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Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia METODOLOGIA E ERRO Alunos Andressa Morais Vieira Carlos Alberto P de Souza Gabriela Ferrão Capelli Jean-Lucas Silva Matheus Tavares Santos Samir Ribeiro Salim Thamires Carvalho Torres RA 120191 120222 102181 120443 102084 120608 102233 Fenômenos Mecânicos Experimental Professora Dra. Thaciana Malaspina São José dos Campos, SP Março de 2018 thaciana Nota Capa: 0.25nullÍndice: 0.25nullResumo: 0.25nullIntrodução: 0.75nullObjetivos: 0.25nullMateriais: 0.25nullProcedimento: 0.25nullResultados e Discussões: 3.00nullConclusão: 1.00nullReferências: 0.25nullnullNOTA: 6.5nullnull ÍNDICE 1. RESUMO 2. ABSTRACT 3. INTRODUÇÃO 3.1. Surgimento das grandezas e medições 3.2. Régua, paquímetro e micrômetro 3.3. Medidas e erros 3.4. Média, desvio padrão e variância 4. OBJETIVOS 5. MATERIAIS 6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PRÁTICA A: Uso de réguas com diferentes escalas A. Medidas diretas B. Medidas indiretas PRÁTICA B: Uso de paquímetro e balança A. Medidas das dimensões da peça B. Medidas de massa PRÁTICA C: Uso do micrômetro A. Medidas 7. RESULTADO E DISCUSSÕES 7.1. RESULTADOS 7.1.1. Avaliação da resolução e faixa de medidas do instrumento a) Determinação de área e perímetro de uma folha - Uso de régua com diferentes escalas 7.1.2. Uso de paquímetro e Balanças a) Medidas das dimensões da peça b) Medidas de Massa 7.1.3. Uso de Micrômetros a) Medidas 7.2. DISCUSSÃO 8. CONCLUSÃO 9. REFERÊNCIAS 1. RESUMO Desde a antiguidade houve uma necessidade de se realizar medições e, com o passar do tempo, essa necessidade foi se intensificando, principalmente com o advento dos comércios e trocas de mercadorias entre as nações. Também foi crescendo a necessidade de se estabelecer medidas-padrão, que facilitariam a conversão de uma unidade de medida para outra. Atualmente, as medições continuam sendo de extrema importância não só nos ambientes de trabalho, como também no ambiente doméstico. Além da importância da medida, também é importante que o resultado de uma medição seja tratado de forma adequada. Sendo assim, este relatório busca evidenciar a importância dessas técnicas de manipulação de dados e também da utilização correta de instrumentos de medida em laboratório. A prática também tem como objetivo aplicar os conceitos de erro, resolução e precisão de um instrumento, incerteza, desvio padrão e variância. Todas essas “ferramentas” de análise da medida possibilitam o desenvolvimento de uma visão mais crítica acerca do resultado, gerando uma melhor discussão sobre os fatores que agiram como influenciadores e, assim, melhorando a metodologia empregada no experimento. Palavras-chave: medições, tratamento estatístico de dados, erros experimentais instrumentos de medida. 2. ABSTRACT Since ancient times there has been a need to carry out measurements and, over time, this need has been intensified, especially with the advent of trade and merchandise exchanges between nations. There was also a growing need to establish standard measures that would facilitate the conversion of one unit of measure to another one. Measurements continue to be extremely important not only in the work environment, but also in the home environment. In addition to the importance of the measurement, it is also important that the result of a measurement is handled properly. Therefore, this report seeks to highlight the importance of these data manipulation techniques and also the correct use of measurement instruments in the laboratory. The practice also aims to apply the concepts of error, resolution and accuracy of an instrument, uncertainty, standard deviation and variance. All these "tools" of measurement analysis allow the development of a more critical view of the result, generating a better discussion about the factors that acted as influencers and, thus, improving the methodology used in the experiment. Keywords: measurements, statistical treatment of data, experimental errors, measurement instruments. 