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trabalho psicopatologia - diário de campo

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2
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Cursos de Psicologia
Bianca Delphim Saraiva	 RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida		RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza	 RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha 		RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa	RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza		RA: N271078
RELATÓRIO PSICOLOGICO – PSICOPATOLOGIA GERAL. 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2021
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Cursos de Psicologia
Bianca Delphim Saraiva	 RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida		RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza	 RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha 		RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa	RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza		RA: N271078
 
RELATÓRIO PSICOLOGICO – PSICOPATOLOGIA GERAL. 
Trabalho desenvolvido em cima da disciplina de Psicopatologia Geral apresentada a Unip – Universidade Paulista, da cidade de Ribeirão Preto pelos alunos de Psicologia –6º/7° Semestre, sob orientação da Professora: Fernanda Aguiar Pizzeta.
RIBEIRÃO PRETO 
2021
Sumário
1 – Identificação:	4
2 – Descrição da Demanda:	4
3 – Procedimentos:	5
4 – Análise:	6
5 – Conclusão:	11
6- Anexos: Diários de campo.	13
Filme: Bichos de Sete cabeças.	13
Filme: Nice, O coração da Loucura.	15
Documentário: Estamira.	17
Palestra: O grupo comunitário de saúde mental.	19
Palestra: Grupo ouvidores de vozes.	21
Sarau: Arte e Saúde Mental.	23
Sarau: Luta Antimanicomial.	25
Filme: Uma mente brilhante	27
Relatório psicológico.
1 – Identificação:
Identificação da instituição: Universidade Paulista (UNIP) 
Solicitante: Prof.ª Fernanda Pizeta 
A professora Fernanda junto à instituição Universidade Paulista (UNIP) fez a solicitação do seguinte trabalho para produção de conhecimento. 
O presente trabalho tem por finalidade a obtenção de experiências através dos métodos utilizados e possíveis intervenções, com o intuito de levar os alunos a aprofundarem os seus conhecimentos na realização de relatórios psicológicos. 
Os autores e produtores do relatório psicológico são:
Bianca Delphim Saraiva – RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida – RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza – RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha – RA: N270730
Larissa Maria de Souza – RA: N271078
Lígia La Luna de Souza Costa – RA: N263FE8
2 – Descrição da Demanda: 
O objetivo do trabalho é a aprendizagem e o treinamento em analisar casos e elaborar relatórios psicológicos. O relatório comunica a observação do profissional diante do caso, contribuindo para gerar orientações, recomendações, encaminhamentos e intervenções. A partir dessa análise, são avaliados os dados que serão pertinentes para descrevê-los de forma contextualizada e fundamentada relatando as sessões de atendimento. 
O relatório psicológico acompanha critérios de normalidade para a contribuição da saúde mental, já que esses critérios de normalidade nos levam até uma patologia. Levando em consideração que não devemos avaliar o que é ou não patológico apenas de forma descritiva, ignorando as vivências do indivíduo, mas também não pensar apenas de maneira dinâmica, eliminando as alterações psíquicas do sujeito. 
3 – Procedimentos:
Com base nas informações fornecidas pela professora Fernanda e por meio de métodos realizados pelas alunas, foi possível produzir o documento solicitado. 
Os procedimentos utilizados no relatório foram às observações dos filmes e documentário de maneira online e encontros 	realizados pela plataforma do Zoom, juntamente com o conhecimento adquirido pela matéria de Psicopatologia Geral foram: 
· Bicho de Sete Cabeças (filme) - duração de uma hora e trinta minutos assistido pelo Youtube.
· Nise: O Coração da Loucura (filme) – duração de uma hora e quarenta e seis minutos assistido pelo Google Drive.
· Estamira (documentário) – duração de duas horas e um minuto assistido pelo Youtube.
· Uma Mente Brilhante (filme) – duração de duas horas e vinte minutos, assistido pelo YouTube e discutido pela plataforma Zoom entre as alunas.
E também foram realizadas palestras nas aulas práticas de Psicopatologia Geral:
· Grupo Comunitário de Saúde Mental (palestra) – duração de uma hora e quinze minutos e apenas um encontro assistido online na modalidade síncrona.
· Grupo dos Ouvidores de Vozes (palestra) – duração de uma hora e quinze minutos e apenas um encontro assistido online na modalidade síncrona.
· Sarau: Arte e Saúde Mental, realizado o dia 24/04/2021 – duração de uma hora e quarenta e cinco minutos. O Sarau foi apresentado de forma síncrona pela plataforma do Zoom.
· Sarau realizado no dia 18/05/2021 – duração de duas horas. O Sarau foi apresentado de forma síncrona pela plataforma do Zoom.
