Buscar

Estrongiloidíase: Parasitologia e Ciclo Biológico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

*
Parasitologia - Estrongiloidíase
Professor Dr. Eduardo Arruda
*
Estrongiloidíase
Gênero: Strongyloides (52 espécies);
Humanos: S.stercoralis e S.fuelleborni (macacos na Ásia e Áfica);
Strongyloides: “Forma arredondada”;
Strongy = redondo e Oides = forma;
1876: Soldados Franceses na Cochinchina (Vietnã).
*
Morfologia
Fêmea Partenogenética Parasita:
Partenogênese: Alusão à Deusa Grega Atena cujo templo era chamado Partenon;
Crescimento e desenvolvimento de embrião, sem fecundação;
Reprodução Assexuada;
*
Morfologia
Fêmea Partenogenética Parasita:
Muito pequena;
Vive na mucosa do Duodeno;
Filiforme e semitransparente;
2,0 mm C e 0,04 mm D;
Extremidade anterior arredondada;
*
Morfologia
Fêmea Partenogenética Parasita:
Vestíbulo bucal, esôfago longo (filariforme) e intestino;
Vulva, vagina, útero, oviduto e ovário;
Extremidade posterior afilada;
Elimina ovos embrionados.
*
Morfologia
Ovos:
Postura na mucosa do Duodeno;
Larva Rabditóide;
Ovo > Luz do intestino > Larva eclode;
Larvas (Não os Ovos) nas fezes;
Ovos elípticos, casca fina;
50 – 58 mm C / 30 – 34 mm L
*
*
Morfologia
Larva Rabditóide:
250 mm C / 15 mm L;
Esôfago dividido em corpo, istmo e bulbo (rabdtóide);
Vestíbulo bucal pequeno;
Cauda pontiaguda;
Movimenta- se ativamente nas fezes;
L1 – L2 (rabditóide);
L2 (dificilmente encontrada nas fezes).
*
*
Morfologia
Larva Filarióide:
500 mm C / 10 mm L;
Esôfago cilíndrico e longo, corresponde a metade da larva (filarióide);
L3 (infectante);
*
Morfologia
Larva Filarióide:
Vestíbulo bucal curto, intestino e ânus;
Extremidade afilada, termina com um”V” invertido (Cauda Entalhada);
Vive no solo;
Intestino grosso (pacientes com prisão de ventre).
*
*
Morfologia
Fêmea de Vida Livre:
Pequena, mais curta e mais larga que a partenogenética;
0,8 – 1,2 mm C / 0,05 – 0,07 mm L;
Cápsula bucal, esôfago rabdtóide, intestino e ânus;
Vulva, dois ramos uterinos repletos de ovos.
*
Morfologia
Macho de Vida Livre:
0,7 mm C / 0,04 mm L;
Cápsula bucal, esôfago rabdtóide, intestino e cloaca na curvatura caudal;
Testículos, vesícula seminal, vaso deferente e dois espículos.
*
A fêmea de vida livre (A) mede 1-1,5 mm; o macho (B) 0,7 mm; a larva L1 (D) 200 a 300 µm; e L2 (E) 500 µm. Os ovos (C) não são vistos nas fezes.
*
Ciclo Biológico
2 Ciclos: Vida Livre e Partenogenético;
Fêmeas Partenogenéticas: Triplóides (3n);
Produz Larvas: Triplóides (3n), diplóides (2n) e haplóide (1n);
Cada um tem um destino;
*
Ciclo Biológico
Larvas 3n > Ciclo Direto > Larvas rabdtoides > Larvas filarioides (infectantes);
Larvas 2n: Fêmeas de vida livre;
Larvas 1n: Machos de vida livre;
Machos + Fêmeas: Ovos (Larvas 3n);
Período Pré-patente: 15 – 30 dias;
*
Ciclo Biológico
Ciclo Partenogenético ou Direto:
Larvas rabditóides eliminadas nas fezes > Meio > 2 mudas > 24 – 36 h Larvas filarióides infectantes > sobrevive no solo 1 – 3 semanas > penetra no hospedeiro através da pele (pé, mucosa bucal ou esofágica) por ação mecânica e química (enzimas proteolíticas) > corrente sanguínea > coração > pulmão > transforma em L4 > atravessa a membrana alveolar e chega aos brônquios > Faringe > expelida ou deglutida > intestino delgado > fêmea partenogenética parasitas > eliminam ovos > larvas rabditoides.
*
Ciclo Biológico
Ciclo Sexuado ou Indireto:
Larvas rabditóides diplóides e haplóides;
4 mudas: fêmeas e machos de vida livre;
 Acasalam > ovos triplóides > larvas rabditóides > 2 mudas > larvas filarióides infectantes;
Sobrevivem no meio ambiente: 1 – 3 semanas.
*
*
Transmissão
Heteroinfecção:
Pessoa se infecta pela primeira vez;
Primoinfecção;
Larva penetra na pele e na mucosa.
*
Transmissão
Autoinfecção Externa ou Exógena:
Maus hábitos de higiene: resíduos de fezes na região anal;
Larvas rabditóides > larvas filarióides;
Penetram pela pele na região perianal.
*
Transmissão
Autoinfecção Interna ou Endógena:
Prisão de ventre;
Larvas rabditóides > larvas filarióides;
Intestino delgado ou grosso;
Imunodeprimidos (HIV ou medicação imunossupressora etc.);
Hiperinfecção ou Estrongiloidíase Disseminada.
*
Patogenia e Sintomatologia
Vários sintomas (número de formas infectantes e sistema imunológico);
Ação mecânica, traumática, irritativa, tóxica e antigênica.
*
Patogenia e Sintomatologia
Fase Cutânea:
Penetração da larva na pele ou mucosas;
Discreta ou desapercebida;
Pacientes sensíveis ou na re-infecção: prurido, edema, eritema, pápulas e reações urticariformes.
*
Patogenia e Sintomatologia
Fase Pulmonar:
Passagem das larvas dos vasos para os brônquios e bronquíolos;
L3 > L4;
Febre, tosse, dispnéia e edema;
Disseminados: Fêmeas partenogenéticas nos pulmões;
Broncopneumonia, síndrome de Loefler, edema pulmonar e dificuldade respiratória.
*
Patogenia e Sintomatologia
Fase Intestinal:
Fêmea partenogenética no intestino delgado;
Larvas: lesam a mucosa;
Dor, enterite catarral (muito muco); enterite edematoso (processo inflamatório); enterite com ulceração (invasão bacteriana secundária);
*
Patogenia e Sintomatologia
Fase Intestinal:
Diarréia, fraqueza, irritabilidade, insônia etc.;
Dor no hipocôndrio direito (clássico):
Estudo no AM (1998): 240 pessoas / 24,3%.
*
*
Patogenia e Sintomatologia
Disseminada:
Imunodeprimidos;
HTLV-1 & HIV (Estudos/ mais prevalente);
Grande quantidade de larvas nos pulmões e intestinos;
Rins, fígado, coração, cérebro, próstata etc.;
Processos inflamatórios + Invasão bacteriana secundária;
Fatal.
*
Caso clínico
RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 60 anos, com diagnóstico de tumor de timo, submetido a tratamento cirúrgico, radioterapia e quimioterapia. Foi consultado na emergência relatando queixa de diarréia e dispnéia, sendo admitido na UTI após apresentar quadro de insuficiência respiratória aguda hipoxêmica e choque refratário, evoluindo para óbito. No aspirado traqueal, foi identificado larvas de Strongyloides stercoralis.
 
