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CADERNO DE PROCESSO PENAL PARTE I

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PROCESSO PENAL – PARTE I - 
PRINCÍPIOS ......................................................................................................................... 19 
1. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS E PROCESSUAIS PENAIS CONSTITUCIONAIS
 19 
1.1. Princípio da presunção de inocência ou não culpabilidade .................................... 19 
1.1.1. Regra probatória ou de juízo .................................................................................. 20 
1.1.2. Regra de tratamento .............................................................................................. 21 
1.2. Princípio da imparcialidade do juiz ......................................................................... 21 
1.3. Princípio da igualdade processual ......................................................................... 22 
1.4. Princípio do contraditório ou bilateralidade da audiência ....................................... 22 
1.5. Princípio da ampla defesa ...................................................................................... 23 
1.5.1. Defesa técnica .................................................................................................................. 23 
1.5.2. Autodefesa ....................................................................................................................... 24 
1.6. Princípio da ação, demanda ou iniciativa das partes (ne procedat judex ex officio)
 25 
1.7. Princípio da oficialidade ......................................................................................... 26 
1.8. Princípio da oficiosidade ........................................................................................ 26 
1.9. Princípio da verdade real ....................................................................................... 26 
1.10. Princípio da obrigatoriedade .................................................................................. 27 
1.11. Princípio da indisponibilidade ................................................................................. 27 
1.12. Princípio do impulso oficial ..................................................................................... 27 
1.13. Princípio da motivação das decisões ..................................................................... 27 
1.14. Princípio da publicidade ......................................................................................... 27 
1.15. Princípio do duplo grau de jurisdição ..................................................................... 28 
1.16. Princípio do juiz natural .......................................................................................... 28 
1.17. Princípio do promotor natural ou do promotor legal ............................................... 28 
1.18. Princípio do defensor natural ................................................................................. 28 
1.19. Princípio do devido processo legal ......................................................................... 29 
1.19.1. Processual ........................................................................................................................ 29 
1.19.2. Material ............................................................................................................................. 29 
1.20. Princípio da economia processual ......................................................................... 29 
1.21. Princípio do favor rei ou favor réu .......................................................................... 29 
1.22. Princípio da oralidade ............................................................................................ 29 
1.23. Princípio da autoritariedade ................................................................................... 29 
 
2 
 
1.24. Princípio da duração razoável do processo do processo penal ............................. 29 
1.25. Princípio da proporcionalidade ............................................................................... 30 
1.26. Princípio da inexigibilidade de autoincriminação ou autodefesa (nemo tenetur se 
detegere) 30 
1.27. Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos ..................... 32 
2. GARANTISMO PENAL ................................................................................................. 32 
1.28. Axiomas relativos à pena: ...................................................................................... 32 
1.29. Garantias relativas ao delito: .................................................................................. 33 
1.30. Garantias relativas ao processo: ............................................................................ 33 
SISTEMAS PENAIS ............................................................................................................. 34 
1. SISTEMA INQUISITIVO ............................................................................................... 34 
2. SISTEMA ACUSATÓRIO ............................................................................................. 34 
3. SISTEMA MISTO OU FRANCÊS ................................................................................. 34 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................................................... 35 
1. CONCEITO ................................................................................................................... 35 
2. CLASSIFICAÇÃO ......................................................................................................... 35 
2.1. Fonte de produção ou material .............................................................................. 35 
2.2. Fonte formal ou de cognição .................................................................................. 35 
2.2.1. Imediata ou direta ............................................................................................................. 36 
2.2.2. Mediatas, indiretas ou supletivas ...................................................................................... 36 
3. CLASSIFICAÇÃO MODERNA (após EC 45/04) ........................................................... 36 
3.1. Fonte Mediata ........................................................................................................ 36 
3.2. Fonte Imediata ....................................................................................................... 36 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL ...................................................................................... 36 
1. QUANTO À ORIGEM OU AO SUJEITO QUE A REALIZA ........................................... 36 
1.1. Autêntica ou legislativa .......................................................................................... 37 
1.2. Doutrinária ou científica ......................................................................................... 37 
1.3. Judicial ou jurisprudencial ...................................................................................... 37 
2. QUANTO AO MODO AOS MEIOS EMPREGADOS .................................................... 37 
2.1. Literal, gramatical ou sintática ................................................................................ 37 
2.2. Teleológica ............................................................................................................. 37 
2.3. Lógica .................................................................................................................... 37 
2.4. Histórica ................................................................................................................. 37 
2.5. Sistemática ............................................................................................................. 37 
3. QUANTO AO RESULTADO .........................................................................................37 
 
3 
 
3.1. Declarativa ............................................................................................................. 37 
3.2. Restritiva ................................................................................................................ 37 
3.3. Extensiva ou ampliativa ......................................................................................... 37 
3.4. Progressiva, adaptativa ou evolutiva ...................................................................... 38 
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO ........................................................................................ 38 
1. TRATADOS, CONVENÇÕES E REGRAS DE DIREITO INTERNACIONAL ................ 38 
2. PRERROGATIVAS CONSTITUCIONAIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DE 
OUTRAS AUTORIDADES ......................................................................................................... 39 
3. PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR ......................................... 39 
4. PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL ESPECIAL .................................. 39 
5. CRIMES DE IMPRENSA .............................................................................................. 39 
6. CRIMES ELEITORAIS .................................................................................................. 40 
LEI PROCESSUAL NO TEMPO .......................................................................................... 40 
1. NORMAS PROCESSUAIS HETEROTÓPICAS............................................................ 40 
2. VIGÊNCIA, VALIDADE, REVOGAÇÃO, DERROGAÇÃO E AB-ROGAÇÃO DA LEI 
PROCESSUAL PENAL.............................................................................................................. 41 
INQUÉRITO POLICIAL (INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR) ................................................... 41 
1. CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL ....................................................................... 41 
2. NATUREZA JURÍDICA ................................................................................................. 41 
3. FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL .................................................................... 42 
3.1. IDENTIFICAR FONTES DE PROVA ...................................................................... 42 
3.2. COLHER ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO .......................................................... 42 
3.2.1. Distinção entre elementos de informação e provas ............................................... 42 
3.2.2. Finalidade dos elementos de informação ............................................................... 44 
4. DESTINATÁRIOS DO IP .............................................................................................. 44 
4.1. DESTINATÁRIOS IMEDIATOS .............................................................................. 44 
4.2. DESTINATÁRIO MEDIATO ................................................................................... 44 
5. TERMO CIRCUNSTANCIADO ..................................................................................... 44 
6. PRESIDÊNCIA DO INQUÉRITO POLICIAL ................................................................. 44 
7. ATRIBUIÇÃO DA POLÍCIA INVESTIGATIVA ............................................................... 46 
8. CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL ........................................................ 47 
8.1. PEÇA ESCRITA ..................................................................................................... 47 
8.2. PEÇA INSTRUMENTAL......................................................................................... 48 
8.3. PEÇA DISPENSÁVEL ........................................................................................... 48 
8.4. SIGILOSO .............................................................................................................. 48 
 
