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Características da Micologia Clínica e Diagnóstico de Micoses Superficiais

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NewsLab - edição 77 - 2006106
Características Particulares da
Micologia Clínica e o Diagnóstico
Laboratorial de Micoses Superficiais
Carlos César Somenzi1, Tatyana Sampaio Ribeiro2 e Alexandre de Menezes2
1 - Professor Titular de Microbiologia e Imunologia
2 - Farmacêuticos
Universidade Santa Cecília e Fundação Lusíada/UNILUS. Santos. SP
Artigo
As micoses superficiais da pele, também chamadas de
“tineas” são infecções causadas por fungos que atingem a
pele e seus anexos, e podem ser encontrados no solo e em
animais. Até na própria pele existem fungos colonizando o
indivíduo sem causar doença, como microbiota residente.
Quando estes os fungos encontram condições favoráveis
ao seu crescimento, como calor, umidade, baixa de imuni-
dade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo,
estes fungos se reproduzem e passam então a causar a
doença. Os primeiros sinais de uma micose costumam ser
quase imperceptíveis. Na maioria dos casos provém de
bolhas, fissuras, escamas, manchas ou prurido. As mani-
festações clínicas podem ser: lesões no couro cabeludo
com áreas de queda dos cabelos, lesões arredondadas
localizadas no corpo, descamações nos espaços interdigi-
tais e raiz das coxas, vesículas pruriginosas nos pés, man-
chas esbranquiçadas na pele, etc.
O diagnóstico pode ser feito através de exame mico-
lógico direto, com KOH 10%, de material biológico obti-
do do paciente com suspeita de micose fornecendo resul-
tados anteriores às culturas, que podem levar dias ou se-
manas. Essas informações, em conjunto com a anamne-
se, auxiliam o diagnóstico laboratorial e permitem o clíni-
co a instituir o tratamento adequado e precocemente.
Palavras-chave: Micoses superficiais, fungos, tineas,
diagnóstico
Resumo Summary
Specific Characteristics of Clinical Mycology and
the Laboratorial Diagnosis of Superficial Mycoses
 Surface skin mycoses, also know as “tinea” are
infections caused by fungi that affect the skin and
associated tissue and which can be picked up from the
ground or from animals. Even in the skin itself there are
fungi, know as resident microbiota, which colonize
people without causing diseases. When these fungi find
favorable growing conditions, such as warmth, humidity,
a drop in the immunity or long-term systemic antibiotic
use, these fungi reproduce and cause diseases. The first
signs of mycoses are normally unnoticeable. In the
majority of cases the first signs of infection are blisters,
cracks, scales, skin discoloration or itching. The clinical
manifestations can be: lesions on the scalp with bald
patches, circular lesions on the body, scaly patches
between the toes and in the groin region, itching vesicles
Diagnosis may be achieved by direct mycological
examination using 10% KOH with the biological
material obtained from patients with suspicion of
mycosis, giving results quicker than cultures which may
take days or even weeks. This information, together with
the anamnesis, helps laboratorial diagnosis and allows
the physician to introduce early but adequate treatment.
Keywords: Surface mycoses, fungus, tinea and
diagnosis
107NewsLab - edição 77 - 2006
A
IntroduçãoIntrodução
o longo dos últimos dez
anos, a incidência de infec-
ções importantes causadas por
fungos tem aumentado. Estas
infecções estão ocorrendo como
infecções nosocomiais e em in-
divíduos com sistema imunoló-
gico comprometido. Além disso,
milhares de doenças causadas
por fungos afetam plantas eco-
nomicamente importantes, cus-
tando anualmente mais de um
bilhão de dólares (Case et al.,
2002). Os fungos podem infec-
tar o organismo de diversas for-
mas. As infecções podem ser li-
geiras e passar despercebidas,
ou graves e por vezes mortais.
Alguns fungos estão constan-
temente presentes, sem gerarem
doença, em zonas do organismo
como a boca, a pele, o intestino e
a vagina. A presença da microbi-
ota bacteriana residente e as de-
fesas imunitárias do organismo
impedem-nos de se dissemina-
rem. As micoses mais graves de-
senvolvem-se nos indivíduos sub-
metidos a terapêuticas antibióti-
cas de longo prazo (que alteram o
equilíbrio entre fungos e bactéri-
as) e nas que tomam corticoste-
róides ou imunossupressores (que
deprimem as defesas naturais).
