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Profa. Dra. Mariana Fernandes Machado Florianópolis/2018 Curso de Medicina Veterinária TIPOS DE MÚSCULO • LISO (Visceral) Funções orgânicas Ex. Estômago, intestino • CARDÍACO • ESQUELÉTICO (estriado) Fixado aos ossos do esqueleto Voluntário Involuntário MÚSCULO ESQUELÉTICO Massa contrátil (ventre muscular) + tendões (um em cada extremidade do músculo) ligação com o esqueleto, passando por uma articulação. MOVIMENTO Resultado da contração do músculo esquelético ao longo de uma articulação móvel. CONTRAÇÃO RÁPIDA (músculo branco) • maiores • retículo sarcoplasmático extenso • menor suprimento sanguíneo e menos mitocôndria • saltos e corridas, movimentos rápidos e potentes • mais sujeita à fadiga CONTRAÇÃO LENTA (músculo vermelho) • Menores • metabolismo oxidativo (aeróbico) • maior suprimento sanguíneo (mioglobina), mais mitocôndria • contração contínua de músculos extensores e antigravidade • menos sujeita à fadiga • Aves: sustentar o vôo 1. FOSFOCREATINA Refosforilação do ADP por transferência de fosfocreatina 2. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Por transferência de elétrons nas mitocôndrias. Metabolismo aeróbico: Ácidos graxos são convertidos em AcetilCoA e entram no ciclo do ácido cíclico para formar ATP. • Exercícios de resistência e animais migrantes ATP (quantidade limitada nas fibras musculares) Curso de Medicina Veterinária FISIOLOGIA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO ORGANIZAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR CHEGADA DO POTENCIAL DE AÇÃO NO MÚSCULO • Sinapse ou junção neuromuscular ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Contração da musculatura esquelética POTENCIAL DE AÇÃO IMPULSO ELÉTRICO SINAPSE OU JUNÇÃO NEUROMUSCULAR ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Curso de Medicina Veterinária FIBRAS MUSCULARES Formato alongado (10 a 30 cm) Núcleos, mitocôndrias e outras organelas. BAINHA DE TECIDO CONJUNTIVO (colágeno) Proteção das fibras musculares e evitar atrito com outros músculos. Epimísio - Músculo Perimísio - Feixe muscular Endomísio - Fibras musculares TENDÃO (liga o músculo ao osso) Bandas de tecido conjuntivo rico em colágeno Transmite a tração da fibra muscular ao osso. • Membrana plasmática (Sarcolema) • Miofibrilas dispostas paralelamente (possui estriações e bandas) • Sarcômero – unidades repetidas de proteínas • Sistema Sarcotubular - rede de túbulos (Retículo sarcoplasmático e túbulos T) UNIDADES REPETIDAS DE ACTINA E MIOSINA QUE SE INTERCALAM FORMANDO SÉRIES LINEARES Linha Z Linha Z (Estriações escuras) (Estriações escuras)actina de 2 sarcômeros actina de 2 sarcômeros PROTEÍNAS DO SARCÔMERO RESPONSÁVEIS PELA CONTRAÇÃO locais onde se fixam as pontes cruzadas de miosina. Propriedades de ligação e alostéricas das proteínas para (1) criar filamentos estruturais capazes de suportar e transmitir força mecânica; (2) catalisar a hidrólise do ATP e (3) acoplar a hidrólise do ATP (contração e força) REDE DE TÚBULOS RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO (paralelamente às miofibrilas) armazenamento de cálcio TÚBULOS T (dispostos transversalmente) Cisternas terminais Curso de Medicina Veterinária UNIDADE MOTORA Um neurônio motor e as fibras musculares que ele inerva. Curso de Medicina Veterinária CICLOS REPETIDOS DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO Liberação do Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático dentro das miofibrilas, encurtamento das fibras. Relaxamento após o rápido retorno dos íons cálcio ao retículo sarcoplasmático por meio de transporte ativo. Outro ciclo começa quando os íons cálcio são novamente liberados após a próxima despolarização do sarcolema. • O Ca2+ se liga à troponina causando uma alteração alostérica. • A tropomiosina, que é ligada à troponina, altera sua ligação com a actina expondo os sítios de ligação à miosina. • As cabeças da ponte transversa de miosina fixam-se aos sítios ativos na actina e inclinam-se para o centro da molécula de miosina. • O deslizamento da actina ao longo da molécula de miosina resulta no encurtamento físico do sarcômero: contração das miofibrilas e da fibra muscular. ATPase cabeça da miosina Exposição dos sítios ativos na actina Ligação de novo ATP retorna a miosina ao repouso Deslizamento da actina sobre a miosina • O ATP se liga à cabeça da miosina; nesta conformação, a miosina tem pouca habilidade de se ligar à actina. • ATPase da cabeça de miosina produz hidrólise parcial de ATP em ADP e Pi que ligados à miosina nessa nova conformação tem atração pela actina. • Miosina liga-se à actina formando a ponte transversa e acopla a hidrólise completa do ATP para uma flexão vigorosa da cabeça da miosina. • Mudanças alostéricas modificam as propriedades de ligação da miosina à actina liberando ADP e o Pi gerando energia e força para que o filamento de actina deslize sobre o filamento de miosina. • A ligação de uma nova molécula de ATP à cabeça da miosina resulta novamente na mudança de formato da miosina; a cabeça não se flexiona e perde afinidade pela actina, liberando a ponte transversa e podendo o