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HISTÓRICO DAS RELAÇÕES SOCIAIS DO INDIVIDUO


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HISTÓRICO DAS RELAÇÕES SOCIAIS DO INDIVIDUO, DENTRO DA TEORIA DOS FILÓSOFOS, MAX WEBER, ÉMILE DURKHEIM, NORBERT ELIAS E PIERRE BOURDIEU.
 O ser humano, existe a muito tempo, porém, demorou muitos anos para que fosse entendido, portanto, conforme alguns filósofos que estudaram o comportamento dos indivíduos como um ser individual dentro da sociedade, são observados com o tempo algumas influencias que explicam as relações sociais dos mesmos, com base nas teorias de Max Weber, Émile Durkheim, Norbert Elias e Pierre Bourdieu. Para que possamos então compreender as atitudes dos indivíduos, no que diz respeito a paz urbana, devem ser observados os estudos realizados por eles a respeito de tais atitudes, para com a sociedade. 
Teoria de Max Weber
Conforme a Teoria de Max, os indivíduos são analisados de acordo com suas condições sociais já que produzem sua existência em grupo, a construção de suas histórias se formaram a partir do grupo social. Max tem sua teoria voltada as classes sociais, embora o indivíduo também esteja presente, afirmando que os seres humanos constroem suas histórias, dentro de um grupo, porém são limitados, pois não as constroem da maneira que querem, pois existem situações anteriores que condicionam o modo de como ocorre essa construção, afirmando que existem condicionantes estruturais que levam os grupos, as classes para determinados caminhos, ou seja são influenciados, pelos grupos pertencentes. No entanto apesar se pertencerem a um grupo, todos têm capacidades de reagir a este condicionamento, até mesmo transformá-los, a chave para entender a vida contemporânea está na luta de classes, que se desenvolvem a partir do momento em que homens e mulheres procuram satisfazer suas necessidades. 
Teoria de Emile Durkheim 
Dentro da Teoria de Durkheim, observamos que a sociedade tem um peso maior em relação ao ser humano, sendo superior e que, portanto, prevalece sobre o indivíduo, impondo certas normas, regras, costumes e leis, para que assim exista um ponto de equilíbrio, entre os indivíduos, assegurando sua perpetuação. As existências dessas regras independem que os indivíduos, estejam acima de todos, regulamentando portando, uma organização e formando uma consciência coletiva que dá sentido à integração dos membros e possibilitando a paz urbana, dentro da sociedade, neste momento as regras são todas as crenças e todo o comportamento que foram instituídos pela coletividade.
Diferença entre a Teoria de Max Weber e a Teoria de Emile Durkheim.
Max Weber
Marx entende a contradição e conflito como elementos essenciais da sociedade, o filósofo se preocupa em compreender o indivíduo e suas ações, o porquê de as pessoas tomarem determinadas atitudes e quais são as razões para seus atos, ou seja, entender a sociedade como um todo. Seu conceito é a ação social, entendida como ato de se comunicar e de se relacionar, tendo alguma orientação quanto as ações dos outros. 
Weber trabalha com o conceito de tipo ideal, tipos ideais são construções teóricas utilizadas pelos sociólogos para realizar a realidade, para weber ao contrário do que defende o Durkheim, as normas, os costumes e as regras sociais, não são algo externo ao indivíduos, mas internos e com base no que traz dentro de si, o indivíduo escolhe condutas, comportamentos, dependendo das situações que lhe são apresentadas, assim quando age no cotidiano, Weber afirmar através de seus estudos que toda ação social tem uma motivação, sendo caracterizados em 4 tipos de ação individual: 
AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A FINS: O objetivo da ação é previamente definido. O sujeito da ação avalia os meios para alcançar seus fins. Ex:   -ação econômica/ trocas no mercado (modelo típico de ação racional).
AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A VALORES: O sujeito orienta-se por suas convicções levando em conta sobretudo a fidelidade a certos valores (dignidade, crença moral, religiosa, política ou estética). Ao escolher o caminho a seguir na ação, o sujeito, mesmo conhecendo os efeitos negativos que sua conduta pode provocar, prioriza seu apego aos valores. Weber enfatiza que se o apego ao valor ou crença for demasiadamente forte, o procedimento ou conduta pode apresentar até certa irracionalidade.
