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Curso Online: Administração de Finanças 1 Administração financeira......................................................................................2 Fluxo de caixa......................................................................................................5 Controlando o giro de caixa...............................................................................11 Controle e análise de estoques.........................................................................14 Relação risco versus retorno.............................................................................18 Capital de giro....................................................................................................22 Gestão das contas a receber.............................................................................25 Gestão das contas a pagar................................................................................27 Fatores que influenciam o planejamento...........................................................28 Definição de metas com base nos resultados gerenciais..................................31 Indicadores básicos para a análise de viabilidade de investimentos................33 Juros simples e compostos................................................................................38 Análise de custos...............................................................................................43 Referências bibliográficas..................................................................................47 2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. Trata-se de um ramo privativo à Administração. A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores ―caminhos‖ para a condução financeira da empresa. Tal área administrativa pode ser considerada como o ―sangue‖ ou o combustível da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o ―oxigênio‖ ou vida para os outros setores, sendo preciso circular constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros, podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o crescimento, mas o desenvolvimento e estabilização. É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entra em falência até o quinto ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão. Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo relacionamento de interdependência que ambas têm é que se confundem, muitas vezes, estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente e geralmente se sobrepõem. É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e prover dados para mensurar o desempenho da empresa, avaliando sua situação financeira perante os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando suas demonstrações, reconhecendo as receitas no momento em que são incorridos os gastos (este é o chamado regime de competência), mas o que https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Recurso_financeiro&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Recurso_financeiro&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Situa%C3%A7%C3%A3o_financeira&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Situa%C3%A7%C3%A3o_financeira&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Gasto https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_compet%C3%AAncia 3 diferencia as atividades financeiras das contábeis é que a administração financeira enfatiza o fluxo de caixa, que nada mais é do que a entrada e saída de dinheiro, que demonstrará realmente a situação e capacidade financeira para satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de curto ou longo prazo) a fim de atingir as metas da empresa. Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim como o administrador financeiro utiliza o regime de caixa, mas cada um tem suas especificidades e maneira de descrever a situação da empresa, sem menosprezar a importância de cada atividade já que uma depende da outra no que diz respeito à circulação de dados e informações necessárias para o exercício de cada uma delas. Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm como base de estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, mas principalmente do fluxo de caixa da empresa já que daí, é que se percebe a quantia real de seu disponível circulante para financiamentos e novas atividades. As funções típicas do administrador financeiro são: Análise, planejamento e controle financeiro Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões estratégicas com relação ao rumo total da empresa, buscar sempre alavancar suas operações, verificar não somente as contas de resultado por competência, mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno financeiro tal como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance das metas da empresa. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_caixa https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa 4 Tomada de decisões de investimento Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos correntes e não-correntes, observa e decide quando investir, como e quanto, se valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos irremediável, e ate mesmo a imobilização dos recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o 'capital de giro'. Como critérios de decisão de investimentos entre projetos mutuamente exclusivos, pode haver conflito entre o VAL (Valor Atual Líquido) e a TIR (Taxa Internade Rendibilidade). Estes conflitos devem ser resolvidos usando o critério do VAL. Tomada de decisões de financiamentos Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa; operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo de recurso necessário para a execução de metas ou planos da empresa. Leva- se sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo com a estrutura de capital, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo. O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até ao certo ponto, ante ao desespero), mas independente da situação de emergência é necessária uma análise e estudo profundo e minucioso dos prós e contras, a fim de se ter segurança e respaldo para decisões como estas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_de_giro 5 FLUXO DE CAIXA Em Finanças, o fluxo de caixa, refere-se ao fluxo do dinheiro no caixa da empresa, ou seja, ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas vezes ligado a um projeto específico. O fluxo de caixa refere-se ao movimento de dinheiro no período passado, enquanto o orçamento é o seu equivalente para períodos futuros. O Fluxo de Caixa é uma das ferramentas mais utilizadas pelas ciências contábeis, sendo um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. Fluxo de Caixa Fluxo do Dinheiro no Caixa da Empresa O fluxo de caixa mal feito traz vários problemas para uma empresa, e um dos entraves é o vencimento das obrigações a pagar em um momento em que o caixa da empresa está desfalcado. Quando isso ocorre, a empresa se vê, na maioria das vezes, obrigada a contrair empréstimos para não ficar em débito com os fornecedores e prejudicar transações futuras. Entre as três principais razões de falência ou insucessos de empresa, uma delas é a falta de planejamento financeiro ou a ausência total de fluxo de caixa e a previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as despesas da empresa) Sem um fluxo de caixa projetado a empresa não sabe antecipadamente quanto precisará de um financiamento (e normalmente sai desesperada, quando seu caixa estoura, fazendo as piores operações que existem: cheque especial, desconto de duplicatas...) ou quando terá, ainda que temporariamente, sobra https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa https://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%A7amento 6 de recursos para aplicar no mercado financeiro (ganhando juros, reduzindo o custo do capital de terceiros emprestado). Sem um fluxo de caixa projetado a empresa não sabe antecipadamente quanto precisará de um financiamento (e normalmente sai desesperada, quando seu caixa estoura, fazendo as piores operações que existem: cheque especial, desconto de duplicatas...) ou quando terá, ainda que temporariamente, sobra de recursos para aplicar no mercado financeiro (ganhando juros, reduzindo o custo do capital de terceiros emprestado). O Fluxo de Caixa é apenas medir o resultado do período (Modelo Operacional) em termos financeiros (Resultado do Negócio – semelhante a uma Demonstração do Resultado do Exercício) ou ser um Modelo Completo, incluindo todas as alterações no caixa, as de investimento (compra e venda de ativo...) e as de financiamento (obtenção de novos recursos no mercado...) A Demonstração dos Fluxos de Caixa pode ainda ser dividida em modelo direto e indireto. No modelo direto, destacam-se objetivamente as entradas e saídas de dinheiro, informando-se a origem (fonte) e o uso (aplicação). É