Buscar

Administração Financeira no Controle de Estoque em Vendas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
 
 
 
 
 
Administração Financeira 
no Controle de Estoque em Vendas. 
 
 
 
 
 
Orientador Professor Nilson 
Aluno Mauro da Silva Bernardino 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2008 
 2 
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
 
 
 
 
Administração Financeira 
no Controle de Estoque em Vendas. 
 
 
 
OBJETIVO: Trata-se do processo de 
tomada de decisões da administração 
financeira nas informações de gestão de 
estoque que subsidiam informações 
úteis nos processos decisórios de curto e 
longo prazo, que possibilitam a 
identificação dos produtos mais 
significativos em vendas. 
 
Curso: Finanças e Gestão Corporativa 
Aluno: Mauro da Silva Bernardino 
Matrícula: K205474 
Turma: K084 
Campus: Centro (K) 
 
 
Rio de Janeiro 
2008 
 3 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus. 
Ao corpo docente do Instituto “A Vez do Mestre” 
e amiga Ana Cristina Moura, direta e 
indiretamente, contribuíram para a confecção 
desse trabalho acadêmico de conclusão de 
curso. 
 
 
 
 
 
 4 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a minha família que muito 
auxiliou e estimulou-me em meus estudos e na 
minha profissão. 
 
 
 
 
 
 
 5 
RESUMO 
 
 
O controle de estoque é uma das partes do Planejamento e Controle 
da Produção mais negligenciadas nas pequenas e médias empresas. Essa 
monografia visa apresentar o resultado do trabalho de criação de um modelo 
de gerenciamento de estoques para uma empresa voltada para vendas 
externas. O desafio apresentado é criar um modelo fácil de manter e que 
deixe nas mãos dos responsáveis pela manutenção algum poder de decisão, 
pois um grande problema que assola diversas empresas dos mais variados 
tamanhos é a má avaliação dos níveis de estocagem, que por fim, resulta em 
perda de eficiência com agravantes em redução da competitividade e possíveis 
problemas financeiros. A decisão dos níveis de estocagem deve ser 
estratégica e não depender de apenas um fator casual. Os dois extremos são 
ruins para organização, ou seja, com níveis de estocagem acima dos 
considerados normais, a organização possui um custo de estocagem maior, e 
com níveis menores podem ocorrer faltas de produtos para entrega aos 
clientes, resultando assim em perda na participação de mercado. É 
fundamental buscar desenhar alguns cenários para auxiliar na avaliação, e este 
processo realmente não é fácil, pois depende da análise de muitas variáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
METODOLOGIA 
 
 
A metodologia utilizada destina-se a apoiar administradores, a 
estabelecerem, os níveis de estoque e sua localização sendo, ou não, apenas 
uma parte do problema de controle de estoque, mas concomitantemente deve 
ser verificado, o índice de giro de estoque, para ser exeqüível angariar 
possíveis benefícios com fornecedores, ou solicitando descontos para 
pagamentos a vista, se houver disponibilidade financeira. Então tendo a 
questão: como saber quais produtos possuem maior giro no meu estoque?. 
Sendo esta, uma questão crítica em balancear os custos de manter e de pedir 
estoque, porque esses custos têm comportamento conflitante. Através de um 
planejamento teórico, utilizando, através de pesquisas bibliográficas, apoio, 
conhecimentos e referências para a solução do problema através de 
documentos, livros, revistas, etc. Esclarecendo, como absorver informações 
do cotidiano empresarial na área de estoque, para um estudo científico, 
aprofundamento acadêmico, motivar e trilhar melhor o aperfeiçoamento 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO 08 
 
CAPÍTULO I – ADMINISTRAÇÃO 11 
 
CAPÍTULO II – ESTOQUE 20 
 
CAPÍTULO III - CAUSAS DA ACUMULAÇÃO DE ESTOQUES 32 
 
CONCLUSÃO 46 
 
BIBLIOGRAFIA 48 
 
ANEXOS 50 
 
ÍNDICE 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
INTRODUÇÃO 
 
 
Estoque é definido como sendo a quantificação de qualquer item ou 
recurso usado em uma organização. Um sistema de estoque é o conjunto de 
políticas e controles que monitora os níveis de produtos armazenados e 
determina quais níveis deveriam ser mantidos, quando o estoque deveria ser 
reposto e o tamanho dos pedidos (DAVIS, 2002). 
A gestão de estoques no varejo brasileiro foi, durante muito tempo, 
relegada a um segundo plano nas preocupações dos gestores das empresas 
varejistas. Antes da época inflacionária, em virtude da quase inexistência de 
grandes redes varejistas e, portanto, pouquíssima competição, a maioria das 
lojas era gerenciada por seus proprietários e estes executavam a gestão de 
seus negócios utilizando sua experiência prática. Faziam reposição de 
mercadorias ou compra dos itens “da moda” quando visitados por 
representantes dos fornecedores, definindo quantidades a comprar de maneira 
empírica (SUCUPIRA, 2003). 
Quando a economia brasileira era governada por inflações 
altíssimas, a gestão eficiente de estoques era substituída pela máxima “quanto 
mais melhor”, pois a manutenção do item armazenado era certeza de que o 
dinheiro investido seria valorizado. Hoje, essa realidade está muito diferente, 
e manter níveis de estoques desnecessários significa empatar capital que 
poderia, e deveria, estar sendo investido em melhorias na empresa ou em 
atividades que agregassem valor ao produto comercializado. 
Atualmente poucas empresas de médio e pequeno porte possuem 
uma política de planejamento e controle de armazenamento. Muitas ainda 
funcionam empiricamente ou baseadas em experiências de empresas que 
possuem outra realidade. 
Esta monografia baseia-se em um modelo de gerenciamento de 
estoques para vendas externas diretamente ao cliente consumidor. Trata-se 
 9 
de uma variação do modelo de Ponto de Pedido adequado a realidade do 
consumidor. 
Os estoques costumam manter uma participação significativa no total 
dos investimentos ativos da maior parte das empresas industriais e comerciais. 
Na realidade, por demandarem vultuosos volumes de recursos (imobilizados) 
aplicados em itens de baixa liquidez, devem as empresas promover uma rápida 
rotação em seus estoques como forma de elevar a sua rentabilidade e 
contribuir para a manutenção de sua liquidez. No entanto, este objetivo requer 
atenções mais amplas, principalmente ao se procurar evitar que se 
estabeleçam volumes insuficientes para o atendimento das vendas. Não se 
deve nunca desprezar a necessidade de manter volumes adicionais em 
estoque (estoques de segurança), como forma de atender a certos imprevistos, 
geralmente não controláveis, na curva da demanda. 
Neste posicionamento da administração dos estoques, grande 
ênfase deve ser atribuída à fixação de políticasde compras e critérios de 
controles, e também a análise desses ativos como reflexo de uma decisão 
financeira de investimento. Evidentemente, não vamos esmiuçar todos esses 
aspectos de administração de estoque. Mas vamos deixá-los mais claros para 
que se possa identificá-los e perceber que como administrar todos os controles 
exigidos de forma muito mais simples. 
Como demonstraremos, nos capítulos a seguir, a estratégia da 
empresa para planos futuros baseados na administração financeira com o 
objetivos de curto prazo e como dispor dos recursos monetários de forma 
suficiente em ciclo único, proporcionando lucros em situações de escassez de 
oferta no mercado, presentes no Capítulo I e no Capítulo II, encontraremos a 
avaliação decorrente de uma administração de estoque em projeção 
equilibrada na relação entre percentual, estoques existentes, escassez e 
excessivos itens, para compreendermos uma composição de viabilidade de 
venda, balanço, produção e manutenção de preços frente aos investimentos e 
alterações monetárias da empresa. 
Por seguinte, enfocaremos no Capítulo III, uma política de estoques 
deliberadamente formulada, pela administração da empresa, em suas 
exigências superiores as demandas imediatas, constantes, em relação as 
 10 
manutenções de custos de mão-de-obra, redução da produção, admissão de 
novos elementos e nas oscilações do método de produção, para se obter níveis 
de produção mensal constante e adequado aos atendimentos das 
necessidades da empresa pelo resto do ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
CAPÍTULO I 
ADMINISTRAÇÃO 
 