AÇÃO TRADICIONAL: a ação do sujeito tem como motivação um costume já arraigado.  Não há neste caso uma motivação racional, apenas age-se “como sempre se fez”. Esta ação está na fronteira da ação social com sentido, pois esta ação é quase uma reação “opaca” aos hábitos e costumes. Ex:  batizar filhos sem comprometimento com a crença religiosa
AÇÃO AFETIVA: Neste caso a ação também não tem motivação racional, ou seja, ela é inspirada nas emoções imediatas do sujeito (ódio, medo, etc.).  Não se avalia o meio adequado para se alcançar os fins propostos. Esta ação também está na fronteira da ação social com sentido, pois pode ser uma mera “descarga” consciente de um estado emocional ou também pode se aproximar da ação racional com relação a fins.
Para weber os indivíduos e suas ações, são os elementos constitutivos da sociedade, as relações sociais consiste na possibilidade, que se haja socialmente em determinado sentido, sempre com uma reciprocidade por parte dos outros, focando nos indivíduos inseridos nas classes sociais.
Emile Durkheim
Para Durkheim, o fundamental é a sociedade e a integração dos indivíduos dela, colocando ênfase na coesão, integração e manutenção da sociedade, para ele o conflito entre o ser individual para com a sociedade, no que diz respeito a paz urbana, existe basicamente pela Anomia, ou seja pela ausência de regras e normas, onde os indivíduos desconsideram o controle social que rege determinada sociedade, ou por falta de instituições que regulamentam essa relações, considerando o processo de socialização como fato social, amplo que dissemina as normas e valores reais da sociedade fundamental para socialização dos indivíduos desde crianças, e assegura difusão de ideias que formam um conjunto homogêneos, fazendo com que a comunidade permaneça integrada e que se perpetue no tempo.
 Teoria de Norbert Elias e Pierre Bourdieu 
Norbert Elias
De acordo com o Sociólogo Alemão, Norbert Elias, não existe separação entre indivíduo e sociedade, só é possível trabalhar e se divertir, se é uma sociedade que tem história, cultura e educação, e não isoladamente, caso contrário perde-se a dinâmica da realidade e o poder de entendimento, afirma ainda que, os contatos que temos uns com os outros são tão banais e cotidianos, que facilmente escodem o fato de que somos atualmente o objeto de investigação menos conhecido. 
Pierre Bourdieu
Bourdieu trabalha com o conceito de Habitus, ligando-se ao pensamento de Norbert Elias, pois para Elias, Habitus liga teoricamente o indivíduo e sociedade, para Bourdieu o Habitus, se apresenta como social e individual ao mesmo tempo, referindo-se tanto a um grupo, uma classe e obrigatoriamente também ao indivíduo, é algo como uma segunda natureza, um saber social incorporado durante nossa vida em sociedade, é algo que muda constantemente, mas não rapidamente de modo que há um equilíbrio entre continuidade e mudança, para Bourdieu, Habitus é o que articula praticas cotidianas, a vida concreta dos indivíduos com as condições das classes de determinadas sociedades, ou seja a condutas dos indivíduos e as estruturas mais amplas, fundem-se portanto as condições objetivas e subjetivas. Entende que Habitus Primário é estruturados por meio das instituições, socialização dos agentes a família e a escola, por isso mais duradouro, mas não congelado no tempo, a medida em que se relaciona com pessoas de outros universos de vida, o indivíduo desenvolve um Habitus secundário, daí ele vai construindo um Habitus individual, conforme agrega experiencia de outras pessoas com as quais eles estão em interações continua, nesse caso o indivíduo se modifica sem perder suas marcas de origem de seu grupo familiar, ou da classe da qual nasceu. 
Conclui-se portando através destas teorias, que conforme os indivíduos foram se adaptandoa convivência com os grupos sociais, a sociedade foi evoluindo, sendo preciso e essencial a criação de normas e regras gerais, configurando limitações impostas para a boa convivência social, evitando atos nocivos, prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde da vizinhança e tornar possível a coexistência social. Conforme NEMINEM LAEDERE, “A ilicitude não reside apenas na violação de uma norma ou do ordenamento em geral, mas principalmente na ofensa ao direito de outrem, em desacordo com a regra geral pela qual ninguém deve prejudicar o próximo”.
Bibliografia
https://jus.com.br/artigos/21579/reflexoes-sobre-o-campo-juridico-a-partir-da-sociologia-de-pierre-bourdieu
http://edson-tenorio.blogspot.com.br/2012/02/aula-de-sociologia-norbert-elias.html
http://www.veredictum.com.br/materias/sociologia/a-sociologia-de-max-weber-direto-ao-ponto.html
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=861
https://jornalggn.com.br/noticia/a-discussao-sobre-a-relacao-entre-os-individuos-e-a-sociedade