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Morte Encefálica

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MORTE ENCEFÁLICA
UMA BREVE DISCUSSÃO.
ALBERTINO RAYMUNDO DE FREITAS BASTOS NETO
JULIANA SARAIVA GOMES
MARIA JÉSSICA ALVES PINHEIRO
MARVIN FRIAS RIBEIRO
NATHALIA EMANUELLE DE ALMEIDA BARBOSA
PAMELA FERREIRA DA SILVA
FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA
CURSO DE MEDICINA
HUMANIDADES MÉDICAS III
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A MORTE
Processo de evolução e modificação constante.
Medicina x Direito x Religião
Processo IRREVERSÍVEL 
PCR: RCP e Desfibrilação (Conceito errado x Técnica de ressuscitação?)
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MORTE ENCEFÁLICA
Estado clínico irreversível
Comprometimento de funções de Encéfalo e Tronco Cerebral 
Causa conhecida, comprovada e capaz de provocar o quadro.
Equivale à morte, mesmo com manutenção BPM e funções medulares
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PRINCIPAIS CAUSAS
Estrutural
Compressiva (TU, Hematoma, Abscesso)
↑PIC ; Herniação ; Conflitos topográficos
Destrutiva (TCE, Hemorragia, Infecção)
Morte celular ; Trauma
Multifocal-metabólica-difusa
Necrose hepática fulminante
Encefalopatia hipóxico-isquêmica pós-PCR
Meningites, Encefalites
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FISIOPATOLOGIA BÁSICA DA ME
PPC=PAM-PIC
PIC: Pressão Intra-Craniana
PAM: Pressão Arterial Média
PPC: Pressão de Perfusão Cerebral
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NEUROLOGY 2008; 71:1240-244
Chart1
		0.32
		0.39
		0.11
		0.08
		0.1
PRINCIPAIS CAUSAS DE ME
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE ENCEFÁLICA
Sheet1
				PRINCIPAIS CAUSAS DE ME
		TCE		32%
		HEMORRAGIA IC		39%
		ENCEFALOPATIA ANÓXICA PÓS-PCR		11%
		AVCI		8%
		OUTRAS		10%
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DIAGNÓSTICO DE ME (PROTOCOLO)
Coma arresponsivo assistido por VM
Lesão Cerebral Grave, Irreversível, Conhecida
Exclusão de causas reverssíveis
Ausência de reflexos de Tronco Encefálico
 
ABRIR PROTOCOLO
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1) PRÉ-REQUISITOS
Coma de causa conhecida e irreversível
Ausência de Hipotensão Arterial (PAS > 100mmHg / PAM > 65mm Hg)
Ausência de Hipotermia (TC > 35ºC)
Ausência de drogas depressoras do SNC (sedação 0)
Resolução 2.173/17 CFM 
PAM = (2(PAD) + PAS)/3
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II) EXAME NEUROLÓGICO
Escala de Coma de Glasgow 3
Ausência de Reflexo Fotomotor
Ausência de Reflexo Córneo-Palpebral
Ausência de Reflexo Óculo-cefálico
Ausência de Reflexo Óculo-Vestibular
Ausência de Reflexo de Tosse
Teste de Apnéia
Resolução 2.173/17 CFM 
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II) EXAME NEUROLÓGICO 
ADULTOS
Se Encefalopatia hipóxico-isquêmica: 24h
Outras causas: 6h
CRIANÇAS
7 dias – 2 meses: 24h
2 meses – 2 anos: 12h
> 2 anos: 1h
Resolução 2.173/17 CFM 
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GLASGOW 3 
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REFLEXO FOTOMOTOR
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REFLEXO FOTOMOTOR
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REFLEXO OCULO-CEFÁLICO
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REFLEXO OCULO-VESTIBULAR
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REFLEXO DE TOSSE
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TESTE DE APNEIA
Pré-Oxigenação de FiO2 100% por 10min
Cateter de 02 e Desliga VM
Observar IR por 10min
Colher Gasometria
Teste + se PaCO2 ≥ 55mmHg
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III) EXAME COMPLEMENTAR
Eletroencefalograma (EEG)
Angiografia Cerebral
Doppler Transcraniano
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ELETROENCEFALOGRAMA
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ANGIOGRAFIA CEREBRAL
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DOPPLER TRANSCRANIANO
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ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS
Hora do último exame = Hora do Óbito.
Morte perante a Lei, Sociedade e Medicina.
DO por Morte natural – Médico assistente.
DO por Morte não-natural – Médico legista.
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ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 
Art. 1º É legal e ética a suspensão dos procedimentos de suportes terapêuticos quando determinada a morte encefálica em não-doador de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante, nos termos do disposto na Resolução CFM nº 1.480, de 21 de agosto de 1997, na forma da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. 
 §1º O cumprimento da decisão mencionada no caput deve ser precedida de comunicação e esclarecimento sobre a morte encefálica aos familiares do paciente ou seu representante legal, fundamentada e registrada no prontuário. 
Resolução CFM 1.826 de 06 de dezembro de 2007 
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ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS
Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei.
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
Art. 6º É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas.
Lei 9.434, de 4 de Fevereiro de 1997
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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Após diagnóstico de ME, esclarecimento e informação sobre doação humanitária de órgãoes é iniciada.
A notificação do diagnóstico à central de transplante é obrigatória por lei e nesse momento os exames de classificação do potencial doador são iniciados.
Helms et al.12, acompanhando 164 possíveis doadores por 21 meses, salientaram que a presença, nos esclarecimentos e discussões para o transplante de órgãos, do neurointensivista que definiu o diagnóstico de ME ou assistiu a doença neurológica reduziu a incidência do consentimento familiar para doação.
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PRINCIPAIS MOTIVOS DE RECUSA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Crença religiosa e espera de um milagre.
Não compreensão do diagnóstico de ME e esperança na reversão do quadro.
Não aceitação da manipulação do corpo.
Medo de partentes favoráveis perante a reação da família.
Desconfiança na assistência (eutanásia) e medo do comércio de órgãos.
Inadequação do processo de doação (Pedido de doação > Diagnóstico definitivo).
Moraes e Massarollo (1995) 
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ESTRATÉGIAS PARA INCETIVO À DOAÇÃO
Educação e orientação para profissionais e estudantes da área da saúde.
Incentivos à discussão dentro das famílias.
Questão do baixo nível de escolaridade e desinformação quanto à importância da captação de órgãos.
Moraes e Massarollo (1995) 
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Morte encefálica: Uma breve discussão.

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