3. INTRODUÇÃO 3.1. Surgimento das grandezas e medições Atualmente existem vários meios de realizar medições e, desde tempos mais remotos, o ser humano sentiu essa necessidade. Com o tempo, as principais atividades humanas para auto-subsistência como a caça, por exemplo, foram sendo substituídas pela criação de animais e plantio, o que demandava um maior rigor no controle de quantidades (algo que ainda não existia). Depois do controle de quantidades, o homem continuou se desenvolvendo e surgiu a necessidade de se medir ângulos, massa, volume, comprimentos, etc. Os primeiros instrumentos de medição eram, inicialmente, o próprio corpo. Eram utilizados os pés, palma, passo, entre outras partes do corpo. Porém, esse tipo de medição não era apropriado, pois para cada indivíduo havia um tamanho diferente de pé, mão, etc. Com a modernização da sociedade, era necessário que as medidas fossem iguais em todos os lugares e foi assim que começaram a ser desenvolvidas as medidas-padrão. Povos como os egípcios, gregos e romanos foram responsáveis por padronizar várias medidas e na Inglaterra foram criadas medidas como a milha, o pé e a polegada. Entre civilizações que mantinham maior contato comercial, havia uma maior necessidade de padronização. Sendo assim, em 1790, foi nomeada uma comissão de cientistas que elaboraram um relatório que contribuiu para a criação de um decreto em 7 de abril de 1795, que estabelecia o metro como unidade-padrão de comprimento. Em 1983, na Conferência Geral de Pesos e Medidas, o quilograma foi instituído como unidade-padrão de medida de massa. O segundo também ficou adotado como medida de tempo na mesma conferência. Em 1960, na XI Conferência Internacional de Pesos e Medidas foi instituído o Sistema Internacional de Unidades (SI), onde ficaram estabelecidas as grandezas fundamentais: Volume, Comprimento, Capacidade, Massa, Superfície, Tempo, Intensidade, Temperatura, Eletricidade e Intensidade Luminosa [1]. 3.2. Régua, paquímetro e micrômetro A palavra régua deriva do francês règle, que significa “lei ou regra”. É um instrumento utilizado na geometria com o intuito de traçar segmentos de reta e medir distâncias não tão grandes. Também é utilizada em desenho e seu uso em Engenharia é frequente. As réguas já eram utilizadas em 1500 a.C e foram encontradas no Vale do Indo, onde pesquisadores encontraram um objeto dividido em unidades que correspondiam 33,5 mm e marcado com subdivisões que correspondiam a 0,13 mm. Atualmente existem vários tipos de régua, sendo que as mais comuns são a régua de madeira, plástico ou metal. A escala geralmente é em centímetros ou milímetros. As réguas utilizadas nesse experimento foram as graduadas em milímetro (mm), em centímetro (cm) e em decímetro (dm) [2]. Figura 3.1: Exemplo de régua graduada. O paquímetro é um instrumento utilizado paramedir com precisão as dimensões de objetos pequenos. É uma régua graduada, constituída de um encosto fixo, sobre o qual desliza um cursor. Ele possui dois bicos de medição, sendo que um deles está ligado à escala e o outro ao cursor. A escala de medição usada é o nônio, sendo que esse foi inventado pelo matemático português Pedro Nunes. Na França, foi usado na construção de instrumentos de metrologia com escalas bastante precisas. As partes de um paquímetro são: encostos, orelhas, haste de profundidade, escala inferior (graduada em mm), escala superior (graduada em polegadas), nônio inferior (mm), nônio superior (polegada) e trava. Os tipos de paquímetros existentes são: ● Paquímetro universal: pode realizar medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. ● Paquímetro universal com relógio: conta com um relógio acoplado ao cursor para agilizar