4 
 
8.4.1. Regras gerais ................................................................................................................... 48 
8.4.2. Acesso do advogado aos autos do procedimento investigatório ....................................... 49 
8.4.3. Delegado não deixa advogado analisar os autos do inquérito, o que fazer? ..................... 49 
8.4.4. (Des) necessidade de procuração .................................................................................... 50 
8.4.5. (Des) necessidade de autorização judicial para acesso do advogado aos autos do IP ..... 50 
8.5. INQUISITIVO ......................................................................................................... 50 
8.5.1. Investigação preliminar como procedimento sujeito ao contraditório e à ampla defesa
 51 
8.5.2. Investigação preliminar como um procedimento inquisitorial ................................. 52 
8.6. INFORMATIVO ...................................................................................................... 53 
8.7. INDISPONÍVEL ...................................................................................................... 54 
8.8. TEMPORÁRIO ....................................................................................................... 54 
8.9. DISCRICIONÁRIO ................................................................................................. 54 
9. INVESTIGAÇÃO PENAL DEFENSIVA ......................................................................... 55 
10. FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO .......................................................... 56 
10.1. AÇÃO PENAL PRIVADA (APP) ............................................................................. 56 
10.2. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO (APCR) .......... 56 
10.3. AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (API) .............................................. 56 
10.3.1. Instauração de ofício (PORTARIA) ................................................................................... 56 
10.3.2. Requisição do juiz ou do MP............................................................................................. 56 
10.3.3. Requerimento do ofendido/representante legal ................................................................ 57 
10.3.4. Auto de prisão em flagrante delito .................................................................................... 57 
10.3.5. Notícia oferecida por qualquer do povo (“delatio criminis”) ............................................... 57 
11. NOTITIA CRIMINIS ...................................................................................................... 58 
11.1. CONCEITO ............................................................................................................ 58 
11.2. ESPÉCIES ............................................................................................................. 58 
11.2.1. De cognição imediata (ESPONTÂNEA) ............................................................................ 58 
11.2.2. De cognição mediata (PROVOCADA) .............................................................................. 58 
11.2.3. De cognição COERCITIVA ............................................................................................... 58 
11.3. NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA ................................................................... 58 
11.4. DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS ....................................................................... 58 
12. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ........................................................................................ 62 
12.1. NOÇÕES GERAIS ................................................................................................. 62 
12.2. LEIS RELATIVAS À IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ................................................. 63 
12.3. HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ......................63 
12.4. LEI N. 12.654/2012 – COLETA DE MATERIAL GENÉTICO .................................. 64 
 
5 
 
13. INDICIAMENTO ............................................................................................................ 67 
13.1. CONCEITO ............................................................................................................ 67 
13.2. MOMENTO ............................................................................................................ 68 
13.3. PRESSUPOSTOS ................................................................................................. 68 
13.4. ESPÉCIES DE INDICIAMENTO ............................................................................ 68 
13.4.1.Indiciamento direito
 68 
13.4.2.Indiciamento indireto
 68 
13.5. ATRIBUIÇÃO DO INDICIAMENTO ........................................................................ 68 
13.6. DESINDICIAMENTO .............................................................................................. 69 
13.7. SUJEITO PASSIVO DO INDICIAMENTO .............................................................. 69 
13.8. AFASTAMENTO DO SERVIDOR PÚBLICO DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES
 69 
13.9. INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO PRESO ................................................ 70 
14. PRAZO PARA CONCLUSÃO DO IP ............................................................................ 71 
14.1. PRAZO PARA CONCLUSÃO DO IP NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ........ 71 
14.1.1. Previsão legal e considerações ........................................................................................ 71 
14.1.2. Prazo penal ou processual penal? .................................................................................... 72 
14.2. PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO IP NA LEGISLAÇÃO ESPECIAL (EXCEÇÕES)
 72 
14.2.1. Justiça Federal ................................................................................................................. 72 
14.2.2. Lei dos Crimes Contra a Economia Popular. Lei nº 1521/51 ............................................. 73 
14.2.3. Lei de drogas (11.343/06) ................................................................................................. 73 
14.2.4. Justiça Militar .................................................................................................................... 73 
14.2.5. Lei dos Crimes Hediondos ................................................................................................ 73 
14.2.6. Esquema gráfico ............................................................................................................... 73 
15. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL ................................................................... 74 
15.1. NÃO RECEPÇÃO DO § 1º DO ART. 10 DO CPP ................................................. 75 
15.2. QUAL SERIA A SOLUÇÃO MAIS ADEQUADA? ................................................... 75 
15.3. O QUE ALGUNS ESTADOS E TRIBUNAIS FIZERAM? ........................................ 75 
15.3.1. ADI 2886/RJ ..................................................................................................................... 76 
15.4. RESOLUÇÃO N. 063/2009-CJF .......................................................................... 77 
15.4.1. ADI 4305........................................................................................................................... 77 
15.5. CHEGANDO AO JUÍZO COMPETENTE ............................................................... 77 
16. CERTIDÃO DE ANTECEDENTES ............................................................................... 77 
 