As micoses graves manifestam-
se freqüentemente nos doentes
com HIV, ou que apresentam de-
fesas imunitárias comprometidas.
Nestes casos, os fungos podem
atacar os órgãos internos, difun-
dir-se ao sangue e se tornar mor-
tais. As micoses mais comuns são
as superficiais, que afetam a pele,
os pêlos, o cabelo, as unhas, os
órgãos genitais e a mucosa oral.
O principal mecanismo de defesa
contra fungos é desenvolvido pe-
los fagócitos, que os destroem por
meio da produção de NO e de ou-
tros componentes secretados por
essas células. Adicionalmente, há
participação de interferon, au-
mentando a função de neutrófilos
e macrófagos, não havendo evi-
dências de atividade citotóxica por
células T CD8. Portanto, pacien-
tes que apresentam neutropenia
(menos de 500 neutrófilos/mm3)
ou que tenham deficiência da imu-
nidade celular, cursam com fre-
qüência com micoses recorrentes
e ocasionalmente desenvolvem
formas graves e profundas (Sum-
merbell & Weitzman, 1995).
As micoses são doenças pro-
duzidas por fungos, podendo ser
superficiais ou profundas. Nas
superficiais, a pele, unhas e ca-
belos são agredidos, dando ori-
gem a enfermidades conhecidas
como dermatofitose, pitiríase ver-
sicolor, candidíase cutânea e ou-
tras. Nas micoses profundas são
os órgãos internos que são atin-
gidos primordialmente. Os fungos
causadores de micoses são orga-
nismos encontrados no ambien-
te em que vivemos. Pessoas, ani-
mais, roupas contaminadas e a
superfície terrestre são locais
NewsLab - edição 77 - 2006108
onde podemos encontrá-los. No
organismo humano os fungos res-
ponsáveis pelas micoses superfi-
ciais dão preferência a locais
úmidos e quentes, como por
exemplo, os espaços interdigitais,
genitália, unhas, dobras mamá-
rias e axilares. Nestas regiões
eles encontram as condições pro-
pícias para o seu desenvolvimen-
to. Entretanto, há necessidade de
outros fatores interagirem afim
de que provoquem a doença na
sua plenitude.
Aproximadamente 100 tipos de
fungos podem causar doenças em
humanos, atacando a pele, os ca-
belos e pêlos, as unhas ou órgãos
internos. Para crescerem os fun-
gos são necessários muita umida-
de e calor. Eles encontram essas
condições, sobretudo nos espaços
entre os dedos, na virilha, axilas,
umbigo, sob as mamas e na área
genital. Algumas pessoas possu-
em maior facilidade para desen-
volver um quadro clínico de mico-
se. Doenças como diabetes, de-
pressão e HIV, facilitam a ocor-
rência das micoses superficiais. O
mesmo acontece com os usuários
de medicamentos empregados em
algumas terapias. Exemplos de-
les são os antibióticos e imunos-
supressores utilizados no trata-
mento de infecções bacterianas e
câncer, respectivamente. Pessoas
submetidas a estresse continua-
do, também, são alvos fáceis dos
agentes fúngicos. Este fato acon-
tece face às repercussões meta-
bólicas ocorridas no sistema imu-
nológico nestas situações adapta-
tivas (Somensi, 1999).
Segundo os tecidos e órgãos
atingidos, as micoses são classi-
ficadas em:
• Micoses superficiais: de locali-
zação nas camadas mais super-
ficiais da pele ou dos pêlos
• Micoses cutâneas ou dermato-
micoses: localizadas na pele,
pêlo ou unhas e mucosas em
maior extensão
• Micoses subcutâneas: encontradas
na pele e tecidos subcutâneos
• Micoses sistêmicas ou profun-
das: atingem principalmente
órgãos internos e vísceras,podendo abranger muitos te-
cidos e órgãos diferentes (Tra-
bulsi et al., 1999)
As micoses superficiais são ori-
ginadas por microorganismos da
própria microbiota normal, como
Malassezia furfur, ou adquiridas do
meio ambiente como Piedraia hor-
tae, agente da piedra negra (Tra-
bulsi et al., 1999).
As dermatomicoses podem
ser transmitidas por outro in-
divíduo, por animais ou pelo
contato com solo ou matérias
contaminados, como por exem-
plo, pisos de banheiros, col-
chões de judô e toalhas de ba-
nho (Trabulsi et al., 1999).