4 – Análise:
A seguir, serão discutidos e analisados os principais pontos relevantes para o processo de análise e elaboração do relatório psicológico: 
No filme Bicho de Sete Cabeças, é relatada a história de um jovem que tem problemas familiares com o pai e devido a isso ele começa a fazer uso de drogas ilícitas juntamente com os amigos para se sentir aceito, consequentemente o pai fez a internação do mesmo, pois isso era contra seus princípios. O ambiente em que foi internado se encontrava em situações precárias, o que o levou a uma piora de sua saúde mental. 
Como pode ser visto no filme Bicho de Sete Cabeças, podemos afirmar que por conta das más condições em que ele se encontrava, como por exemplo, as situações precárias de higiene e a privação de alimentos, além da medicalização sem consultas e diagnósticos, isso contribuía para uma piora em seu quadro emocional e de acordo com a Declaração de Caracas, fica vedado: “Criar condições desfavoráveis que põem em perigo os direitos humanos e civis do enfermo.”.
A partir do modelo teórico de Paulo Dalgalarrondo, é possível dizer que o comportamento do pai é visto como uma normalidade ideal, considerando que tal maneira de se expressar por ser tomada como utopia, sendo sadio apenas aquilo que se encaixa na sociedade de seu determinado contexto histórico, no qual ele pertence, levando em vigor suas crenças e valores, mas que podem ser mutáveis.
No filme Nise – o coração da loucura conta a história de uma psiquiatra que volta às atividades em um manicômio e imediatamente discorda dos recursos utilizados nos pacientes que lá pertenciam, criando um novo método através da Terapia Ocupacional, que incentivava a arte e a expressão, sendo um processo eficaz e satisfatório, no sentido em que as pessoas que lá ficavam pudessem se expressar através das oficinas de arte, fazendo com que elas fossem inseridas na sociedade por meio de pinturas, esculturas, o tratamento com os animais, o que levou esses indivíduos a manifestar seus sentimentos e emoções. 
No decorrer do filme, pelo fato de ficarem isolados e submetidos a tratamentos inadequados, eles foram afastados da sociedade, tornando-se pessoas mais agressivas, dessa forma eles não participavam das atividades grupais e ficavam desacompanhados em todos os processos de realização das tarefas fornecidas pela instituição. 
Com base na Declaração de Caracas, não se deve: “Isolar o doente do seu meio, gerando, dessa forma, maior incapacidade social;”.
De acordo com a Psicanálise, o que se denomina loucura não parte de uma divisão entre normal e patológico, sendo que segundo Freud, a loucura faz parte de cada um de nós, compreendendo que loucura é na visão geral uma forma constante de luta com o que é inconsciente. 
No documentário Estamira conta a história de uma senhora que foi diagnosticada com problemas mentais, trabalhava em um aterro sanitário onde também residia. Estamira emitia comportamentos como ouvir vozes e também se referir a Deus de uma forma bem agressiva. Observamos esses comportamentos citados acima, que ocorrem em sua vida através do que ela conta sobre seu passado sofrido, como ela ter sido estuprada, ter se prostituido e ter sido traída em suas relações. 
Segundo a Psiquiatria Descritiva, o interesse em relação a saúde mental vem fundamentalmente das alterações psíquicas e sintomas patológicos típicos,ignorando os fatores vivenciados e movimentos internos de afeto do sujeito, o que ocorreu com Estamira. Uma prática ideal seria levar em consideração tanto o neurológico quanto o subjetivo de um indivíduo.
Segundo a palestra O Grupo Comunitário de Saúde, por meio de reuniões semanais tem como objetivo colocar uma reflexão sobre a sociedade, criando experiências através da vivência do outro, fazendo com que haja os sentimentos, como a empatia e uma ressignificação emocional, através de uma roda de conversa.
A Declaração de Caracas diz: “Que os Sistemas Locais de Saúde (SILOS) foram estabelecidos pelos países da região para facilitar o alcance dessa meta, pois oferecem melhores condições para desenvolver programas baseados nas necessidades da população de forma descentralizada, participativa e preventiva;”. 
É considerado que a relação em grupo ajuda para a vivência da comunidade e para o conhecimento de algo novo por meio do olhar do outro. 
A palestra Os Ouvidores de Vozes relatou casos de pessoas que ouvem vozes e convivem com isso devido a uma ressignificação dos conceitos que auxiliam na valorização da condição humana e promoção de saúde mental, sendo mais subjetivo o modo de olhar o próximo que pertence a esse grupo comunitário, ou seja, levar também em consideração suas vivências. 