 
1.1 Administração Financeira 
 
 
A administração financeira compreende a função dupla de 
planejamento e controle. Constitui importante instrumento do processo 
de formulação das políticas operacionais da empresa. Na execução de 
suas tarefas, o administrador financeiro utiliza como ponto de partida os 
demonstrativos elaborados pelo contador ou contadores da firma. O 
diagnóstico resultante da análise desses demonstrativos deverá procurar 
revelar as razões, favoráveis ou não, do desempenho passado da 
empresa. Enquanto o balanço fornece uma visão dos recursos (ativos) 
e compromissos (passivos) da firma, os demonstrativos de lucros e 
perdas indicam a rentabilidade das operações de exercícios passados. 
Á análise do desempenho passado da firma segue-se a 
interpretação de sua situação atual. A principal questão, neste caso, é 
a seguinte: qual a situação atual da companhia e como se compara com 
as demais empresas de tamanho equivalente, na mesma indústria e 
operando no mesmo mercado? Esta interpretação é, simultaneamente, 
absoluta e relativa. É absoluta no sentido de procurar determinar a 
solidez, ou não, da atual posição financeira da firma. A interpretação 
destina-se também a mostrar sob que aspectos a firma pode ser 
comparada, em termos favoráveis ou desfavoráveis, a suas 
concorrentes, bem como em que medida isto ocorre. O principal 
aspecto da administração financeira é a formulação da estratégia da 
empresa, determinando-se o uso mais adequado dos fundos à 
disposição da empresa no momento e procedendo-se à escolha da fonte 
mais apropriada de recursos adicionais de que o empreendimento 
 12 
necessitará no futuro. A análise e a interpretação dos demonstrativos 
financeiros constituem as bases da formulação dos planos futuros da 
empresa. Ao preparar a estimativa das necessidades financeiras da 
firma para os meses ou anos seguintes, o administrador financeiro 
deverá trabalhar em contato direto com os diferentes chefes de 
departamentos, tanto em termos individuais como coletivos. Este 
processo deverá compreender um “feedback” administrativo. Em 
primeiro lugar, é necessário colocar em termos monetários o volume de 
atividade previsto para cada departamento. Pela comparação das 
entradas mensais de caixa projetadas com as previstas para cada mês 
— valendo-se da projeção do movimento de caixa — o administrador 
poderá estimar o provável excesso ou escassez de fundos em qualquer 
mês em que se considere. Em seguida, deverá avaliar as várias 
alternativas para eliminar a defasagem entre entradas e saídas de 
fundos. Um conjunto de alternativas poderá ser apresentado, graças a 
uma combinação de qualquer dos seguintes elementos: volume de 
estoques, prazos de créditos concedidos por fornecedores e dos 
concedidos a clientes ou o volume do saldo mínimo de caixa da firma. 
Outra alternativa consiste em obter empréstimo de uma instituição 
financeira. 
Ocasionalmente, uma firma poderá considerar a necessidade 
de aumentar suas instalações físicas de operação, ou seja, edifícios, 
máquinas e equipamentos. No caso de máquinas e equipamentos, o 
administrador financeiro trabalhará com projetos de investimento cuja 
vida útil estimada é de três a dez ou mais anos. São investimentos que 
envolvem financiamento a médio prazo. Os edifícios apresentam 
perspectivas de vida útil bem mais prolongada, até mesmo de várias 
décadas. Tais investimentos são financiados por títulos a longo prazo: 
ações, “bonds” ou debêntures. Esses instrumentos de crédito são 
algumas vezes utilizados também no processo de obtenção de fundos a 
médio prazo. 
A aprovação final, modificação ou rejeição definitiva do plano 
ou dos planos apresentados pelo administrador financeiro cabem ao 
 13 
presidente da empresa. É da competência dêste a decisão final, que é 
tomada com ou sem a aprovação da diretoria. A tomada de decisões 
com ou sem a aprovação da diretoria depende do alcance das propostas 
e da autoridade atribuída pela própria diretoria ao presidente. Em 
qualquer caso, para que sua ação seja eficaz, a alta administração deve 
ser competente em assuntos financeiros. 
A análise efetuada pelo administrador financeiro serve ainda 
como valiosíssimo meio de comunicação entre os vários departamentos. 
Proporciona um denominador comum (moeda) e um padrão uniforme de 
medida (custo dos fundos e rendimento). Além disso, a análise 
financeira fornece à alta administração um instrumento de avaliação de 
desempenhos passados e dos planos futuros. 
 
 
 
1.2. Objetivos do Administrador Financeiro 
 
 
O objetivo da empresa é a maximização da riqueza nela 
aplicada pelos seus proprietários. Na maioria dos casos, esta meta 
pode ser alcançada pela adoção de uma política de maximização de 
lucros. Entretanto, as decisões alternativas referentes à produção, 
volume e preços desta, podem envolver resultados potenciais com riscos 
variáveis. A alternativa que prometer lucros máximos poderá não 
conduzir à maximização da riqueza, se os resultados não 
corresponderem às expectativas. Como uma das funções do 
administrador financeiro compreende o planejamento da alocação de 
fundos, cabe-lhe avaliar não apenas a taxa de lucro previsto, 
correspondente aos usos alternativos de recursos nas diferentes 
divisões operacionais da firma, mas, também, estimar as probabilidades 
 14 
relativas de detenção do lucro previsto. Este problema será analisado 
mais detalhadamente em capítulos posteriores. 
Outro objetivo básico, particularmente relacionado às 
operações a curto prazo da firma, diz respeito à manutenção de 
adequado grau de liquidez. A empresa precisa dispor de recursos 
monetários suficientes para pagar salários e honorários, cumprir suas 
obrigações para com, fornecedores de bens e serviços, de conformidade 
com os termos da compra, e pagar, nas épocas determinadas, os 
impostos devidos. A firma pode possuir ativos devalor bastante 
superior a esses passivos. Mas, se os ativos consistirem em prédios, 
máquinas e equipamentos, a firma será “solvente”, ou seja, disporá de 
ativos que excedem, em valor, o total de seus compromissos em relação 
aos credores — mas “não liquida”, visto não ter possibilidades de pagar 
suas dívidas a curto prazo na ocasião apropriada. 
 
 
 
1.2.1. Maximização do Lucro 
 
 
Um dos enfoques fundamentais baseia-se no conceito de ciclo 
único. Segundo esta abordagem, a política da firma referente a lucros e 
preços é analisada apenas em relação ao ciclo de vendas mais imediato, 
ou seja, estudam-se as condições da empresa no ciclo ou período 
presente de vendas. Neste caso, a alta administração procura obter um 
lucro máximo, em função das condições correntes de mercado, sendo 
mínima, senão nula, a preocupação com o período subseqüente. Tal 
situação predomina, por exemplo, no caso dos produtores de artigos 
baratos de vestuário, como roupas de baixo e no dos atacadistas de 
frutas e legumes frescos. 
 15 
A segunda abordagem poderia ser denominada política de 
lucros e preços decrescentes. O produto analisado é inicialmente 
vendido a um preço máximo em mercado limitado. A seguir, o preço vai 
sendo reduzido, com o objetivo de englobar progressivamente um 
segmento maior do mercado. Um exemplo evidente desta técnica é a 
indústria cinematográfica. Um filme que espera conseguir sucesso será 
apresentado inicialmente em pequeno número de casas de espetáculo, 
cobrando-se entrada relativamente alta. Após essa exibição especial 
por vários meses, o filme será liberado para os cinemas de primeira 
classe a preços ainda elevados. Finalmente, um ou dois anos depois 
de sua estréia, estará sendo apresentado a preços normais em todos os 
cinemas. A publicação de obras de escritores renomados é inicialmente 
feita em edições encadernadas, sendo em seguida apresentada em 
brochuras a preços bastante inferiores ao original. 
A terceira abordagem exige penetração máxima no mercado a 
preços que proporcionem uma taxa uniforme e prefixada de lucro, 10% 
por exemplo. Ao fixar essa taxa de lucro, a alta administração deseja 
conseguir para a firma uma participação no mercado que se estenda por 
toda uma série de ciclos de vendas e não apenas para o período 
analisado. 
A firma é constituída para proporcionar lucros aos seus 
acionistas — mais exatamente aos portadores de suas: ações ordinárias. 
Assim sendo, o melhor objetivo de rentabilidade que pode ser escolhido 
pela direção da empresa é a maximização, a longo prazo, dos lucros dos 
portadores de suas ações ordinárias. A política de maximização dos 
lucros a curto prazo pode provocar nos clientes uma reação capaz de 
prejudicar a existência da empresa a longo prazo. A busca de preços 
em situações de escassez de oferta, por exemplo, deverá ser mais 
indicada para conseguir mantos clientes até que esse período termine. 
Uma política visando o máximo preço possível no mercado poderá 
proporcionar lucros vultosos a curto prazo, mas provocar, ao final, uma 
redução do volume de vendas. 
 