As micoses subcutâneas são,
em geral, adquiridas por trau-
matismo com materiais conta-
minados, como vegetais, ma-
deira, podendo ser transmitidas
também por picadas de insetos
e mordedura de animais (Tra-
bulsi et al., 1999).
As micoses sistêmicas são ori-
ginadas principalmente pela ina-
lação de propágulos fúngicos le-
vados do solo pelo vento. Crypto-
coccus neoformans e Histoplasma
capsulatum podem ser, respecti-
vamente, veiculados por fezes de
pombos e de morcegos (Trabulsi
et al., 1999, Somensi, 1996).
Micoses Superficiais
As micoses superficiais são in-
fecções fúngicas localizadas nas
camadas superficiais da pele e
seus anexos, bem como nas mu-
cosas e zonas cutâneo-mucosas.
A palavra tinea (do latim tinea:
verme ou traça) foi empregada
no passado para designar as le-
sões fúngicas do couro cabeludo,
unhas e pele glabra, provocadas
por dermatófitos (fungos cerati-
nofílicos). Os dermatologistas do
passado, ao verificarem lesões
cutâneas na pele glabra, com
contorno geográfico, irregular e
circinado, pensaram ser as mico-
ses de origem helmíntica, como
se fossem vermes adultos sobre
uma superfície lisa. O nome, ape-
sar de impróprio, consagrou-se
na literatura médica. As lesões
superficiais das mucosas e zonas
cutâneo-mucosas ficam excluídas
da classificação clássica de Tinhas
(Lacaz et al., 1991).
Algumas pessoas possuem
maior facilidade para desenvol-
109NewsLab - edição 77 - 2006
ver um quadro clínico de mico-
se. Doenças como diabetes, imu-
nodepressão e aids, facilitam a
ocorrência das micoses superfi-
ciais. O mesmo acontece com os
usuários de medicamentos em-
pregados em algumas terapias.
Exemplos deles são os antibióti-
cos e imunossupressores utiliza-
dos no tratamento de infecções
bacterianas e câncer, respectiva-
mente. Pessoas submetidas a
estresse continuado também são
alvos fáceis dos agentes fúngi-
cos. Este fato acontece face às
repercussões metabólicas ocor-
ridas no sistema imunológico
nestas situações adaptativas.
Nos ambulatórios de dermato-
logia, principalmente em países
tropicais, diariamente são obser-
vados casos de tineas, com aspec-
tos clínicos bastante característi-
cos e a topografia das lesões fa-
vorecendo, de modo singular, o
diagnóstico. Vários fatores condi-
cionam a maior incidência das ti-
neas entre nós, a saber: condi-
ções bioclimáticas favoráveis ao
desenvolvimento dos fungos em
vida saprofítica; promiscuidade;
sudação; contato prolongado com
animais, como gatos e cães, re-
servatórios em potencial de alguns
dermatófitos ou com água conta-
minada de piscinas e “áreas de
risco” (pisos próximos de pisci-
nas), etc. (Lacaz et al., 1991).
Nas últimas décadas, pelo em-
prego abusivo de drogas imuno-
depressoras, principalmente cor-
ticóides, surgiram casos de der-
matofícias generalizadas, com
extenso comprometimento cutâ-
neo (Lacaz et al., 1991).
Nem sempre os agentes de
tais micoses, principalmente os
chamados dermatófitos, provo-
cam exclusivamente lesões su-
perficiais – eritematosas, vesi-
culosas ou descamativas –, po-
dendo ocorrer na prática casos
de lesões mais profundas, pus-
tulosas ou granulomatosas, co-
nhecidas como Kerion (favo de
mel), o “granuloma tricofítico” de
Majocchi (lesões dérmicas) ou a
foliculite de Hoffmann, com le-
sões hipodérmicas. Casos de tri-
cofitose, com lesões viscerais, já
foram também assinalados, com
a produção de anticorpos circu-
lantes (Lacaz et al., 1991).
Os dermatófitos, principalmen-
te os do gênero Trichophyton,
podem produzir metabólitos que
atuam à distância do foco primá-
rio, desencadeando lesões de ide,
com quadros dermatológicos mui-
to variados (Lacaz et al., 1991).