um modelo mais revelador e facilmente analisado pelo leigo em contabilidade. No modelo indireto, as variações no caixa decorrentes da atividade operacional são identificadas pelas mudanças no capital de giro da empresa (circulantes). Por exemplo, um aumento na conta estoque pressupõe redução do caixa, pois provocará um desembolso adicional. Uma redução da conta fornecedores pressupõe também uma redução do caixa, pois saiu dinheiro para pagamento da dívida com fornecedores. Conforme estabelece o item 11 da NPC (Normas de Procedimentos de Contabilidade) nº 20/1999, a Demonstração dos Fluxos de Caixa para um determinado período ou exercício deve apresentar o fluxo de caixa oriundo ou aplicado nas atividades operacionais, de investimento e de financiamentos e o seu efeito líquido sobre os saldo de caixa, conciliando seus saldos no início e no final do período ou exercício. Uma das formas mais simples seria a empresa processar todas as movimentações financeiras nos modelos do Livro Caixa. Outra forma muito usada é avaliar as movimentações do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Para elaboração da DFC, seja pelo método direto ou indireto, os dados são coletados dos Balanços do exercício (atual e anterior) e da DRE do exercício atual, além de consultas em fichas de Razão de algumas contas. Tanto na DFC direta quanto na indireta, as informações apresentadas no grupo das 7 Atividades de Investimento e de Financiamento são as mesmas. O que muda é a forma de apresentar a origem e destino do dinheiro em decorrência das atividades operacionais. Na DFC indireta, parte-se do resultado do exercício, ajustando-se pela eliminação dos resultados não financeiros e pela adição ou exclusão das variações ocorridas nos grupos de contas do Ativo Circulante, exceto as Disponibilidades, e do Passivo Circulante. Como elaborar um fluxo de caixa Saídas: A primeira coisa a ser feita é separar as saídas em: fornecedores, despesas e outras saídas. Fornecedores: Todos os gastos com seus fornecedores; Despesas: são os gastos administrativos como telefone, correio, internet, papelaria etc.; Outras despesas: amortização de empréstimos, pagamentos de tributos e investimentos. Entradas: Nas entradas você deve especificar o que recebe com suas vendas e/ou prestação de serviços. Recomenda-se que esse preenchimento seja feito diariamente. Resultado do período Para verificar o resultado do período (dia, semana, mês ou ano) basta realizar a soma de todas as entradas e diminuir as saídas. 8 A utilização de linhas de crédito tem aumentado a cada dia tanto entre pessoas físicas como entre empresas. Dessa forma, é necessário que você tenha controle sobre o que se tem a receber e a pagar no futuro. Você deve inserir esses valores na planilha, fazendo, assim, o fluxo de caixa projetado. Sabendo que se tem uma determinada conta a ser paga daqui a 30 dias, por exemplo, você deve ter em caixa, já este mês, a quantia referente a tal pagamento, ou, pelo menos, previsão de que receberá valores suficientes para o pagamento da obrigação. Esse tipo de projeção é muito útil para dar uma visão financeira futura de seu empreendimento. A demonstração dos fluxos de caixa (DFC) é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocaram modificações no saldo da conta Caixa. Trata-se de uma demonstração sintetizada dos fatos administrativos que envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos durante um determinado período, devidamente registrados a débito (entradas) e a crédito (saída) da conta Caixa. Fluxo de caixa, portanto, compreende o movimento de entrada e saídade dinheiro na empresa. A Lei 6.404/1976 também não fixou um modelo de DFC a ser observado por todas as empresas. Ela limitou-se a estabelecer no inciso I do artigo 188 que a DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos. Pela grande importância que as informações contidas na DFC representam para a análise conjunta com as demais demonstrações financeira, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), por meio da NPC (Normas de Procedimentos de Contabilidade) nº 20, de 30 de abril de 1999 – fundamentado nas práticas habituais que vinham sendo adotadas nos Estados Unidos e na Europa, onde a elaboração da DFC também era obrigatória – apresenta orientações para elaboração desse significativo relatório no Brasil. Entende-se por fluxo de caixa os ingressos e saídas de caixa e equivalentes. Assim, para fins da DFC, o conceito de caixa engloba todas as disponibilidades da empresa existente nas contas: Caixa (dinheiro em poder da própria empresa); Bancos conta movimento (dinheiro Da empresa em poder de estabelecimentos bancários, depositado em contas correntes) e Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata (dinheiro da empresa investido em aplicações de altíssima liquidez). Essas três contas integram o grupo das Disponibilidades 9 no Ativo Circulante do Balanço Patrimonial. Equivalentes de caixa compreende as contas representativas de aplicações financeiras que possuem as mesmas características de liquidez e de disponibilidades imediata. Desse modo, equivalentes de caixa abrangem todos os investimentos efetuados pela empresa, resgatáveis em até três meses e que tenham altíssima liquidez. São sobras de caixa aplicadas no mercado financeiro, cujas operações se caracterizam pela finalidade não especulativa, bem como pela possibilidade de serem resgatadas imediatamente, no momento em que a empresa desejar. Exemplos de investimentos financeiros que podem ser considerados como equivalentes de caixa: caderneta de poupança, CDB (certificado de depósito bancário) e RDB (recibo de depósito bancário) prefixados etc. Conforme estabelece o inciso I do artigo 188 da Lei nº 6.404/1976 e , ainda de conformidade com as orientações contidas na citada NPC, envolvendo a estrutura da DFC, o ideal é que as transações relativas às entradas e saídas de caixa sejam selecionadas em três grupos de atividades: Atividades Operacionais – compreendem as transações que envolvem a consecução do objeto social da empresa. Elas podem ser exemplificadas pelo recebimento de uma venda, pagamento de fornecedores por compra de materiais, pagamento dos funcionários etc.; Atividades de Investimentos – compreendem as transações com os Ativos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras empresas e de Ativos utilizados na produção de bens ou na prestação de serviço ligados ao objeto social da empresa. É importante citar que as atividades de investimentos não compreendem a aquisição de Ativos com o objetivo de revenda; Atividades de Financiamentos – incluem a captação de recursos dos acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucros ou dividendos, a captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração. Para agregar conhecimento a iEstudar oferece gratuitamente o Curso Online Viabilidade Financeira. Para acesso click no botão ao lado https://iestudar.com/curso-online-gratis/viabilidade-financeira 10 Fatos que aumentam o Saldo no Caixa A entrada de dinheiro para o caixa da empresa, na maioria das vezes, é decorrente dos seguintes fatores: recebimento de vendas a vista; recebimento de duplicatas; novos empréstimos e financiamentos obtidos; ingresso de capital dos sócios ou acionistas; recebimento de vendas de itens do ativo permanente etc. Fatos que diminuem o Saldo do caixa Entre as diversas transações que diminuem o saldo de caixa da empresa, destacam-se: pagamento de compras a vista; pagamento a fornecedores; compras de itens do Ativo Permanente; pagamento de despesas; pagamento de juros; pagamento de dividendos etc. Fatos que não alteram o Saldo do Caixas Nas operações que ocorrem no dia a dia das empresas, existem fatos que não afetam o saldo de caixa imediatamente, mas pode afetar em períodos futuros, destacam-se: compras de mercadoria a prazo; vendas de mercadoria a prazo; correção monetária do balanço; variações monetárias; provisão para devedores duvidosos; depreciação, amortização e exaustão; resultado da equivalência patrimonial; reavaliação etc. 11 CONTROLANDO O GIRO DE CAIXA Capital de giro (ou ativo circulante) é o valor que a empresa tem para custear e manter suas despesas operacionais do dia a dia — valor esse que é o resultado da diferença entre o dinheiro que você tem disponível e o dinheiro que você deve —, sejam elas fixas ou os gastos necessários para produção, comercialização ou prestação do serviço. Ele diz respeito a uma reserva de recursos de rápida renovação, voltada a suprir as necessidades da gestão financeira do negócio ao longo do tempo. O capital de giro é diferente do chamado capital fixo ou permanente, que é o investimento voltado à compra de imóveis, instalações, máquinas, matérias primas e equipamentos (itens do ativo imobilizado), necessários para o início do processo ―físico‖ de funcionamento da empresa. Um controle completo do dinheiro é a chave para uma