o trabalho de medição. ● Paquímetro com bico móvel: é utilizado para medição de peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetro diferentes. ● Paquímetro de profundidade: serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, podendo ter uma haste simples ou gancho. ● Paquímetro duplo: usado para medir dentes de engrenagens. ● Paquímetro digital: é livre de erros de paralaxe (ângulo de visão), mais rápido e simples de usar. [3] O paquímetro utilizado neste experimento foi o paquímetro universal, que está representado na figura abaixo: Figura 3.2: Paquímetro universal utilizado no experimento. O micrômetro serve para fazer a medição de objetos e verificar a sua espessura quando em dimensões muito pequenas, conseguindo também verificar sua altura, largura e profundidade. O seu uso se dá principalmente na indústria mecânica, onde é usado para medir peças de máquinas. Sua precisão é maior do que a encontrada no paquímetro. Esse instrumento de medição foi apresentado pela primeira vez por Jean Louis Palmer e com o passar do tempo ele foi aperfeiçoado. Na França, o micrômetro tem o nome de palmer, em homenagem ao seu inventor. Em 1890, Laroy S. Starrett patenteou um micrômetro mais aperfeiçoado, contendo uma tampa para a haste. Ele também é fundador da Starrett, uma das maiores fabricantes de ferramentas e instrumentos de medição do mundo. As partes do micrômetro são o arco, isolante térmico, parafuso micrométrico, faces de medição, bainha, tambor, porca de ajuste, catraca e trava. São altamente sensíveis a choques térmicos ou mecânicos, sendo necessário que se tomem alguns cuidados especiais, como manter o instrumento em locais com temperatura ambiente, para que não o descalibre. [4] Figura 3.3: Micrômetro e seus componentes. 3.3. Medidas e erros O processo de medida, assim como o instrumento que está sendo utilizado, possuem precisão e exatidão, o que quer dizer que toda medida tem uma incerteza associada que expressa nossa ignorância com relação ao valor medido. Em alguns instrumentos, a incerteza do mesmo já vem marcada [5]. A incerteza pode ser medida como sendo “a metade da menor divisão da escala do equipamento utilizado”. Essa incerteza ou erro é representada geralmente na seguinte estrutura (valores hipotéticos), onde 0,05 cm é a incerteza propriamente dita: S = 75,5 ± 0,05 cm Realizar uma medição significa comparar quantidades diferentes da mesma grandeza, que é definida como unidade ou padrão dessa medida. Sendo assim, as medidas podem ser classificadas como diretas e indiretas. A medida direta de uma grandeza é resultado da leitura dessa grandeza mediante o uso de um instrumento de medida, como, por exemplo, medir o comprimento de uma folha de papel utilizando uma régua graduada.Já a medida indireta é resultado de uma aplicação matemática que vincula a grandeza que será medida com outras diretamente mensuráveis. Um exemplo seria a medida da velocidade média de um carro através da razão entre a distância percorrida e o tempo em que o carro percorreu essa distância. [6] Existem termos que são importantes para a realização de uma medição, tais como a faixa de indicação, precisão e resolução. Cada um deles é definido como a seguir: ● Faixa de indicação: O máximo que o instrumento consegue fornecer de valores dentro de uma escala determinada (Ex: 0cm – 30m); ● Precisão: O menor valor que se pode observar na faixa de indicação do equipamento em questão (Ex: 1cm); ● Resolução: Definida como a metade do valor da precisão. Quanto aos erros experimentais, existem basicamente dois tipos: os erros sistemáticos e erros aleatórios. “Os erros sistemáticos são aqueles que resultam de discrepâncias observacionais persistentes, tais como erros de paralaxe. Os erros sistemáticos ocorrem principalmente em experimentos que estão sujeitos a mudanças de temperatura, pressão e umidade. Estas mudanças estão