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TRABALHO DE PENAL 2 2

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Introdução
Este trabalho objetiva abordar sobre o crime contra o patrimônio (art. 137, 174, 175, 176 e179 – Código Penal) iniciando-se pelo estudo de sua nomenclatura, número doartigo, de sua conceituação e de seus requisitos exigidos para a sua caracterização. A melhor compreensão do conteúdo se dará através da aplicação dos tipos penais em casos concreto, para que possa ser possível detectar cada elemento (agentes, consumação etentativa, bem juridicamente tutelado e objeto material), afim de facilitar o entendimento do leitor. E além das explicações referente à cada artigo, a pesquisa também tem em vista contribuir positivamente, agregando conhecimento, a quem venha se utilizar da mesma.
Artigo 173
O artigo 173, presente no código penal, apresenta a situação de abuso de incapazes, através do aproveitamento de paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, os induzindo aprática de ato que poderá acarretar algum tipo de prejuízo para si ou para terceiro, em benefício do agente ou alheio. Tendo como pena para este crime, pena de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
O bem juridicamente protegido e o objeto material, respectivamente, são representados pelo patrimônio do incapaz ou de terceira pessoa que possa vir a ser atingido e o menor alienado ou débil mental. Admitindo apenas a forma dolosa, não sendo prevista no tipo penal a conduta de natureza culposa.
Em relação a consumação, de acordo com Greco (2016), o delito consuma-se no momento que o incapaz pratica o ato o qual foi induzido pelo agente, mesmo que não ocorrendo, efetivamente, o prejuízo de seu patrimônio ou de outrem. Já Bitencourt (2006), afirma quea consumação não acontece quando a ação do agente passivo não causa efeitos, apenas quando a ação gera, efetivamente, determinado prejuízo patrimonial. A tentativa é aceita no tipo penal, pois pode ocorrer o impedimento do ato, que viria ser realizado peloagente passivo, alheio a sua vontade.
Caso concreto:
No ano de 1998 um rapaz, João Almeida, de 28 anos, plenamente capaz, se aproxima de uma senhora, Fernanda Polutre, de 85 anos, pessoa de altíssimo poder aquisitivo, recém viúva, a qual se encontrava debilitada fisicamente e com saúde mental deficitária, na intenção de se aproveitar da situação fragilizada da mesma com intuito de se beneficiar financeiramente. Com o passar do tempo, João ganhou a confiança da senhora e passou a frequentar sua casa livremente, e a partir desse momento começou a induzi-la a fornecer-lhe cheques e autorizações para ocupar um apartamento. Ocupando o mesmo por mais de 3 anos com a família dele e continuava influenciando a idosa a pagar suas despesas e estabilidade no imóvel até conseguir com que a senhora passasse o bem para sua propriedade.
No caso concreto analisado, pode-se identificar que João ocupa o papel de sujeito ativo, pois é ele quem pratica a ação de induzir e se beneficiar com a fragilidadeda senhora. E agente passivo da relação é representado pela Senhor Fernanda, a qual tem sofre abusos de seus bens. A consumação se dá no momento em que João induz Fernanda a lhe fornecer cheques e autorizar sua estagia no apartamento. E bem juridicamente protegido seria, nestecaso, o apartamento e os cheques em posse de João. Já o objeto material é a própria Fernanda.
Especificamente no artigo 173 do código penal, há possibilidade de o crime também ser cometido por omissão, dolosamente, na figura do garantidor, quando, este tem em vista também prejudicar o incapaz, toma ciência da situação e se omite a fazer algo para coibir a ação do agente. Porém, no caso concreto analisado, não cabe crime por omissão, pois Dona Fernanda não possui nenhum garantidor.
Artigo 174
Trata-se deum tipo penal que, igualmente ao artigo 173, pressupõe uma situação de abuso, porém aqui o sujeito passivo deve ser pessoa inexperiente, ou seja, com pouca vivência nos negócios, simples, humilde e sem malícia, ou com desenvolvimento mental deficiente, índice de inteligência aquém do normal.