6 
 
17. VISTA DOS AUTOS DO IP AO MP .............................................................................. 78 
17.1. OFERECERIMENTO DA DENÚNCIA .................................................................... 78 
17.2. REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS .................................................................... 78 
17.3. PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO DO IP ........................................................... 79 
17.4. ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO E PEDIDO DE REMESSA DOS 
AUTOS AO JUÍZO COMPETENTE (DECLINATORI FORI) ................................................... 79 
17.5. SUSCITAR CONFLITO DE COMPETÊNCIA OU CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO ... 79 
18. CONFLITO DE COMPETÊNCIA .................................................................................. 79 
18.1. CONCEITOS .......................................................................................................... 79 
18.1.1. Conflito Positivo ................................................................................................................ 80 
18.1.2. Conflito Negativo .............................................................................................................. 80 
18.2. CASUÍSTICA .......................................................................................................... 80 
18.2.1. Qual a competência para julgar conflito? .......................................................................... 80 
18.2.2. Caso especial: conflito de competência entre Juizado Especial Federal e Juízo Comum 
Federal 81 
19. CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO ....................................................................................... 81 
20. CONFLITO “VIRTUAL” DE JURISDIÇÃO/COMPETÊNCIA ......................................... 86 
21. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL ............................................................ 86 
21.1. NATUREZA JURÍDICA .......................................................................................... 86 
21.2. FUNDAMENTOS QUE AUTORIZAM O ARQUIVAMENTO DO IP ........................ 86 
21.2.1. Atipicidade formal ou material ........................................................................................... 86 
21.2.2. Excludente da ilicitude/Excludente da culpabilidade, SALVO inimputabilidade ................. 86 
21.2.3. Causa extintiva da punibilidade ........................................................................................ 87 
21.2.4. Ausência de elementos informativos quanto à autoria e materialidade ............................. 87 
21.3. COISA JULGADA .................................................................................................. 87 
21.4. ARQUIVAMENTO POR FALTA DE ELEMENTOS INFORMATIVOS .................... 88 
21.4.1. “Prova nova” ..................................................................................................................... 88 
21.5. DESARQUIVAMENTO ........................................................................................... 88 
21.6. PROCEDIMENTO DO ARQUIVAMENTO .............................................................. 89 
21.6.1. Modo ................................................................................................................................ 89 
21.6.2. Procedimento do arquivamento na Justiça Estadual ......................................................... 89 
21.6.3. Procedimento do arquivamento na Justiça Federal/Justiça Comum do DF e Territórios ... 90 
21.6.4. Procedimento de arquivamento na Justiça Militar da União (JMU) ................................... 90 
21.6.5. Procedimento do arquivamento na Justiça Eleitoral .......................................................... 91 
21.6.6. Procedimento do arquivamento nas hipóteses de atribuição do PGJ/PGR ....................... 91 
21.7. ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO ............................................................................... 92 
 
7 
 
21.8. ARQUIVAMENTO INDIRETO ................................................................................ 92 
21.9. RECURSOS CABÍVEIS NAS HIPÓTESES DE ARQUIVAMENTO: EM REGRA O 
ARQUIVAMENTO É IRRECORRÍVEL................................................................................... 92 
21.10. EXCEÇÕES: HIPÓTESES ESPECIAIS EM QUE HAVERÁ RECURSO DA 
DECISÃO DE ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO ................................................................ 93 
21.10.1. Crimes contra a economia popular ou contra a saúde pública ...................................... 93 
21.10.2. Contravenções do jogo do bicho e corrida de cavalos fora do hipódromo ..................... 93 
21.10.3. Juiz arquiva o inquérito de ofício sem iniciativa do MP .................................................. 93 
22. TRANCAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL .............................................................. 93 
23. INVESTIGAÇÃO PELO MP .......................................................................................... 93 
24. CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL PELO MP .................................... 96 
24.1. PREVISÃO NA CF ................................................................................................. 96 
24.2. PREVISÃO NA LC 75/93 (LOMPU) ....................................................................... 96 
24.3. FUNDAMENTO DO CONTROLE EXTERNO PELO MP........................................ 96 
24.4. ATUAÇÃO DO MP NO CONTROLE EXTERNO .................................................... 96 
AÇÃO PENAL ...................................................................................................................... 97 
1. CONCEITO ................................................................................................................... 97 
2. CARACTERÍSTICAS .................................................................................................... 97 
2.1. DIREITO PÚBLICO ................................................................................................ 98 
2.2. DIREITO SUBJETIVO ............................................................................................ 98 
2.3. DIREITO AUTÔNOMO........................................................................................... 98 
2.4. DIREITO ABSTRATO ............................................................................................ 98 
3. CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL .................................................................................. 98 
3.1. CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO (Doutrina Clássica: posição 
CONSERVADORA)................................................................................................................ 98 
3.1.1. Possibilidade jurídica do pedido ........................................................................................ 98 
3.1.2. Legitimidade das partes (legitimatio ad causam) .............................................................. 99 
3.1.3. Interesse de agir ............................................................................................................. 101 
3.1.4. Justa Causa .................................................................................................................... 102 
3.2. CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO PENAL (Doutrina contemporânea: visão 
MODERNA) .......................................................................................................................... 104 
3.2.1. Prática de fato aparentemente criminoso (tipicidade, ilicitude, culpabilidade – fumus 
comissi delicti) .............................................................................................................................. 104 
3.2.2. Punibilidade Concreta ..................................................................................................... 105 
3.2.3. Legitimidade ad causam ................................................................................................. 105 
3.2.4. Justa causa .................................................................................................................... 105 
 
8 
 
3.3. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO PENAL ................................................. 105 
3.3.1. Considerações ................................................................................................................ 105 
3.3.2. Condição de procedibilidade # Condição objetiva de punibilidade .................................. 105 
4. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS ................................................................... 107 
4.1. AÇÃO PENAL PÚBLICA ...................................................................................... 108 
4.1.1. Ação Penal Pública Incondicionada ................................................................................ 108 
4.1.2. Ação Penal Pública Condicionada .................................................................................. 108 
4.1.3. Ação Penal Pública “subsidiária da Pública” ................................................................... 108 
4.2. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA ............................................................ 109 
4.2.1. Ação Penal Privada Personalíssima ............................................................................... 109 
4.2.2. Ação penal privada exclusivamente privada ................................................................... 110 
4.2.3. Ação penal privada subsidiária da pública ...................................................................... 110 
4.3. AÇÃO PENAL POPULAR .................................................................................... 110 
4.4. AÇÃO PENAL EX OFFICIO (PROCESSO JUDICIALIFORME) ........................... 111 
4.5. AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A HONRA ............................................. 111 
4.5.1. Injúria real mediante vias de fato .................................................................................... 111 
4.5.2. Crime contra a honra do Presidente da República .......................................................... 112 
4.5.3. Crime contra a honra de servidor público em razão de suas funções. ............................ 112 
4.6. AÇÃO PENAL EM CRIMES DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE ........................... 113 
4.7. AÇÃO PENAL EM CRIMES AMBIENTAIS .......................................................... 114 
4.8. AÇÃO PENAL EM CRIMES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A 
MULHER 114 
4.9. AÇÃO DE PREVENÇÃO PENAL ......................................................................... 115 
4.10. AÇÃO PENAL SECUNDÁRIA .............................................................................. 115 
4.11. AÇÃO PENAL ADESIVA ...................................................................................... 115 
4.12. AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ....................... 116 
5. PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL ................................................................................. 117 
6. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA ................................................................ 120 
6.1. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO
 120 
6.1.1. Natureza jurídica ............................................................................................................. 120 
6.1.2. Conceito ......................................................................................................................... 120 
6.1.3. Direcionamento............................................................................................................... 120 
6.1.4. Formalismo ..................................................................................................................... 120 
6.1.5. Prazo .............................................................................................................................. 120 
6.1.6. Exceções ao prazo de 06 meses .................................................................................... 121 
 