boa saúde financeira do negócio. O capital de giro líquido (CGL) é influenciado por todos esses recursos, em maior ou menor grau: prazos médios de estocagem, volume e custo das vendas, compras e pagamento de compras. É grande a variação dessas ocorrências, portanto recomenda-se que o capital de giro seja monitorado com frequência para que o empreendedor não seja pego de surpresa e não tenha resultados negativos que afetem o negócio. Lembre-se sempre de que o fluxo de caixa está diretamente ligado a esses fatores. Fórmula para calculo do capital de giro: CGL = AC – PC 12 Onde AC refere-se a ativo circulante (aplicações financeiras, caixa, bancos, contas a receber, dentre outros recursos) e PC corresponde ao passivo circulante (contas a pagar, fornecedores, empréstimos…). Importante: Administrar o capital de giro do seu negócio significa avaliar o atual momento, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por tomadas de decisões em relação a compras, vendas e à administração do caixa. Fluxo de caixa é uma ferramenta extremamente importante para controlar as finanças, pois permite o monitoramento das entradas e saídas de dinheiro na empresa (movimentação de capital) em um período de tempo determinado. Assim, fica mais fácil organizar os gastos e fazer uma gestão eficiente do negócio. Seja qual for o valor gasto ou recebido, é muito importante registrar todos eles. Dessa forma, você pode organizar as contas da maneira correta e evitar o desperdício de dinheiro. É essencial separar tudo em categorias diferentes, para que seja mais fácil identificar os principais tipos de gastos e receitas e de onde eles vêm. Não vale colocar apenas ―gastos‖ e ―ganhos‖, pois assim você não saberá como usou os recursos e nem a origem dos rendimentos. Fazer um acompanhamento diário da movimentação do fluxo de caixa ajuda a evitar surpresas. Afinal, esse processo permite que você possa se planejar e, como consequência disso, prever situações complicadas e tomar atitudes antes mesmo que elas aconteçam. Dessa maneira, a gestão financeira do seu negócio fica sempre segura e saudável. Na maioria das vezes, seu estoque é umcapital que não rende juros nem gera renda, ou seja, é um capital imobilizado. No entanto, o dinheiro investido nele pode impedir que você aproveite outras oportunidades mais lucrativas para sua empresa. Por meio do fluxo de caixa é possível fazer uma projeção média para todo o ano. Com ele, você pode avaliar diferentes cenários e já se preparar para as mais diferentes adversidades. Portanto, estipule seus gastos e ganhos também https://blog.contaazul.com/o-que-e-fluxo-de-caixa/ 13 no fluxo mensal. Assim, no fim do mês, compare o que você planejou com o que foi realizado. Dessa forma, é possível saber quais foram as despesas inesperadas e como fazer para evitá-las no futuro. Pode ser que seja a hora de renegociar contratos com os seus clientes e cobrar um pouco mais pelo que você oferece ou até mesmo focar seus esforços naquilo que vai garantir mais retorno financeiro. Por isso, é tão importante acompanhar o seu fluxo de caixa e fazer avaliações periódicas para ver se o negócio está realmente andando como o planejado. Antes de definir padrões de crédito para os seus clientes, é preciso entender que há duas situações possíveis e que precisam ser avaliadas para saber qual caminho é mais vantajoso para o seu negócio. Uma é quando as exigências são baixas. Isso quer dizer que você tem muitos consumidores qualificados para comprar e as vendas sobem rapidamente, mas em contrapartida é necessário ter um estoque alto de produtos para atender ao público. A outra é quando as exigências são altas. O número de pessoas com crédito qualificado para comprar seus produtos diminui e, consequentemente, as vendas também. Por isso, avalie bem qual dessas duas situações é a mais benéfica para a sua empresa e, então, planeje as ações com cuidado, deixando tudo preparado para qualquer situação que possa aparecer. Toda decisão está diretamente ligada com o futuro. Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos. Pois conduzindo bem o negócio - cuidando eficazmente da parte financeira - consequentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos – stakeholders (grupos de pessoas participantes internas ou externas do negócio da empresa, direta ou indiretamente) - , e, logicamente, de si próprio (no que tange ao retorno financeiro, mas principalmente a sua realização como profissional e pessoal). https://contaazul.com/controle-vendas/clientes https://blog.contaazul.com/como-recuperar-o-credito-de-clientes-inadimplentes-em-tempos-de-crise https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as 14 CONTROLE E ANÁLISE DE ESTOQUES Ter um estoque controlado é saber que há a quantidade correta de produtos para que a empresa possa fluir corretamente e atender sua demanda do mercado, sem ter prejuízos com perdas. Estoque de matérias-primas Esse estoque está relacionado a empresas de tipo industrial, que realizam a produção de mercadorias para que empresas de comércio a revendam. Ele está disponível para o setor de produção, que transforma esses materiais estocados em produtos finais. Estoque de produtos para o varejo Esse estoque está relacionado a empresas de tipo comercial. Ou seja, que vendem seus próprios produtos ou, na maioria dos casos, produtos de terceiros. Ele traduz a quantidade de mercadorias disponíveis para a venda. Assim, seu controle é importante para medir o alto ou baixo desempenho do comércio em questão. Muitos departamentos financeiros de empresas que não possuem um controle de estoque equilibrado e fazem compras em demasia de produtos, sem saber sua real necessidade ou mesmo deixam de comprar os que saem mais, acabam demorando para recuperar o capital investido e também perdem possíveis oportunidades de negócio. O planejamento permite que a empresa não gaste dinheiro com produtos que ficarão guardados no estoque por muito tempo. Gastar com algo que ficará muito tempo parado, é deixar de investir em outras situações mais rentáveis e que tragam outros tipos de retorno a empresa. O estoque é qualquer quantidade de material armazenada para uso futuro, conforme a atividade empresarial, como segue: Indústria: matéria-prima, materiais auxiliares e produtos acabados; Comércio: mercadorias para revenda; Serviços: materiais necessários à realização dos serviços. https://blog.egestor.com.br/analise-swot-fofa/ 15 Os principais motivos para que sua a empresa invista num controle de estoques eficiente são: Evitar desvios, perdas, validade (para produtos perecíveis) e roubo; Conhecer quais as necessidades de reposição; Identificar os itens que estão encalhados; Entender a influência do estoque nos custos dos produtos e serviços; Administrar as necessidades de capital de giro da empresa; Informar ―o que‖, ―quando‖ e ―quanto‖ comprar. A acepção da palavra controle é a de fiscalização exercida sobre as atividades, seja de pessoas, órgãos, departamentos ou produtos, de forma que tais atividades ou produtos não se desviem das normas preestabelecidas. Um bom gerenciamento fornece informações para reposição e redução de produtos armazenados, parados no estoque, entre outras providências necessárias no dia-a-dia. Inventário dos estoques • faça um levantamento (relação) de todos os itens do estoque; • conte e registre toda a quantidade armazenada; • ordene os itens, começando pelos de maior valor monetário; • identifique o valor unitário e total dos estoques. Com o gerenciamento correto, é possível aumentar a lucratividade da empresa, melhorar o fluxo de caixa, minimizar os espaços de armazenamento dos estoques, entre outros benefícios. 16 Previsões de vendas/consumo • Calcule a média de vendas/consumo dos últimos meses; • multiplique a média pelo valor unitário e obtenha o valor mensal de cada item; • some todos os valores e terá o valor total de vendas/consumo do mês; • calcule o percentual de cada item, • dividindo o valor mensal pelo total do estoque. Parâmetros de gestão de estoques: a) Tempo de reposição é o prazo entre a emissão de ordens de compra e de atendimento, composto por: • prazo do pedido, dias necessários para que o pedido seja realizado; • prazo de entrega, dias necessários para o produto chegar à empresa; •prazo de recebimento, tempo ideal para conferir, etiquetar e utilizar a mercadoria; • margem de segurança, tolerância de atrasos, extravios etc. (normalmente três dias). b) Estoque mínimo é a quantidade mínima de mercadoria ou matéria-prima que a empresa deve manter em estoque. Fórmula: estoque mínimo = venda ou consumo médio x tempo de reposição c) Lote de reposição é a quantidade média mensal de produtos vendidos, dividido pela frequência de compras de mercadoria ou matéria-prima. Para determinar os lotes de reposição é preciso ter cuidado com: custo do frete, tamanhos de lotes definidos pelos fornecedores, produtos frágeis que 17 podem se deteriorar no estoque, datas de validade em relação ao consumo e compra de oportunidade. Fórmula: lote de reposição = consumo médio mensal ÷ frequência de compra d) Estoque máximo é a quantidade máxima de uma mercadoria ou matéria- prima que a empresa deve estocar. É importante saber: o espaço disponível de seu almoxarifado, o custo financeiro do estoque, lotes que demandam muito tempo para serem consumidos, produtos que requerem cuidados especiais de armazenamento e produtos voláteis ou que tenham características modificadas com o tempo. Fórmula: estoque máximo = estoque mínimo + lote de reposição Modelos de gestão de estoque a) Reposição contínua (ponto de pedido) é aquela em que se providenciaa reposição dos estoques quando atinge o estoque mínimo, não importando o intervalo de tempo entre as reposições; b) Reposição periódica é aquela na qual é verificada, a um período fixo, a situação do estoque e, quando necessária, é providenciada sua complementação. Este período varia em função da classificação ―ABC‖ dos produtos. Para agregar conhecimento a iEstudar disponibiliza o Curso Online Grátis de Gerenciamento de Estoque. Estude já com a iEstudar! 