Segundo a Declaração de Caracas: “Promovam a organização de serviços comunitários de saúde mental que garantam seu cumprimento;”. Sendo assim, o grupo tem um papel importante para o desenvolvimento pessoal no processo de aceitação e convivência do mesmo com as vozes. 
O filme Uma Mente Brilhante conta a história de John Nash, um matemático que possui esquizofrenia, isso causava um prejuízo em seu juízo crítico, levando-o a ter alucinações. Ao decorrer do filme, as alucinações continuavam e ele tinha a certeza de que estava sendo perseguido.
Em um momento ele conheceu e se casou com Alice e ela o internou buscando sua melhora, no hospital psiquiátrico John foi submetido ao eletrochoque e a medicalização. Ao final do filme, John utilizava a reflexão racional para conseguir lidar com as alucinações.
Ao relacionar o filme com a matéria de Psicopatologia podemos notar que o personagem possuía um prejuízo na sensopercepção, porque havia uma distorção da realidade e um prejuízo no juízo crítico, o juízo crítico significa o fato do indivíduo conseguir medir as consequências dos seus atos, perceber e avaliar a realidade externa e separar do mundo interno. Nash possuía alucinações, pois de acordo com a matéria o personagem via os objetos sem a presença de estímulos reais.
O Sarau do dia 24/04/2021 mostrou várias atividades culturais junto aos alunos da Psicologia e os funcionários da AAPSI, essas atividades eram: músicas, leitura de poemas, apresentação de dança, entre outros. Esse Sarau nos mostrou uma forma de refletir e entender que através de suas práticas nós podemos compreender as particularidades dos indivíduos, e assim podemos mergulhar na subjetividade do outro.
Tendo em vista com a matéria, notamos que diante de um mesmo estímulo cada pessoa possui percepções diferentes, isso porque, cada indivíduo cria significados particulares e atribui isso a suas percepções.
O Sarau realizado no dia 18/05/2021 falou sobre a luta manicomial e as mudanças vistas na maneira de tratar os pacientes, de acordo com o contexto histórico antigo e atual.
Antigamente as pessoas internadas em manicômios eram tratadas de forma muito agressiva, com o uso de eletrochoques, lobotomia, medicalizações sem diagnóstico prévio, além de que, o objetivo para essas pessoas internadas nos manicômios não era uma melhora do seu estado psíquico, e sim uma cura para um padrão de normalidade que era considerado ideal.
Atualmente ainda há muito a ser melhorado perante a saúde mental dos indivíduos que possuem algum transtorno mental, porém, já é entendido que há um processo para a melhora de seu estado psíquico. Estudando o conceito de normalidade como processo, consideramos além de aspectos descritivos, também os dinâmicos, visando o desenvolvimento psicossocial do sujeito.
Tendo como base os oito diários de campo, pode-se dizer que a partir das suas particularidades todos tem em comum o conceito de loucura. Existem diversas visões do que é loucura, tais como: a loucura classificada em testes quantitativos estando fora ou dentro do padrão ou a loucura categorizada como algo disfuncional, trazendo sofrimento para o indivíduo ou para o grupo em que ele convive. Outro conceito de loucura é a loucura como processo, ou seja, se baseia numa evolução no decorrer do tratamento psíquico, para assim alcançar uma normalidade. 
Levando em consideração o contexto atual e o de antigamente, nota-se grande mudança nos repertórios e nos tratamentos dos indivíduos. No passado, os recursos terapêuticos eram violentos e sem respeito à vida do sujeito, como por exemplo, eles utilizam métodos agressivos como eletrochoque, à privação de alimentos, o isolamento social, a medicalização sem diagnóstico definido. Nos dias atuais com a Reforma Psiquiátrica e as leis brasileiras, adequou-se a uma nova forma de tratamento psiquiátrico, levando em consideração os aspectos psicológicos e não somente o neurológico. 
É necessário realizar o uso de procedimentos para obter resultados, mas também não categorizar esses resultados, tendo em mente que o indivíduo carrega suas experiências adquiridas ao longo do desenvolvimento.
5 – Conclusão: 
No decorrer do trabalho, foi possível concluir que uma das formas mais eficazes de lidar com a loucura seria reconhecer os fatores neurológicos, sendo eles alguma disfunção cerebral, mas também levar em consideração o contexto social e as vivências do indivíduo. 
