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Características gerais Menor nematódeo que parasita o homem em nosso meio. Espécie: Strongyloides stercoralis. A única forma parasitária adulta é a “fêmea partenogenética”. Espécies do gênero Strongyloides parasitam alguns animais, como ratos e macacos. Possui elevada prevalência em regiões tropicais e subtropicais. É facilmente transmitido. Morfologia Fêmea partenogenética Mede cerca de 2,2 mm Forma de vida parasitária Corpo cilíndrico e branco Libera cerca de 30 a 40 ovos por dia Larva rabditoide Mede cerca de 200m Possui esôfago rabditoide É chamado de rabditoide porque possui dilatação. Encontrada nas fezes É a forma de diagnóstico Larva filarioide Mede cerca de 500m Possui cauda “entalhada” Esôfago filarioide (retilíneo) É a forma infectante Macho de vida livre Mede cerca de 0,7mm Possui cauda recurvada ventralmente Fêmea de vida livre Mede cerca de 1,5mm Esôfago rabditoide Libera 28 ovos por dia Ovos São ovais Semelhantes aos ovos de Ancilostomídeos Não são encontrados nas fezes São liberados no intestino do hospedeiro, mas eclodem durante o trajeto intestinal, liberando uma larva rabditoide. As larvas, dentro dos ovos, podem ser: N (haploide): originam o macho de vida livre 2N (diploide): origina a fêmea de vida livre 3N (triploide): origina a fêmea partenogenética. Habitat Fêmea partenogenética: Vivem inseridas na mucosa duodenal Macho e fêmea possuem vida livre (em outros ambientes). Ciclo biológico É monoxênico 1. O indivíduo entra em contato com a larva filarióide. 2. A larva filarioide penetra pela pele ou por mucosas. (infecção ativa) Resultado: dermatite 3. A larva filarioide cai na circulação e atinge os pulmões Consequência: ciclo de Loss Nos pulmões, a larva sofre uma muda e chega aos alvéolos, sobe pela traqueia e é deglutida. 4. A larva filarioide chega ao intestino e se desenvolve na fêmea partenogenética. 5. Início da postura de ovos 6. Os ovos sofrem o processo de embrionia e liberam a larva do tipo rabditoide Caminhos que a larva rabditoide pode seguir: Se a larva rabditoide for N, ela dará origem ao macho de vida livre. Se ela for 2N, originará a fêmea de vida livre. Esta vai liberar ovos. Caso seja 3N, dará origem a larvas filarioides infectantes. Pode ocorrer autoinfecção. Para que ocorra o processo de embrionia no solo, é necessário: Solo arenoso Alta umidade Alta temperatura (25-30º C) Ausência de incidência solar direta Formas de transmissão Heteroinfecção ou primo-infecção: Forma usual de infecção Consiste na penetração das larvas filarioides infectantes na pele mais fina dos pés ou em mucosas (ingestão de alimentos infectados) Autoinfecção interna (endógena): As larvas rabditoides transformam-se em filarioides na luz intestinal e penetram na mucosa Consequência: a doença se torna crônica por meses ou anos. Autoinfecção externa (exógena): As larvas rabditoides da região perianal transformam-se em filarioides e penetram na mucosa >> caem na circulação >> atingem o intestino. Ocorre com mais frequência em pessoas que necessitam de fraldas. Infecção disseminada (hiperinfecção): Síndrome de hiperinfecção causada por imunodepressão iatrogênica ou natural. Exacerbação da autoinfecção com aumento da quantidade de larvas e de fêmeas partenogenéticas que se disseminam por todo o corpo. É frequentemente fatal. Patogenia As alterações estão relacionadas com fatores do parasito e do paciente. Idade do paciente Resposta imune do paciente Geralmente, infecções pequenas são assintomáticas. Infecções maciças causam alterações: Cutânea: Reação no local da penetração das larvas, que se agrava com a reinfecção. Edema Prurido Pápulas hemorrágicas Migração subcutânea Pulmonar: Depende do número de larvas Hemorragias petequiais Dermatite Infiltrado inflamatório Tosse, febre Expectoração sanguinolenta Crises asmatiformes Edema pulmonar Insuficiência respiratória Intestinal: Enterite catarral: o Congestão intestinal o Secreção mucosa intensa o Pontos hemorrágicos Enterite edematosa Enterite ulcerosa Complicações: o Invasão bacteriana secundária. Sensação de plenitude pós-prandial (depois da alimentação) Diarreia Dores abdominais Emagrecimento Desidratação Pirose Forma disseminada (imunodepressão): Maior quantidade de larvas rabditoides e filarioides infectantes no intestino grosso >> todo o organismo Órgãos que podem ser acometidos: o Rins, fígado, vesícula biliar. o Coração, cérebro, pâncreas. o Tireoide, adrenais, próstata. o Glândulas mamárias e linfonodos. Diarreia severa Pneumonia hemorrágica Meningite Morte Fase crônica: Anemia Diarreia Astenia Insônia Sudorese Tonturas Diagnóstico laboratorial Associação de sinais cutâneos e pulmonares com dor no hipocôndrio direito Exame parasitológico de fezes (para larvas): Método de Baermann-Moraes Método de Rugai OBS: a amostra não pode ter conservante. Pesquisa direta de larvas: Secreções broncopulmonar e/ou duodenal Urina Líquido pleural Liquido ascítico LCR Métodos imunológicos e de Biologia Molecular Diagnóstico por imagem Profilaxia Saneamento básico Educação sanitária Suplementação alimentar de Ferro e proteínas Uso de vasos sanitários e fossas sépticas Higiene pessoal Tratamento Tiabendazol Cambendazol Albendazol Ivermectina Inapetência Emagrecimento Irritabilidade Depressão Eosinofilia
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