Muitas espécies são antropofíli-
cas, outras geofílicas ou, então, pre-
dominantemente zoofílicas, como o
caso do Microsporum cookei. Algu-
mas espécies são cosmopolitas e
outras, com distribuição mais regi-
onal (Lacaz et al., 1991).
Recurso de grande valor para o
diagnóstico clínico das tineas vem
a ser o emprego dos raios ultravi-
oleta, através da lâmpada de
Wood, já que muitas lesões cutâ-
NewsLab - edição 77 - 2006110
neas por dermatófitos, pela Malas-
sezia furfur ou pelo Corynebacte-
rium minutissimum apresentam
marcada fluorescência, de colori-
do diverso, facilitando, inclusive,
a coleta de material em zonas di-
tas de eleição (Lacaz et al., 1991).
Testes nutricionais diversos
foram propostos para a identi-
ficação dos dermatófitos, co-
nhecendo-se também outras
provas para a caracterização de
algumas de suas espécies, tais
como o teste da perfuração de
pêlos, a prova da uréase etc.
(Lacaz et al., 1991).
As micoses superficiais podem
se localizar na pele, nos pêlos, na
pele e nos pêlos, nas unhas e do-
bras periungueais, no conduto
auditivo externo, nas mucosas e
zonas cutâneo-mucosas. Não sen-
do doenças de notificação obriga-
tória não temos idéia exata da
extensão do problema em nosso
meio. Algumas tineas são extre-
mamente contagiosas, observan-
do-se microepidemias em escolas
ou microepizootias, estas últimas
principalmente em animais sob
cativeiro (Lacaz et al., 1991).
Manifestações Clínicas das Mi-
coses Superficiais
Existem várias formas de ma-
nifestação das micoses cutâne-
as superficiais, dependendo do
local afetado e também do tipo
de fungo causador da micose.
Veja a seguir alguns dos tipos
mais freqüentes.
 Tinea do corpo
É uma infecção que pode ser
causada tanto por fungos zoo-
fílicos como por organismos an-
tropofílicos e menos frequente-
mente por fungos geofílicos. As
lesões são circulares, geral-
mente irregulares e podem ser
múltiplas. A margem geralmen-
te é bem delimitada e os folí-
culos pilosos são proeminentes.
Geralmente, em infecções cau-
sadas por dermatófitos zoofíli-
cos, as lesões são bastante in-
flamatórias e coçam intensa-
mente. Com os fungos antropo-
fílicos, como Trichophyton ru-
brum, as lesões são geralmen-
te com margens pouco defini-
das, com menos eritrema e des-
camação (Clayton et al., 1998).
As causas mais freqüentes de
Tinea corporis de origem animal
são Microsporum canis, T. verru-
cosum, T. mentagrophytes var.
mentagrophytes e T. erinacei.
Outras espécies encontradas são
M. persicolor, M. equinum e T.
equinum. A espécie geofílica vis-
ta ocasionalmente é M. gypseum
(Clayton et al., 1998).
Tinea da cabeça
O termo tinea da cabeça é usa-
do pra definir micoses no couro
cabeludo e cabelo. Mais freqüen-
te em crianças, forma áreas arre-
dondadas com falhas nos cabelos
e apresentam alopécia e desca-
mação. É muito contagiosa.
A intensidade da inflamação
varia: os fungos zoofílicos geral-
mente causam mais crostas e su-
puração. No extremo desse tipo
de lesão inflamatória existe uma
condição conhecida como quéri-
on, na qual a região acometida
é edemaciada e pustulosa. Esta
situação clínica traduz uma res-
posta inflamatória do hospedei-
Figura 1. Lesões fúngicasnas pernas
de pacientes atendidos pelo serviço de
micologia clínica
Fonte: Dr. Carlos C. Somenzi - 2005
Figura 2. Lesão fúngica de couro
cabeludo em criança de três anos.
Fonte: Dr. Carlos C. Somenzi - 2005
111NewsLab - edição 77 - 2006
ro formada principalmente con-
tra os antígenos do dermatófito
envolvido e não a uma infecção
bacteriana secundária. A perda
de cabelo raramente é perma-
nente a não ser que uma exten-
sa área de quérion tenha sido
formada, mesmo assim, a recu-
peração clínica é surpreendente.
A gravidade do prurido é variá-
vel (Clayton et al., 1998).