9 
 
6.1.7. Legitimidade................................................................................................................... 122 
6.1.8. Retratação da representação.......................................................................................... 123 
6.1.9. Retratação da retratação da representação .................................................................... 124 
6.1.10. Eficácia subjetiva/objetiva da representação .................................................................. 124 
6.2. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA 
JUSTIÇA 124 
6.2.1. Conceito ......................................................................................................................... 124 
6.2.2. Retratação da requisição ................................................................................................ 125 
7. AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA .............................................. 125 
7.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 125 
7.2. REGRAS .............................................................................................................. 125 
7.3. EXCEÇÕES (NÃO PRECISA DE UM ‘OFENDIDO INDIVIDUALIZADO’) ........... 125 
7.4. PODERES DO MP ............................................................................................... 126 
7.4.1. Repudiar a queixa, oferecendo denúncia substitutiva ..................................................... 127 
7.4.2. Aditar a queixa, tanto em seus aspectos formais, como materiais .................................. 127 
7.4.3. Se o querelante for negligente, o MP reassume o polo ativo da ação penal ................... 127 
7.4.4. Prazo .............................................................................................................................. 128 
8. PEÇA ACUSATÓRIA (DENÚNCIA E QUEIXA-CRIME) ............................................. 128 
8.1. REQUISITOS (ART. 41 DO CPP) ........................................................................ 128 
8.1.1. “Exposição do fato criminoso” ......................................................................................... 128 
8.1.2. Identificação do Acusado ................................................................................................ 131 
8.1.3. Classificação do Crime ................................................................................................... 131 
8.1.4. Rol de testemunhas ........................................................................................................ 133 
8.1.5. Em vernáculo .................................................................................................................. 133 
8.1.6. Subscrita pelo promotor/advogado ................................................................................. 133 
8.2. PROCURAÇÃO PARA A QUEIXA-CRIME .......................................................... 133 
8.3. PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA PELO MP .............................. 137 
8.4. “DENÚNCIA ALTERNATIVA” ............................................................................... 137 
8.5. CONEXÃO ENTRE CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA E AÇÃO PENAL 
PRIVADA 138 
8.6. RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA .......................................................... 138 
8.6.1. Fundamentação do recebimento .................................................................................... 138 
8.6.2. Momento do recebimento da peça acusatória ................................................................ 139 
8.6.3. Recurso cabível contra o recebimento da peça acusatória ............................................. 139 
8.7. REJEIÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA .................................................................. 139 
8.8. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (antigas hipóteses de ‘não recebimento’) ................... 141 
 
10 
 
9. RENÚNCIA (AÇÃO PENAL PRIVADA) ...................................................................... 142 
9.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 142 
9.2. NATUREZA JURÍDICA ........................................................................................ 142 
9.3. PRINCÍPIOS ........................................................................................................ 142 
9.4. CONCEITO .......................................................................................................... 142 
9.5. ATO UNILATERAL ............................................................................................... 142 
9.6. MOMENTO .......................................................................................................... 142 
9.7. PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE ...................................................................... 143 
9.8. ESPÉCIES DE RENÚNCIA .................................................................................. 143 
9.8.1. Expressa......................................................................................................................... 143 
9.8.2. Tácita .............................................................................................................................. 143 
9.9. RETRATAÇÃO DA RENÚNCIA ........................................................................... 144 
10. PERDÃO DO OFENDIDO (AÇÃO PENAL PRIVADA) ............................................... 144 
10.1. AÇÃO PENAL PRIVADA # PERDÃO JUDICIAL .................................................. 144 
10.2. CONCEITO .......................................................................................................... 144 
10.3. PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE ..................................................................... 144 
10.4. ATO BILATERAL ................................................................................................. 144 
10.5. MOMENTO .......................................................................................................... 145 
10.6. PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE ...................................................................... 145 
10.7. ESPÉCIES DE PERDÃO ..................................................................................... 145 
10.7.1. Expresso......................................................................................................................... 145 
10.7.2. Tácito .............................................................................................................................. 145 
11. PEREMPÇÃO (AÇÃO PENAL PRIVADA) .................................................................. 145 
11.1. CONCEITO .......................................................................................................... 145 
11.2. NATUREZA .......................................................................................................... 146 
11.3. DECADÊNCIA # PEREMPÇÃO ........................................................................... 146 
11.4. HIPÓTESES DE PEREMPÇÃO ........................................................................... 146 
11.5. RENÚNCIA x PERDÃO DO OFENDIDO x PEREMPÇÃO ................................... 147 
JURISDIÇÃO ...................................................................................................................... 147 
1. MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS ....................................................... 147 
1.1. AUTOTUTELA ..................................................................................................... 147 
1.2. AUTOCOMPOSIÇÃO .......................................................................................... 148 
1.3. RENÚNCIA ..........................................................................................................148 
1.4. SUBMISSÃO ........................................................................................................ 148 
1.5. TRANSAÇÃO ....................................................................................................... 148 
 
11 
 
2. JURISDIÇÃO .............................................................................................................. 148 
3. PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL ................................................................................. 148 
3.1. NÃO HAVERÁ JUÍZO OU TRIBUNAL DE EXCEÇÃO. ART. 5º XXXVII CF: ....... 148 
3.2. NINGUÉM SERÁ PROCESSADO NEM SENTENCIADO SE NÃO PELA 
AUTORIDADE COMPETENTE. ........................................................................................... 149 
3.3. REGRAS DE PROTEÇÃO (QUE DERIVAM DO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL)
 149 
3.3.1. Lei posterior que altera a competência tem aplicação imediata? .................................... 149 
3.3.2. No processo penal é possível a perpetuação da jurisdição? ........................................... 149 
3.3.3. Convocação de juízes de 1ª instancia para atuar nos Tribunais. Pode? ......................... 150 
COMPETÊNCIA ................................................................................................................. 150 
1. COMPETÊNCIA: CONCEITO..................................................................................... 150 
2. ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA ................................................................................. 151 
2.1. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA (RATIONE MATERIAE) .................. 151 
2.2. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA ACUSADA (RATIONE PERSONAE) 151 
2.3. COMPETÊNCIA TERRITORIAL (RATIONE LOCI) .............................................. 151 
2.4. COMPETÊNCIA FUNCIONAL ............................................................................. 152 
2.4.1. Por fase do processo ...................................................................................................... 152 
2.4.2. Por objeto do juízo .......................................................................................................... 152 
2.4.3. Por grau de jurisdição ..................................................................................................... 152 
3. COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA..................................... 153 
4. GUIA DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA ................................................................... 154 
5. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA (RATIONE MATERIAE) ........................ 155 
6. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR
 155 
6.1. COMPARATIVO ................................................................................................... 155 
6.2. CONSIDERAÇÕES PERTINENTES .................................................................... 156 
6.2.1. Momento da prática ........................................................................................................ 156 
6.2.2. Conexão ......................................................................................................................... 156 
6.2.3. Crimes militares próprios e impróprios ............................................................................ 157 
6.2.4. Crimes militares de tipificação direta e de tipificação indireta.......................................... 158 
6.2.5. Esquema gráfico ............................................................................................................. 158 
6.2.6. Casuística ....................................................................................................................... 159 
6.2.7. Súmulas importantes referentes à Justiça Militar ............................................................ 160 
7. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL
 161 
 