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Classes de ativos independentes: é o que acontece no caso das moedas; nesse caso a diversificação é bastante benéfica. Classes de ativos negativamente correlacionadas: é o melhor dos mundos em termos de diversificação, pois um ativo tende a caminhar na direção contrária do outro, o que reduz muito o risco — mas respeita os retornos esperados. E um dos setores onde diversos investidores acabam por iniciar seus investimentos, é o segmento bancário. O setor bancário é um setor que historicamente apresentou forte resiliência em períodos de crises. E nos períodos de boom econômico apresentou um desempenho ainda melhor, dado que é o segmento que financia as atividades produtivas com o consumo das família. Contudo, alguns investidores optam, antes de investir, analisar a performance das ações do setor bancário. Para tal análise, a literatura da teoria financeira possui alguns índices que são aplicados por diversos gestores de fundos de investimentos para analisar a relação risco x retorno dos investimentos. 19 O primeiro modelo para avaliação de risco x retorno dos ativos foi introduzido por Sharpe (1963), sendo conhecido mundialmente como CAPM - Capital Asset Pricing Model, ou Modelo de Precificação de Ativos. Nesse modelo o retorno do ativo é obtido através da estimação do beta (β). O beta mede a sensibilidade do ativo em relação a carteira de mercado. Utilizado para tomada de decisão ao avaliar o risco sistemático do ativo, ou seja, o risco que não pode ser eliminado através da diversificação de ativos. A equação do CAPM é dada por: Rs: Retorno esperado do ativo Rf: Retorno esperado do ativo livre de risco β: Coeficiente beta Rm: Retorno da carteira de mercado Risco, em administração, designa a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um determinado evento (aleatório, futuro e independente da vontade humana) e os impactos (positivos ou negativos) resultantes, caso ele ocorra. A análise de riscos consiste em relacionar os eventos relevantes possíveis, avaliar as probabilidades de que esses eventos se concretizarem e definir seus possíveis impactos. Geralmente, organizações que estão planejando ou desenvolvendo projetos ou negócios realizam a análise de riscos. Normalmente, a análise de riscos deve conter: Matriz de impacto Matriz de probabilidade Definição dos riscos https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Probabilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Probabilidade 20 Existem três formulações possíveis de taxa de retorno, são elas: retorno efetivo; retorno exigido e; retorno previsto. A taxa de retorno exigida é a que permite determinar o valor de um investimento. De facto, o valor de um investimento é o equivalente atual dos seus cash-flows futuros, sendo estes convertidos em equivalente atual (ou atualizados) justamente à taxa de retorno exigida. Assenta na ideia de que qualquer investimento deve proporcionar uma taxa de retorno igual a uma taxa sem risco acrescida de um prémio de risco função do grau de incerteza que afeta os cash-flows futuros do investimento. A taxa de retorno prevista é função do preço (ou custo) do investimento e do fluxo de cash-flows futuros atribuíveis ao investimento. Sendo incertos estes cash-flows, resulta que a taxa de retorno prevista é também incerta, apresentando-se mesmo como uma variável aleatória. Aqui reside o seu risco, que terá que ser medido, para ser tido em conta na estimação dos prémios de risco a incluir nas taxas de retorno exigidas. O montante de dinheiro ganho ou perdido pode ser referido como juros, lucros ou prejuízos, ganhos ou perdas ou ainda rendimento líquido ou perdas líquidas. O dinheiro investido pode ser referido como ativo, capital, principal ou custo básico do investimento. O ROI é geralmente expresso como percentagem A concretização das estratégias organizacionais de uma empresa está dependente da gestão adequada de projectos, programas e portfólios. Nesse sentido, a responsabilidade financeira aumenta permanentemente e a sua mensuração é obrigatória. Embora hoje, o uso desta ferramenta de análise seja generalizado a todo o tipo de investimentos, o cálculo do ROI não é contudo uma ―moda‖ recente. Já em 1920 a Harvard Business Review referia o ROI como a medida de análise essencial para conhecer o valor do resultado de investimento de capital. O seu conhecimento antecipado tem um impacto importante não só no seio da organização que gere o processo de investimento, como também junto de potenciais investidores. Para além da ―venda‖ interna e externa do projecto, é fundamental para o seu acompanhamento dando de uma forma clara o impacto no negócio face às metas pré-definidas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Juros https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital https://pt.wikipedia.org/wiki/Principal https://pt.wikipedia.org/wiki/Percentagem 21 O cálculo do ROI possui diversas metodologias, algumas simples, outras nem tanto. Cada metodologia varia em função da finalidade ou do enfoque que se deseja dar ao resultado. A seguir estão algumas das mais conhecidas e facilmente encontradas em livros de Contabilidade, Economia e Finanças. ROI=(Lucro Líquido÷Vendas)×(Vendas÷Total de ativos) Representa a relação entre a lucratividade e o giro dos estoques. ROI=Lucro líquido÷Total de ativos Representa o retorno que o ativo total empregado oferece. Utilizado geralmente para determinar o retorno que uma empresa dá: ROI Retorno sobre o investimento: O cálculo é muito simples: subtrai-se o ganho obtido a partir do investimento pelo investimento inicial e, em seguida, divide-se esse resultado pelo investimento. A fórmula para a realização do cálculo é a seguinte: [ROI = (Ganho obtido – Investimento inicial) / Investimento inicial. Vamos ao exemplo: Você ganhou R$ 500 e investiu R$ 100. (500 – 100 = 400 ) 400 / 100 = 4. Você deve estar se preguntando, o que significa esse número? É simples, para cada 100 reais investidos você teve um retorno (ROI) de 400 reais. Esse retorno é hipotético e extremamente lucrativo. Subdivisões da administração financeira: Valor e orçamento de capital. Análise de retorno e risco financeiro Análise da estrutura de capital financeira Análise de financiamentos delongo prazo ou curto prazo Administração de caixa ou caixa financeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucratividade https://pt.wikipedia.org/wiki/Giro https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa 22 CAPITAL DE GIRO Capital de Giro, em inglês Working Capital, é um recurso de rápida renovação (dinheiro, créditos, estoques, etc.) que representa a liquidez da operação disponível para a entidade (negócio, organização ou outra entidade qualquer, incluindo entidades públicas). É uma ferramenta fundamental para tomada de decisões, pois se refere ao ciclo operacional de uma empresa, englobando desde a aquisição de matéria- prima até a venda e o recebimento dos produtos vendidos. Assim como o ativo fixo como plantas e equipamentos, o capital de giro é considerado uma parte do capital operacional. Uma eficaz gestão do capital circulante garantirá a liquidez da empresa. O capital circulante poderá ser bruto (ativo circulante) e líquido (ativo circulante – passivo circulante). Como sabemos que o capital circulante funciona no curto prazo, a empresa deverá ter em consideração três situações: Os ativos devem ter uma liquidez compatível; o dilema entre liquidez e a rentabilidade e os ativos circulantes formam o capital da empresa que circula até ser transformada em dinheiro. Assim, a empresa na gestão do ativo circulante de exploração e do passivo circulante de exploração devem ter em atenção quatro regras