Existem três tipos principais
de padrão de infecção do pêlo,
que são classificados de acordo
com a localização da maioria dos
conídios fungícos (esporos), após
a invasão da bainha do pêlo por
dermatófito: ectotrix, endotrix e
fávico. A classificação é feita
através de cuidadosos exames
microscópicos do cabelo infecta-
do. Estes padrões correlacio-
nam-se com o local de ruptura
do pêlo e aspecto clínico da le-
são (Clayton et al., 1998).
A tinea da cabeça é causada
por um número de espécies de
Trychophyton e Microsporum. É
uma doença endêmica contagi-
osa em muitos países, pela in-
fecção da espécie dos Microspo-
rum. É mais freqüente me cri-
anças, porém mais comum em
homens do que em mulheres,
com uma prevalência maior en-
tre 6 a 10 anos de idade (Richar-
dson & Warnock, 1997).
Nos cabelos infectados por
Mycrosporum existe uma loca-
lização de conídios ectotrix. Em-
bora a invasão se inicie no inte-
rior da bainha do pêlo, a maio-
ria dos elementos fúngicos en-
contra-se fora do cabelo, for-
mando uma bainha de conídios.
Nos pêlos endotrix, causados
por infecções de espécies de Tri-
chophyton, os conídios se en-
contram no interior do cabelo
(Clayton et al., 1998).
Atualmente, o favo é uma in-
fecção rara, é clinicamente im-
portante e pode se apresentar
com múltiplas crostas ou escú-
tulas no couro cabeludo, causan-
do alopecia cicatricial, afetando
adultos (principalmente mulhe-
res), além de crianças. Os pêlos
não são tão intensamente para-
sitados como são os do padrão
endotrix de T. tonsurans e se-
guem crescendo formando lon-
gas extensões de cabelo infec-
tado (Clayton et al., 1998).
Tinea dos pés
É a infecção dermatológica
mais freqüente e é causada por
fungos antropofílicos como Tricho-
phyton rubrum, T. mentagro-
phytes var. interdigitales (T. in-
terdigitale) e raramente por Epi-
dermophyton floccosum. As lesões
iniciais cursam com prurido e des-
camação entre os dedos dos pés,
particularmente na lateral do ter-
ceiro e quarto espaços interdigi-
tais, podendo se disseminar por
toda a superfície inferior dos ar-
telhos (Clayton et al., 1998).
Outra apresentação da tinea
dos pés inclui também infec-
NewsLab - edição 77 - 2006112
ções conhecidas como “tipo
seco” ou “em mocassim”, na
qual as regiões plantares são
cobertas por descamações eri-
tematosas usualmente causa-
das por T. rubrum, e também
outros processos inflamatórios
com bolhas nas plantas dos pés
ou sob os artelhos que são ge-
ralmente devidas ao T. interdi-
gitale. Em casos crônicos, a
erosão da pele entre os dedos
pode aumentar, apresentando
aspectos esverdeados devido à
presença de bactérias gram-ne-
gativas como pseudomonas,
que podem substituir o derma-
tófito (Clayton et al., 1998).
Tinea interdigital (frieira)
Causa descamação, macera-
ção (pele esbranquiçada e mole),
fissuras e coceira entre os de-
dos dos pés. Bastante freqüente
nos pés, devido ao uso constan-
te de calçados fechados que re-
têm a umidade, também pode
ocorrer nas mãos, principalmen-
te naquelas pessoas que traba-
lham muito com água e sabão.
Tinea das mãos
É um tipo seco de dermatofi-
tose acometendo a região pal-
mar, causada por T. rubrum, po-
dendo acompanhar a infecção
dos pés. A palmar é coberta por
descamação delicada, podendo
ocorrer envolvimento das unhas
dos dedos. Prurido geralmente
é mínimo. O acometimento de
uma mão e de ambos os pés é
típico e sugestivo dessa condi-
ção, embora a infecção palmar
bilateral possa também ocorrer.
Outras dermatofitoses podem
afetar a palma ou dorso da mão,
particularmente se existir uma
doença de ceratinização, como
ceratoderma palmoplantar. Esta
forma de infecção deve ser dis-
tinguida do eczema e da psorí-
ase (Clayton et al., 1998).