Devido a Reforma Psiquiátrica, o modo de trabalhar com o sujeito que possui algum transtorno que prejudique sua saúde mental obteve um grande avanço, transformando positivamente a forma de tratamento. Entendendo que, antigamente os pacientes eram tratados de maneira agressiva e violenta, como por exemplo, o uso de eletrochoque e lobotomia. Devido ao contexto histórico, era indiscriminado o uso dessas técnicas terapêuticas, pois não considerava a especificidade de cada caso e também devido ao contexto em que se vivia naquela época era pouco desenvolvido os termos farmacológicos. Atualmente, a forma de tratamento passou a levar em consideração o bem-estar do paciente, como o uso da arte e integrando o indivíduo na sociedade, compreendendo que, independentemente do transtorno mental, isolar o indivíduo não traz benefícios para sua melhora. A combinação entre diferentes terapêuticas facilita para compreensão.
Concluindo que, o indivíduo com transtorno mental pode causar danos à sociedade, já que os prejuízos sociais a ele mesmo causam danos coletivo, mas nem sempre as pessoas que eram rotuladas como loucas de fato possuíam algum problema mental. Atualmente existem vários critérios quantitativos e qualitativos a serem tratados para uma melhora psíquica desses indivíduos. Também devemos incluir essas pessoas em seu meio, mas estando ciente de que seu funcionamento psíquico discorre do nosso e que além da subjetividade há fatores neurológicos que atuam no psiquismo das pessoas com doenças mentais.
Nos dias atuais, antes de fechar um diagnóstico há um processo a ser seguido, caso for identificado uma patologia, o sujeito terá um tratamento muito mais cauteloso, com recursos adequados, tendo como objetivo a melhora do paciente junto a uma continuidade do atendimento psicológico. 
Ribeirão Preto 13 de abril de 2021.
Aluno Estagiário: 
 
Bianca Delphim Saraiva				 Flávia Santos Almeida 
 Isabela Ribeiro de Souza	 Julia Gabriela Rocha
 
Larissa Maria de Souza 				 Lígia La Luna de Souza Costa
6- Anexos:Diários de campo.
Filme: Bichos de Sete cabeças.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – “Filme – Bicho de sete cabeças”
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 28/03/2021
Duração: 1h50m
O filme Bicho de Sete cabeças, conta a história de Neto, um jovem que tem um relacionamento extremamente conturbado com seu pai Wilson, que é um homem muito conservador e por conta disso tem um distanciamento emocional muito grande com o filho, deixando- o cada dia mais distante. Diante do modo que Neto convive com a família, o sentimento de rejeição e insegurança o faz buscar de aceitação em um grupo de amigos, e com isso ele começa a usar maconha, consumir bebida alcoólica e se comportar de forma rebelde, agindo como delinquente. Num dado momento, o pai de Neto encontra cigarro em suas coisas e não aceita tal comportamento e sem conversar e tentar orientar, decide por colocar ele num manicômio, na tentativa de o filho receber um tratamento para ‘’curar’’ tal comportamento. 
No momento em que Neto é internado no manicômio, o filme começa a mostrar a realidade dos pacientes que viviam ali e as formas desumanas na qual eles tratavam as pessoas, diante do cenário cruel em que estava vivendo, ele tenta por diversas vezes fugir, o que piora o tratamento dos enfermeiros e médico do local, na desculpa de fazer um tratamento ‘’satisfatório’’ para os comportamentos dos pacientes, aplicam formas cruéis como desculpa de tratamento para impedir as ações de Neto, como por exemplo, ele foi preso em solitárias, privado de alimentação e sem nenhuma condição mínima de higiene, eles faziam torturas a partir de choques elétricos na cabeça como forma de tratamento, o que fica evidente que uma forma de punição por conta das tentativas de fuga. 
Outra questão apresentada é que Neto e os demais pacientes são obrigados a consumir medicamentos sem consulta e diagnóstico, esses medicamentos os fazem engordar para que os parentes acreditem que estão sendo bem tratados e que o tratamento está funcionando, outro ponto visível é a corrupção por dinheiro que aquele lugar demonstra, quando o único médico na instituição, deixa claro que seu interesse é apenas no recebimento do dinheiro que era fornecido pelo governo, isso porque ele deixa claro que é preciso chegar novos pacientes. 
Por fim, após tantas tentativas Neto consegue fugir e no retorno para casa, no desejo de ser diferente, aceita um emprego que sua mãe insistentemente propõe, mesmo com muita relutância no início, porém diante da sua falta de capacidade e bem estar psicológico, acaba não se adaptando ao emprego e não consegue se concentrar no que é ensinado, isso acontece por causa das vivências do sanatório, que o deixa sem auto controle, por conta de toda medicação sem devida orientação e choques elétricos. Em dado momento, ele acaba se alterando em uma festa, ficando incontrolável e por conta disso acaba sendo internado novamente, voltando a viver todas as atrocidades. Em um momento marcante na história pudemos ver o a falta de humanidade de um dos enfermeiros que ao ver a tentativa de suicídio de Neto demonstra não se importar, sendo totalmente negligente com a situação. 