12 
 
8. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO ............................................................................................................................. 162 
9. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: COMPETÊNCIA DA “JUSTIÇA POLÍTICA 
OU EXTRAORDINÁRIA” ......................................................................................................... 162 
10. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
 163 
10.1. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL X ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL
 163 
10.2. ANÁLISE DO ART. 109, IV DA CF: CRIMES POLÍTICOS, INFRAÇÕES EM 
DETRIMENTO DE BENS, SERVIÇOS OU INTERESSE DA UNIÃO OU SUAS ENTIDADES 
AUTÁRQUICAS E EMPRESAS PÚBLICAS ........................................................................ 164 
10.2.1. “Crimes Políticos” ........................................................................................................... 164 
10.2.2. “União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas” ................................... 165 
10.2.3. “Em detrimento de BENS, SERVIÇOS ou INTERESSE da União ou de suas entidades 
autárquicas ou empresas públicas” ............................................................................................... 165 
10.2.4. Casuística ....................................................................................................................... 167 
10.3. ANÁLISE DO ART. 109, V DA CF: CRIMES PREVISTOS EM TRATADO OU 
CONVENÇÃO INTERNACIONAL DESDE QUE INICIADA A EXECUÇÃO NO PAÍS O 
RESULTADO TENHA OU DEVESSE TER OCORRIDO NO ESTRANGEIRO OU 
RECIPROCAMENTE ........................................................................................................... 178 
10.3.1. Requisitos para a aplicação ............................................................................................ 178 
10.3.2. Casuística: ...................................................................................................................... 179 
10.4. ANÁLISE DO ART. 109, V- A DA CF: CRIMES RELATIVOS A DIREITOS 
HUMANOS ........................................................................................................................... 184 
10.4.1. Requisitos ....................................................................................................................... 184 
10.5. ANÁLISE DO ART. 109 VI DA CF: CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO 
TRABALHO E QUANDO A LEI DISPUSER, CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO E A ORDEM 
ECONÔMICO-FINANCEIRA ................................................................................................ 184 
10.5.1. “Crimes contra a Organização do Trabalho” ................................................................... 184 
10.5.2. “Nos casos determinados por lei, crimes contra o Sistema Financeiro e a Ordem 
Econômico-financeira”. ................................................................................................................. 186 
10.6. ANÁLISE DO ART. 109, IX DA CF: CRIMES COMETIDOS A BORDO DE NAVIOS 
OU AERONAVES................................................................................................................. 187 
10.7. ANÁLISE DO ART. 109, XI DA CF: CRIMES RELATIVOS A DISPUTA SOBRE 
DIREITOS INDÍGENAS ........................................................................................................ 188 
11. COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (EM RAZÃO DA PESSOA 
ACUSADA) .............................................................................................................................. 189 
11.1. CRIME COMETIDO DURANTE O EXERCÍCIO FUNCIONAL ............................. 189 
11.1.1. Súmula 394 (cancelada) e os §1º e §2º do art. 84 do CPP ............................................. 189 
 
13 
 
11.1.2. E quem foi processado sob a vigência dos parágrafos 1º e 2º do art. 84 do CPP? ......... 19011.2. CRIME COMETIDO APÓS O EXERCÍCIO FUNCIONAL .................................... 191 
11.2.1. Súmula 451 do STF ........................................................................................................ 191 
11.2.2. Jurisprudência ................................................................................................................ 191 
11.3. IRRELEVÂNCIA DO LOCAL DA INFRAÇÃO ...................................................... 192 
11.4. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO ......................................................................... 192 
11.5. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E HOMICÍDIO DOLOSO ............... 193 
11.6. CRIME COMETIDO EM COAUTORIA COM TITULAR DE FORO POR 
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ........................................................................................... 193 
11.7. PROCEDIMENTO (LEI 8.038/90) ........................................................................ 195 
11.8. EXCEÇÃO DA VERDADE ................................................................................... 195 
11.9. DECISÕES RECENTES ...................................................................................... 195 
11.10. ESQUEMA GRÁFICO DOS FOROS POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (CRIMES 
COMUNS) ............................................................................................................................ 196 
12. COMPETÊNCIA TERRITORIAL (RATIONE LOCI) .................................................... 196 
12.1. REGRA GERAL ................................................................................................... 196 
12.2. CASUÍSTICA ........................................................................................................ 197 
12.2.1. Apropriação indébita ....................................................................................................... 197 
12.2.2. Crimes formais................................................................................................................ 197 
12.2.3. Crime plurilocal de homicídio doloso ............................................................................... 197 
12.2.4. Crime de estelionato praticado mediante falsificação de cheque .................................... 197 
12.2.5. Crime de estelionato mediante cheque sem fundos (art. 171, §2º, VI, CP). .................... 198 
12.2.6. Infrações de menor potencial ofensivo ............................................................................ 198 
12.2.7. Crimes falimentares ........................................................................................................ 198 
12.2.8. Local da consumação desconhecido .............................................................................. 198 
12.2.9. Foro de eleição na Ação Privada .................................................................................... 199 
12.3. SÍNTESE TEORIAS PARA FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL ........ 199 
13. COMPETÊNCIA NA JURISPRUDÊNCIA ................................................................... 199 
14. REGRAS DE ALTERAÇÃO DE COMPETÊNCIA: CONEXÃO/CONTINÊNCIA ......... 200 
14.1. CONCEITO E EFEITOS....................................................................................... 200 
14.2. CONEXÃO (VÁRIAS CONDUTAS) ...................................................................... 200 
14.2.1. Conexão intersubjetiva ................................................................................................... 200 
14.2.2. Conexão objetiva (lógica ou material) ............................................................................. 201 
14.2.3. Conexão instrumental (probatória ou processual) ........................................................... 201 
14.2.4. Dispositivos legais .......................................................................................................... 201 
14.3. CONTINÊNCIA (UMA CONDUTA) ...................................................................... 201 
 