Tinea crural (virilha)
Apresenta-se com descama-
ções na virilha, forma áreas
avermelhadas e descamativas
com bordas bem limitadas, que
se expandem para as coxas e
nádegas, acompanhadas de
muita coceira. É observada prin-
cipalmente em adultos mascu-
linos. Quando causada pelo fun-
go Candida albicans, forma área
avermelhada, úmida que se ex-
pande por pontos satélites ao
redor da região afetada. Tam-
bém com muita coceira.
A infecção é geralmente bila-
teral e pruriginosa. Os fungos en-
volvidos são T. rubrum, T. inter-
digitale e Epydermophyton floc-
cosum. Outras causas de erite-
ma na virilha incluem candidose
e eritrasma. Psoríase de dobras
pode também causar descama-
ção nessa região com epiderme
eritematosa e macerada, mas
usualmente existe coexistência
de outras lesões psoriáticas em
outros locais, como no umbigo
(Clayton et al., 1998).
Tinea das unhas (onicomicose)
A onicomicose é uma infecção
que atinge as unhas, causada por
fungos. As fontes de infecção po-
Figura 3. Lesão fúngica na região
crural (virilha)
Fonte: Dr. Carlos C. Somenzi - 2005
Figura 4. Lesão fúngica nas unhas
Fonte: Dr. Carlos C. Somenzi - 2005
113NewsLab - edição 77 - 2006
dem ser o solo, animais, outras
pessoas ou alicates e tesouras
contaminadas. As unhas mais co-
mumente afetadas são as dos
pés, pois o ambiente úmido, es-
curo e aquecido, encontrado
dentro dos sapatos e tênis, fa-
vorece o seu crescimento. Além
disso, a queratina, substância
que forma as unhas, é o “alimen-
to” dos fungos.
Apresenta-se de várias for-
mas: descolamento da borda li-
vre da unha, espessamento,
manchas brancas na superfície
ou deformação da unha. Quan-
do a micose atinge a pele ao re-
dor da unha, causa a paroníquia
(“unheiro”). O contorno ungue-
al fica inflamado, dolorido, in-
chado e avermelhado e por con-
seqüência altera a formação da
unha, que cresce ondulada.
Tinea da face ou tinea barbae
É pouco freqüente, mas pode
ser difícil de diagnosticar, apre-
sentando-se com eritema, des-
camação e dor. A típica forma
com bordo anelar é difícil de ser
observada, podendo ocorrer nas
regiões preauricular e submen-
toniana. Essa tinea pode se tor-
nar mais eritematosa sob a luz
solar (Clayton et al., 1998).
Quando afeta o pescoço e a
região da barba é de caráter
bastante inflamatório e causa-
da por um fungo zoofílico, como
T. verrucosum. Novamente, o
contorno anelado pode ser difí-
cil de ser reconhecido e o eri-
tema pode ser vesico-pustular
sem muita descamação. É dis-
tinguida com dificuldade da in-
fecção estafilocócica neste lo-
cal, mas normalmente é menos
descamat iva que a úl t ima
(Clayton et al., 1998).
Tinea negra
É uma infecção da pele das re-
giões palmar e plantar, causada
por uma levedura negra, a Pha-
eoannellomyces werneckii. Esse
fungo determina infecção crônica
da camada córnea da epiderme,
caracterizando o aparecimento de
máculas castanho-enegrecidas,
de limites bem definidos. Acome-
te mais freqüentemente indivídu-
os jovens, do sexo feminino, e sua
localização mais comum é a pal-
mar. É observada principalmente
nas regiõestropicais, mas pode
estar presente na Europa e Esta-
dos Unidos. O diagnóstico diferen-
cial principal é com o melanoma
acral, pois este se apresenta como
lesão chata, pigmentada nas mãos
ou pés. Essa lesão é descamati-
va. As lesões usualmente são so-
litárias. É assintomática (Clayton
et al., 1998).
Ptiríase versicolor
A patogenia da ptiríase ver-
sicolor ainda é pouco compre-
endida. É uma infecção causa-
da pela levedura do gênero Ma-
lassezia, previamente conheci-
da como Pityrosporum. A do-
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ença ocorre em adultos jovens
e indivíduos mais idosos, sen-
do menos freqüente na infân-
cia. Pode ser uma doença co-
mum, especialmente nos tópi-
cos, em indivíduos aparente-
mente saudáveis, sem evidên-
cia de imunossupressão. Entre-
tanto, tem sido associada à
Síndrome de Cushing e à tera-
p ia imunossupressora dos
transplantes, mas não com a
aids. Acredita-se que as alte-
rações pigmentares que carac-
terizam essa infecção devam-
se à inibição da formação de
melanina por substâncias como
ácido azaléico, produzido pela
levedura na epiderme (Clayton
et al., 1998, Menezes, 2005).