 16 
1.2.2. Custo Explícito e Implícito de Fundos 
 
 
Sendo um recurso escasso, o capital empregado na empresa 
possui um valor econômico. No mercado, esse valor é expresso pelo 
pagamento de juros. No caso de fundos obtidos por empréstimo, a taxa 
de juros estabelecida representa o custo explícito do capital. A prática 
contábil leva em conta tal custo, reconhecido pela legislação fiscal como 
despesa passível de dedução no cálculo do rendimento (lucro) tributável 
da empresa. 
Mas, que dizer do custo do capital investido pelos proprietários 
da firma ou acionistas? As autoridades fiscais não permitem a dedução 
desse montante do rendimento total da firma. Portanto, segundo as 
normas fixadas pelo “Internal Revenue Service”, o contador não deduz o 
custo do capital dos proprietários da empresa (capital próprio). 
Do ponto de vista da firma, como contribuinte, esse 
procedimento é lógico. Suponhamos, por exemplo, que a empresa 
obtenha uma receita total de $500.000, sendo suas despesas totais, com 
exclusão do custo do capital próprio, de $350.000. Seu lucro é, portanto, 
de $150.000. Admitamos ainda que os proprietários tenham investido 
$500.000, que poderiam ter rendido 6% num investimento de risco 
relativamente pequeno. Se o contador lançasse os 6% ou $30. 000 
como despesa, o lucro total da empresa seria tão-somente de $120.000. 
Entretanto, o rendimento tributável da firma seria de $120.000 (lucro) + 
$30.000 = $150.000. As autoridades fiscais não fazem distinção alguma 
entre “lucro” e “juros”, para efeito de pagamento de imposto, pois êste é 
tributo lançado sobre rendimentos e não sobre o lucro econômico. 
O administrador financeiro interessa-se pelo lucro da firma. 
Além dos custos explícitos, leva em conta todos os custos implícitos em 
que a firma incorre ao aplicar os fatores de produção. Os custos 
implícitos incluem, por exemplo, o valor de mercado dos serviços 
prestados pelo proprietário de uma firma individual ou pelos sócios, no 
 17 
caso de uma sociedade de pessoas, o valor correspondente ao aluguel 
dos prédios ou equipamentos pertencentes aos proprietários ou sócios 
da empresa e os juros que poderiam ser obtidos sobre os recursos 
monetários aplicados na empresa por seus proprietários. 
A importância dos custos implícitos evidencia-se 
imediatamente ao se considerar a venda de uma empresa. 
Suponhamos que duas firmas do mesmo ramo apresentem cada uma, no 
encerramento do exercício, um volume de vendas igual a $1.000.000. 
O lucro da firma A antes do pagamento de impostos é de $60.000, ao 
passo que o da firma B é de $90.000. A firma A é uma sociedade 
anônima, aluga suas instalações por $20.000 anuais e o seu presidente 
recebe honorários no total de $15.000 por ano. Os dois itens 
mencionados, aluguel e honorários, são despesas dedutíveis para efeito 
de imposto lançadas pelo contador, portanto, como custos explícitos. A 
nossa hipótese seguinte é a de que a empresa B é uma firma individual. 
Seu proprietário retira $15.000 como remuneração; pertence-lhe o 
imóvel em que a firma opera e as respectivas instalações têm um valor 
locativo de $20.000. Neste caso, o contador lançará somente a 
depreciação da propriedade, os impostos municipais, custos de 
manutenção, seguros, e se a propriedade estiver hipotecada, as 
prestações de juros. Suponhamos que todos esses itens totalizem 
$10.000. Nesta hipótese, o lucro de $90.000 da firma B omite custos 
implícitos de $15.000, retirados por seu proprietário a titulo de 
remuneração e $20.000, valor locativo líquido da propriedade. Se 
esses dois itens forem subtrai dos do lucro contábil de $90.000, ficará 
comprovado que a firma B obteve lucros inferiores aos da firma A, sendo 
a diferença de $5.000. 
Afora a circunstância especial de venda ou fusão, a 
determinação do lucro da empresa como elemento distinto de seu 
rendimento, desempenha importante papel em questões administrativas 
relacionadas com: a rentabilidade da empresa comparada com a de 
concorrentes de proporção aproximadamente iguais, a rentabilidade 
relativa dos vários produtos fabricados ou distribuídos, a conveniência 
 18 
ou não do acréscimo de um novo produto ou da descontinuidade da 
fabricação de produtos já existentes. 
 
 
1.2.3 Liquidez versus Rentabilidade 
 
 
O administrador financeiro deve estar sempre preparado para 
assegurar a liquidez da firma. Literalmente falando, qualquer empresa 
é um devedor constante. Compra a prazo de seus fornecedores.Obtém empréstimos de instituições financeiras. Suas instalações 
operacionais podem ser alugadas e parte de seu equipamento arrendado 
de outras empresas. Na medida em que uma firma vai operando, cria-se 
uma obrigação fiscal para com as autoridades federais, estaduais e 
municipais. Se fábrica ou distribui produtos sob licença ou concessão, 
incorre em débito representado por royalties. Qualquer que seja a 
natureza de tais débitos, devem ser pagos nas datas predeterminadas. 
Se o pagamento correspondente não for feito na data estabelecida de 
vencimento, a firma passa a ser “inadimplente”. Na melhor das 
hipóteses, a reputação da firma fica comprometida e, na pior, o credor 
poderá levar a firma a encerrar suas atividades. 
Em essência, a liquidez é representada pelos fundos não 
utilizados nas operações da firma. Na realidade, o administrador 
financeiro “troca” rentabilidade por liquidez. Se dá ênfase excessiva à 
liquidez, a empresa deixa de aproveitar oportunidades que poderiam 
elevar sua rentabilidade. Dando destaque demasiado à obtenção de 
lucro, o administrador financeiro põe em perigo a capacidade da firma 
para pagar suas contas e títulos dentro dos prazos de vencimento. A 
relação entre moeda, quase-moeda e o exigível a curto prazo reflete a 
capacidade do administrador financeiro para manter um equilíbrio efetivo 
entre liquidez e rentabilidade. 
 19 
A “administração” dos assuntos financeiros da firma deve ser 
efetuada de forma a proporcionar uma disponibilidade de fundos não 
apenas para atendimento de necessidade interna — salários, honorários 
e comissões — mas, também, para saldar compromissos externos. Se o 
administrador financeiro for bem sucedido nessa tarefa, a firma poderá 
ser considerada em posição favorável de liquidez. É capaz de 
satisfazer seus compromissos para com terceiros. O não-pagamento de 
contas dentro do prazo tem efeitos desfavoráveis sobre a posição de 
crédito da firma. A reincidência na impontualidade pode levar a 
procedimentos visando a decretação da falência da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
CAPÍTULO II 
ESTOQUE 
 
 
2.1 Definição de Estoque 
 
 
Os estoques de maneira geral são classificados em quatro tipos: 
Mercadorias e Produtos Acabados; Produtos em Elaboração; Matérias-primas 
e Embalagens; e Materiais de Consumo. 
O estoque de Mercadorias e Produtos Acabados refere-se a todos os 
itens adquiridos de terceiros (mercadorias) ou fabricados pela própria empresa 
(produtos acabados) em condições de serem, respectivamente, revendidos e 
vendidos. 
O montante de estoques é influenciado, principalmente, pelo 
comportamento e volume previsto da atividade da empresa (vendas) e pelo 
nível de investimentos exigidos. Por exemplo, se as necessidades por 
determinado produto forem altas, espera-se normalmente que o volume 
estocado seja também elevado. Na realidade, o nível dos estoques devem 
acompanhar a projeção das necessidades para atendimento das vendas 
realizadas. 
É interessante sempre evitar quantidades excessivas de estoques, 
as quais, em função de imprimirem maior lentidão ao giro dos ativos, reduzem 
a rentabilidade da empresa. De forma idêntica, baixos níveis de estoques 
podem trazer sérios riscos de prejuízo à empresa, como o de não poder 
atender a demanda das vendas e perder participação de mercado para os 
concorrentes. 
Em geral, as empresas costumam manter determinado volume 
estocado, acima de suas necessidades normais, denominado de estoque de 
segurança, como forma de atender a certos imprevistos, tais como aumentos 
 21 
inesperados de demanda, surgimento de problemas técnicos mais prolongados 
no processo produtivo, etc. 
Em suma, podem ser numerados três fatores que influenciam mais 
diretamente os investimentos em estoque de mercadorias e produtos 
acabados: Demanda, Natureza e Investimento necessário. 
 
 
2.2. Administração Financeira de Estoques 
 
 
Dentre os ativos correntes, os estoques situam-se acima ou 
logo abaixo dos valores a receber, em termos de magnitude. Apenas 
esse fato bastaria para justificar a necessidade de dedicar maior 
atenção aos aspectos financeiros do volume dos estoques e da 
concorrência. Existem, no entanto, características próprias deste item 
do ativo, que aumentam a complexidade do problema e elevam o risco 
financeiro de falhas em seu planejamento, sua administração e seu 
controle. 
Os prejuízos potenciais de uma firma, em decorrência de uma 
administração deficiente dos estoques, freqüentemente superam os 
prejuízos que podem resultar de dívidas incobráveis. Por exemplo, em 
um período de expansão, uma firma pode sofrer prejuízos provocados 
por dívidas incobráveis de, no máximo, um ou dois por cento de seus 
valores a receber. Este índice poderá dobrar, ou mesmo triplicar, em 
um período de recessão. Por outro lado, não é raro uma firma sofrer 
prejuízos de dez por cento ou mais do valor de seus estoques, mesmo 
em épocas favoráveis, e uma percentagem ainda mais elevada em uma 
recessão, em virtude de mau planejamento e deficiente administração, 
de estoques. 
 