14 
 
14.3.1. Por cumulação subjetiva ................................................................................................. 201 
14.3.2. Por cumulação objetiva ................................................................................................... 201 
14.3.3. Dispositivos legais .......................................................................................................... 202 
14.4. JUÍZO QUE TERÁ FORÇA ATRATIVA ............................................................... 202 
14.4.1. Impossibilidade de atração no caso de já haver julgamento de um dos processos ......... 202 
14.4.2. Regras de estabelecimento da força atrativa .................................................................. 202 
14.4.3. Resumo das regras de força atrativa pela conexão/continência ..................................... 203 
14.4.4. Dispositivos legais .......................................................................................................... 203 
14.5. ESQUEMA GRÁFICO (MEMORIZAR) ................................................................. 203 
14.5.1. Conexão ......................................................................................................................... 204 
14.5.2. Continência ..................................................................................................................... 204 
TEORIA GERAL DA PROVA PENAL ................................................................................. 204 
1. TERMINOLOGIA DA PROVA ..................................................................................... 204 
1.1. CONCEITO .......................................................................................................... 204 
1.1.1. Prova como ATIVIDADE PROBATÓRIA ......................................................................... 205 
1.1.2. Prova como RESULTADO .............................................................................................. 205 
1.1.3. Prova como MEIO .......................................................................................................... 205 
1.2. DESTINATÁRIO DA PROVA ............................................................................... 205 
1.3. SUJEITOS DA PROVA ........................................................................................ 205 
1.4. FONTE DE PROVA ............................................................................................. 205 
1.5. FORMA DA PROVA (MODO) .............................................................................. 205 
1.6. MEIO DE PROVA ................................................................................................ 206 
1.6.1. Instrumentos aptos à formação da convicção do juiz ...................................................... 206 
1.6.2. Exceções ao princípio da liberdade das provas .............................................................. 206 
1.6.3. Meio de prova x Meio de obtenção de prova .................................................................. 207 
1.7. OBJETO DE PROVA (THEMA PROBANDUM) ................................................... 208 
1.8. ELEMENTOS DE PROVA .................................................................................... 208 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS ............................................................................... 209 
2.1. PROVA DIRETA / PROVA INDIRETA (QUANTO AO OBJETO) ......................... 209 
2.2. PROVA PLENA / NÃO PLENA OU SEMIPLENA (QUANTO AO VALOR) ........... 209 
2.3. PROVAS REAIS / PESSOAIS (QUANTO AO SUJEITO) .................................... 209 
2.4. INDÍCIOS (SIGNIFICADOS) ................................................................................ 209 
2.5. PROVA POSITIVA / PROVA NEGATIVA (QUANTO À EXISTÊNCIA DO FATO) 210 
2.6.PROVA EMPRESTADA ....................................................................................... 210 
2.7. PROVA IRRITUAL ............................................................................................... 211 
 
15 
 
2.8. PROVA ANÔMALA .............................................................................................. 211 
3. PRINCÍPIOS RELACIONADOS À PROVA ................................................................. 212 
3.1. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (OU DA PRESUNÇÃO DE NÃO 
CULPA?) 212 
3.2. PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE PELO JUIZ (DA VERDADE MATERIAL OU 
VERDADE REAL) ................................................................................................................ 212 
3.3. PRINCÍPIO DO “NE NEMO TENETUR SE DETEGERE” (NÃO 
AUTOINCRIMINAÇÃO) ........................................................................................................ 213 
3.3.1. Conceito e previsão legal ................................................................................................ 213 
3.3.2. Abrangência do princípio (desdobramentos) ................................................................... 213 
4. ANÁLISE DA LEI 11.690/08 ....................................................................................... 215 
4.1. ANÁLISE DO ART. 155 DO CPP: VALORAÇÃO DAS PROVAS E EXCEÇÕES AO 
CONTRADITÓRIO ............................................................................................................... 215 
4.1.1. Modificação do art. 155 ................................................................................................... 215 
4.1.2. Sistemas de Valoração da prova .................................................................................... 216 
4.1.3. Elementos Informativos x Prova ..................................................................................... 217 
4.1.4. Provas cautelares, antecipadas e não repetíveis ............................................................ 218 
4.2. ART. 156 DO CPP: ÔNUS DA PROVA E ATUAÇÃO DO JUIZ DE OFÍCIO ........ 221 
4.2.1. Redação do dispositivo ................................................................................................... 221 
4.2.2. Ônus da prova ................................................................................................................ 221 
4.2.3. Juiz Inquisidor ................................................................................................................. 224 
4.3. ART. 157 DO CPP (CF art. 5º, inc. LVI): PROIBIÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS. 226 
4.3.1. Redação do dispositivo ................................................................................................... 226 
4.3.2. Prova ilegal/vedada/proibida (gênero) ............................................................................ 227 
4.3.3. Prova ilícita por derivação ............................................................................................... 228 
4.3.4. Esquema gráfico ............................................................................................................. 235 
PROVAS EM ESPÉCIE ...................................................................................................... 236 
1. PROVA PERICIAL (158 a 184 CPP) .......................................................................... 236 
1.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 236 
1.2. CONCEITO DE PERÍCIA ..................................................................................... 240 
2. PERITO (ART. 159 CP) .............................................................................................. 240 
2.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 241 
2.2. CONCEITO .......................................................................................................... 241 
3. ASSISTENTE TÉCNICO (ART. 159, §3º, §4º E §7º CPP) ......................................... 242 
3.1. CONCEITO .......................................................................................................... 242 
3.2. PERITO x ASSISTENTE TÉCNICO ..................................................................... 242 
 
16 
 
4. CORPO DE DELITO (ART. 161 CPP) ........................................................................ 243 
4.1. CONCEITO .......................................................................................................... 243 
4.2. EXAME DE CORPO DE DELITO E INÍCIO DO PROCESSO .............................. 244 
4.3. OBRIGATORIEDADE DO EXAME DE CORPO DE DELITO ............................... 244 
4.3.1. Delitos de fato permanente (delicta facti permanentis ou infrações penais intranseuntes)
 244 
4.3.2. Delitos de fato transeunte (delicta facti transeuntis ou transeuntes)................................ 245 
4.4. EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO x CORPO DE DELITO INDIRETO ... 245 
4.5. CASUÍSTICA ........................................................................................................ 245 
4.5.1. Quadro comparativo ....................................................................................................... 245 
4.5.2. Ausência do exame de corpo de delito direto nos crimes que deixam vestígios. ............ 248 
5. INTERROGATÓRIO DO ACUSADO (art. 185 a 196 CPP) ........................................ 249 
5.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 249 
5.2. CONCEITO .......................................................................................................... 252 
5.3. NATUREZA JURÍDICA ........................................................................................ 252 
5.4. AMPLA DEFESA (ART. 5º, LV, CF) ..................................................................... 252 
5.4.1. Defesa técnica ................................................................................................................ 252 
5.4.2. Autodefesa ..................................................................................................................... 253 
5.5. MOMENTO DA REALIZAÇÃO DO INTERROGATÓRIO. ART. 400 CPP............ 255 
5.5.1. Considerações ................................................................................................................ 255 
5.5.2. Procedimentos em que o interrogatório ocorre no fim da audiência de instrução e 
exceções ...................................................................................................................................... 255 
5.6. NOMEAÇÃO DE CURADOR ............................................................................... 263 
4. CONFISSÃO (art. 197 a 200 CPP) ............................................................................. 264 
4.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 264 
4.2. CONCEITO .......................................................................................................... 264 
4.3. “TESTEMUNHO DUPLAMENTE QUALIFICADO” ............................................... 264 
4.4. VALOR PROBATÓRIO DA CONFISSÃO ............................................................ 264 
4.5. CLASSIFICAÇÃO DA CONFISSÃO .................................................................... 264 
4.6. CARACTERÍSTICAS DA CONFISSÃO ............................................................... 267 
5. DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (art. 201 CPP) ....................................................... 267 
5.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 267 
5.2. CONSIDERAÇÕES ..............................................................................................268 
5.3. VALOR PROBATÓRIO ........................................................................................ 268 
5.4. INOVAÇÕES LEGISLATIVAS (LEI 11.690/08) .................................................... 268 
6. PROVA TESTEMUNHAL (art. 202 a 225 CPP) .......................................................... 269 
 