*
Caso clínico
*
Caso clínico
CONCLUSÕES: A estrongiloidíase, apesar de tratar-se de infecção parasitária freqüentemente leve, em pacientes imunodeprimidos pode apresentar-se de forma grave e disseminada. Deve-se suspeitar deste agente em pacientes que vivem em áreas endêmicas, sendo o diagnóstico estabelecido através da pesquisa da larva do Strongyloides stercoralis na secreção traqueal e nas fezes.
 
*
BENINCASA, Cristian Chassot et al. Hiper-infecção por Strongyloides Stercoralis: relato de caso. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2007, vol.19, n.1, pp. 128-131. ISSN 0103-507X.
*
Diagnóstico
Clínico: Pouco preciso / assintomáticos;
O diagnóstico deve ser suspeitado sempre que houver eosinofilia não explicada por outras causas; ou deve ser procurado em pacientes que vão tomar ou estão tomando corticóides;
*
Diagnóstico
Em um exame de fezes comum o que se espera é encontrar as larvas rabditóides (L1); não os ovos;
Como elas são escassas, usar uma das técnicas coproscópicas de enriquecimento para a pesquisa de larvas nas fezes, como: 
- o método de Rugai; 
- o método de Baerman e Moraes;
- ou a coprocultura de Harada-Mori.
*
As figuras mostram: 
A – Método de Rugai: o recipiente com a amostra fecal, protegido por gaze, é emborcado em água a 45ºC. Dado o hidro e termotropismo das larvas, elas migram e se concentram no fundo do cálice. Pipetar e examinar o sedimento com uma lupa. 
B – Método de Baerman: a amostra de fezes (ou a de solo), sustentada por tela metálica, é posta em contato com água morna, migrando as larvas para o tubo (fechado com uma pinça). Recolher e examinar o sedimento.
C – Coprocultura da Harada-Mori: uma dobra de papel de filtro, a que as fezes foram aplicadas, fica com a ponta mergulhada na água, que sobe por capilaridade e induz as larvas a migrarem em sentidocontrário, concentrando-se no fundo do tubo.
Diagnóstico
*
Diagnóstico
Secreções:
Pesquisa de larvas nas secreções (escarro, lavado bronco-pulmonar etc.);
Imunológicos:
Pacientes com exames de fezes negativos;
ELISA: altamente sensível;
Reação cruzada: Esquistossomose, Ancilostomose e Filariose.
 
*
Epidemiologia
Distribuição mundial;
Clima quente e temperado;
Amazônia: 
1993 – 1996 (3840 amostras): 6,25%;
*
Epidemiologia
Incidência elevada: pessoas com contato com o solo (crianças, agricultores etc.);
Prevalência: 01 – 40%;
Hábitos higiênicos, existência ou não de fossas e serviços de esgoto.
*
Profilaxia
Uso de calçados;
Educação sanitária;
Serviços de abastecimento de água e de coleta de esgoto.
*
*
Tratamento
Tiabendazol: 50mg / Kg (adultos) e 30mg / Kg (crianças) 3 dias;
Albendazol (400mg/ dia – 3 dias);
Cambendazol (5mg/ Kg);
Ivermectina (0,15 – 0,20mg/ Kg);
Paciente com HTLV-1: 02 doses diárias de Ivermectina a cada 2 semanas.

Continue navegando