 
 22 
2.3. Avaliação e Avaliação dos Estoques 
 
O volume dos estoques mantidos por uma firma é função de 
seu volume de vendas projetado. Esta projeção poderá alcançar um 
mês, um trimestre, ou mesmo um período de tempo mais longo, 
dependendo da imediata disponibilidade dos itens componentes dos 
estoques, da duração do ciclo de produção e dos hábitos de compra dos 
clientes da firma. Os fabricantes de cigarros deverão comprar sua 
matéria-prima por ocasião da safra de fumo. As destilarias poderão 
manter estoques por vários anos, até que o produto atinja sua “idade” 
mais adequada. Por outro lado, uma grande panificadora poderá 
precisar de um estoque de farinha e de vários ingredientes, necessários 
à produção de apenas uma semana. O departamento de alimentos, em 
uma loja de departamentos, poderá operar eficientemente com um 
estoque equivalente ao volume de vendas de uma semana, enquanto a 
seção de joalheria da mesma loja talvez requeira um estoque igual ao 
volume de vendas de um semestre. 
Os estoques, sejam de matérias-primas ou bens finais, 
representam imobilização de fundos até o momento em que os produtos 
são vendidos e transformam-se em valores a receber. Além de seu 
custo (preço de compra), os estoques poderão exigir um certo 
processamento, o que implica despesas adicionais correspondentes a 
salários, materiais auxiliares etc. Também existem alguns custos de 
armazenagem, despesas de seguros e possíveis perdas resultantes de 
deterioração. Estes custos tomam-se cada vez mais elevados, quanto 
mais longo for o período entre o momento da compra de matérias-primas 
e a venda do produto final. A Tab. 6.1 (em anexo), apresenta a relação 
percentual entre os estoques e o total dos ativos de uma série de 
indústrias selecionadas. Essas percentagens variam de um mínimo de 
11,33%, para os fabricantes de cerveja, até um máximo de 57,74% 
(drogarias). 
 23 
A firma espera poder vender seus estoques e conseguir um 
preço que cubra todos seus custos e ainda lhe proporcione lucro. Esta 
expectativa envolve, entretanto, um elemento de incerteza ou risco. O 
administrador financeiro é responsável pela determinação da magnitude 
financeira deste risco, bem como pela escolha da linha de ação capaz 
de minimizar os custos daí decorrentes. O desempenho dessas duas 
funções, o administrador financeiro deverá, primeiramente, analisar os 
estoques mantidos pela firma. Este processode análise destina-se a 
responder questões tais como as seguintes: Quanto e quando a firma 
espera gerar entradas de caixa, pela venda de seus estoques? É 
provável que essa venda proporcione lucros? Possui a firma estoques 
excessivos de alguns itens, em relação às suas necessidades imediatas, 
ou seja, para um ou dois ciclos de vendas? Deverá a companhia 
vender parte de seus estoques a preço de compra ou mesmo com 
prejuízo, ao invés de conservar os itens estocados até a temporada 
seguinte, cujo início pode estar distante vários meses? 
Quais os custos reais diretos do processo de estocagem, e 
quais os custos de oportunidade dos fundos imobilizados em estoques 
durante esse mesmo período? 
Além de seu interesse pelos estoques existentes, o 
administrador financeiro deverá calcular o custo do financiamento de um 
estoque programado, isto é, o custo de compras planejadas para o 
futuro. Do ponto de vista financeiro, será mais desejável comprar 
pequenas quantidades mensalmente, pagando um preço unitário mais 
alto, ou fazer encomendas maiores para atender às necessidades 
previstas para os próximos três meses, conseguindo apreciável desconto 
sobre o preço da lista? 
O problema de análise do estoque disponível da firma será 
discutido nesta seção. Trataremos, posteriormente, dos aspectos 
financeiros do planejamento de estoques. 
 
 
 24 
2.3.1. Heterogeneidade na Composição dos Estoques 
 
O balanço de uma firma manufatureira comumente apresenta 
um único item para “estoques”, não indicando, porém, a sua 
composição. Em tais empresas, esse ativo normalmente compreende 
três categorias distintas: 1) matérias-primas, 2) bens em processamento; 
e 3) bens finais. 
Essas distinções desempenham papel importantíssimo no caso 
de a firma repentinamente julgar necessário dispor de parte de seus 
estoques. Os bens finais acham-se prontos para venda. Se preciso, a 
firma poderá desfazer-se desses bens, reduzindo moderadamente o 
preço. As matérias-primas, antes de mais nada, devem ser 
processadas envolvendo gastos com mão-de-obra e outros itens, além 
do tempo dispendido. E perfeitamente concebível que a firma decida 
ser o volume de vendas previsto, para os meses seguintes, muito 
pequeno em relação ao fornecimento de matérias-primas programado 
para fins de transformação em bens finais. Neste caso, surge o 
problema da viabilidade da venda do excedente de matérias-primas. A 
solução deste problema depende, em grande parte, da adequação 
dessas matérias-primas, ou componentes, às atividades de outros 
fabricantes. Por exemplo, peças e componentes de tamanho 
padronizado normalmente poderão ser vendidos a outros fabricantes, 
com pequena redução de preço. Por outro lado, componentes de 
tamanho especial, ou já com marca da firma, não apresentam utilidade 
alguma para outros produtores e, se não forem mais necessários à 
empresa, deverão ser literalmente “jogados no lixo”. 
Os estoques de comerciantes atacadistas ou varejistas 
encontram-se freqüentemente nessa situação. Embora um distribuidor 
não processe as mercadorias mantidas em estoque, estas podem ser 
representadas por produtos de consumo corrente, artigos de primeira 
necessidade, enquanto outras podem estar sujeitas a variações da 
moda, influências sazonais, ou serem perecíveis. Os estoques ainda 
 25 
podem incluir itens de consumo comum, de tamanho ou formato 
especial, cuja procura seja esporádica, e não permanente. 
Seja qual for a composição dos estoques, o administrador 
financeiro deverá preocupar-se com o seu grau de liquidez. Qual é o 
índice de rotação dos estoques e quanto poderão proporcionar em 
termos de receita? 
 
 
2.3.2. Avaliação de Estoques 
 
Os processos contábeis tradicionais exigem a avaliação dos 
estoques de acordo com o seu preço de compra (custo) ou com o preço 
(corrente) do mercado, qualquer que seja o mais baixo. Suponhamos 
que uma empresa tenha comprado, em janeiro, uma certa quantidade de 
tecido ao preço de $3 a jarda, e que ainda o possua em estoque no fim 
do exercício fiscal. Admitamos que, nesse momento, o preço de lista do 
fornecedor seja $2,50. O contador avaliaria o tecido em $2,50 a jarda. 
Por outro lado, se o preço corrente de lista for superior a $3 a jarda, o 
contador usará o preço de compra de $3 como valor-base. 
Este método de avaliação de estoques baseia-se, claramente, 
na idéia de que é preferível uma cautela excessiva a ser otimista. Se o 
preço de mercado estiver acima do custo, a hipótese é a de que o preço 
de venda da firma baseou-se no custo real dos estoques. Por outro 
lado, se o preço de mercado for inferior ao custo, espera-se que a 
concorrência force a firma a reduzir seu preço de venda, considerando a 
diminuição do preço dos estoques, a serem adquiridos. Ambas as 
hipóteses são arbitrárias e, como já afirmamos, refletem uma avaliação 
de estoque muito conservadora. 
Do ponto de vista da firma, êste método de avaliação de 
estoques não é consentâneo com a realidade, em períodos de contínuas 
elevações de preços de custo e de venda — ou seja, em “espiral 
 26 
inflacionária” — bem como em um período de sucessivas reduções de 
preço. Não há dúvida de que a tendência geral do nível de preço, nas 
três últimas décadas, tem sido ascendente. Em pequeno número de 
indústrias, verificou-se o inverso, em conseqüência de melhoramentos 
tecnológicos que permitiram redução dos custos totais. Por exemplo os 
preços de aparelhos de televisão e de diversas utilidades domésticas, 
(whit goods) têm apresentado tendência a se reduzir, nos últimos anos. 
 
 
2.3.3. Enfoque do Administrador Financeiro 
 
A avaliação de estoques realizada pelo contador refere-se a 
uma data particular, ou seja, a data de encerramento do exercício fiscal. 
Por outro lado, o administrador financeiro parte do ponto em que o 
contador concluir sua tarefa. Em outras palavras, a principal 
preocupação do administrador financeiro diz respeito ao efeito dos 
estoques sobre a posição de caixa da firma, durante um período futuro. 
Para o administrador financeiro, os problemas fundamentais são: quanto 
custará para a firma a manutenção de um dado volume de estoques, no 
próximo ciclo de produção e vendas? Quais os riscos decorrentes 
desses estoques? Será possível reduzir o nível de estoques sem afetar 
desfavoravelmente a continuidade das atividades de produção e venda? 
Estas questões referem-se aos estoques existentes. Em certo 
sentido, envolvem o mesmo ativo avaliado pelo contador, ao elaborar o 
balanço e o demonstrativo de lucros e perdas. Ao administrador 
financeiro caberá, também, analisar a futura política de estoques de sua 
empresa. Tal acarreta, dentre outras, as seguintes questões: quais as 
economias proporcionadas por estoques relativamente vultosos, em 
termos de preço unitário mais baixo, descontos especiais e atendimento 
rápido dos clientes? Por outro lado, poderíamos mencionar as 
“deseconomias” decorrentes de um estoque relativamente grande. 
Quanto custará para a firma a manutenção do nível de estoques 
 27 
proposto em termos de juros sobre os recursos obtidos por empréstimos, 
custos de armazenagem e prêmios de seguro? Além disso, quais serão 
os custos de oportunidade resultantes da aplicação em estoques de uma 
certa soma de recursos financeiros, ao invés de utilizá-los em 
propaganda ou pesquisa de mercado, ou mesmo em outras alternativas 
desejadas pela companhia, mas impossíveis de serem realizados por 
terem sido os recursos canalizados para a manutenção do estoque 
previsto. 
 