17 
 
6.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 269 
6.2. CONCEITO DE TESTEMUNHA ........................................................................... 271 
6.3. CLASSIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS ............................................................ 272 
6.3.1. Testemunhas numerárias ............................................................................................... 272 
6.3.2. Testemunhas extranumerárias ....................................................................................... 272 
6.3.3. Informantes ..................................................................................................................... 272 
6.3.4. Testemunha referida ....................................................................................................... 272 
6.3.5. Testemunhas próprias .................................................................................................... 272 
6.3.6. Testemunhas impróprias ou instrumentais ou instrumentárias ou fedatárias .................. 272 
6.3.7. Testemunha direta .......................................................................................................... 273 
6.3.8. Testemunha indireta ou auricular .................................................................................... 273 
6.3.9. Testemunha da coroa ..................................................................................................... 273 
6.4. CARACTERÍSTICAS DA PROVA TESTEMUNHAL ............................................ 273 
6.5. DESISTÊNCIA DA OITIVA DE TESTEMUNHAS ................................................. 278 
6.6. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA ................................................................... 279 
6.7. DEVERES DA TESTEMUNHA ............................................................................ 279 
6.7.1. Dever de depor ............................................................................................................... 279 
6.7.2. Dever de comparecimento .............................................................................................. 280 
6.7.3. Dever de prestar compromisso ....................................................................................... 282 
5.5. INCIDENTES PROCESSUAIS QUANTO ÀS TESTEMUNHAS: CONTRADITA E 
ARGUIÇÃO DE SUSPEIÇÃO/PARCIALIDADE ................................................................... 284 
6.8. ETAPAS DO DEPOIMENTO ................................................................................ 285 
6.8.1. Identificação da testemunha ........................................................................................... 285 
6.8.2. Advertência ..................................................................................................................... 285 
6.8.3. Perguntas sobre o fato delituoso .................................................................................... 285 
6.9. NÚMERO DE TESTEMUNHAS ........................................................................... 285 
7. RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS (226 a 228 CPP) ............................ 286 
5.6. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 286 
5.7. RECONHECIMENTO DE PESSOAS ................................................................... 286 
5.8. RECONHECIMENTO DE COISAS ...................................................................... 287 
8. ACAREAÇÕES (229 e 230 do CPP) .......................................................................... 287 
8.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 287 
8.2. CONCEITO .......................................................................................................... 287 
9. PROVA DOCUMENTAL (art. 231 a 238) .................................................................... 288 
9.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 288 
9.2. CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 288 
 
18 
 
9.3. MOMENTO DA PRODUÇÃO DA PROVA DOCUMENTAL (LATO SENSU) ....... 289 
9.4. VALOR PROBANTE ............................................................................................ 289 
9.5. VÍCIOS E INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL..................................... 289 
9.6. INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL (ART. 145 E SS DO CPP) ........... 290 
10. BUSCA E APREENSÃO (240 a 250 CPP) ................................................................. 290 
10.1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 290 
10.2. CONCEITO .......................................................................................................... 292 
5.9. NATUREZA JURÍDICA ........................................................................................ 292 
5.10. ASPECTOS GERAIS ........................................................................................... 292 
5.11. HIPÓTESES DE BUSCA DOMICILIAR (ROL TAXATIVO, DE ACORDO COM 
DOUTRINA MAJORITÁRIA). ............................................................................................... 293 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
PRINCÍPIOS 
1. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS E PROCESSUAIS PENAIS CONSTITUCIONAIS 
1.1. Princípio da presunção de inocência ou não culpabilidade 
O reconhecimento da autoria de uma infração criminal pressupõe sentença condenatória 
transitada em julgado (artigo 5º, LVII da CF/88), cabendo à acusação o ônus probatório. O cerceamento 
cautelar da liberdade só pode ocorrer em situações excepcionais de estrita necessidade. O entendimento 
do STF era no sentido de que o status de inocência prevalecia até o trânsito em julgado da sentença final, 
ainda que pendente RESP ou RE. 
Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória; 
 
Contudo, no HC 126292, STF mudou o seu entendimento. Admitindo a prisão, mesmo na 
pendencia de RE ou REsp. 
 
O Min. Teori Zavascki defendeu que, até que seja prolatada a sentença penal, confirmada em 2º 
grau, deve-se presumir a inocência do réu. Mas, após esse momento, exaure-se o princípio da não 
culpabilidade, até porque os recursos cabíveis da decisão de segundo grau ao STJ ou STF não se 
prestam a discutir fatos e provas, mas apenas matéria de direito. É possível o estabelecimento de 
determinados limites ao princípio da presunção de não culpabilidade. Assim, a presunção da inocência 
não impede que, mesmo antes do trânsito em julgado, o acórdão condenatório produza efeitos contra o 
acusado. A execução da pena na pendência de recursos de natureza extraordinária não compromete o 
núcleo essencial do pressuposto da não culpabilidade, desde que o acusado tenha sido tratado como 
inocente no curso de todo o processo ordinário criminal, observados os direitos e as garantias a ele 
inerentes, bem como respeitadas as regras probatórias e o modelo acusatório atual. 
 