Filme: Nice, O coração da Loucura.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Filme: Nice: O coração da Loucura
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 12/04/2021
Duração: 1h50m
O filme Nise se passa no início dos anos 40 e conta a trajetória de Nise da Silveira ao voltar a trabalhar dentro de um hospital psiquiátrico. No início do filme, a mesma começa a conhecer aos poucos as suas alas e os pacientes, o que fazem e como são os costumes naquele ambiente. Tratamentos como a lobotomia e o eletrochoque são procedimentos comuns que ali aconteciam na tentativa de curar os diferentes transtornos mentais que os pacientes apresentavam, tais como a esquizofrenia. Esses procedimentos eram naturalizados pelos médicos e psiquiatras, pois achavam que através de manipulações no cérebro seria possível a contenção dos comportamentos considerados como inadequados do restante da sociedade. Essas técnicas faziam com que pacientes tivessem convulsões e muitas vezes até entrarem em estados vegetativos, pois suas emoções eram removidas através da cirurgia e isso era considerado um sucesso.
Em meio à tantos maus tratos e desumanidade, Nise da Silveira se opôs à violência e começou a trabalhar no setor da Terapia Ocupacional, onde começou a tratar os pacientes do hospital de uma forma mais humanizada através do amor e da arte, dando a eles um espaço para se expressarem e ter mais autonomia. Nesse espaço, cada sujeito era respeitado em sua individualidade e ouvido de maneira singular e subjetiva. Conforme o tempo foi passando, Nise trouxe diversas atividades para aquele local, tais como a pintura e a escultura. A pintura mostrava o mundo interno dos pacientes e era uma ótima forma de expressar suas emoções e sentimentos, coisas que estavam em seu consciente e sobre seu mundo ao redor até àquelas que participavam de um universo próprio. Alguns pacientes tinham dificuldades de se expressar através da fala, mas conseguiram através de suas pinturas. Foi trazido também alguns cachorros como coterapeutas para ajudar nesse processo, pois eles geram vínculos afetivos que é muito importante no tratamento. Eles ajudam a trazer à tona emoções e desejos que muitas vezes são de natureza inconsciente e a partir daí, essas formas expressões eram trabalhas a favor da melhoria. O conceito de cura era algo que Nise também questionava, pois enquanto médicos estavam buscando por ela, Nise acreditava que ela não necessariamente poderia acontecer. Seu foco era em tornar o mundo um lugar melhor para se viver, dar-lhes uma vida mais digna mesmo que estivessem internados.
Nessa época, os hospitais psiquiátricos eram negligenciados e toda a população que sofria algum tipo de problema (mesmo ele não sendo um transtorno mental) iria parar em manicômios e eram excluídos da sociedade por não se encaixarem dentro dos padrões. Foi a partir da reforma psiquiátrica que os hospitais psiquiátricos passaram a ganhar uma outra importância para a sociedade, onde de fato iriam contribuir para a melhoria dos portadores de transtorno mental levando em consideração sua humanidade e direitos. 
Documentário: Estamira.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Documentário Estamira
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 10/04/2021
Duração: 2h1m
O documentário relata a história de Estamira Gomes de Sousa, uma senhora de 63 anos que trabalha em um aterro sanitário no Rio de Janeiro a cerca de 20 anos. Essa senhora sofre de distúrbios mentais, por isso emite comportamentos como: falar sozinha, ouvir vozes, falar coisas que algumas vezes parece não ter nenhum sentido, ela também se refere a Deus de uma forma bem agressiva, com os piores palavrões, mas mesmo agindo assim ela é uma figura respeitada no lixão onde trabalha, e onde reside também, já que ali também é o local onde mora.
Ao assistir vamos acompanhando o comportamento dela antes de iniciar o tratamento psiquiátrico e como ela vai agindo depois de começar otratamento, é perceptível as mudanças nas ações, no discurso de Estamira depois de ingressar no tratamento psiquiátrico e começar a tomar os medicamentos que toma diariamente. 
Podemos assistir os fatos de sua vida no documentário, onde ela conta sua história e expõe sua forma de ver a si mesma e as coisas do mundo, também através das entrevistas com os filhos da senhora, que contam as histórias de seu passado sofrido, como o fato dela sofridos estupros, se prostituído, e nos mostram como é conviver com uma pessoa que possui esse diagnóstico.