ciclo ser iniciado novamente. • O ATP se liga à cabeças de miosina, causando o seu desprendimento da actina. • O Ca2+ retorna ao retículo sarcoplasmático (bomba de cálcio) utilizando a energia suprida pelo ATP. • A tropomiosina volta a bloquear os sítios ativos na actina • As cabeças de miosina não podem mais formar pontes transversas: a contração muscular cessa. Rigor mortis ou rigidez cadavérica dos animais mortos é o resultado da depleção de ATP para ligar-se à cabeça da miosina. Na ausência de ATP, as cabeças de miosina permanecem ligadas à actina e o músculo fica rígido porque está completamente unido por pontes transversas. Somação de unidades motoras ou ondas A estimulação de uma unidade motora produz uma contração fraca, enquanto a estimulação de um grande número de unidades motoras leva a uma contração forte. Somação de onda - aumento da força muscular por meio de aumento da frequência de contração. O fenômeno em escada (treppe) – estímulos sucessivos da mesma intensidade produzem contrações de força crescente Músculo Esquelético Células maiores alongadas Múltiplos núcleos periféricos Estriações nas fibras Túbulos T Retículo sarcoplasmático Rápida contração e relaxamento Movimentação dos ossos Controle voluntário Linha Z Troponina Músculo Liso Células fusiformes e núcleo central Sem estriações visíveis Cavéolas Retículo sarcoplasmático rudimentar Contrações tônicas prolongadas ativas (peristaltismo) ou sustentadas (tônus) Controle involuntário (autônomo) ou alterações químicas Corpos densos Calmodulina Músculo liso multiunitário (Corpo ciliar, na íris, músculo eretor dos pelos, parede de artériríolas) • Fibras musculares independentes • Separadamente inervadas • Estímulos sinápticos do SNA • Não há condução de impulsos entre células. Músculo liso unitário (visceral) (Trato digestório, útero, ureteres) • Grande massa de fibras musculares • Contrações simultâneas (ondas peristálticas) • Fibras aderentes e junções comunicantes (gap) Células fusiformes e núcleo central Porção afilada de cada fibra fica adjacente à porção mais larga da fibra vizinha. AGRUPAMENTO FAVORECE A FUNÇÃO CONTRÁTIL Filamentos de Actina são bem maiores (Razão entre actina e miosina 15:1) UNIDADE CONTRÁTIL (COMPLEXO ACTINA- MIOSINA) Corpos densos pontos de fixação dos filamentos de actina (sarcolema ou agupados no citoplasma). Durante a contração aspecto enrugado das fibras. Retículo sarcoplasmáticorudimentar Cavéolas (ausência de túbulos T) invaginações no sarcolema próximas ao retículo sarcoplasmático NÃO apresentam junção neuromuscular e sim VARICOSIDADES CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO PARASIMPÁTICO RAMIFICAM-SE DIFUSAMENTE VARICOSIDADES VARICOSIDADES NEUROTRANSMISSORES Acetilcolina Norepinefrina CORPO CILIAR, NA ÍRIS, MÚSCULO ERETOR DOS PELOS, PAREDE DE ARTÉRIAS • Cada fibra muscular é inervada separadamente • Só se contrai quando recebe estímulos sinápticos TRATO DIGESTÓRIO, ÚTERO, URETERES • Neurotransmissor liberado pelas varicosidades e difunde-se • Junções comunicantes (gap) • Contração simultânea de fibras musculares (ondas peristálticas do trato digestório) • Fibras sensíveis à estímulos mecânicos ORIGEM DO Ca2+ PARA A CONTRAÇÃO Retículo sarcoplasmático: Fonte de Ca2+ Túbulos T (canais de Ca2+) Músculo Esquelético Músculo Liso Retículo sarcoplasmático pouco desenvolvido Fonte extracelular de Ca2+ Cavéolas (canais de Ca2+) DESLIZAMENTO DE ACTINA E MIOSINA O músculo liso NÃO possui o complexo troponina-tropomiosina CALMODULINA-MIOSINA QUINASE Enzima de fosforilação 1. Influxo de Ca2+ e ligação à calmodulina 2. Cálcio-calmodulina ativa a miosina quinase 3. Complexo calmodulina-miosina quinase ativado fosforila a cadeia reguladora das cabeças de miosina. MIOSINA QUINASE FOSFORILA A MIOSINA 1. Influxo de Ca2+ e ligação à CALMODULINA (CaM) 2. Cálcio-calmodulina ativa a MIOSINA QUINASE (MLCK) 3. Fosforilação da cadeia reguladora das cabeças de miosina 4. Flexão da cabeça da miosina e ligação com o sítio ativo da actina 5. Contração 6. Relaxamento pela ação da MIOSINA FOSFATASE (remove o P da cadeia reguladora de miosina, cabeça se desprende, contração cessa) • Complexo calmodulina-miosina quinase ativado fosforila a cadeia reguladora das cabeças de miosina • aumenta a afinidade pela actina permitindo a formação da ponte transversa. • Flexão da cabeça da miosina e ligação com o sítio ativo da actina • Contração da fibra muscular e desenvolvimento da tensão MECANISMO DE TRAVA MANUTENÇÃO DA CONTRAÇÃO TÔNICA PROLONGADA COM USO DE POUCA ENERGIA Cabeça da miosina tem baixa atividade ATPase • Ciclagem de fixação e desprendimento da cabeça da miosina mais lenta (baixa atividade ATPase da cabeça). • Retículo sarcoplasmático rudimentar (cálcio extracelular) e a bomba de cálcio no sarcolema é mais lenta que as do retículo sarcoplasmático (músculo esquelético). • Economia de energia (é necessária uma quantidade menor de energia para sustentar a tensão de contração – 1 molécula de ATP para cada ciclo). • Força maior de contração pela fixação prolongada das cabeças das pontes cruzadas de miosina na actina.
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