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Está previsto em diversos tratados internacionais (ver ponto 02). 
Deste princípio derivam duas regras fundamentais: 
1.1.1. Regra probatória ou de juízoA parte acusadora tem o ônus de demonstrar a culpabilidade do acusado – e não este de provar 
sua inocência. 
A presunção de inocência confunde-se com o in dubio pro reo. Não havendo certeza, mas dúvida 
sobre os fatos em discussão em Juízo, inegavelmente é preferível a absolvição de um culpado à 
condenação de um inocente, pois, em um juízo de ponderação, o primeiro erro acaba sendo menos grave 
que o segundo. 
O in dubio pro reo não é, portanto, uma simples regra de apreciação das provas. Na verdade, deve 
ser utilizado no momento da valoração das provas: na dúvida, a decisão tem de favorecer o imputado, 
pois este não tem a obrigação de provar que não praticou o delito. Antes, cabe à parte acusadora 
(Ministério Público ou querelante) afastar a presunção de não culpabilidade que recai sobre o imputado, 
provando além de uma dúvida razoável que o acusado praticou a conduta delituosa cuja prática lhe é 
atribuída. 
Em relação à decisão de pronúncia, é comum encontrarmos a afirmação de que a ela se aplica o 
princípio do in dubiopro societate,e não o in dubiopro reo. Isso porque, para que o acusado seja 
 
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pronunciado, a lei fala na necessidade de que o juiz esteja convencido da materialidade do fato e da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação (CPP, art. 413, caput). 
Nada mais equivocado. A uma porque, referindo-se o art. 413, caput, do CPP, ao convencimento 
da materialidade do fato, depreende-se que, em relação à materialidade do delito, deve haver prova plena 
de sua ocorrência, ou seja, deve o juiz ter certeza de que ocorreu um crime doloso contra a vida. A duas 
porque, quando a lei impõe a presença de indícios suficientes de autoria ou de participação, de modo 
algum está dizendo que o juiz deve pronunciar o acusado quando tiver dúvida acerca de sua concorrência 
para a prática delituosa. Na verdade, ao fazer uso da expressão indícios, referiu-se o legislador à prova 
semiplena, ou seja, àquela prova de valor mais tênue, de menor valor persuasivo. Dessa forma, 
conquanto não se exija certeza quanto à autoria para a pronúncia, é necessário um conjunto de provas 
que autorizem um juízo de probabilidade de autoria ou de participação. Havendo dúvidas quanto à 
existência do crime ou quanto à presença de indícios suficientes, deve o juiz sumariante impronunciar o 
acusado, aplicando o in dubio pro reo. 
O in dubio pro reo só incide até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Portanto, 
na revisão criminal, que pressupõe o trânsito em julgado de sentença penal condenatória ou absolutória 
imprópria, não há falar em in dubio pro reo, mas sim em in dubio contra reum. O ônus da prova quanto 
às hipóteses que autorizam a revisão criminal (CPP, art. 621) recai única e exclusivamente sobre o 
postulante, razão pela qual, no caso de dúvida, deverá o Tribunal julgar improcedente o pedido revisional. 
1.1.2. Regra de tratamento 
Segundo a qual ninguém pode ser considerado culpado senão depois de sentença com transito 
em julgado, o que impede qualquer antecipação de juiz condenatória ou de culpabilidade. 
A privação cautelar da liberdade, sempre qualificada pela nota da excepcionalidade, somente se 
justifica em hipóteses estritas, ou seja, a regra é responder o processo penal em liberdade, a exceção é 
estar preso no curso do processo. São manifestações claras desta regra de tratamento a vedação de 
prisões processuais automáticas ou obrigatórias e a impossibilidade de execução provisória ou 
antecipada da sanção penal. 
Súmula 716 - Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a 
aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
 
Súmula 717 - Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em 
sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial. 
 
Há quem entenda que esse dever de tratamento atua em duas dimensões: a) interna ao processo: 
funciona como dever imposto, inicialmente, ao magistrado, no sentido de que o ônus da prova recai 
integralmente sobre a parte acusadora, devendo a dúvida favorecer o acusado. Ademais, as prisões 
cautelares devem ser utilizadas apenas em situações excepcionais, desde que comprovada a 
necessidade da medida extrema para resguardar a eficácia do processo; b) externa ao processo: o 
princípio da presunção de inocência e as garantias constitucionais da imagem, dignidade e privacidade 
demandam uma proteção contra a publicidade abusiva e a estigmatização do acusado, funcionando como 
limites democráticos à abusiva exploração midiática em torno do fato criminoso e do próprio processo 
judicial 
1.2. Princípio da imparcialidade do juiz 
 
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A imparcialidade é entendida como a característica essencial do perfil do juiz, consistente em não 
poder ter vínculos subjetivos com o processo de modo a lhe tirar o afastamento necessário para conduzi-
lo com isenção. Trata-se de decorrência imediata da CF/88, que veda o juízo ou tribunal de exceção 
(artigo 5º, XXXVII) e garante que o processo e a sentença sejam conduzidos pela autoridade competente 
(artigo 5º, LIII). 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
 
A CF/88 confere ao magistrado as garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de 
subsídios (artigo 95) para que possa atuar com isenção. A isenção preconizada pelo ordenamento jurídico 
implica na postura de um juiz que cumpra a constituição, de maneira honesta, prolatando decisões 
suficientemente motivadas. 
No intuito de assegurar o princípio em tela, a 2ª turma do STF reconheceu a nulidade de processo 
criminal por crime contra os costumes em virtude de a apuração dos fatos ter ocorrido pelo mesmo juiz 
em sede de ação cível de investigação de paternidade. 
1.3. Princípio da igualdade processual 
Também conhecido como princípio da paridade de armas, o qual consagra o tratamento isonômico 
das partes no transcorrer processual, em decorrência do artigo 5º, caput da CF/88. O que deve prevalecer 
é a igualdade material, ou seja, os desiguais devem ser tratados desigualmente na medida de suas 
desigualdades. 
O referido princípio ganha força com as alterações introduzidas no artigo 134 da CF/88, 
assegurando a autonomia da defensoria pública. 
Embora a regra seja a isonomia processual, em situações específicas deverá haver uma 
preponderância do interesse do acusado. 
1.4. Princípio do contraditório ou bilateralidade da audiência 
Traduzido no binômio ciência-participação e respaldado constitucionalmente pelo artigo 5º, LV da 
CF/88. Impõe que às partes deve ser dada a possibilidade de influir no convencimento do magistrado, 
oportunizando-se a participação e manifestação sobre os atos que constituem a evolução pessoal. O 
contraditório abrange o direito de produzir prova, o direito de alegar, de se manifestar, de ser cientificado, 
dentre outros. 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
 
No processo penal não é suficiente assegurar ao acusado apenas o direito à informação e à reação 
em um plano formal. Nesse sentido, o CPP assegura o contraditório em sua acepção material (ver artigos 
261 e 497, V). 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou 
julgado sem defensor. 
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, 
será sempre exercida através de manifestação fundamentada. 
 
 
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Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras

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