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Universidade Maurício Nassau
Curso de Psicologia Professor: Flávio Romero
Aluna: Luciana Guimarães de Pontes Matrícula: 01250335
ANÁLISE DO FILME “LARANJA MECÂNICA” ARTICULADA COM A ESCOLA DA PSICOLOGIA MODERNA.
O filme Laranja Mecânica, lançado no ano de 1971, é baseado no livro do autor Anthony Burguess. Recebeu inúmeras críticas por suas cenas de violência e também pela rotulação do indivíduo, impedido de exercer o livre-arbítrio. Porém, é perfeito para uma análise sob a perspectiva da abordagem comportamental, o Behavarismo, que tem como pai Jonh Watson e seu sucessor Skinner. Também podemos citar, a teoria do condicionamento desenvolvida por Pavlov, fisiologista russo. 
O personagem principal do filme é Alex que em junto com 3 comparsas executam vários crimes, estupros e violência contra idosos pobres que encontram nas ruas de uma cidade urbana da Inglaterra. Eles saem pela madrugada praticando esses atos perversos e demonstrando sensação de pleno prazer. Numa dessas investidas, o líder da gangue, Alex, mata uma mulher e durante a fuga é sabotado pelos companheiros que jogam uma garrafa com um líquido nos olhos dele, deixando imobilizado. A polícia chega ao local e o prende. Apenas é descoberto esse crime. Ele pega 14 anos de reclusão.
Na prisão, Alex procura uma maneira de sair mais rápido. Ele descobre o governo está estudando uma nova política de transformar o mal no bem através do “método Ludovico”. Numa visita do ministro a prisão, ele se destaca e se promove ao tratamento que será realizado num hospital fora do presídio. Vale destacar que o sujeito, não está motivado na sua reabilitação e “cura” (não existe motivação interna de mudança), mas sim numa forma de ganhar a liberdade. 
A partir do tratamento, percebe-se claramente a aplicação da teoria comportamental. Vale salientar, que o método Ludovico ainda estava em fase experimental e respeitava um rigor científico. Mesmo rigor que Watson e Skinner praticavam nos seus estudos. Assim como na teoria comportamental, Alex foi condicionado a evitar todo comportamento considerado “anormal”, doentio. A técnica era a seguinte: o paciente se submetia a sessões de cinema, onde era amarrado e tinha os olhos constantemente abertos. Antes das sessões, ele tomava medicamentos que lhe causavam náuseas insuportáveis, esses efeitos dos remédios não era conhecido pelo paciente. Na hora, das cenas fortes e violentas ele sentia as náuseas. Também foi acrescentada nas sessões a música 9 Sinfonia de Beethoven, que o paciente culto é fã. Desta forma, após várias sessões, Alex fica condicionado a fazer associações entre as cenas violentas e o mal-estar, procurando assim a fuga. Ou seja, para não sentir as náuseas e sensação de morte, ele evita as cenas de violência. 
Enfim, o filme traz uma reflexão ao mecanicismo do comportamento. Uma vez que o condicionamento do comportamento humano pode levar a falta de liberdade e a extinção do livre-arbítrio, o que é um perigo para a sociedade. Na tentativa de manter o controle social, corre-se o risco de formar pessoas máquinas, não pensantes.

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