Forma manchas claras recober-
Figura 5. Ptiríase versicolor em região
anterior e posterior do tronco de
paciente.
Fonte: Dr. Carlos C. Somenzi - 2005
tas por fina descamação, facil-
mente demonstráveis pelo estica-
mento da pele. Atinge principal-
mente áreas de maior produção
de oleosidade como o tronco, a
face, pescoço e couro cabeludo.
A erupção consiste de múltiplas
máculas hipo ou hiperpigmenta-
das ocasionalmente avermelha-
das, que se distribuem ao longo
do tronco superior. Com o tempo
elas coalescem. As lesões são usu-
almente assintomáticas, mas
apresentam descamação fina e
profusa. Os indivíduos geralmen-
te relatam a infecção por proble-
mas estéticos. Nos trópicos, o re-
ceio de outras doenças como a
hanseníase pode trazer pacientes
ao médico (Clayton et al., 1998).
Piedra preta
Infecção dos cabelos causada
por Piedraia hortae. É uma infec-
ção pouco freqüente, confinada
aos tópicos. Os cabelos possuem
nódulos densos, negros, presos à
bainha do cabelo, de tamanho
variável e geralmente visíveis a
olho nu. É assintomática (Clayton
et al., 1998).
Piedra branca
É uma infecção crônica da bai-
nha de pêlos pubianos, genitais e
axilares, podendo também aco-
meter o couro cabeludo, e as le-
sões podem ser removidas com
facilidade puxando-as em direção
à ponta dos fios. Nódulos bran-
cos, moles, irregulares, compos-
tos por hifas e artroconídios são
formados em torno dos pêlos. Os
nódulos se coram rapidamente
com a coloração de Parker
(Clayton et al., 1998).
O folículo piloso não sofre al-
teração, mas a pele subjacente
pode estar afetada com lesões
eritêmato-escamosas, sem bor-
das nítidas, úmidas e prurigi-
nosas. Na região genital é ob-
servado sinergismo entre o Tri-
chosporon beigelii e a bactéria
Coryneform, participante da
flora normal dessa região. Em
pacientes imunodeprimidos o T.
beigelii pode se disseminar e
produzir lesões cutâneas pus-
tulosas, nodulares, purpúricas
ou necróticas. Tem como agen-
te etiológico a levedura Trichos-
poron beigelii, mas a partir de
estudos moleculares foram de-
terminadas seis espécies de Tri-
chosporon: T. ashii, T. asteroi-
des, T. cutaneum (sinônimo de
T. beigelii), T. mucoides, T.
ovoides e T. inkin. As duas úl-
timas espécies também estão
envolvidas em casos de piedra
branca e as demais espécies
são responsáveis por pneumo-
nites, infecções mucosas, endo-
cardites, ceratites, hepatites,
peritonites, etc.
A piedra branca tem distribui-
ção universal, com predileção por
regiões temperadas e tropicais.
No Brasil é alta sua freqüência na
Região Norte. Ela afeta indivídu-
os de ambos os sexos e pode com-
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prometer qualquer faixa etária
(Abbage et al., 2005).
O Trichosporon beigelii habita
solo, água e vegetais, como tam-
bém já foi encontrado em maca-
cos, cavalos e faz parte da flora
normal da pele (principalmente
área inguinocrural) e mucosa oral,
porém o meio de transmissão per-
manece desconhecido. Observa-
se que a piedra branca não está
relacionada à falta de higiene ou
abaixo do padrão socioeconômico
e não tem transmissão sexual (Ab-
bage et al., 2005).
Preconiza-se a diferenciação
diagnóstica com piedra preta, que
apresenta nódulo mais duro e ade-
rente ao fio do cabelo, pediculo-
se, tricomicose nodular axilar e
anormalidades da haste do cabe-
lo, como tricorrese nodosa e tri-
coptilose. Quando presente na
área genital e comprometendo a
pele subjacente, faz diagnóstico
diferencial com dermatofitoses,
candidíases e eritrasma (Abbage
et al., 2005).
