófise, provocando diminuição do TRH e do TSH, reduzindo também as taxas dos hormônios tireoidianos e reiniciando o ciclo regulatório. EFEITOS: • Alterações no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas: ↑absorção de glicólise, ↑glicogenólise e gliconeogênese, ↑lipólise, ↑síntese e catabolismo proteico • Aumento da frequência cardíaca, força de contração e circulação sanguínea tecidual • ↑Consumo de O2, produção de calor e Na+/K+ ATPase, número de mitocôndrias • Crescimento e maturação óssea • Desenvolvimento do SNC • *AÇÃO NÃO GENÔMICA: Regulação de canais iônicos e ativação de mensageiros secundários (é rápida; segundos/minutos) ● funções dos hormônios tireoidianos ● Embora o T3 seja mais potente, a tiroxina e a triiodotironina agem de forma semelhante no organismo. De um modo geral, ambos promovem um aumento da taxa metabólica basal (↑atividades funcionais de quase todos os tecidos corporais) a partir do aumento/redução da transcrição gênica, que induz a síntese de várias proteínas = produção da resposta celular *Obs: A explicação para a ação gênica dos hormônios tireoidianos está na localização de seus receptores, que ficam próximos/ligados às fitas de DNA. ● fisiopatologia ● *Distúrbios da função tireoidiana 1. BÓCIO = inchaço da tireoide pelo aumento do volume do colóide CAUSAS: carência de iodo (bócio carencial/endêmico¹) ou qualquer deficiência no sistema enzimático necessário para a formação dos hormônios tireoidianos (bócio idiopático²) ¹ = a falta de iodo impede a formação de T3 e T4, o que impossibilita a supressão normal da hipófise, resultando em grandes quantidades de TSH. Dessa maneira, as células foliculares secretam colóide em excesso, tornando a glândula cada vez maior. ² = distúrbios como a deficiência no mecanismo de captação do iodo (bombeamento inadequado) implicam na não formação dos hormônios finais, o que também impossibilita a inibição natural da hipófise. 2. HIPERTIREOIDISMO = produção excessiva dos hormônios tireoidianos CAUSAS: doença de Graves* (causa mais comum), adenoma hipofisário (alta produção apenas de TSH) e tumor hipotalâmico (alta produção apenas de TRH) SINTOMAS: consequências do aumento do metabolismo basal = hipertensão, aumento das frequências cardíaca e respiratória, sudorese excessiva, diarreia, irritabilidade, ansiedade, insônia, perda de peso e fraqueza muscular, tremores, exoftalmia (olho inchado), etc. TRATAMENTO: medicamentos antitireoidianos (diminuem a quantidade de hormônio produzida), remoção cirúrgica da maior parte da tireoide*, iodo radioativo (destruição das células secretoras) Observação - A doença de Graves é um processo autoimune a partir do qual o corpo passa a produzir anticorpos que atuam contra a própria tireóide e resultam em sua superatividade. 3. HIPOTIREOIDISMO = baixa produção de hormônios tireoidianos CAUSAS: carência de iodo¹, tireoidite de Hashimoto²(causa mais comum) ¹ = impede a formação de T3 e T4 2 = doença autoimune; inflamação da tireoide, causando sua deterioração progressiva e deficiência na produção de T3 e T4 SINTOMAS: consequências da diminuição do metabolismo basal = diminuição das frequências cardíaca e respiratória, redução da sudorese e intolerância ao frio, sonolência, apatia e cansaço, leve ganho de peso, mixedema (edema generalizado). TRATAMENTO: medicamentoso, com administração diária de hormônios sintéticos 4. CRETINISMO = hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças CAUSAS: congênito (defeito na tireoide) ou endêmico (ausência de iodo na dieta) SINTOMAS: deficiência no crescimento e retardo mental Paratireóide ]] ANATOMIA: 4 pequenas glândulas arredondadas/ovais de difícil distinção localizadas na face posterior da tireóide. Cada uma pesa cerca de 40mg e mede 6 x 3 x 2 mm, apresentando