De acordo com Greco (2016), o bem jurídico o qual a lei, portanto, visa proteger, é o patrimônio de pessoas rústicas, simplórias, ignorantes, que são mais facilmente ludibriadas. E o objeto material é o agente passivoo qual pratica a ação de apostar. A tentativa se dá no momento em que o sujeito, ludibriado, efetua a aposta induzida pelo agente, independentemente do resultado ruinoso. E assim como no artigo tratado anteriormente, 173, o tipo penal presente no artigo 174 também não admite forma culposa, apenas dolosa.
Caso concreto:
Marcos, mora em Belém, e recentemente ganhou um vizinho, João, que chegou de Curuçambaba, cidade interior do Pará. Marcos possuía uma rede de jogo do bicho e percebendo a vulnerabilidade deseu vizinho, o convidou para participar das apostas feitas no jogo, garantindo a João que isso lhe traria um bom retorno financeiro. João aposta a primeira vez e perde. Porém, Marcos incentivava João, alegando a este que quanto mais ele apostasse mais chances possuía de ganhar.
Nessa situação, o sujeito ativo é Marcos, pois ele pratica o núcleo do tipo que é abusar da situação de inocência de alguém, para garantir benefício próprio (jogarno bicho), e o agente passivo é João, o qual é induzido a jogar, acreditando que realmente pode adquirir grande quantia em dinheiro com o ato. A consumação do crime se dá no momento em que João efetiva a aposta, independente do resultado ruinoso. O objeto juridicamente protegido é o patrimônio e o objeto material é o próprio sujeito passivo.
De acordo com a norma, o crime pode ser praticado de maneira comissiva ou omissiva. No caso desta se dá quando o garantidor se omite a impedir a ação. Já aquela, é a que se encaixa no caso concreto, em que Marcos abusa da “inocência” de João para obter vantagem. Sendo importante lembrar que a ação é incondicionada, ou seja, qualquer pessoa que tenha conhecimento do fato pode denunciar no Ministério Público.
Artigo 175
O artigo trata sobre o ato de enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor. Cominando pena de 6 (seis) a 2 (dois) anos, ou multa a quem vende mercadoria falsa ou deteriorada ou quem entrega uma mercadoria pela outra.
O objeto juridicamente protegido é o patrimônio. E Bitencourt (2006), afirma que além do patrimônio, o tipo penal também vem proteger a moralidade, honestidade e boa-fé nas relações comerciais. Já a mercadoria se enquadra na figura de objeto material.
Caso Concreto:
Ruth, dona de uma joalheria, vendeu intencionalmente para João umcordão de ouro falsificado como se fosse verdadeiro, que posteriormente o cliente veio a detectar que o objeto não era joia verdadeira.
Nesta situação, fica claro que o agente ativo e passivo são representados, respectivamente, por Ruth (praticou a ação de enganar o cliente) e João, o qual sofre os efeitos da ação de Ruth, ou seja, é enganado. Já o objeto é a própria falsa joia e o bem juridicamente protegido é o patrimônio de João, ou seja, a quantia paga pela res. E em relação à consumação, se dá a partir do momento em que João aceita a coisa nas condições em a mesma se encontra.
Artigo 176
Trata-se de um tipo penal com uma menor reprovação perante as sansões penais em matéria de fraude. Aplica-se pena de detenção de 15 dias a 2 meses ou multa, a quem utilize serviço de transporte privado, para quem tome refeição em um restaurante ou alojar-se em Motel, Hotel etc. Ou seja, fazer uso de qualquer dos três serviços sem prover recursos para efetuar o pagamento.
A consumação ocorre quando o agente ativo, sabendo que não honrará com o compromisso mediante o serviço prestado pelo sujeito passivo, faz o pedido de determinada refeição e bebidas, mesmo que não a consuma por completo, ou quando permaneça por algumas horas para estadia em determinado hotel, ou solicite serviço de transporte, consciente de que não possui meio de satisfazer em dinheiro quem lhe prestou serviço.
O objeto jurídico tutelado é o patrimônio, passível de lesão,e o objeto material pode ser a pessoa que sofreu a ação quando presta um serviço, ou a própria coisa contra a qual é dirigida a conduta. Nesta conduta o sujeito ativo é comum, já o sujeito passivo é próprio, pois somente quem presta serviço sendo pessoa física ou jurídica essa sujeito a esta conduta. À esta conduta não se aplica a modalidade culposa, pois o agente subjetivamente possui consciência de que não irá custear os serviços do qual aproveitou. A modalidade omissiva se aplica a este delito, pois na figura do garantidor, o agente que tem conhecimento da subjetividade de outrem e nada faz para evitar lesão ao patrimônio, o qual deveria e podia proteger, responde por praticar infração penal mediante sua omissão impropria.