Diagnóstico Laboratorial das
Micoses Superficiais
Exame Microscópico Direto
Em termos gerais o exame mi-
croscópico direto é o método mais
usado no diagnóstico de rotina
das micoses. Além de ser rápido
e sensível, permite a visualiza-
ção do fungo e, em muitas ocasi-
ões, sua identificação. De modo
geral, o material a ser examina-
do é submetido à clarificação com
solução de hidróxido de potássio
a 10%, acrescido de tinta Praker
51 permanente, na proporção 2:1
e aquecimento discreto. Para tan-
to basta colocar o material clíni-
co sobre uma lâmina, adicionar
uma gota de hidróxido de potás-
sio com tinta, cobrir com uma
lamínula, aquecer suavemente à
chama e examinar ao microscó-
pio. Esse exame é técnica de bai-
xo custo, eficaz e reprodutível,
exigindo, porém, profissional bem
treinado (Trabulsi et al., 1999, Ri-
beiro, 2005).
Cultura
A cultura é imprescindível
para o diagnóstico específico da
maior parte dos fungos. As difi-
Figura 6. À cima, coleta micológica
direta (durex) e, à baixo, coleta
micológica direta – raspado
Fonte: Dr. Carlos C. Somenzi - 2005
culdades desta técnica residem
no crescimento lento de muitos
agentes, na contaminação por
outros microorganismos e na di-
ficuldade de identificação de al-
gumas amostras (Trabulsi et al.,
1999, Ribeiro, 2005).
O meio de cultura mais empre-
gado para o isolamento dos fun-
gos é o meio de ágar Sabouraud
dextrose. As características prin-
cipais deste meio são seu pH áci-
do (5,8) e seu elevado teor em
glicose que o torna mais seletivo
para fungos. Entretanto, o meio
não é totalmente um impedimen-
to para bactérias, por essa razão
pode ser acrescido de antibióticos
que inibem o crescimento desses
microorganismos (Trabulsi et al.,
1999, Ribeiro, 2005).
A identificação dos fungos é
feita por suas características
morfológicas, comportamento
bioquímico e estruturas antigê-
nicas. Como os órgãos de repro-
dução dos fungos, muito úteis na
sua identificação, são muito de-
licados, freqüentemente é neces-
sário recorrer a técnicas especi-
ais de cultura para que eles pos-
sam se desenvolver e se manter
satisfatoriamente (Trabulsi et al.,
1999, Ribeiro, 2005).
O tempo de incubação é de
três semanas em temperatura
ambiente, com amostra semea-
da em ágar inclinado de Sabou-
raud dextrose, e examinados em
lâminas novamente (Trabulsi et
al., 1999, Ribeiro, 2005).
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ConclusãoConclusão
A incidência de micoses fún-
gicas está aumentando em uma
taxa alarmante, apresentando
um enorme desafio para os pro-
fissionais da saúde. Este au-
mento está diretamente relaci-
onado com o crescimento da
população de indivíduos imuno-
comprometidos, a mudança da
prática médica com relação ao
uso de quimioterápicose dro-
gas imunossupressoras, devido
ao HIV e outras doenças que
causam imunussupressão. As
micoses superficiais e subcutâ-
neas são as classes mais fre-
qüentes neste grupo de pacien-
tes. Os fungos podem ser en-
contrados no solo, reino vege-
tal, em animais silvestres e
domésticos e no homem. No ho-
mem, no entanto, a maioria das
micoses superficiais é adquiri-
da por contato direto ou indi-
reto, o que poderia explicar o
elevado índice destas doenças
na população.
É muito importante a reali-
zação do diagnóstico laborato-
rial das micoses, mas pra que
isso ocorra de maneira corre-
ta, deve-se observar e tomar
muito cuidado para que não
ocorram possíveis falhas nesse
diagnóstico. Para que não ocor-
ram essas falhas, os funcioná-
rios ou técnicos dos laboratóri-
os devem ser bem treinados,
tanto para a realização da co-
leta do material quanto para a
realização dos exames micoló-
gicos. É muito importante, tam-
bém, ter uma ótima metodolo-
gia diagnóstica. Uma falha nes-
se diagnóstico clínico pode cau-
sar graves problemas para a
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Correspondências para:
Carlos César Somenzi
carlossomenzi@bol.com.br

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