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Aula 8 ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR

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Estágios de desenvolvimento 
Profª.Ms. Gisela Vicentini 
 
Para Piaget, as mudanças cognitivas resultam 
de um processo de desenvolvimento. 
 
 
- processo coerente de sucessivas mudanças 
qualitativas das estruturas cognitivas 
(esquemas) 
- cada estrutura e sua respectiva mudança 
deriva da estrutura precedente 
 
Ao usa a palavra “estágio” em sua teoria, Piaget não 
quis dizer que as crianças mudam de um nível 
discreto a outro, como em uma escada. 
 
 
- mudanças graduais e nunca abruptas 
- os esquemas são construídos e reconstruídos (ou 
modificados) gradualmente 
O que interessa é identificar as 
mudanças cognitivas mais gerais que 
acontecem em todas as pessoas 
O estágio sensório-motor (0 a 2 anos) 
• Durante este estágio, o comportamento é basicamente 
motor. 
• A criança não representa eventos internamente e não 
“pensa” conceitualmente. 
• Grandes mudanças ao longo deste estágio. 
• Inicia-se com comportamentos puramente reflexos e 
chega o desenvolvimento da fala (representação 
simbólica) 
• Ocorre o desenvolvimento do conceito de objeto; 
conceito de causalidade; afeto 
O estágio pré-operacional (2 aos 7 anos) 
 
• a criança evolui de um ser predominantemente 
sensório-motor a um ser cada vez mais conceitual e 
representacional 
• desenvolvimento de habilidades representacionais 
e da socialização do comportamento 
O estágio pré-operacional (2 aos 7 anos) 
 
• perspectiva egocêntrica – vê a realidade da forma 
que a afeta 
• uso da linguagem, desenhos, símbolos e imagens 
mentais 
• o comportamento cognitivo é influenciado pelas 
atividades motoras 
Alguns exemplos: 
• Jogo simbólico 
 
• O desenvolvimento da fala neste período é uma 
transição gradual da fala egocêntrica, 
caracterizada pelo “monólogo coletivo”, para a 
fala socializada. 
• Raciocínio transformacional: não focaliza o 
processo de transformação de um estado 
original a um final, mas limita sua atenção a 
cada intervalo entre os estados 
Segundo Piaget, nesta fase, os obstáculos para o 
pensamento lógico são: 
• Centração – fixa a atenção em poucos 
aspectos do estímulo, geralmente o visual. 
Exemplo: normalmente dizem que uma fila 
com 7 elementos mais afastados entre si, é 
maior que uma fila com 9 elementos mais 
próximos  conservação do número 
• Também não há noção de conservação de 
área e do volume 
vídeo 
De acordo com Piaget, uma operação 
apresenta 4 características: 
• pode ser internalizada ou realizada em 
pensamento tão bem quanto materialmente; 
• é reversível; 
• supõe sempre alguma conservação e invariância; 
• está sempre relacionada a outros sistemas de 
operações 
O estágio das operações concretas 
(7 a 11 anos) 
Durante este estágio, a criança desenvolve 
processos de pensamento lógico (operações) 
que podem ser aplicadas a problemas reais 
(concretos). 
 
• não apresenta problemas com conservação e 
apresenta argumentos corretos para suas 
respostas 
• decisões lógicas ao invés de decisões 
perceptuais 
O estágio das operações concretas 
(7 a 11 anos) 
 
• acompanha as transformações e alcança a 
reversibilidade das operações mentais 
• menos egocêntrica e a fala é empregada com o 
fim básico da comunicação 
• aperfeiçoamento dos conceitos de causalidade, 
tempo, espaço, velocidade 
O estágio das operações concretas 
(7 a 11 anos) 
 
• Operações lógicas são empregadas na solução de 
problemas envolvendo objetos e fatos concretos 
(reais, observáveis) 
• ainda não aplicam a lógica a problemas hipotéticos 
e verbais 
Inclusão de classes 
Tempo e velocidade 
O estágio das operações formais 
(11 ou 12 anos até a idade adulta) 
Do ponto de vista cognitivo: 
 