Caso concreto:
Victoria é uma jovem residente em Castanhal, encontrando-se apaixonada por Luiz que está por chegarde uma viajem internacional ao Aeroporto em Belém, que sem saber da surpresa que Victoria pretende realizar ao esperá-lo com chocolates nas mãos, para que quando ele desembarcar, esta irá correr para seus braços. Porém, ela vai de taxi até ao aeroporto sem recursos financeiros para bancar sua viagem.
Analisando a situação anterior, Victoria age como sujeito ativo no artigo 176 do código penal brasileiro, utilizando de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento.
A consumação do casoem questão ocorre quando Victoria atua como sujeito ativo, consciente de não dispor recursos para satisfazer o serviço do qual aproveitou, pois, adotando um comportamento de freguesa honesta perante o taxista, ludibriando a vítima, a qual acreditou que iria receber pelo serviço prestado. O objeto juridicamente tutelado é justamente o patrimônio que o taxista não recebeu, mas deveria receber para pagar o seu serviço, e objeto material seria o agente passivo, que no caso em questão, é o taxista.
Artigo 179
Oartigo 179 discorre do crime de fraude à execução, onde condena o agente que fraudar a execução judicial, ora alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, como simulando dividas, à pena de detenção de seis meses à dois anos e multa. Procedimentoexige representação da queixa pela vítima.
Segundo Grecco, para ser considerada típica é necessário que a conduta do agente esteja diante de uma execução judicial, afastando-se das demais fases do processo, como de conhecimento ou cautelar sendo necessáriotambém que o executado seja citado.
É admissível a tentativa, porém, a consumação é admitida a partir do momento que o agente pratica alguns dos delitos descritos, ou seja, quando aliena, desvia, danifica bens, impedindo assim que a execução judicial tenha sucesso.
No artigo em questão o elemento subjetivo é o Dolo, e a modalidade culposa não é admitida, pois, a subjetividade de prejudicar a finalidade, é necessária para a consumação.
Bitencourt ressalta que a execução ao crime de fraude, é uma ação privada. O sujeito ativo será o devedor demandado judicialmente, e o sujeito passivo é o credor que aciona judicialmente o devedor. Quando o crime for praticado em detrimento do patrimônio, ou interesse da união, estado e município, a ação será publica incondicionada, tornando-se irretratável após o oferecimento da denúncia.
Caso concreto:
Pedro 33 anos, residente em Santa Izabel do Pará, com o intuito de aumentar a produção de leite, compra 50 vacas leiteiras e uma grande quantidade de insumosagrícolas,financiados pelo banco do Brasil em 180 parcelas, entregando como garantia no financiamento sua propriedade rural, a Fazenda herdada de seus pais. Porém Pedro, sujeito ativo do artigo 179, não consegue honrar seu compromisso com o banco, que atua como sujeito passivo, passando a notificar Pedro, que segue sem efetuar o pagamento de sua dívida. O banco do brasil ingressa com ação de execução em desfavor de Pedro, e este prestes a perder sua propriedade, age de maneira dolosa, e transfere sua propriedade paraseu amigo Paulo. A consumação da fraude ocorre no momento em que Pedro, tendo ciência que sua propriedade é objeto de ação judicial, aliena a Paulo de maneira dolosa e fraudulenta, na tentativa de manter a posse da propriedade. 
CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como proposta, expor os crimes contra o matrimônio presentes nos artigos 173, 174, 175, 176 e 179 do Código Penal Brasileiro. A exposição desses artigos se deu por meio da explicação e diferenciação entre cada um deles,através de seus conceitos e suas classificações doutrinárias. A pesquisa teve como objetivo, além de explanar o conteúdo específico de cada tipo penal, deixar claro a diferença entre cada um deles, que apesar de parecerem meros detalhes, são de imprescindível importância para a aplicação do direito penal no cotidiano.
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cézar Roberto.Tratado de Direito Penal: Parte Especial, Volume 3.3° ed. São Paulo: Saraiva, 2006
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal-ParteEspecial. Editora Impetus (Editora Impetus LTDA), 2016.

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