 
2.3.4. Desequilíbrio FuncionalPara um fabricante, a situação ideal relativa a matérias-primas 
e materiais auxiliares é aquela em que os níveis de estoques de todos 
os itens são proporcionais às quantidades consumidas no processo de 
produção do bem final. Se o produto final exigir, por exemplo, 10 
unidades de A, 15 de B, 40 de C etc., a firma deverá, teoricamente, 
fazer encomendas dos diversos itens utilizados nas proporções exigidas. 
Tal situação, porém, dificilmente poderá ser encontrada na prática. 
Para o administrador financeiro, um estoque desequilibrado 
constitui sério problema, quando a tendência do volume de venda do 
produto final fôr de queda, abaixo do nível previsto. Enquanto as 
vendas permanecerem acima ou ao nível fixado como meta a atingir, a 
firma não precisará se preocupar com o fato de possuir um estoque de 
C, D e F, por exemplo, superior ao necessário para a produção de um 
dado mês. O excedente será transferido para o mês posterior, 
reduzindo-se à medida em que novas encomendas forem recebidas. 
Via de regra estes estoques em “desequilíbrio” temporário, podem ser 
previstos, visto o programa de compras basear-se nó volume de vendas 
projetado para uma série de meses, e os pedidos relacionarem-se com 
as necessidades mensais da firma. 
 28 
Entretanto, quando as vendas alcançam níveis inferiores aos 
esperados durante vários meses consecutivos, um desequilíbrio de 
estoques constitui sério problema financeiro. Itens que possuam 
estoques superiores às exigências do processo de produção 
transformam-se, pelo menos durante esse período, em investimento 
“congelado”. Recursos financeiros serão imobilizados durante período 
mais longo do que o previsto. Ao mesmo tempo, o menor volume de 
vendas diminui a taxa prevista de rotação dos estoques dos itens que 
pareciam estar em equilíbrio. Em conseqüência, será pressionada a 
capacidade da firma de pagar suas dívidas correntes. O fluxo de caixa 
se retardará, visto as receitas serem inferiores às saídas de caixa 
previstas. Parte dos fundos da empresa perderam as características de 
ativos considerados de elevada rotação e liquidez, transformando-se em 
itens de baixa rotação e liquidez. 
Coloca-se, pois, a seguinte questão: Devem os estoques ser 
mantidos por mais tempo, ou liquidados? Se quantidades excessivas 
forem mantidas em estoque, não poderão gerar o fluxo de caixa previsto, 
no momento desejado. Se forem imediatamente vendidas a qualquer 
preço no mercado, a companhia receberá um volume de caixa inferior ao 
previsto. O administrador financeiro deverá, nesse momento, avaliar a 
posição do caixa da firma, bem como o sacrifício representado por uma 
entrada maior de caixa, em decorrência da liquidação de estoques 
excessivos. 
Estoques superiores aos níveis necessários imobilizam 
recursos monetários que poderiam ser utilizados, com proveito, em 
outras divisões da firma. Neste caso, os estoques darão origem a 
“custos de oportunidade”, que deverão ser acrescentados aos seus 
custos monetários. Se a firma não dispuzer de imediato emprego 
alternativo para esses recursos, poderá reduzir seu custo de 
levantamento de fundos — se os estoques tiverem sido financiados por 
empréstimo a curto prazo — ou, não conseguindo financiamento 
externo, poderá auferir os juros de investimento a curto prazo (fazendo 
depósitos a prazo fixo, aplicações em títulos comerciais etc.). Além 
 29 
desses custos de oportunidade, um estoque excessivo provoca diversas 
despesas de armazenagem, seguros e deterioração. 
Assim sendo, o administrador financeiro precisa avaliar: 1) a 
posição corrente de caixa da firma e suas necessidades de recursos 
monetários, 2) os custos de oportunidade resultantes da manutenção de 
estoques até que possam ser vendidos pelo preço inicialmente previsto, 
3) outras despesas diretas. Supondo-se que a firma possa financiar o 
estoque excedente até sua venda ao preço previsto, recorrendo a fontes 
internas ou externas, poderemos quantificar o problema da seguinte 
maneira: 
A diferença entre a venda futura ao preço de lista (PL) e o 
preço corrente de liquidação forçada (PLF) será superior ou inferior aos 
custos de oportunidade (CO) somados a outras despesas diretas (DD), 
tais como juros de empréstimos, por exemplo. 
Se PL — PLF ≥ CO + DD, será vantajosa para a firma a 
manutenção dos estoques. Será melhor liquidá-los quando PL — PLF = 
CO DD. 
Entretanto, se a firma encontrar dificuldade no financiamento 
dos estoques — ou seja, se estiver sofrendo pressões de seus 
fornecedores e/ou instituições financeiras no sentido de saldar 
imediatamente suas contas e/ou promissórias — o problema da decisão 
entre “manter e liquidar” os estoques será automaticamente solucionado. 
A empresa não conta com outra alternativa além da venda dos estoques 
excedentes, ao preço que puder conseguir no mercado. 
A decisão entre a manutenção e a liquidação de estoques 
assume especial relevância no comércio varejista; apesar disso, o 
princípio básico aqui enunciado aplica-se também a um fabricante cuja 
linha de produtos está sujeito a variações estacionais (por exemplo, 
artigos de vestuário, sapatos, móveis, material esportivo etc.). 
À medida em que se aproxima o término do período sazonal, o 
problema que se coloca é o de liquidar os estoques com substancial 
redução de preços, ou conservar essa linha de produtos até o ano 
 30 
seguinte, quando poderão ser vendidos pelo preço “normal” admitida a 
hipótese de não ter havido obsoletismo decorrente de alterações de 
moda ou estilo. Na prática, a administração não hesitará em vender os 
estoques sazonais a um preço bastante inferior ao de lista, por não se 
considerar vantajosa a sua estocagem até o ano seguinte. Mas, qual 
poderá ser essa redução de preço? Qual será o preço mínimo, ou de 
“equilíbrio”, isto é, o ponto em que o custo de oportunidade mais os 
gastos de armazenagem e seguros serão iguais à redução de preço 
necessária à liquidação total do estoque de mercadorias? 
De imediato, ocorrerão ao leitor diversos casos em que firmas 
varejistas poderão efetuar drásticas reduções de preço de gêneros de 
consumo corrente, embora sazonal, no final da temporada; seria, por 
exemplo, o caso de bicicletas, patins, raquetas de tênis, piscinas no final 
do verão e equipamentos para esportes de inverno em fevereiro ou 
março. Outros itens tradicionalmente vendidos em liquidações de fim 
de estação são: móveis e artigos de vestuário. 
 
 
 
2.3.5. Alterações Iminentes de Modelos 
 
Se o fabricante ou distribuidor de um produto tiver programado 
a exibição e oferta do modelo do ano seguinte, antes de ter tido a 
oportunidade de vender todo o estoque do modelo atual, pelo seu preço 
corrente, surgirá o seguinte problema: Qual a redução de preço que 
deverá ser feita, e quando? A resposta inicial será dada pelo gerente 
de vendas. Envolve, fundamentalmente, uma estimativa da elasticidade 
de preço da procura em um dado período, ou seja, até que o novo 
modelo seja colocado à venda. Por exemplo, o gerente de vendas 
poderá recomendar, no presente, uma redução de 10%, um mês antes 
da venda do novo modelo, estimando um aumento de 25% do número de 
 31 
unidades vendidas; duas semanas mais tarde, porém, poderá ser 
necessária nova redução de 25% para estimular um aumento de 15% 
das vendas. Em ambos os casos, a elevação do número de unidades 
vendidas será medida a partir do nível previsto, baseado no preço 
corrente. 
Algumas empresas adotam uma política de modesta redução 
de preço — por exemplo, de 10 ou 15% — 2 ou 3 meses antes do final 
do período para o qual foi lançadoo modelo. Outras preferem esperar 
até o último mês antes do lançamento do novo modelo, realizando nessa 
época ofertas a preços bem mais reduzidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
CAPÍTULO III 
CAUSAS DA ACUMULAÇÃO DE ESTOQUES 
 
 
Os valores a receber resultam de vendas da empresa. Os 
estoques representam o volume previsto de vendas. Portanto, os 
fundos imobilizados em estoques apresentam duas espécies de riscos: 
Em primeiro lugar, o nível previsto de vendas pode não ser atingido. E, 
em segundo lugar, essas vendas podem não se realizar ao preço 
unitário fixado para o volume de unidades projetado. Os riscos de 
menor volume de vendas e/ou de preços inferiores ao previsto são 
inerentes a todas as projeções das futuras condições da procura, em 
qualquer mercado. Todo estoque excedente resultante de redução das 
vendas é por definição, inesperado e, portanto, não planejado. As 
alternativas para a solução desses problemas foram analisadas na 
seção anterior. Trataremos agora de casos em que uma política de 
estoques deliberadamente formulada pela administração da empresa, 
resultando em volume superior às suas exigências imediatas. As 
causas de uma política deliberada de estoques “excessivos” classificam-
se em cinco categorias: 1) internas-tecnológicas; 2) internas-financeiras; 
3) externas-fornecedoras; 4) externas-cíclicas; e 5) outras causas. 
 