Quando paramos para pensar na história de Estamira podemos repensar na ideia de loucura, quando ouvimos o discurso filosófico dessa senhora, às vezes parece não ter sentido, mas se pensarmos na história de vida dela, em possuir uma vida sofrida, ter diagnóstico de distúrbios mentais, talvez o que ela diz não seja algo sem sentido e sim nossa interpretação que seja diferente, por não compartilharmos de sua experiência.
Antigamente as pessoas que possuíam comportamentos diferentes, “fora do padrão”, eram consideradas loucas, e até mandadas para hospitais psiquiátricos sem possuir realmente algum tipo de distúrbio, isso se dava por não conseguir respeitar/aceitar o diferente. Podemos perceber que a ideia de loucura é algo até subjetivo pois ao mesmo tempo que algumas coisas que Estamira diz não fazem sentido, outras tem uma grande verdade e talvez esses distúrbios mentais que ela sofre agora, venham a ser consequência de todo sofrimento que ela passou em seu passado.
Palestra: O grupo comunitário de saúde mental.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Palestra: O grupo comunitário de saúde mental.
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 30/03/2021
Duração: 1h30m
A palestra foi ministrada por duas integrantes do Grupo Comunitário de Saúde Mental durante a aula online de Psicopatologia Geral. O grupo tem por finalidade ajudar o próximo a entender suas próprias questões humanas. Eles sempre faziam reuniões na USP de uma hora e trinta minutos antes da pandemia, onde os grupos se juntavam em rodas de conversas, também faziam apresentações de SARAU tais como: arte, pinturas, cantos, imagens, vídeos, textos e o que cada um sabia fazer e queria compartilhar com o grupo. Agora com a pandemia os encontros são online e reduziu a carga horaria para apenas uma hora de duração.
Durante a pandemia com as reuniões online eles conseguem discorrer mais sobre os impactos na saúde mental e assim cada um consegue ver como o outro está lidando com a COVID-19.
O grupo auxilia na promoção da saúde mental, na valorização da condição humana e sempre com a participação da população, na roda de conversas cada um compartilha sua experiência com o outro, assim um vê a realidade do outro e com isso cada vida se ressignifica, pois assim temos a percepção de que estamos vivos e como nós portamos diante das coisas que nos acontecem.
A etapa reflexiva é muito interessante, pois ela faz com que o indivíduo consiga pensar além de si, pode pensar no outro e pode ver que o seu problema não é o único, ele consegue elevar seus pensamentos e ter novas conexões mentais e ver o que sentiu durante a reunião. 
Ao vermos a atitude do grupo ficamos muito felizes, pois é gratificante ver a empatia de todo o grupo para com o outro. É de extrema importância todos se preocuparem com o próximo, pois assim criamos uma comunidade com a sanidade mental em dia, com isso todos evoluem muitos mais, pois sabemos que a nossa saúde mental manda em praticamente tudo no corpo.
Palestra: Grupo ouvidores de vozes.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Palestra: Grupo ouvidores de vozes.
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 06/04/2021
Duração: 1h15m
A palestra Ouvidores de Vozes retratou casos de pessoas que ouvem e convivem com vozes. Foi relatado que é muito complicado obter um diagnóstico sobre ouvir vozes, devido à complexidade da identificação do que levam eles a ouvirem, embora isso seja muito corriqueiro.
No decorrer da palestra foi relatado que muitas vezes esses casos são tratados como influências espirituais e sintomas patológicos, porém um dos principais fatores que o levaram a ouvir as vozes foi à solidão. 
Foram mostrados alguns modelos de cuidado, como o modelo de cura e modelo de recovery, sendo o primeiro interessado ao sintoma para uma categorização, podendo levar ao uso de medicamentos ou uma análise errônea através das abordagens psicológicas, entendendo que não seria ideal categorizar. 
O método mais eficaz é o modelo de recovery, ele consiste em sair do sintoma e praticar a abordagem da subjetividade, levando o indivíduo a lidar com as vozes e seus significados, sendo não apropriado aplicar um modelo teórico em uma prática tão subjetiva. 
É de extrema importância o apoio familiar para o processo de ressignificação do ouvidor.
Diante dessa temática, foi notória a importância que devemos dar ao acolhimento a essas pessoas, compreendendo que já existe um preconceito e um autojulgamento, tendo em vista que o apoio e a compreensão contribuem para um desenvolvimento subjetivo e uma ressignificação maior.
Sarau: Arte e Saúde Mental.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Sarau: Arte e Saúde Mental.
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 24/04/2021
Duração: 1h45m
O SARAU que ocorreu no dia 24 de abril de 2021 com o tema: Arte e Saúde Mental, lá podemos adquirir muitas experiências positivas e muitos momentos ricos em conhecimento. O evento pôde contar com a participação dos alunos do 7 semestre de psicologia do período da manhã, no qual alguns realizaram a organização do evento, além das professoras Cris e Fernanda, funcionários da AAPSI (assistente social e presidente) e os pacientes da associação.