uma coloração marrom-amarelada. HISTOFISIOLOGIA: São formadas por dois tipos de células epiteliais: as principais (produzem paratormônio) e as oxifílicas (função desconhecida) *Observação: Até 3 paratireóides podem ser retiradas cirurgicamente sem prejuízo. ● ação hormonal ● PARATORMÔNIO (PTH): principalregulador dos níveis de Ca2+, PO34- e Mg2+ no sangue *É antagonista à CALCITONINA Ação detalhada: hormônio HIPERcalcemiante (aumenta os níveis sanguíneos de cálcio) ▪ Aumento da reabsorção óssea – curto prazo = absorção de Ca3(PO4)2 de osteócitos já existentes (degradação da MEC óssea) / longo prazo = ↑número e atividade dos osteoclastos ▪ Aumento da reabsorção renal de cálcio e magnésio (↓ perda urinária de Ca2+e Mg2+) e diminuição da reabsorção renal de PO34- ▪ Promove a formação do calcitriol (1,25-di-hidroxicolecalciferol) pelos rins, o qual consiste na forma ativa da vitaminaD ▪ Aumento da absorção intestinal de Ca2+, PO34- e Mg2+ pela ação do calcitriol -> regulação INDIRETA no intestino *SALDO final: mais cálcio e magnésio no sangue e menos fosfato (perda de PO34- na urina > ganho de PO34- nos ossos/intestino) ALTO nível de cálcio no sangue ➔ Estímulo às células parafoliculares da tireóide, que secretam calcitonina *diminui a reabsorção óssea BAIXO nível de cálcio no sangue ➔ Estímulo às células principais da paratireoide, que secretam paratormônio ● fisiopatologia ● 1. HIPOPARATIREOIDISMO = baixa produção de paratormônio hipocalcemia e hipocalcinúria (↓Ca+2 na urina) *associado com a hiperexcitabilidade do sistema nervoso por aumento da permeabilidade neuronal ao Na+ POSSÍVEIS CAUSAS: pós-cirurgia de tireóide, radioterapia no pescoço, doença autoimune, problema congênito SINTOMAS: cãibras, fraqueza muscular, tontura, nervosismo excessivo, perda de memória, tetania [contrações musculares involuntárias – possível óbito por espasmo respiratório], hipoplasia do esmalte dental, unhas quebradiças, perda de cabelo TRATAMENTO: reposição de cálcio e vitamina D CALCEMIA: 8-9 a 10,5 mg/dL *Cálcio no plasma: 40% fixado à proteínas plasmáticas (albumina – competição com íons H+, que são mais reativos = ↑calcemia numa acidose) e 60% ultra-filtrado (50% livre na forma de Ca+2 e 10% ligado a ânions; podem ser filtrados na membrana glomerular) FISIOLOGIA do cálcio: controla a excitabilidade celular, atua na transmissão de impulsos nervosos, na contração muscular e na coagulação sanguínea Pâncreas endócrino 2. HIPERPARATIREOIDISMO = alta produção de paratormônio hipercalcemia e hipercalcinúria *associado com a depressão do sistema nervoso POSSÍVEIS CAUSAS: PRIMÁRIO (problema na glândula) – adenoma (tumor) ou hiperplasia das paratireoides = produção excessiva de PTH SECUNDÁRIO (condições subjacentes) – deficiência severa de vitamina D, doença renal crônica, dificuldade de absorção de cálcio = altos níveis de PTH como compensação para hipocalcemia SINTOMAS: fragilidade óssea (fraturas), cálculo renal, falta de apetite, urina e sede em excesso TRATAMENTO: normalmente cirúrgico [remoção da glândula] 3. RAQUITISMO por deficiência de vitamina D = deficiência de cálcio/fosfato no líquido extracelular SINTOMAS: ossos enfraquecidos em razão da mineralização inadequada do osso em crescimento; tendência para fraturas, fraqueza muscular, hiperatividade TRATAMENTO: suplementação de cálcio, fosfato e sobretudo vitamina D ANATOMIA: Glândula anfícrina situada transversalmente na parte superior do abdômen, estando posterior ao estômago e tendo sua cabeça alojada na curvatura do duodeno. Pesa cerca de 100g e mede aproximadamente 15cm HISTOFISIOLOGIA: É formado pelas ilhotas de Langerhans (porção circundada pelos ácinos da parte exócrina), as quais são constituídas por 4 tipos de células: alfa (20-25%) - secretam glucagon beta (70%) - secretam insulina delta (5-10%) - secretam somatostatina F (1%) - secretam polipeptídeo pancreático ● funções dos hormônios pancreáticos ● INSULINA – hormônio proteico hipoglicemiante e anabólico; formado por duas cadeias de polipeptídeos unidas por pontes dissulfeto; meia-vida de 5 min Ação detalhada *atua sobre carboidratos, gorduras e proteínas 1. No fígado = formação de glicogênio ▪ Inativação da fosforilase hepática (enzima que atua na quebra do glicogênio em glicose), o que impede a glicogenólise ▪ ↑Atividade da glicoquinase (enzima que atua na fosforilação inicial da glicose em glicose-6-fosfato), o que retém temporariamente a glicose nos hepatócitos, já que ela fosforilada não consegue se difundir para fora das células ▪ ↑Atividade das glicogênio sintases, responsáveis pela glicogênese ▪ Conversão do excesso de glicose em ácidos graxos, que formarão triglicerídeos e serão transportados para o tecido adiposo sendo depositados na forma de gordura 2. Nos músculos = estimula a formação de proteínas e impede sua degradação ▪ Estimula o transporte de aminoácidos para as células *interação com o GH ▪ Aciona a síntese proteica ▪ Inibe o catabolismo das proteínas, o que reflete na diminuição da gliconeogênese no fígado pela diminuição de seus principais substratos (os aminoácidos) 3. No tecido adiposo = armazenamento de gordura ▪ Inibe a lipólise pelo bloqueio das enzimas lipases que atuam na hidrólise dos triglic. ▪ ↑Internalização da glicose nos adipócitos para formar alfa-glicerol fosfato, substância que produz o fosfato que compõe os triglicerídeos EFEITOS FISIOLÓGICOS GERAIS da insulina - Internalização da glicose em tecidos sensíveis e translocação de GLUT-4 - Promove a glicogênese (síntese de glicogênio pela polimerização da insulina) - Diminuição da glicogenólise (degradação de glicogênio) e da gliconeogênese (produção hepática de glicose a partir de compostos aglicanos [não carboidratos]) - Estimula a lipogênese e a síntese proteica , , MECANISMO de SECREÇÃO (liberação de insulina pelas células betapancreáticas) *Estímulo principal: ↑concentração de glicose Entrada de glicose nas células beta é facilitada pela presença do transportador GLUT-2 A glicose é fosforilada em G6P pela glicoquinase, sendo seu destino preferencial a glicólise A G6P sofre oxidação e produz ATP O aumento da relação ATP-ADP induz o fechamento de canais de K+ sensíveis a ATP, o que resulta na despolarização da membrana das células beta e consequentemente, na abertura de canais de Ca2+ controlados por voltagem O influxo de cálcio nas células beta estimula a fusão das vesículas que contêm a insulina, ocasionando sua liberação por exocitose GLUCAGON – hormônio proteico hiperglicemiante e catabólico; polipeptídeo com 29 AAs; meia-vida de 3-4 min Ação detalhada no fígado ▪ Ativa a adenil ciclase, desencadeando uma cascata de eventos que promove a degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato ▪ Aumenta a captação de aminoácidos pelos hepatócitos, estimulando sua conversão em glicose pela gliconeogênese ▪ Ativa a lipase das células adiposas, disponibilizando grande quantidade de ácidos graxos ▪ Inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado EFEITOS FISIOLÓGICOS GERAIS do glucagon -Quebra do glicogênio hepático (glicogenólise) - Aumento da gliconeogênese no fígado - Estimula a cetogênese hepática (produção de corpos cetônicos, compostos derivados da quebra de ácidos graxos) a partir da lipólise SOMATOSTATINA – hormônio proteico que tem sua liberação estimulada por glicose, AAs, glucagon e hormônios intestinais. *Também pode ser secretado pelo hipotálamo FUNÇÕES: modula a secreção de insulina e glucagon, inibe o GH e retarda a absorção de nutrientes no trato gastrointestinal POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO – hormônio proteico que tem sua liberação estimulada por hipoglicemia e ingestão de AAs. FUNÇÕES: interfere nos níveis de glicogênio hepático, diminui a motilidade gástrica REGULAÇÃO DA GLICEMIA ➔ Nível glicêmico normal (jejum): 80-90 mg/dl *pós-prandial (1-2 horas após a alimentação): até140 mg/dl ➔ Hipoglicemia < 65 mg/dl em jejum ➔ Hiperglicemia > 125 mg/dl em jejum Por que é tão importante manter a glicemia rigorosamente controlada se as células são capazes de utilizar ácidos graxos e proteínas para a obtenção de energia na ausência de glicose? HIPOGLICEMIA: O encéfalo, a retina e o epitélio das glândulas têm grande dificuldade em utilizar compostos que não sejam a glicose para a produção de energia. Além disso, as células nervosas são incapazes de armazenar glicose: realizam suas atividades retirando- a da corrente sanguínea, o que explica a tontura característica quando há uma queda na glicemia. HIPERGLICEMIA: Elevadas concentrações de glicose no plasma podem levar à grave desidratação das células de todo o organismo por osmose, além de diurese osmótica pelos rins por conta de sua excreção na urina (a glicose não se difunde facilmente pela membrana, o que leva a um aumento da pressão osmótica e faz com que a água também seja perdida) ● fisiopatologia ● 1. DIABETES MELITUS Tipo 1 (insulinodependente) – produção de insulina ausente/insuficiente, estando normalmente associada à infância (juvenil) *problema no órgão Tipo 2 (insulinorresistente) – diminuição da sensibilidade dos tecidos-alvo aos efeitos metabólicos da insulina, que é produzida normalmente. Está geralmente associada à obesidade (adultos/tardia) *problema está na periferia SINTOMAS: hiperglicemia, poliúria e glicosúria (excesso de urina e perda de glicose), polidpsia (sede excessiva), desidratação, polifagia (fome excessiva), perda de massa muscular e machucados que demoram a cicatrizar COMPLICAÇÕES ▪ “Pé diabético” – complicação decorrente do fluxo sanguíneo reduzido para os membros inferiores e da neuropatia periférica (danos nos nervos), o que resulta em perda de sensibilidade e dificuldade de cicatrização de feridas -> facilitação do surgimento de infecções e úlceras que podem resultar em amputação ▪ Cetoacidose diabética – emergência médica potencialmente mortal que decorre do aumento do uso de lipídios para a obtenção de energia. Essa via leva ao acúmulo dos corpos cetônicos, substâncias ácidas que levam a um grave quadro de acidose metabólica (grande diminuição do pH sanguíneo) que pode ocasionar o coma diabético ▪ Doenças cardiovasculares, infarto e AVE (acidente vascular encefálico) – associadas à dislipidemia diabética (elevação de LDL e triglicerídeos pela utilização excessiva de lipídios no fígado), a qual favorece o surgimento da aterosclerose. Consequentemente, o surgimento de coágulos sanguíneos pode causar obstrução dos vasos. ▪ Retinopatia diabética – a hiperglicemia pode danificar os vasos sanguíneos da retina, gerando o comprometimento da visão ▪ Nefropatia diabética – a hiperglicemia, juntamente com a elevada pressão arterial, pode danificar os glomérulos e levar à insuficiência renal (diminuição da capacidade de filtração) Correlação hipófise-hipotálamo ANATOMIA: A hipófise ou pituitária é uma glândula pequena – de tamanho semelhante a uma ervilha – situada na sela túrcica (cavidade do osso esfenoide). Liga-se ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário HISTOFISIOLOGIA: Fisiologicamente, a hipófise está dividida em três porções: anterior, posterior e pars intermedia. A adenohipófise possui origem epidérmica (epitélio faríngeo), enquanto a neurohipófise deriva de tecido neural do hipotálamo e apresenta células semelhantes às gliais, os pituícitos ● produção hormonal ● *Quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais nervosos ou hormonais vindos do hipotálamo 1. NEUROHIPÓFISE (posterior) – NÃO produz hormônios; apenas secreta aqueles produzidos pelo hipotálamo ADH/vasopressina – hormônio peptídico produzido pelos núcleos supraópticos do hipotálamo OCITOCINA – hormônio peptídico produzido pelo núcleos paraventriculares do hipotálamo 2. ADENOHIPÓFISE (anterior) – secreção hormonal controlada por hormônios hipotalâmicos liberadores ou inibidores PROLACTINA SOMATOSTATINA (GH) = hormônio do crescimento HORMÔNIOS TRÓFICOS – regulam o funcionamento de outras glândulas *Controle da secreção da hipófise anterior = hormônios hipotalâmicos ou por feedback negativo FUNÇÕES: promove o aumento da permeabilidade dos túbulos renais, resultando numa maior absorção de água; estimula a vasoconstrição, elevando a pressão arterial SECREÇÃO (estímulos): aumento da concentração do LEC, detectado por osmorreceptores nervosos ou baixa volemia (volume sanguíneo) FUNÇÕES: promove a ejeção do leite materno e o aumento das contrações uterinas durante o parto SECREÇÃO (estímulos): sucção do mamilo pelo bebê provoca a transmissão de sinais para os neurônios ocitocinérgicos, levando à sua liberação. A ocitocina é então transportada para as mamas, estimulando a contração das células mioepiteliais dos alvéolos. FUNÇÕES: promove a produção e a secreção de leite materno FUNÇÕES: induz o crescimento de quase todos os tecidos do corpo através das somatomedinas, pequenos hormônios proteicos que estimulam a liberação dos IGFs (fatores de crescimento insulino-símiles), os quais promovem a multiplicação e o crescimento celular pelo aumento da capacidade mitótica, a aceleração da síntese proteica, a utilização dos ácidos graxos e a redução do uso de glicose SECREÇÃO (estímulos): sono profundo, exercícios, jejum, hipoglicemia FISIOPATOLOGIA: nanismo [deficiência de GH], gigantismo e acromegalia [excesso de GH] ACTH (adrenocorticotrópico) – atua sobre o córtex da adrenal estimulando a produção de glicocorticoides e de androgênios TSH/tireotropina (tireoestimulante) – estimula a produção dos hormônios tireoidianos T3 e T4 FSH (foliculoestimulante) – estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a espermatogênese LH (luteinizante) – induz a ovulação e a formação do corpo lúteo nos ovários e a produção de estrógeno, progesterona e testosterona Hormônios reprodutivos ● nos homens ● LH FSH TESTOSTERONA GH ▪ Atua sobre as células de Leydig estimulando a produção da testosterona ▪ Estimula as células de Sertoli ▪ Promove a conversão da testosterona em estrogênios ▪ Maturação dos genitais externos e aparecimento das características sexuais secundárias ▪ Aumento do volume das secreções seminíferas e prostáticas ▪ Estimula a síntese proteica ▪ Promove a ossificação das lâminas epifisárias ▪ Promove a divisão precoce das espermatogônias (atua no controle das funções metabólicas basais dos testículos) ● nas mulheres ● FSH LH ESTRÓGENO PROGESTERONA RELAXINA ▪ Inicia o desenvolvimento/maturação dos folículos ovarianos e a secreção de estrógeno ▪ Desenvolvimento dos folículos ovarianos, ovulação e formação do corpo lúteo ▪ ▪ Desenvolvimento das estruturas genitais femininas e aparecimento das características sexuais secundárias ▪ Diminuição do nível sérico de colesterol ▪ Deposição de gordura nos tecidos subcutâneos ▪ Aumento do anabolismo proteico ▪ Estimula a atividade osteoblástica ▪ Atua no ciclo uterino juntamente com o estrógeno na preparação do endométrio ▪ Diminuição das contrações uterinas ▪ Relaxamento do útero e inibição das contrações ▪ Aumenta a flexibilidade da sínfise púbica no final da gravidez, permitindo uma melhor dilatação do colo do útero
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