muito simples: Reduzir, no máximo possível, as disponibilidades totais; Receber dos clientes o mais rapidamente possível, mas sem prejudicar a rendibilidade, o nível de atividade da empresa e a sua quota de mercado; Acelerar, no máximo possível, a rotação dos diversos stocks, mas sem prejuízo dos ritmos normais de aprovisionamentos, produção e comercialização; Atrasar, no máximo possível, os pagamentos aos fornecedores correntes, mas sem afetar a rendibilidade e a imagem de crédito da empresa. O valor ideal para a determinação de um fundo de maneio ajustado é aquele que permite assegurar a cobertura da parte dos capitais circulantes com características de imobilização que não se encontrem cobertos pelo exigível a curto prazo com características de permanência mas também eventuais contingências como, por exemplo, um atraso nos recebimentos dos clientes, uma quebra no ritmo das vendas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Liquidez https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo_fixo https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Capital_operacional&action=edit&redlink=1 23 O Capital de giro (CDG) é o recurso utilizado para sustentar as operações do dia-a-dia da empresa, ou seja, é o capital disponível para condução normal dos negócios da empresa. Ele necessita de recursos para seu financiamento, ou seja, quanto maior for seu valor, maior a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios, seja com recursos de terceiros. Um ponto importante da administração eficiente do capital de giro é seu impacto no fluxo de caixa da empresa. O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de venda, política de crédito e do nível de estoque mantido. As dificuldades relativas ao CDG numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores: Redução de vendas Crescimento da inadimplência Aumento das despesas financeiras Aumento de custos Desperdícios de natureza operacional O CDG também é um conceito econômico-financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a ‗Necessidade de Capital de Giro‘. O Capital de Giro Líquido (CGL) é um indicador de liquidez utilizado pelas empresas para refletir a capacidade de gerenciar as relações com fornecedores e clientes. O CGL é calculado subtraindo o Passivo Circulante (PC) do Ativo Circulante (AC). CGL = AC − PC https://pt.wikipedia.org/wiki/Passivo_Circulante https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo_Circulante https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo_Circulante 24 Ativo Circulante: representa os recursos disponíveis a curto prazo (caixa, bancos, aplicações financeiras, contas a receber, estoques etc.) Passivo Circulante: representa os financiamentos a curto prazo da empresa (fornecedores, contas a pagar, empréstimos etc.) O objetivo da administração financeira é gerenciar os bens da empresa de forma a se encontrar o equilíbrio entre lucratividade e risco de forma a aumentar o valor da empresa. CGL positivo: Neste caso, identificamos que a empresa esta com Superávit de capital de giro. CGL negativo: Neste caso, identificamos que a empresa esta com deficiência em seu capital de giro, significando que parte de seu ativo não circulante (permanente) esta sendo financiada com seus passivos a curto prazo, denotando um quadro de risco. Quanto maior for o CGL da empresa, menor será seu risco de insolvência, porém, um CGL muito alto significa que expressivos fundos de longo prazo estão financiando parte dos ativos circulantes, como os custos destes recursos são sempre mais elevados, isto pode se tornar um problema financeiro para a instituição. A Necessidade de Capital de Giro (NCG) tem uma grande importância pelo fato de fornecer informações das atividades operacionais, decisões tomadas pela alta gerência e a forma de financiamento das aplicações de recursos. O NCG esta diretamente ligado ao ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa - em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas. O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro a ser investido no negócio é um dos maiores desafios do administrador financeiro. 25 GESTÃO DAS CONTAS A RECEBER O conceito de Contas a Receber engloba os valores que uma determinada empresa tem a receber de seus clientes. Quando uma determinada empresa vende bens ou serviços, ela pode optar por oferecer prazo para os seus clientes efetuarem os pagamentos devidos. Ao conceder crédito aos seus clientes, a empresa deve levar em consideração as seguintes premissas: A probabilidade de default (inadimplência) – Através de uma análise de crédito e o histórico de pagamentos do cliente, a empresa pode determinar qual é o risco do cliente não pagar sua dívida. Quanto maior este risco, menor o prazo a ser concedido. O valor da fatura – Quanto menor a fatura, menor deve ser o prazo concedido. Faturas menores possuem custo maior de cobrança e normalmente trata-se de clientes de menor importância. Muitas vezes, o prazo de recebimento é determinado pelo mercado (também variando de acordo com o produto) e empresas que praticam prazos menores podem perder espaço para a concorrência. Gerenciar o Contas a Receber é um processo importante e às vezes complexo. Uma dica é calcular qual a taxa média de inadimplência da sua empresa e monitorar este dado. Com a organização das suas contas, é possível saber quanto dinheiro entrará na conta nos próximos dias e organizar o seu fluxo de caixa. A rotina do Contas a Receber varia de acordo com o porte e o segmento da empresa. Afinal, não se espera que micro e pequenas empresas tenham um https://conteudo.boavistanet.com.br/mofu-calculadora-de-taxas-de-inadimplencia 26 fluxo de recebimentos tão grande quanto grandes lojas de departamento ou franquias mundialmentefamosas, por exemplo. O profissional responsável pelo Contas a Receber segue, na maioria das vezes, os seguintes passos: 1. Ao final de cada dia e após finalizar a rotina do diária do faturamento, a pessoa gera o arquivo de remessa da cobrança e importa no internet banking. 2. Através do internet banking, a pessoa gera o arquivo de retorno da cobrança e importa no ERP, identificando os boletos pagos e realizando as baixas, normalmente de forma automática. 3. Após isto, confere no extrato bancário de ontem se houve algum recebimento através de transferência e caso sim, faz a identificação do cliente e baixa na conta corrente específica. 4. Ao concluir todas as baixas de recebimentos do dia anterior, inicia a rotina de cobrança dos clientes que os pagamento não foram identificados. 5. Sugere-se que o acompanhamento da rotina de cobrança seja feita através do ERP e deixando todas as conversas registradas. 6. Ao negociar com os clientes, os boletos de cobrança são gerados, enviados para os clientes e feita a remessa bancária. 7. Acompanha-se também tanto o depósito dos cheques recebidos, como sua compensação. 8. Caso o cheque volte, é analisado o motivo e a possibilidade de reapresentar e nos casos que não é possível reapresentar, inicia-se o contato com o cliente. A gestão financeira é uma área vital para a sobrevivência de uma empresa, saber como controlar as contas a pagar e receber de sua empresa é tarefa obrigatória para quem quer manter uma boa saúde financeira. Dessa maneira, finanças mal geridas podem levar uma organização à falência. O controle de todas as contas a pagar e receber permite entender melhor os ciclos de pagamentos e recebimentos. 27 GESTÃO DAS CONTAS A PAGAR Uma das opções é criar uma planilha financeira – mas é preciso ter disciplina para abastecê-la sempre que houver novas informações. Ao organizar seus pagamentos, você obtém uma visão geral e integrada de todos os boletos e compromissos devidos. Essa ação servirá para: Garantir que sua empresa pague somente pelo que contratou; Evitar ser pego de surpresa com solicitações de pagamento que ficaram esquecidas ou fora do controle; Ajudar a manter os compromissos de pagamento em dia quanto aos prazos acordados. Com a informatização das empresas e soluções financeiras especializadas, é possível contar com a tecnologia no controle de Contas a Pagar para ser mais produtivo e assertivo em: Organizar o processo de pagamentos; Contar com informações estruturadas como vencimentos e contratos firmados; Ter a conciliação dos dados dos compromissos e das contas a pagar; Dispor de informações para os fornecedores; Administrar a posição diária do Contas a Pagar da empresa; Analisar vantagens financeiras estratégicas em relação aos compromissos. As contas a pagar são classificadas como obrigações que a empresa estabelece com outras organizações para garantir seu funcionamento e produção. O controle das contas deve ser tido como uma tarefa de rotina para a empresa, já que envolve uma quantidade considerável de dinheiro e, caso não seja eficiente, pode levar a prejuízos e até mesmo problemas com a justiça. https://site.accesstage.com.br/ https://site.accesstage.com.br/contas-a-pagar 28 FATORES QUE INFLUENCIAM O PLANEJAMENTO Instalações: o tamanho das instalações é muito importante e sempre que possível, procura-se deixar um espaço para expansões futuras. Layout: o layout pode influenciar a capacidade, podendo aumentá-la ou restringi-la. Em muitas vezes também poderá resolver um problema de capacidade através de um estudo detalhado. Fatores ambientais: o aquecimento, a iluminação e o ruído também exercem influência sobre a capacidade, pois se não forem bem administrados poderão gerar fadiga e outros problemas que diminuirão a capacidade. Projeto do processo: dependendo do tipo de processo podemos usufruir do aspecto tecnológico que poderá proporcionar o aumento da capacidade. Mas também existem os processos manuais que contribuem para a restrição da capacidade e que poderiam ser substituídos pelos automatizados (lembrando que alguns processos manuais não podem ser automatizados devido aos seus aspectos). Composição dos produtos/serviços: a diversidade reduz a capacidade. Produtos uniformes dão a oportunidade da padronização de métodos e materiais, reduzindo o tempo de operação e aumentando a capacidade. Produtos diferenciados exigem constantes preparações das máquinas, que poderão ficar paradas por um bom tempo, diminuindo assim a capacidade. Atualmente as empresas já possuem estratégias de setup (trocas rápidas) para que não seja perdido muito tempo em preparação e ajustes de máquinas, o que ajuda manter o nível de capacidade. Fatores humanos: a habilidade dos funcionários aumenta a capacidade, portanto, a empresa deve investir constantemente em treinamentos e manter seus funcionários motivados, valorizando-o através de incentivos, pois ele representa o capital humano da organização. 29 Fatores operacionais: os fatores operacionais também poderão aumentar ou diminuir a capacidade do processo. Por exemplo: alguns equipamentos mais lentos acabam definindo a velocidade do processo, o que poderá causar um gargalo na produção e consequentemente diminuir sua capacidade. Fatores externos: alguns fatores externos também podem influenciar na capacidade. Dentre eles podemos citar os padrões de qualidade exigidos pelos clientes (onde devemos estar atentos para que não haja falhas), que necessitam de uma atenção muito maior ao processo, diminuindo desta forma a capacidade. Planejamento financeiro é a organização das finanças pessoais para a criação de um manto de proteção das necessidades do indivíduo e de uma ferramenta poderosa para alcançar objetivos e realizar sonhos em curto, médio e longo prazo. Um dos principais pilares de sustentação do planejamento financeiro é a disciplina. Um bom planejamento financeiro é importante por mostrar as rotas (de economia, esforço pessoal, trabalho, investimento) que você precisará tomar para alcançar o sucesso. Com a Reforma da Previdência, essa necessidade de tomar conta do próprio futuro vai ficar cada vez mais clara para os brasileiros. Existem títulos do Tesouro Direto que são atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ou seja, à inflação oficial do país. Sabe por que eles são interessantes para o planejamento? Porque eles permitem que você tenha perspectivas de valorização que vão superar a inflação e ainda garantir juros reais. https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/previdencia-privada/tudo-sobre-previdencia-privada/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/tudo-sobre-tesouro-direto 30 Por exemplo, nos custos básicos, entrariam o valor do aluguel (quando aplicável), IPTU, gastos com automóvel, alimentação, educação, saúde, despesas da casa, entre outros. Nos custos desejáveis, poderiam entrar duas viagens de férias por ano, troca de carro com maior frequência, uma reforma no apartamento ou a mudança para uma casa maior, etc. Nesses cenários de projeção, também é interessante vislumbrar metas objetivas, como o valor mensal que você gostaria de ganhar ou todos os elementos que perfazem o estilo de vida que você gostaria de levar. Fazer um controle financeiro adequado é o primeiro passo para um futuro de metas e sonhos realizados. Para esse diagnóstico, é importante usar planilhas ou aplicativos e se dedicar um bom tempo reunindo todas as informações sobre gastos e rendimentos da família. Uma boa estratégia de investimentos deve mirar o longo prazo. Esse é o primeiro ponto ao qual você precisa ficar atento. Como você está planejando o seu futuro, pode tolerar algum risco no curtoprazo, desde que esteja investindo em ativos que ofereçam segurança no futuro. Para definir exatamente para onde vai o seu dinheiro, você precisa considerar alguns aspectos, como segurança, custos, inflação, diversificação e renda variável. Boa parte das suas reservas deve se destinar à renda fixa, que garante retornos previstos na hora da aplicação, especialmente em um país com uma das maiores taxas de juros do mundo. Nesse tipo de investimento, analise com atenção opções de CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), Tesouro Direto (títulos da dívida pública). Ao analisar e calcular os seus rendimentos, você deve levar em conta todos os custos das aplicações. Em renda fixa, pode haver cobrança de Imposto de Renda, de 22,5% a 15%, dependendo do tempo do investimento. Em fundos de ações, lembre-se da taxa de administração e performance, além do IR de 15%. Em fundos multimercados, além das taxas, há ainda o come-cotas, uma antecipação semestral do Imposto de Renda. https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/igp-m-o-que-e-o-indice/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/o-que-e-cdb https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/renda-fixa/tudo-sobre-lci-e-lca https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/tudo-sobre-tesouro-direto 31 DEFINIÇÃO DE METAS COM BASE NOS RESULTADOS GERENCIAIS Poderá utilizar os indicadores de desempenho, sejam eles criados e acompanhados utilizando como suporte o BSC, os OKR, a Gestão Orçamentária ou qualquer outra metodologia de seu agrado. Antes de começarmos a falar sobre como definir metas, propriamente, é preciso entender bem o que é uma meta, pois algo muito comum ao começar a trabalhar orientado a metas é a confusão acerca de qual a diferença entre objetivos e metas organizacionais. Seja na hora de criar o Planejamento Estratégico, Tático e Operacional, montar o Planejamento Financeiro Empresarial ou mesmo criar os Planos de Ações para sua empresa, uma grande parcela do sucesso na execução já começa muito antes, na definição de objetivos e metas. É sabido que metodologias e ―frameworks‖ costumam ajudar muito na Gestão Empresarial, afinal, carregam o aprendizado de várias pessoas e empresas, com os erros e acertos de anos sendo acumulados para o aprimoramento do modelo. Estabelecendo meta com a ferramenta de gestão SMART: S – Específicos (Specific): as metas devem ser formuladas de forma específica e precisa, sem margem para ambiguidade ou dupla interpretação; M – Mensuráveis (Measurable): as metas devem ser definidas de forma a poderem ser medidas e analisadas em termos de valores ou volumes. Precisam ser quantificáveis; A – Atingíveis (Attainable): a possibilidade de concretização das metas deve estar presente, ou seja, devem ser alcançáveis; R – Realistas (Realistic): as metas não devem pretender alcançar fins superiores aos que os meios permitem; T – Temporizáveis (Time-bound): as metas devem ter prazo e duração bem definidos. Exemplo: Obter 15% de crescimento, chegando à R$X milhões de faturamento. http://www.treasy.com.br/blog/indicadores-de-desempenho http://www.treasy.com.br/blog/balanced-scorecard-bsc http://www.treasy.com.br/blog/gestao-orcamentaria http://www.treasy.com.br/blog/gestao-orcamentaria http://www.treasy.com.br/blog/planejamento-estrategico-tatico-e-operacional http://www.treasy.com.br/blog/planejamento-financeiro-empresarial http://www.treasy.com.br/blog/gestao-empresarial http://www.treasy.com.br/blog/gestao-empresarial 32 Observe que é a meta Específica, pois foi descrita claramente; Mensurável, pois tem uma métrica associada (o faturamento); Atingível, pois o valor a ser colocado considera valores de outros anos e os esforços planejados para o período; Realista, pois um aumento de faturamento é viável, desde que o plano e o investimento o suportem; e Temporizável, já que possui data de conclusão especificada. As áreas sugeridas por Drucker são: Posição de Mercado; Inovação; Produtividade; Recursos Físicos e Financeiros; Rendibilidade; Desempenho e Aperfeiçoamento da Gestão; Desempenho e atitude dos trabalhadores; Responsabilidade (pública) Social. Leitura complementar: Livro: O Gestor Eficaz Autor: Drucker,Peter Ferdinand Editora: LTC Curta os Cursos Online gratuitos iEstudar também no facebook com apenas um click aqui https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal