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Resumo quanto à entrevista com José Celso de Mello Filho:
José de Mello expõe sua opinião como uma ideia a todos, principalmente aos pertencentes do meio jurídico. Tal ideia dita que deveríamos agir mais para evitar o problema do que agir para solucionar o mesmo. 
Segundo José Celso de Mello Filho, às leis brasileiras sofrem de precariedade em sua elaboração como um todo, e diz que a demonstração disso é o fato de muitas leis serem inconstitucionais, ele expõem que na verdade poderia vir a ser mais válido que o STF fosse menos defensivo e mais ativo, ou seja, que não mantivesse o foco principal em criar novas leis para resolver os “novos problemas” e sim que fosse mais ativo, agindo de forma com que às leis existentes se cumpram de fato não só para penalidades paras os direitos e às garantias também.
Celso de Mello defende o ativismo judicial que nos Estados Unidos serviu para que a Suprema Corte implementasse os direitos civis como são exercidos hoje, ganhou espaço inédito no Brasil com a nova composição do STF. O novo time do STF prenuncia mudanças, principalmente no campo da doutrina. E nesse aspecto, o ministro Celso de Mello deve encontrar terreno fértil para as teses que cultiva desde que chegou ao tribunal.
A principal dessas ideias, como já dito acima no texto, é a de um STF menos defensivo, e mais ativo ao ponto de, cuidadosamente poder suprir os vácuos da legislação para que prevaleça o espírito da Carta de 88.
Celso de Mello defende que o Supremo Tribunal Federal pode e deve suprir as omissões do legislador, como ele próprio fez recentemente, assegurando o acesso gratuito a creches escolares a crianças de até seis anos, no município de Santo André. 
Com a antiga formação do STF, direitos como esse, previstos na Constituição, mas ainda não regulamentados por lei, eram sistematicamente negados, ou seja, não era lei o que era constitucional e haviam leis inconstitucionais, daí vem esta ênfase de fazer do STF mais proativo e de fato eficaz.
Hoje, o Supremo desempenha um papel relevantíssimo no contexto de nosso processo institucional, estimulando-o, muitas vezes, à prática de ativismo judicial, notadamente na implementação concretizadora de políticas públicas definidas pela própria Constituição que são lamentavelmente descumpridas, por injustificável inércia, pelos órgãos estatais competentes. O Supremo tem uma clara e nítida visão do processo constitucional. Isso lhe dá uma consciência maior e uma percepção mais expressiva do seu verdadeiro papel no desempenho da jurisdição constitucional.
O Supremo Tribunal Federal foi evoluindo com o tempo nesse processo de interpretação constitucional. Hoje, o STF tem outra visão do processo constitucional, possui uma nova percepção que põe em evidência o papel vital desta Corte nesse processo de indagação do texto constitucional, tem-se então nessa nova percepção que é de suma importância para a jurisprudência, o STF e outros a interpretação, seja ela temporal, social, jurisprudencial, no entanto ainda há um percurso a ser feito nesta evolução.
O Supremo atua como verdadeiro legislador negativo no processo de controle abstrato de constitucionalidade, eis que, ao declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal ou estadual, esta Corte exerce uma clara competência de rejeição, que provoca a exclusão do ato inconstitucional do sistema de direito positivo. Essencial, desse modo, que se pluralize o debate constitucional e que se aumente a participação da sociedade civil.
*Resumo quanto à entrevista de Cássio Schubsky: 
Cássio Schubsky une o Direito à História, que são realmente fundamentais um ao outro, tendo em vista que o Direito evolui, se formula e aperfeiçoa-se com o decorre dos fatos históricos, assim como parte da história é elaborada sob efeitos do Direito.
A história expõe por exemplo o “papel” do Juiz perante a sociedade, o Estado e os demais, no âmbito da sua atividade judiciária ele é um servidor público, que tem direitos, prerrogativas, mas também tem obrigações. Antigamente o que existia era desmando. O soberano não era o povo e sim o rei, sendo assim o operador do Direito devia satisfações ao rei. Hoje, no entanto, deve satisfações ao povo brasileiro, este sim é soberano. Essa mudança vem se construindo não apenas no âmbito do Judiciário, mas também pelo histórico.
Os hábitos evoluem e o Judiciário tem que evoluir junto, o temor reverencial ao juiz é uma circunstância necessária no âmbito do processo, pois o mesmo tem que inspirar esse temor, por ser uma autoridade investida de poder, mas sem exageros. Esse poder não transforma o juiz no dono da verdade, mas já é muita evolução.
O Judiciário precisa de uma consultoria de organização e método. No Rio de Janeiro, houve modernização em relação aos procedimentos por conta da informatização, onde São Paulo está muito atrasado.
A Súmula Vinculante é um exemplo de evolução. Tira o poder autocrático dos juízes de primeira instância. É discutível em alguns casos, mas há boa aceitação dessa novidade. O Judiciário, como a vida em sociedade, é imperfeito, tem falhas que devem ser corrigidas, revigoradas. Esse processo vem enfrentando uma depuração. Assistimos pela primeira vez a prisão de juízes. O número de juízes respondendo a processo, sendo afastados a bem do serviço público vem aumentando. A propina era uma instituição no Brasil, no período colonial e no período imperial. Era como uma gorjeta. A lei permitia a propina para o servidor público. Era quase uma remuneração por produtividade admitida. Continua a existir, mas é cada vez menos aceita e mais punida. Sou bastante otimista em relação à evolução da sociedade brasileira, do Judiciário.
Antes da exacerbação do Executivo, não havia separação de poderes, as pessoas se confundiam e havia uma superposição de poderes, de atribuições, de circunscrição e uma concorrência. Os poderes eram concorrentes. O Executivo legislava e julgava. A separação vem de Montesquieu, da Revolução Francesa, no final do Século XVIII: Legislativo, Judiciário, Executivo.
Temos marcos regulatórios importantes em termos de Judiciário. Quando se forma o governo geral no Brasil, em 1548, nasce o primeiro regimento organizando o aparelho do Judiciário. O rei escrevia o regimento, conferindo atribuições e nomeando pessoalmente algumas pessoas para exercer cargos. Em 1609, há 400 anos portanto, há a criação do primeiro Tribunal de Relação, na Bahia. O conceito de procuradores gerais é outro marco importante, em 1822, às vésperas da Constituinte do Império, que depois vai ser dissolvida. As Constituições são sempre marcos importantes para o Judiciário.
Na origem não havia atividade judicial no país, na época das Capitanias Hereditárias não se podia entrar na Justiça. A História do Brasil diz isso claramente, não havia advogados, o capitão hereditário era o governador e ele tinha poder total no âmbito do Executivo, do Judiciário e do Legislativo. Mandava e desmandava. Mais tarde, começam a aparecer os advogados para recorrer na corte. A última instância no Brasil só aparece no Século XIX.
Nota-se então que de fato para se Interpretar Direito é preciso primeiro conhecer o processo histórico no qual o Direito foi formulado, história e Direito como ditos no início do texto se complementam, e acrescentando servem de base um para com outro, o Direito auxilia a sociedade evoluir e consequentemente formula a história e a história ajuda a elaborar melhor o Direito.

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