• Capacidade de raciocinar logicamente com 
hipóteses verbais e não apenas com objetos 
concretos. 
• Ele passa a buscar hipóteses gerais que possam 
explicar fatos observáveis. 
• É capaz de pensar sobre seus próprios pensamentos 
e sentimentos, como se fossem objetos. 
• O raciocínio formal vai além das observações 
 
Não se deve assumir que todos os adolescentes e 
adultos desenvolvem plenamente as operações 
formais. 
Do ponto de vista emocional: 
 
O adolescente ainda manifesta um último tipo de 
egocentrismo: atribui grande poder a si e ao 
próprio pensamento. Muitas vezes julga que 
somente ele está certo. 
O raciocínio hipotético-dedutivo 
 
deduzir conclusões a partir de hipóteses 
 
- “todas as galinhas são azuis, Joãozinho é 
uma galinha, portanto Joãozinho é azul” 
 
- A<B e B<C, então A<C 
O raciocínio científico-dedutivo 
 
 
- crianças formulam hipóteses, experimentam, 
controlam variáveis, registram efeitos, extraem 
conclusões, etc. 
No operacional formal, vão de 
fatos específicos a conclusões 
gerais. 
 
A formação da personalidade 
 
 
• O desenvolvimento cognitivo e o afetivo caminham 
juntos ao longo de todo o processo evolutivo do 
indivíduo. 
 
• Muitos fatores devem ser levados em conta para 
compreendermos a “crise da adolescência”. Entre eles, 
fatores intelectuais e afetivos. 
 
• Na adolescência predominam os sentimentos idealistas 
e o egocentrismo. 
Sentimentos idealistas 
 
 se é lógico é bom e correto 
 falta ainda uma apreciação 
completa do mundo 
 ele ainda não distingue entre o 
mundo lógico e o mundo real 
 
• No entanto, há outros fatores 
que interferem nas 
manifestações e duração da 
adolescência, tais como fatores 
culturais e sociais, que não são 
contemplados pela teoria de 
Piaget. 
Implicações educacionais da teoria de 
Piaget 
• A teoria de Piaget não é uma teoria educacional, 
mas fornece subsídios para as práticas 
educacionais. 
 
• A equilibração permite que a experiência externa 
seja incorporada na estrutura cognitiva pela 
construção de novos esquemas mentais. 
• Neste sentido os piagetianos dizem que o 
conhecimento é construído e daí vêm as 
expressões “construtivismo” e “construção do 
conhecimento”. 
• Ensinar é provocar o desequilíbrio da mente do 
estudante para que ela procure o reequilíbrio e 
construa novos esquemas mentais (isto é, 
aprenda). 
• O ensino deve, portanto, ativar este mecanismo. 
• Isto é, o professor deve buscar uma ligação entre 
o que o aluno já sabe (esquemas) e o que deseja 
ensinar. 
• Cabe ao educador introduzir situações 
desequilibradoras 
• Sempre que possível o aluno deve agir. 
 
Se o ambiente escolar não oferece desafios e 
dificuldades, a atividade mental é apenas de 
assimilação. 
O papel do erro na aprendizagem 
 
 
• Diante das dificuldades e erros (situações onde os 
esquemas mentais sofrem desequilíbrio) a mente se 
reestrutura através da acomodação e se desenvolve. 
 
• Os esquemas que uma criança usa podem não estar em 
harmonia com o dos adultos (ou com o conhecimento 
científico). 
• No entanto, segundo Piaget, eles são sempre adequados 
ao seu nível de desenvolvimento conceitual e devem ser 
respeitados. 
O papel da manipulação na aprendizagem 
 
 
 
• O ensino deve ser acompanhado de manipulações, 
ações, experimentos  ir do concreto para o abstrato. 
 
• CUIDADO: não se deve pensar que a manipulação 
pura e simples tem em si o poder de produzir 
conhecimento. Ela deve estar integrada à 
argumentação do professor. 
FIM!

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