https://www.facebook.com/iestudar/?ref=page_internal 33 INDICADORES BÁSICOS PARA A ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTOS A análise de viabilidade econômica e financeira é um tema muito falado no mundo dos negócios. Neste e-book a iEstrudar visa apresentar os principais para uma adequada gestão financeira. A análise de viabilidade econômica e financeira é um estudo que visa a medir ou analisar se um determinado investimento é viável ou não. Em outras palavras, a análise de viabilidade econômica e financeira irá comparar os retornos que poderão ser obtidos com os investimentos demandados, para decidir se vale a pena ou não investir. A análise de viabilidade econômica e financeira se faz importante devido ao fato de ela medir se um investimento trará retorno ou não para o investidor. Com isso, o investidor consegue eliminar projetos em que não compensa investir e direcionar seu esforço e dinheiro para projetos mais promissores, especialmente quando é necessário decidir entre dois ou mais projetos e se tem dinheiro para investir em apenas um. Para fazer uma análise de viabilidade econômica e financeira é necessário seguir algumas etapas, sendo elas: projeção de receitas que o projeto terá; projeção de custos, despesas e os investimentos necessários; análise de alguns indicadores calculados em cima dos dados projetados de receitas, despesas, custos e investimentos. Após ter realizado a projeção de receitas, custos, despesas e investimentos, e ter chegado à projeção dos fluxos de caixa, a análise de viabilidade econômica e financeira parte para a análise de indicadores. Existem vários indicadores para se analisar a viabilidade econômica e financeira de um projeto. Porém, iremos falar de apenas três deles: o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Payback. É na etapa de análise de indicadores que o investidor irá descobrir se o investimento deve ou não ser realizado, pois analisando estes indicadores será 34 possível identificar a viabilidade e a expectativa de lucros, além do tempo necessário para recuperar o total investido. Principais indicadores de desempenho de uma empresa Margem Bruta Margem EBITDA Margem Líquida Custos Fixos e Custos Variáveis Margem de Contribuição Ponto de Equilíbrio Liquidez Corrente Índice de Cobertura de Juros ROIC – Retorno Sobre o Capital Investido Fórmula da Margem Bruta: Margem Bruta = (Receita – Deduções – Custos Diretos Variáveis) x 100 Fórmula EBITDA: EBITDA = Lucro Operacional Líquido + Depreciação + Amortização Fórmula da Margem Líquida: Margem Líquida = (Lucro Líquido / Vendas) x 100 https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#Os-9-principais-indicadores-de-desempenho-de-uma-empresa https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#1-Margem-Brutahttps://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#2-Margem-EBITDA https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#3-Margem-Liquida https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#4-Custos-Fixos-e-Custos-Variaveis https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#5-Margem-de-Contribuicao https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#6-Ponto-de-Equilibrio https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#7-Liquidez-Corrente https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#8-Indice-de-Cobertura-de-Juros https://treasy.com.br/blog/indicadores-financeiros-de-uma-empresa/#9-ROIC-Retorno-Sobre-o-Capital-Investido 35 A melhor maneira de definir se um custo é fixo é perceber se ele não varia muito em relação a produção. Por exemplo: uma empresa transportadora, gastará tanto mais combustível quanto mais entregas fizer, portanto, este é um custo variável (varia com o aumento da produção). Os Custos Variáveis são aqueles que variam proporcionalmente com o volume de produção ou atividades produtivas da empresa. Em outras palavras, seus valores dependem diretamente do volume produzido, que por sua vez vai variar conforme o volume de vendas efetivado num determinado período. A Margem de Contribuição representa quanto da venda de cada produto/serviço contribuirá para a empresa cobrir todos os custos e despesas fixas e ainda gerar lucro. Para calculá-la é necessário que a organização tenha custos e despesas separados em fixos e variáveis. A fórmula da margem de contribuição é a seguinte: Margem de Contribuição = Preço de Venda – (Custo Variável + Despesa Variável) Ponto de Equilíbrio é a quantidade de receitas mínimas que uma empresa necessita para cobrir todos os seus custos e despesas. A fórmula do Ponto de Equilíbrio é esta: Ponto de Equilíbrio = Despesas Fixas / Margem de contribuição 36 A Liquidez Corrente irá mostrar o valor monetário que uma empresa tem para receber a curto prazo, associado ao valor que precisa pagar no mesmo período de tempo. Fórmula da Liquidez Corrente: Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante A partir do resultado obtido podemos fazer a seguinte análise: Maior que 1: demonstra que há capital disponível para uma possível liquidação das obrigações. Igual a 1: os direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes. Menor que 1: a empresa não teria capital disponível suficiente para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse preciso. Uma das fórmulas mais utilizadas para o cálculo do índice de cobertura de juros é usar o valor do lucro antes do pagamento dos juros e impostos (EBITDA) e dividir pelas despesas financeiras brutas. Fórmula da Cobertura de Juros: Índice de Cobertura de Juros = (Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda – LAJIR ou EBITDA) / (Despesas Com Juros durante o Ano) O ROIC é calculado através da relação entre o resultado líquido da empresa menos dividendos (NOPAT), dividido pelo valor contábil do capital. ROIC apresenta, em termos percentuais, quanto dinheiro a organização tem capacidade de gerar com o capital investido. 37 Fórmula do ROIC: ROIC = NOPAT / Valor Contábil do Capital Investido Após conhecermos todos esses indicadores financeiros de uma empresa, fica claro que, independente do porte dos negócios ou o do seu mercado, é essencial para qualquer empreendedor conhecê-los profundamente e saber interpretá-los corretamente. Ao saber compreendê-los, você conhecerá melhor os seus negócios, suas fraquezas e pontos fortes. Com isso, se tornará possível colocar em prática um planejamento estratégico adequado e realizar mudanças em busca de resultados cada vez melhores. Os indicadores financeiros são métricas de performance, oriundos dos demonstrativos financeiros que abarcam um empreendimento. No ramo dos investimentos, os indicadores financeiros são essenciais. Eles são úteis para a tomada de decisão sobre qual investimento é o melhor a se fazer. Com os dados em mãos, por exemplo, você pode investir em algo que te dê o maior lucro possível. Para que toda a análise dos indicadores financeiros realmente seja útil para a instituição, é necessário traçar estratégias para isso. Primeiramente, é importante avaliar o planejamento estratégico do seu negócio e verificar o que o seu empreendimento precisa neste momento. A partir daí, você conseguirá identificar quais serão os indicadores mais úteis para a empresa. Feito isso, é válido escolher uma maneira de fazer o acompanhamento dos dados. Para isso, a utilização de relatórios financeiros é uma ótima opção, pois você conseguirá acompanhar os indicadores. https://www.siteware.com.br/comunicacao/livros-empreendedoras/ 38 JUROS SIMPLES E COMPOSTOS Juro é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro (ou outro item). É expresso como um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de duas formas: juros simples ou juros compostos. A taxa básica de juros de um país corresponde à remuneração que o tesouro nacional paga aos seus credores, funcionando como taxa de referência para todos os contratos de crédito dessa economia. No Brasil, a taxa de juros básica é a taxa Selic, que é calculada como a "taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais". Como ferramenta de política monetária, o governo brasileiro interfere na taxa de juros da economia através do Comitê de Política Monetária (COPOM), que tem o papel de definir a meta da taxa Selic com o objetivo de manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) Ao reduzir a taxa básica de juros da economia, as empresas tendem a preferir investir os recursos em aumento de produção, contratação de pessoal, pesquisa etc. porque o retorno do investimento pode ser maior do que o que é pago pelo governo e/ou porque tomar empréstimos fica mais barato. Ao mesmo tempo, as famílias também conseguem crédito mais barato para consumir através de parcelamento mais barato. Esse efeito causa aumento da atividade econômica, riqueza e emprego do país através do aumenta da demanda e oferta de produtos e serviços. Por outro lado, também causa, como efeito