Em parceria com a Universidade Paulista e a AAPSI foi nos apresentado um pouco sobre o que se consiste um SARAU, e dessa forma podemos entender que esse evento é uma reunião entre pessoas no qual é expressado a arte, através de músicas, danças, teatro, poemas, entre outros. Toda essa expressão artística tem o intuito de fazer com que as pessoas expressem todo o seu sentimento através da arte, podemos perceber o subjetivo de cada indivíduo, o que o ser pensa e o que acontece no seu interior através do que demonstram através da arte, variando também com sua cultura e o seu meio social.
Durante o evento foi apresentado várias expressões artísticas que envolvia os pacientes e os alunos, entre elas, os pacientes cantaram canções que se passavam em suas memórias, eles expressavam todo o sentimento através dessas músicas, causando uma emoção muito grande a todos os presentes.
Os pacientes cantaram canções lindas sempre algum canção que fazia sentido para eles e que possivelmente fazia parte de suas vidas de alguma forma, tiveram vários momentos em que demonstraram alegria, emoção, transmitiram de uma forma tão profunda e pura os seus sentimentos fazendo com que todos ficassem emocionados.
Tiveram algumas apresentações também dos alunos, apresentações musicais, de dança e poéticas como o poema apresentadopor uma aluna, a mesma apresentou o poema com o tema “ O conto das estações”, onde ela fez uma reflexão conosco à respeito das estações do ano, a cada estação temos adversidades, temos fatos bons e ruins, mas que em todos eles precisamos ter sabedoria o suficiente para enxergar o lado bom de cada fato que a vida nos apresenta, pois apenas dessa forma conseguimos superar qualquer adversidade ao decorrer de nossa existência, vendo o lado bom das coisas, mesmo que no fundo não seja tão bom quanto gostaríamos.
Além dessa reflexão poética, tivemos a apresentação de dança, coreografada por um colega de sala, no qual ele apresentou juntamente com sua amiga que estava grávida, também ressaltando mais uma reflexão, entre outras apresentações sensacionais, como músicas, cantos, todos com sua forma subjetiva e sensível, foi um momento de emoção, reflexão e conseguimos adquirir conhecimentos ricos que com certeza nos fez encerrar o evento sabendo que saímos seres humanos mais humanos e sensíveis. O momento foi de muita alegria a todos, encerramos com uma música linda, foi uma data que marcará e ficará como uma grande experiência a todos os participantes.
O SARAU é um projeto maravilhoso, no qual a forma de expressão é a mais verdadeira e pura de sentimentos que ao serem observados conseguimos analisar o que o ser pensa, sente e vive, é uma forma linda de análise.
Sarau: Luta Antimanicomial.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Sarau: Luta Antimanicomial 
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 18/05/2021
Duração: 2h
O Sarau apresentado no dia 18 de maio de 2021, trouxe uma das fundadoras, contando sua história e experiencia diante dos portadores de saúde mental, ela apresentou uma linda poesia relacionada com o tema. Em seguida, contemplou a luta pela reforma antimanicomial, no qual abordou a trajetória, as condições dos manicômios e o modo de tratamento aos indivíduos internados. A luta começou por conta da maneira negligente e abusiva em que os enfermos eram tratados, desconsiderando suas necessidades básicas e tratando – os como se fossem serem descartáveis, pensando apenas em controlar os impulsos e transtornos, sem considerar uma forma de tratamento que pudesse ajudar amenizar o sofrimento psíquico. 
A luta pela reforma do tratamento psiquiátrico, era para que os pacientes não fossem isolados e tratados de maneira descartáveis, mas sim para que fossem encorajados em suas qualidades, fortalecer os vínculos com a família e com a sociedade, pois o isolamento iria apenas piorar a condição psíquica e emocional do paciente. Para isso, colocou- se em questão a substituição das internações, dando ao paciente acesso para atendimentos psicológicos, tratamentos menos invasivos e atividades alternativas de lazer, reforçando também a importância do papel fundamental da família para a recuperação dos pacientes.
Pudemos observar como a luta antimanicomial foi necessária para o desenvolvimento da sociedade e a mudança do olhar em relação aos pacientes psiquiátricos, como foi relatado por um dos participantes, que antes eles eram isolados e desmerecidos e hoje estão participando de uma aula juntamente com a professora contribuindo para essa conscientização e mostrando que a inserção dos portadores de transtornos mentais a sociedade tem mais benefícios do que se pode imaginar, tendo em vista que com o tratamento correto, os pacientes desenvolvem formas melhores para sua recuperação.