 
3.1. Causas Internas: Tecnológicas 
 
3.1.1. Produção em Nível Constante. 
 
De acordo com este método, a produção mensal é fixada em 
75.000 unidades, não importando o volume real de vendas e o envio de 
 33 
mercadorias efetuado em um mês qualquer. A força de trabalho exigida 
é utilizada integral e regularmente. Como, por definição, a força de 
trabalho disponível é suficiente para produzir 75.000 unidades por mês, 
não haverá custos de trabalho extra compreendendo o pagamento do 
equivalente a uma hora e meia de trabalho normal, para cada hora 
extraordinária. Além disso, como a força de trabalho é mantida em um 
mesmo nível, não haverá despesas relativas a períodos de inatividade — 
no caso de redução da produção e conservação de todos os 
empregados na folha de pagamento — ou admissão de novos 
elementos, sempre que a produção elevar-se subitamente e for 
necessário ampliar a força de trabalho. 
Esta preocupação do gerente de produção com um nível 
constante de emprego é reforçada pela recente evolução das 
negociações com os sindicatos, em que são reivindicados a garantia de 
um salário anual, o pagamento de indenizações baseada no tempo de 
serviço, e, também, a manutenção da tradicional regra de antiguidade 
tanto para promoções, quanto demissões. 
Entretanto, embora os custos de mão-de-obra sejam mantidos 
em um nível constante e os estoques de matérias-primas em níveis 
muito próximos ao seu mínimo, admitida a hipótese de que as compras 
também sejam programadas a níveis mensais constantes, o estoque de 
bens finais oscilará bastante. Toda vez que as vendas sazonais caírem 
abaixo de 75.000 unidades por mês, o estoque de bens finais começará 
a se acumular, até que as vendas e as entregas ultrapassem novamente 
75.000 unidades. Este excesso de estoques imobiliza recursos 
financeiros que poderiam ser gastos com mão-de-obra e matérias-
primas. Além disso, a firma incorre em custos mais elevados de 
armazenagem e seguros. 
Evidencia-se, pois, a necessidade de compensar as reduções 
de custos de mão-de-obra com os acréscimos de despesas, incluindo o 
custo de financiamento do estoque excedente. 
 
 34 
3.1.2. Produção ao Nível da Projeção de Vendas. 
 
No outro extremo, temos a política de programação mensal da 
produção em função das vendas projetadas para o período. Se, por 
exemplo, as vendas de um certo mês forem inferiores ao volume 
previsto, a quota de produção para o mês seguinte deverá ser ajustada 
para incluir o transporte do saldo anterior. Inversamente, se as vendas 
superarem o volume projetado, a produção será intensificada ou a 
entrega das mercadorias será suspensa temporariamente. A alternativa 
escolhida dependerá da reação dos clientes; interessa indagar se 
exigem entrega imediata dos produtos ou não se importam em esperar 
mais uma ou duas semanas. 
Entretanto, ao mesmo tempo em que os custos de estoques 
são mantidos em um valor mínimo, o custo de mão-de-obra tende a 
oscilar violentamente. Se a firma adotar a política de manutenção de 
uma força de trabalho mínima, será obrigada a pagar horas extras no 
caso de a produção ser intensificada, ou incorrer em despesas relativas 
à admissão de novos operários. Tomando-se o exercício fiscal como 
um todo, o custo unitário de mão-de-obra será mais elevado, segundo 
este último método de produção. A política de quotas mensais variáveis 
freqüentemente também acarreta substanciais acréscimos de 
investimento de capital nas instalações de fabricação, em épocas de 
maior volume de vendas. Por outro lado, como afirmamos acima, os 
custos relacionados com a manutenção de estoques tendem a se 
reduzir. 
Tendo em vista a redução e, se possível, a eliminação de 
custos desnecessários para manutenção de estoques excessivos, deve-
se coordenar as decisões de produção e compra. Este procedimento 
permitirá minimizar o custo de vendas. Na prática, a decisão de ajustar 
a produção e as compras freqüentemente envolve a combinação de dois 
objetivos conflitantes: preço unitário de compra mais baixo e custo de 
financiamento. Por exemplo, o gerente de compras está ansioso por 
 35 
conseguir o mais baixo preço unitário dos fornecedores. Desejará 
aproveitar a oferta de preços especiais fora de estação ou, durante a 
mesma, procurará conseguir descontos apreciáveis sobre quantidades. 
Do ponto de vista desse individuo, uma transação dessa natureza será 
vantajosa para a firma e reflete-se favoravelmente em sua habilidade em 
conseguir preços de compra mais baixos do que o normal. Entretanto, 
as quantidades poderão exceder às necessidades programadas pelo 
gerente de produção para os meses seguintes. Em conseqüência, o 
excesso resultante provocará automaticamente imobilização dos 
recursos financeiros da firma ou gerará despesas de juros, 
armazenagem e seguros. A tarefa da alta administração da empresa 
consiste em comparar tais custos com as economias conseguidas 
graças a um preço de compra mais baixo. 
 
 
3.1.3. Programação por Ciclos de Produção. 
 
Este método é uma variante da programação da produção a 
um nível mensal constante. Suas linhas gerais são as seguintes: 
Suponhamos que a linha de produtos da firma compreenda seis itens 
diferentes. Segundo o sistema de um nível constante de atividade, o 
gerente de produção iria programar, para cada mês, a fabricação de uma 
décima-segunda parte da quota anual relativa a cada um dos produtos. 
Se, ao contrário, utilizar o sistema de ciclos, programará, por exemplo, o 
item 6 para a última semana de janeiro, quando não mais necessitar 
mão-de-obra e equipamentos para a fabricação dos outros itens, tendo 
em vista o atendimento das exigências de entregas aos clientes em 
fevereiro. Assim sendo, a produção do item 6 poderá alcançar um nível 
adequado ao atendimento das necessidades da firma pelo resto do ano. 
Em fevereiro, outro item poderá ser escalado para produção por duas 
semanas completas, obtendo-se um estoque suficiente para atender os 
requisitos estabelecidos para vários meses; e assim por diante. O 
 36 
princípio inerente ao processo de programação por ciclos é o da 
minimizaçãoda substituição dos equipamentos utilizados para a 
fabricação de um dado produto, por outros necessários à produção de 
outro item, do tempo de ajustamento das máquinas para a fabricação de 
um novo produto, e da perda de horas de trabalho em conseqüência da 
reaplicação da força de trabalho em outros serviços. Mormente, a 
programação por ciclos apresenta como vantagem a possibilidade de 
utilização integral da força de trabalho e do conjunto de equipamentos. 
A produção, segundo esse método, também pode ser realizada quando 
as vendas de um certo produto caem abaixo do nível previsto. Ao invés 
de se reduzir a produção, o gerente da fábrica eleva a quota de outros 
produtos, que se espera alcançarem o volume de vendas projetado. 
Suponhamos que em março, a produção do item 4 seja igual às vendas 
previstas para o período de abril a maio, e que as vendas desse produto, 
nesse período, fiquem muito aquém dos níveis esperados estando as 
vendas do item 5 acima de suas quotas. Caberia ao gerente da fábrica 
remover o item 4 para o mês de maio substituindo-o pelo item 5. 
Em essência, portanto, a programação da produção por ciclos 
objetiva proporcionar maior economia do emprego de mão-de-obra do 
que a obtida pelo método do nível mensal constante de produção. O 
presente método provocará, entretanto, uma elevação do estoque médio 
de bens finais, especialmente se a sua aplicação fôr feita em caso de 
ampla diversificação de produtos. 
 
 
3.1.4. Lucro ou Liquidez? 
 
Ao preparar a programação da produção e escolher o método 
a ser empregado, o gerente de produção tem como objetivo minimizar os 
itens de custo sob seu controle imediato. Neste caso, trata-se de 
gastos em mão-de-obra, matérias-primas utilizadas no processo de 
fabricação, instalações, materiais auxiliares e possível emprego de 
 37 
subprodutos. O gerente de produção considerará sua tarefa como bem 
desempenhada se conseguir reduzir os custos sobre os quais tem direto 
controle e autoridade. 
Até certo ponto, o administrador financeiro também participa 
da sua preocupação com a minimização do custo unitário de produção. 
Deixa de acompanhar o gerente de produção quando a política de 
minimização do custo de produção começa a ameaçar a liquidez da 
empresa. Em outras palavras, mesmo que a despesa de manutenção 
de um estoque excessivamente grande seja inferior às economias 
proporcionadas, por exemplo, pelo método de programação da produção 
em ciclos, poderá o administrador financeiro apresentar motivos válidos 
ao fazer objeções a essa política de produção. É perfeitamente 
concebível que o levantamento dos fundos necessários possa agir de 
forma adversa sobre o acesso da firma às fontes externas. Poderá ser 
forçado a ir até o limite máximo de sua capacidade de obtenção de 
empréstimos para conseguir o volume de recursos necessário. Neste 
caso, a empresa correrá o risco de um comportamento desfavorável 
imprevisto das vendas criar-lhe encargos muito pesados em relação à 
manutenção de um nível razoável de liquidez. 
 
 
3.2. Causas Externas: Fornecedores 
 
Ao programar as necessidades de matérias-primas, peças e 
materiais auxiliares do departamento de produção, seu gerente poderá 
encontrar-se diante de um dilema. Poderá necessitar de X unidades de 
um certo item (por exemplo, rodas dentadas, engrenagens, prensas, 
armários etc.) de tamanho não padronizado, e portanto não mantido em 
estoque pelos fornecedores. Será, pois, necessário que sejam 
produzidos especificamente para atender às exigências da firma. 
Entretanto, o volume do produto X poderá ser muito pequeno para que 
um fornecedor o inclua em seu processo regular de produção. O preço 
 38 
de lista do fornecedor baseia-se em uma encomenda equivalente, por 
exemplo, ao dobro das necessidades da empresa para os seis meses 
seguintes. 
Se a firma solicitar apenas X unidades, será obrigada a pagar 
um preço unitário de, digamos, 50 cents, comparados com 35 cents se a 
encomenda fosse duas vezes maior. Isto se deve ao fato de, em grande 
parte; os custos de fabricação desse item pelo fornecedor dependerem 
mais do tempo gasto para ajustamento das máquinas e dos 
equipamentos às especificações dos clientes, e do tempo necessário 
para posteriormente desfazer esta ajustagem especial, do que do 
número total de horas de uso efetivo das máquinas neste serviço 
particular. 
Em casos desta natureza é normalmente mais rentável fazer-
se uma encomenda maior, por um preço unitário substancialmente 
inferior. Em conseqüência, verifica-se um significativo aumento dos 
estoques do item em questão. Em termos de recursos totais 
imobilizados em estoques, esta encomenda poderá ou não assumir 
alguma importância. Antes de mais nada, dependerá muito do número 
de itens sujeitos das diferenciais muito grandes de preço, em face das 
exigências mensais relativamente pequenas da empresa; em segundo 
lugar, dependerá também do valor monetário dessas compras em 
comparação com o volume total de compras do departamento de 
produção. 
 