colateral, o aumento de preços, ou inflação. Ao aumentar a taxa de juros, os consumidores tendem a diminuir o consumo devido ao alto preço dos empréstimos e as empresas tendem a emprestar para o governo, ao invés de financiarem suas operações. Nesse caso, o efeito colateral é a queda (ou manutenção) dos preços. A taxa preferencial de juros (em inglês, prime rate) é a taxa de juros bancária cobrada dos clientes preferenciais, isto é, aqueles que têm as melhores avaliações de crédito. É determinada pelas condições de mercado (custos bancários, expectativas inflacionárias, remuneração de outros ativos, etc.). Em geral, a taxa preferencial de juros adotada por grandes bancos tende a ser a referência para todo o setor bancário e normalmente será a menor taxa do mercado. https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Percentagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_Selic https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_monet%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%AA_de_Pol%C3%ADtica_Monet%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Monet%C3%A1rio_Nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco 39 Geralmentea taxa preferencial supera em alguns pontos a taxa básica. Mas, na Inglaterra e na Eurozona, a taxa preferencial de juros corresponde exatamente à taxa vigente no mercado interbancário, e funciona como taxa básica de juros. É o caso da Libor e da Euribor. A Libor (London Interbank Offered Rate) é a taxa preferencial de juros que remunera grandes empréstimos entre os bancos internacionais operantes no mercado londrino e é também utilizada como base da remuneração de empréstimos em dólar a empresas e instituições governamentais. Euribor (Euro Interbank Offered Rate) é a taxa de juros usada nas operações interbancárias, feitas em euro, entre os países da Eurozona. Para cálculos financeiros poderá utilizar as calculadoras financeira ou científica: Imagem: Mercado Livre Imagem: Mercado Livre No regime dos juros simples, a taxa de juros é aplicada sobre o valor inicial de forma linear em todos os períodos, ou seja, não considera que o valor sobre o qual incidem juros muda ao longo do tempo. A fórmula de juros simples pode ser escrita da seguinte maneira: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eurozona https://pt.wikipedia.org/wiki/London_Interbank_Offered_Rate https://pt.wikipedia.org/wiki/Euribor https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%B3lar https://pt.wikipedia.org/wiki/Euro 40 Onde: Valor Futuro Valor Presente Taxa de juros Número de períodos No regime de juros compostos, os juros corrigíveis de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Nesse caso, o valor da dívida é sempre corrigida e a taxa de juros é calculada sobre esse novo valor. A fórmula de juros compostos pode ser escrita da seguinte maneira: Onde: Valor Futuro Valor Presente Taxa de juros Número de períodos Cálculo do montante de juros a partir do capital A partir da expressão abaixo, dado o capital, a taxa e o tempo de capitalização, se obtém diretamente o montante dos juros. 41 Rendas Certas, Aplicações Constantes ou Anuidades são termos que se referem a aplicações sucessivas de capital ( A ) remunerado a uma taxa de juros ( j ) durante um período de tempo ( n ) onde valor e taxa são constantes em cada período, segundo a fórmula. Obs.: Essa fórmula se baseia no cálculo da parcela na Tabela Price. O regime de juros compostos também pode ser expresso através da taxa de juros continuamente composta. Apesar de ter o mesmo funcionamento do regime de juros compostos, a taxa de juros continuamente composta apresenta uma fórmula de cálculo diferente: Onde: Valor Futuro Valor Presente Taxa de juros continuamente composta Número de períodos Número de Euler, que é equivalente a 2,718281828459... https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_Price https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Euler 42 O valor da taxa de juros r que é continuamente composta, possui significado diferente do valor da taxa de juros j , usada nas fórmulas anteriores. Porém, como ambas são usadas no regime de juros compostos, existe uma equação para fazer a "tradução" de uma taxa para outra: ou, invertendo os termos Diferente da taxa de juros composta, a taxa de juros continuamente composta pode ser somada. Por exemplo, se a taxa de juros continuamente composta de janeiro é 3% e a de fevereiro é 4%, a taxa desse bimestre é 7% (esse cálculo não pode ser feito com taxas que não são continuamente compostas). Devido a essa propriedade, elas podem ser usadas para facilitar a interpretação e o tratamento de bases de dados. Além disso, alguns modelos estatísticos em finanças como Teoria moderna do portfólio, Black-Scholes e Modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM) usam esse conceito de taxa de juros nas suas premissas. Apesar dessas vantagens, o uso da taxa continuamente composta está concentrado na área acadêmica e no mercado de capitais. Devido à dificuldade de interpretação e cálculo, essa forma de cálculo não é usada para divulgar taxa de empréstimos bancários nem tabelas de rentabilidade de investimentos para o público geral. Enquanto que o juro simples obedece a uma progressão aritmética, que para o caso da tabela acima o capital devido é dado por: O juro composto obedece a uma progressão geométrica, que para a tabela acima, o capital devido é: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_Dados https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_(matem%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_moderna_do_portf%C3%B3lio https://pt.wikipedia.org/wiki/Black-Scholes https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_precifica%C3%A7%C3%A3o_de_ativos_financeiros https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_precifica%C3%A7%C3%A3o_de_ativos_financeiros https://pt.wikipedia.org/wiki/Academia https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_capitais https://pt.wikipedia.org/wiki/Investimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Progress%C3%A3o_aritm%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Progress%C3%A3o_geom%C3%A9trica 43 ANÁLISE DE CUSTOS Na economia empresarial, a análise de composição de custos é um método de análise de custo, que relaciona o custo de um determinado produto ou serviço nas suas diferentes componentes, os chamados geradores de custo (Cost Driver). A análise de composição de custos é uma estratégia de redução de custos popular e uma oportunidade viável para as empresas. O preço de um produto ou serviço é definido como o custo mais o lucro, ao passo que o custo pode ser dividido ainda mais: em custo direto e custo indireto. Como uma empresa tem quase nenhuma influencia no custo indireto, uma análise de composição de custos orientada para a redução de custos se concentra principalmente em fatores que contribuem para o custo direto. Os fatores mais comuns entre os custos diretos são de trabalho, matérias-primas e de subcontratação. Estes são aspectos de negócio, sobre as quais a empresa tem controle direto e que, por sua vez, permite a empresa a identificar maneiras de economizar despesas através da aplicação correta de uma análise de composição de custos. Tipos de custos Trabalho Os custos de trabalho são custos diretos, ou seja, eles podem ser identificados entre o custo total e atribuídos a um objetivo de custo particular. Os custos do trabalho são definidos por categorias (por exemplo, de trabalho de serviços de trabalho de fabricação), a atribuição de uma taxa de trabalho para cada categoria, bem como o número de horas de trabalho. Devido à sua identificabilidade, trabalho tipicamente é um fator muito importante na esperança de redução de custos. Material Os custos dos materiais incluem tudo o que está ligado a materiais que são adquiridos pela empresa, seja de matérias-primas, peças e componentes, ou materiais de fabricação. As despesas de seguro e de transporte também podem ser contabilizados como custos de material. Contabilidade separa o material direto de material indireto através da definição de material direto como https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_empresarial https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_de_custo https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9rias-primas https://pt.wikipedia.org/wiki/Subcontrata%C3%A7%C3%A3o 44 tendo apenas um objetivo específico, enquanto material de custo indireto pode ter vários objetivos de custo. Os custos de conversão Os custos de conversão cobrem custos que estão envolvidos no processamento de matérias-primas para um produto acabado, tais como manufatura, serviços públicos e os custos de manutenção. Logística Os custos envolvidos com a logística podem ser divididos até em subcategorias, que consideram principalmente
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