Sabemos que, tem muito ainda ser conquistado e que precisa-se dessa conscientização constante do que de fato é o tratamento psiquiátrico e por isso, essa luta tem por objetivo dar voz aquele que antes era rejeitado pela sociedade, entendendo que tudo o que envolve seu tratamento precisa – se estar em seu consentimento e de sua família, tirando essa visão descartável e dando ao paciente a valorização que ele merece e mostrando que ele pode ser o protagonista em prol da busca de seu bem estar e tratamento. Foi de extrema relevância esse momento, pois nos proporcionou uma forma de enxergar de modo diferente o que antes tínhamos em mente sobre tratamento psiquiátrico. 
Filme: Uma mente brilhante.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS RIBEIRÃO PRETO
DIÁRIO DE CAMPO – Filme: Uma mente brilhante.
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA GERAL
Prof.ª Dr.ª Fernanda Aguiar Pizeta
6º/7º Semestres
Alunas: Bianca Delphim Saraiva RA: D56IJE3
Flávia Santos Almeida RA: D803786
Isabela Ribeiro de Souza RA: D5677A2
Julia Gabriela Rocha RA: N270730
Lígia La Luna de Souza Costa RA: N263FE8
Larissa Maria de Souza RA: N271078
Data: 02/06/2021
Duração: 2h20m
O filme conta uma história de um matemático muito inteligente chamado John Nash. Ele possui uma mente brilhante, tendo destaques importantes e contribuições dentro do campo da economia. Ao decorrer do filme descobrimos que Nash possui esquizofrenia, um transtorno que afeta o juízo crítico da realidade e provoca alucinações, fazendo que John em alguns momentos não conseguisse distinguir o real do não real. Também o mostra sendo um personagem com muitas dificuldades em socialização, o que acarretava em um isolamento das outras pessoas. 
A esquizofrenia pode ser classificada em cinco tipos: esquizofrenia paranoide, catatônica, hebefrenia ou desorganizada, indiferenciada e residual. Os indícios de John no filme mostram sintomas muito característicos de uma esquizofrenia paranoide, pois sofria de alucinação de estar sendo perseguido, como mostra no acontecimento da perseguição de carro ou na constante ideia de que estava sendo vigiado e sendo perseguido pelos russos. Além disso, acreditava fazer parte de uma organização secreta e utilizava todos os seus conhecimentos matemáticos para decifrar códigos, o que acreditava que com isso seria possível com que ele salvasse o país. Quem entra em contato com John para que esse trabalho seja realizado era o militar Willian, um personagem que aparece em vários momentos do filme como uma pessoa real, entretanto, se tratava de mais uma alucinação de Nash. Além de Willian, John Nash enxergava e relacionava-se com Charles que era um grande amigo de universidade e com sua sobrinha, mas que também não faziam parte do mundo real e compartilhado. 
No decorrer do filme, John consegue um emprego como professor em uma universidade e conhece uma moça chamada Alice, se casam e começam uma família. Com seu transtorno evoluindo cada vez mais sem nenhum tipo de acompanhamento, Alice interna-o em um hospital psiquiátrico com o objetivo de tentar ajudá-lo. Neste hospital John Nash é submetido a vários tratamentos e dentro deles os eletrochoques e a medicalização. No percurso do filme, Nash mostra altos e baixos na sua progressão do tratamento, porém no final da obra já o vemos lidando melhor com as devidas situações mesmo ainda estando presente as alucinações. A medicalização não faz com que desapareçam seus sintomas, mas que eles consigam deixar John mais lúcido para conseguir identificar a realidade de uma alucinação. Assim, John começa criar e utilizar recursos para lidar de maneira mais positiva com sua esquizofrenia, tais como fazer uma reflexão racional se dando conta de que a sobrinha de Charles poderia ser imaginária, pois ela nunca cresceu e sempre permaneceu com 8 anos. Outro recurso que passou a utilizar era de perguntar para outras pessoas se elas estavam vendo o que ele via quando tinha contato com uma pessoa diferente, assim ele conseguiria fazer essa distinção.
O final do filme mostra ele vencendo o Nobel de economia por seu trabalho com a Teoria dos Jogos, sua esposa Alice foi um personagem muito importante para sua melhora e crescimento e sempre esteve ao seu lado. John Nash aparenta ter aceitado sua condição e essa aceitação o ajudoua superar a adversidade e interagir de maneira mais saudável com a esquizofrenia, permitindo assim uma maior adaptação ao mundo compartilhado.

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