 
3.3. Causas Externas: Cíclicas 
 
A situação dos estoques de uma firma está sujeita à fortes 
influências do ciclo econômico. Isto é válido tanto para a fase de 
expansão, quanto a do declínio das atividades econômicas. Entretanto, 
essas duas fases envolvem comportamentos e efeitos distintos. 
 39 
3.3.1. Expansão. 
 
Nas fases de recuperação e prosperidade do ciclo econômico, 
os estoques tendem a crescer mais rapidamente do que o volume de 
vendas. Este fato é denominado princípio de aceleração. Seu 
funcionamento será exemplificado, a seguir, para o caso de uma firma 
varejista. 
Esta firma havia adotado uma política de manutenção de 
estoques em níveis equivalentes às vendas de dois meses. Sua 
previsão de vendas mensais para março, abril e maio foi de $75.000. No 
fim de março, observou-se que as vendas haviam alcançado $80.000, 
refletindo um movimento cíclico ascensional. Para simplificar nossa 
análise, admitamos a inexistência de qualquer influência sazonal. O 
volume de vendas do mês de março reduziu os estoques de abril para 
$70.000 (estoque de $150.000, no início de março, menos as vendas de 
$80.000). No começo de abril, a firma deveria encomendar, portanto, 
$10.000 de mercadorias adicionais, para elevar os estoques de abril a 
$80.000, além de igual montante de mercadorias para o mês de maio 
visto esperar-se que as vendas desse mês também alcancem o volume 
do mês de março. Assim, o total de encomendas, no início de abril, 
seria de $90.000, em lugar de $75.000, quantidade a ser solicitada 
nesse mês, se não tivesse havido uma expansão em março. 
Assim sendo, o efeito líquido dessa expansão consiste, em 
aumentar 20% as compras para a constituição de estoques em abril —
$90.000 ao invés de $75.000 — enquanto se espera que as vendas 
desse mês sejam 6 e 3/4% superiores à estimativa de $75.000, 
originalmente feita. Se as vendas do mês de abril também 
ultrapassarem a nova estimativa de $80.000, as encomendas feitas no 
início de maio deverão englobar: a) o volume mais alto de vendas de 
abril, mais b) o excedente das vendas de abril em relação à estimativa 
(modificada) para o período. À medida, em que, as vendas crescerem, 
as novas encomendas tenderão a aumentar ainda mais rapidamente. 
 40 
A expansão das vendas também apresenta efeitos 
secundários. Em resposta às perspectivas mais favoráveis do mercado, 
o varejista tenderá a ampliar sua linha de mercadorias em uma ou mais 
das seguintes direções. Poderá lançar produtos, estabelecendo nova 
linha de preços. Em outraspalavras, substituirá sua atual linha de 
produtos na expectativa de aumentar a procura de produtos mais caros. 
Poderá, além disso, expandir os estoques dos produtos das diversas 
linhas de preço, objetivando oferecer aos seus clientes maior variedade 
de modelos, materiais, cores, ou quaisquer outras características 
especiais de suas mercadorias. 
Os comerciantes atacadistas e os fabricantes tendem a 
apresentar uma política de estoques semelhante à do comerciante 
varejista deste exemplo. Também nesses casos o volume de estoques 
tende a crescer mais rapidamente do que as vendas. 
 
 
3.3.2. Contração. 
 
Uma política oposta é a adotada pelas empresas em período 
de redução das vendas, em decorrência de declínios cíclicos. Os 
estoques se reduzem, não apenas porque seu nível ao fim de um mês 
ou trimestre é superior ao originalmente planejado, mas, também porque 
a firma prevê uma redução adicional nas vendas. Além disso a 
empresa tende a diminuir o sortimento de produtos oferecidos e a 
variedade de linhas de preços. 
O efeito conseguido apresenta, portanto, dois aspectos. As 
reduções de encomendas para estoque são feitas mais rapidamente que 
o decréscimo das vendas. Além disso, a firma tende a reduzir seus 
estoques pela fixação de preços mais baixos. Na economia, como um 
todo, esta tendência reflete-se em uma liquidação generalizada de 
estoques. Trata-se de uma recessão induzida por estoques. Em 
 41 
outras palavras, a acumulação acelerada de estoques na fase de 
prosperidade, passou a ser demasiada ao voltarem às vendas ao nível 
normal. Nesse momento, novas encomendas foram rapidamente 
diminuídas pelos varejistas, que procuravam liquidar seus estoques 
mediante reduções de preço. A queda do volume de novas 
encomendas pelos varejistas provocou uma reação em cadeia, que 
afetou os atacadistas, os produtores de bens finais e materiais auxiliares 
e ainda os de matérias-primas. 
 
3.4. Outras Causas 
 
Como os estoques são acumulados e novamente 
encomendados na previsão de vendas futuras, seu volume é 
significativamente influenciado pelo período entre compras e vendas, 
denominado “lead time”. Em alguns casos pouco comuns, a firma 
consegue solicitar as mercadorias de que necessita e recebê-las em um 
ou dois dias. Nestas circunstâncias, não é necessário manter mais do 
que um estoque mínimo para atender às exigências imediatas de venda. 
 
3.4.1. “Lead Time”. 
 
Normalmente, porém, a firma não consegue repor diariamente 
os estoques vendidos no dia anterior. Em primeiro lugar, porque não 
dispõe dos registros das operações ao fim de cada dia. Em segundo 
lugar, o próprio processo de preenchimento de formulários para 
encomendas consome algum tempo. Em terceiro lugar, a compra de 
quantidades relativamente pequenas, ditadas pelas necessidades diárias 
de produção, normalmente implicam um preço unitário mais elevado e 
custos de entrega desproporcionalmente altos. Por fim, o fornecedor 
pode insistir em: a) encomendas de tamanho mínimo e b) uma 
antecedência de alguns dias para poder atender o pedido de seu cliente. 
 42 
A combinação desses diversos fatores dá origem ao que se chama “lead 
time” no processo de reposição de estoques. Esse período é 
determinado por: 1) o prazo mínimo exigido pelo fornecedor e 2) a 
política de renovação de pedidos da empresa compradora. 
Em certas ocasiões, os fornecedores podem ter um volume tão 
grande de encomendas, que se tornam impossibilitados de aceitar novos 
pedidos para entrega dentro do prazo habitual. A firma que deseja 
dispor de um certo volume de mercadorias em dado momento deve, 
portanto, fazer seu pedido antes da época normal. Ao mesmo tempo, 
também é provável que a firma deseje aumentar o volume de suas 
encomendas. Desta maneira, espera evitar o risco de os novos pedidos 
serem satisfeitos com atraso, em virtude do acúmulo de encomendas a 
serem atendidas pelos fornecedores. Por exemplo, um fabricante 
normalmente pode manter matérias-primas em quantidade suficiente 
para a produção de um mês. Se tiver razões para supor que seus 
fornecedores não consigam a continuidade desse fluxo, pelo motivo 
acima citado, deverá fazer uma encomenda proporcional ao volume de 
produção de dois ou três meses. Normalmente, um varejista pode fazer 
encomendas para atender metade de suas necessidades estacionais 
previstas. Suponhamos que julgue estar o fabricante totalmente ocupado 
até o início da temporada. É provável, então, que faça uma encomenda 
superior ao nível correspondente à metade da sua previsão de vendas. 
 
3.4.2. Iminência de Greves 
 
O temor de uma greve na fábrica de um fornecedor poderá 
conduzir uma firma a acumular estoques superiores ao normal. O efeito 
imediato desta medida é a constituição de um estoque que, para uma 
pessoa estranha à empresa, poderá parecer exageradamente grande em 
relação ao volume de vendas. Mesmo que este aumento de estoques 
envolva grande drenagem de recursos financeiros da firma, além de 
despesas apreciáveis com armazenagem temporária, esses custos 
 43 
especiais representam, basicamente, uma forma de prêmio de seguros. 
É o preço que a firma deverá pagar para garantir um satisfatório 
fornecimento de matérias-primas. 
 
3.4.3. Aumentos de Preço 
 
A acumulação de estoques além do nível normal é um recurso 
comum de uma firma que prevê substancial elevação dos preços de lista 
de seu fornecedor, em um futuro próximo. Neste caso, o efeito sobre os 
lucros difere bastante do resultante de ameaça de greve. No caso 
anterior, o preço de venda da empresa pode não se alterar, mesmo que 
a fábrica de seu fornecedor deixe de funcionar em virtude de uma greve. 
Os custos adicionais decorrentes da acumulação excessiva de estoques 
acabarão reduzindo os lucros obtidos pelas vendas. 
Por outro lado, a acumulação de estoques decorrente da 
previsão de um aumento dos preços cobrados pelos fornecedores visa 
proporcionar maior lucro. A empresa espera fixar preços mais altos no 
futuro, baseada na elevação dos preços das matérias-primas e dos 
custos de mão-de-obra. Entretanto, como seus estoques foram 
adquiridos aos preços correntes, que são inferiores, seus lucros futuros 
serão ainda maiores, visto serem acrescidos da diferença entre o preço 
das matérias-primas e o custo de manutenção dos estoques durante 
esse período de tempo. 
 
3.4.4. Um Modelo de Custo-Rendimento. 
 
Ao estimar as economias e os custos prováveis, 
respectivamente, resultantes de diferentes políticas alternativas de 
estoques, o administrador financeiro estabelece, em primeiro lugar, os 
custos do estoque mínimo exigido pela firma (EM = estoque mínimo). 
 44 
Suponhamos que uma firma industrial necessite de um estoque 
de matérias-primas e produtos finais correspondentes a, pelo menos, um 
mês de vendas, para garantir o processo de produção e as entregas aos 
clientes. Todo estoque acima desse nível mínimo poderá, pois, ser 
considerado como estoque excedente (EE). O EE gera custos 
adicionais de financiamento, armazenagem, controle, seguros e 
impostos. Por outro lado, poderá criar oportunidades para a obtenção 
de um preço unitário de compra mais reduzido, produção mais eficiente, 
proteção contra ameaça de greve na fábrica de um fornecedor, 
aumentos de preços dos fornecedores, e assim por diante. Cada um 
desses motivos para a manutenção de estoque excedente envolve um 
elemento de custo e, também, de rendimento acima do EM. 
A Tab. 6.2 apresenta uma escala hipotética de custos e 
rendimentos parciais, relativa a três políticas alternativasde manutenção 
de estoques de matérias-primas. Estas alternativas, representando três 
possíveis escalas de compras, baseiam-se nas seguintes hipóteses: 
1. Estoques necessários para os próximos seis meses: 
300.000 unidades; de acordo com a escala do EM, na primeira coluna. 
2. Preço corrente de lista do fornecedor: $1 por unidade. 
3. Desconto por quantidade comprada, oferecido pelos 
fornecedores: 
Menos de 50.000 unidades: 0% 
De 50.000 a 74.999 unidades: 2% 
De 75.000 a 99.999 unidades: 3% 
Acima de 100.000 unidades: 4% 
4. Despesas (armazenagem, seguros, juros de empréstimos): 
3% ao mês. 
5. Está programado para o quarto mês um aumento de 5% 
sobre o preço fixado pelo fornecedor; as encomendas recebidas para 
entrega no início do terceiro mês ainda serão cotadas ao preço corrente. 
 45 
Como se observa na Tab. 6.2, uma programação de compras 
em um nível mensal constante de 50.000 unidades deverá elevar os 
custos dos estoques de $150 (rendimento líquido = $150), montante este 
superior ao obtido na programação baseada na previsão do volume de 
vendas. Este valor negativo de $150 poderá ou não ser mais do que 
contrabalançado pelo aumento da produtividade da mão-de-obra e/ou 
das máquinas, em decorrência do método de programação da produção 
a um nível mensal constante. Do mesmo modo, uma política de 
compras de 200.000 unidades no terceiro mês, tendo como objetivo 
evitar os problemas provocados pelo aumento iminente de preço no 
quarto mês, proporcionará poupanças no valor de $5.750 (ou seja, o 
desconto sobre o preço de lista), mais $7.750 (correspondentes ao 
diferencial do preço de compra). Estas poupanças totais de $13.500 
serão, em parte, anuladas pelos custos de manutenção dos estoques, ou 
seja, $9.450, o que nos deixa um saldo líquido de $4.050. A este valor 
deverá ser acrescentado o ganho líquido resultante dos descontos 
obtidos nos dois primeiros meses, deduzindo-se os custos dos estoques, 
quer dizer, $650. Portanto, o ganho total líquido será de $4.700. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
CONCLUSÃO 
 
 
Verificamos no presente trabalho que administrador financeiro 
deve esforçar-se no sentido de manter um equilíbrio entre a procura de 
bens vendidos a crédito e os recursos financeiros da empresa em um 
nível de vendas capaz de possibilitar a maximização dos lucros e 
minimização dos riscos assumidos em seus estoques. O administrador 
financeiro deverá, em primeiro lugar, analisar a procura de bens 
vendidos a prazo, de maior procura. E o nível de atividade financeira 
deverá ser examinado não deixando de lado possíveis variações 
estacionais. As condições de crédito dos concorrentes também deverão 
ser analisadas, por constituírem elementos importantes da procura dos 
produtos da empresa. 
Assim, os estoques e os valores a receber representam um 
ativo de enorme importância para o administrador financeiro. Os riscos 
financeiros de inadequados planejamento, administração e controle de 
estoques podem levar a prejuízos financeiros ainda maiores do que os 
resultantes de dívidas incobráveis. Um planejamento deficiente de 
estoques poderá, facilmente, acarretar prejuízos de 10% ou mais, em 
parte de seus estoques, mesmo em épocas favoráveis. O volume de 
estoques é função das vendas previstas. Assim sendo, o 
estabelecimento de adequados níveis de estoques baseia-se, 
freqüentemente, na precisão das previsões de vendas. Outros fatores, 
inclusive o dilema entre liquidez e rentabilidade, exercem influências 
sobre os níveis de estoques. 
Para que se proceda a uma análise realmente significativa, é 
necessário classificar os “estoques” em função de seus componentes, ou 
seja, matérias-primas, bens de processamento e produtos acabados. O 
conhecimento do método contábil de avaliação dos estoques é 
necessário ao administrador financeiro. 
Os fundos imobilizados em estoques apresentam o risco duplo de 
impossibilidade de realização das vendas previstas ou de obtenção do preço 
 47 
de venda, anteriormente calculado. Portanto, o administrador financeiro 
deverá planejar cuidadosamente a política de estocagem de sua empresa. 
Uma política que estabeleça a manutenção de níveis de estoques superiores 
às necessidades futuras mais imediatas poderá ser conveniente por vários 
motivos, tais como, por exemplo, níveis mais econômicos de produção, receio 
de faltas de estoques, previsão de aumentos dos preços de. matérias-primas, 
“lead time”, ou iminência de greves. Diversas técnicas quantitativas podem 
auxiliar o administrador financeiro no planejamento dos níveis de estoques. 
Outros métodos de controle de estoques, como a análise das políticas relativas 
à armazenagem e transporte, poderão contribuir para a redução dos níveis de 
estoque da empresa. Tendo o administrador financeiro, esforçar-se para 
reduzir o volume de valores a receber, sem contudo, diminuir o potencial 
de vendas da empresa e a produção da rotação de estoque. Deverão 
ser exploradas algumas alternativas referentes à modificação do 
desconto oferecido, à prorrogação do prazo de validade do desconto, e à 
alteração da política de compras da firma. Analisando as taxas efetivas 
de juros e outras despesas, as possibilidades de obtenção do 
empréstimo, o montante disponível e a reputação da fonte fornecedora 
de recursos. Por fim, também poderão ser aplicadas na execução 
dessas tarefas, as técnicas de análise marginal dos custos, utilizados 
pelos economistas frente as outras empresas do mercado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de 
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. 
 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de abastecimento: 
planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
 
CHING, H.Y. (2001) - Gestão de Estoque na cadeia logística integrada. Atlas. 
2ª Edição. São Paulo. 
 
CHRISTOPHER , Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: 
estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: 
Pioneira, 1997. 
 
CHRISTOPHER, Martin. A Logística do marketing. São Paulo: Futura, 1999. 
 
CHURCHILL JR., Gilbert A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o 
cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. 
 
CORRÊA, H.L. & GIANESI, I.G. & CAON, M. (2001) – Planejamento, 
programação e controle da produção. Atlas. 4ª Edição. São Paulo. 
 
DAVIS, M. MARK & AQUILANO, NICHOLAS & CHASE, B. RICHARD (2001) – 
Fundamentos da Administração da Produção. Bookman. 3ª Edição. Porto 
Alegre. 
 
FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. 
Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: atlas, 2000. 
 
 49 
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira – essencial. 2. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2001. 
 
LACHTERMACHER (2002), Gerson. Pesquisa Operacional na tomada de 
decisões. CAMPUS, 3° Edição. Rio de Janeiro. 
 
RODRIGUES, GERSON JOSÉ J. (1993) – Redução de Estoque em 3 
Dimensões. IMAM. 1ª Edição. São Paulo. 
 
SLACK, NIGEL & CHAMBERS, STUART & JOHNSTON, ROBERT.(2002) – 
Administração da Produção. Atlas. 2ª Edição. São Paulo. 
 
SUCUPIRA, C. A. C. (2003) - Gestão de Estoque e Compras no Varejo. 
Disponível em: www.cezarsucupira.com.br/artigos11.htm. Acesso em: 
07/12/2007. 
 
TUBINO, D.F (2000) – Manual de Planejamento e Controle da Produção. Atlas. 
2ª Edição. São Paulo.

Continue navegando