relacionadas a condições ambientais. Os erros sistemáticos podem e devem ser eliminados ou minimizados pelo experimentador, observando se os instrumentos estão corretamente ajustados e calibrados, se estão sendo usados de forma correta na interligação com outros instrumentos, na montagem experimental.” [6] Sendo assim, há quatro tipos de erros sistemáticos: ● Instrumentais: instrumentos mal calibrados, por exemplo. ● Observacionais: paralaxe na leitura de uma escala com ponteiro, por exemplo. ● Ambientais: uma fonte elétrica “queimada” que causa correntes elétricas muito baixas. ● Teóricos: ocorre devido a simplificações do modelo de sistema ou aproximações nas equações que o descrevem. [7] “Os erros aleatórios (ou estatísticos) são aqueles que ainda existem mesmo quando todas as discrepâncias sistemáticas num processo de mensuração são minimizadas, balanceadas ou corrigidas. Os erros aleatórios jamais podem ser eliminados por completo.” [6] Exemplos de erros sistemáticos seriam: ● Observacionais: erros no julgamento de um observador quando está lendo a escala de um equipamento, por exemplo. ● Ambiental: variações imprevisíveis da voltagem da rede elétrica, temperatura ou vibrações mecânicas. [7] 3.4. Média, desvio padrão e variância Nesse experimento foram realizados alguns cálculos necessários para melhor análise dos resultados e para se avaliar a precisão dos instrumentos que foram utilizados. Esses cálculos são a média, variância e desvio padrão. A média aritmética simples consiste no quociente da soma de números pela quantidade de parcelas, o que está representado na equação 1 abaixo: x = n 1 ∑ n i=1 xi (1) Em estatística, a variância e desvio padrão são chamadas medidas de dispersão, que são nada mais nada menos do que medidas que expressam o grau de variabilidade dos elementos de um conjunto de informações. A variância é uma medida que expressa quão distantes os valores estão da média. Esse cálculo é obtido através da soma dos quadrados da diferença entre cada valor e a média aritmética, dividida pela quantidade de elementos presentes.[8] Essa relaçãoestá expressa abaixo na equação 2: (2) n−1 (x − x)²∑ n i=1 i O desvio padrão é o resultado da raiz quadrada da variância. Em termos de significado, o desvio padrão serve para indicar “a dispersão dos dados dentro de uma amostra com relação à média” [9] O cálculo do desvio padrão está representado abaixo, na equação 3: s = (3) √ n−1(x−x)²∑ n i 4. OBJETIVOS Os objetivos desta prática experimental foram os seguintes: (I) utilizando réguas de diferentes graduações, paquímetro e micrômetro, desenvolver a capacidade de manuseio de diferentes instrumentos de medição, assim como sua leitura (II) avaliar a precisão e resolução de cada instrumento e operar com algarismos significativos e (III) realizar medidas diretas e indiretas, tal como efetuar cálculos de propagação de incertezas. 5. MATERIAIS Para a realização desta prática experimental foram utilizados os seguintes instrumentos de medição: a. Três réguas graduadas: i. decímetro e polegada ( , dm) δi = 0 5 ii. centímetro ( , cm) δi = 0 5 iii. milímetro ( , mm) δi = 0 5 b. Paquímetro ( ;, 5 mm) δi = 0 0 c. Micrômetro ( ;, 05 mm) δi = 0 0 d. Balança ( ., 1 g) δi = 0 0 Os materiais a serem medidos foram: a. Folha de papel offset A4; b. Cilindro de latão; c. Fio de cabelo. 6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PRÁTICA A: Uso de réguas com diferentes escalas A. Medidas diretas Através de medidas diretas, mediu-se o comprimento (C) e largura (L) da folha de papel offset A4 cinco vezes utilizando cada uma das três réguas com diferentes graduações. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 1. B. Medidas indiretas Fazendo-se uso de medidas indiretas, utilizou-se os valores médios de C e L para se calcular a sua área e perímetro. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabelas 3 e 4. PRÁTICA B: Uso de paquímetro e balança A. Medidas das dimensões da peça Uma peça cilíndrica de diâmetros , e largura L, com o auxílio do d1 d2 paquímetro, foi medida cinco vezes e seus resultados podem ser observados na Tabela 6. Figura 6.1: Peça cilíndrica utilizada. A partir dos valores médios obtidos, determinou-se seu volume. B. Medidas de massa Após a certificação da balança estar calibrada, zerada e nivelada, mediu-se a massa da peça cilíndrica cinco vezes. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 8. Com a auxílios das medidas médias obtidas neste item e no item A, calculou-se a densidade da mesma. PRÁTICA C: Uso do micrômetro A. Medidas Utilizando o micrômetro, mediu-se dez vezes a espessura da folha de papel offset A4 e a espessura de um fio de cabelo de uma das componentes do grupo. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 10. 7. RESULTADOS E DISCUSSÕES 7.1 RESULTADOS 7.1.1 Avaliação da resolução e faixa de medidas do instrumento Na primeira etapa do experimento foi realizada a avaliação da resolução e faixa de medida dos instrumentos, e os resultados obtidos poderão ser vistos nas tabelas 1 e 2 abaixo: Tabela 1: Resolução, incerteza e faixa de indicação de cada instrumento. Instrumento Precisão do equipamento Incerteza instrumental Faixa de Indicação Régua em decímetro 1 dm 0,5 cm 0-5 dm Régua em centímetro 1 cm 0,5 cm 0-50 cm Régua em milímetro 1 mm 0,5 mm 0-500 mm Paquímetro 0,05 mm 0,025 mm 0-200 mm Micrômetro 0,01 mm 0,005 mm 0-25 mm Balança 0,01 g 0,005 g 0-2000 g Tabela 2: Instrumentos que devemos utilizar para medir as dimensões das peças Peças Instrumento Largura, comprimento e espessura de uma folha de sulfite Régua e Micrômetro Diâmetro interno, externo e espessura de um cilindro de metal com furo no centro Paquímetro Diâmetro e comprimento de um fio de cabelo Micrômetro e Régua a) Determinação de área e perímetro de uma folha - Uso de régua com diferentes escalas A folha de sulfite teve suas dimensões medidas diretamente por 5 membros diferentes, com a régua em diferentes escalas: milímetro, centímetro e decímetro, os resultados obtidos estão representados nas tabelas 3 e 4 abaixo: Tabela 3: Medida direta - Comprimento (C) Régua C1 C2 C3 C4 C5 Média σ m d Expressão da Medida mm 296 297 296 295 296 296 0,3 0,5 296 0,5± cm 29 29 29 29 29 29 0 0,5 29 0,5± thaciana Realce thaciana Nota o número de casas decimais deve ser o mesmo, principalmente na expressão da medida. dm 2 2 2 2 2 2 0 0,5 2 0,5± Tabela 4: Medida direta - Largura (L) Régua L1 L2 L3 L4 L5 Média σ m d Expressão da Medida mm 210 210 210 210 209 209,8 0,2 0,5 209,8 0,5± cm 21 21 21 21 21 21 0 0,5 21 0,5± dm 2 2 2 2 2 2 0 0,5 2 0,5± Com os dados obtidos experimentalmente através das medidas diretas, foi possível realizar o cálculo das medidas indiretas como área e perímetro. Os resultados obtidos está representado na tabela 5 abaixo: Tabela 5: Medida Indireta - Área, Perímetro e Propagação de Incertezas Área Incerteza propagada Expressão da Medida mm 62100,8 181,4 62100,8 181,4± cm 609 17,9 609 17,9± dm 4 1,4 4 1,41± Perímetro Incerteza propagada Expressão da Medida mm 1011,6 1 1011,6 1± cm 100 1 100 1± dm 8 1 8 1± Caso tivéssemos o comprimento médio em milímetros e a largura média em decímetros para encontrar a área e o perímetro primeiro teríamos que transformar a largura para milímetros, e após isso calcular a área e o perímetro. O resultado para essa essa suposição seria: área= 59200 14,80 mm² e perímetro= 992 70,71 mm.± ± 7.1.2. Uso de paquímetro e Balanças thaciana Realce thaciana Realce thaciana Nota o número de casas decimais deve ser o mesmo, principalmente na expressão da medida. thaciana Realce thaciana Realce thaciana Realce thaciana Realce thaciana Realce a) Medidas das dimensões da peça As dimensões da peça foram medidas diretamente por 5 membros diferentes do grupo com o paquímetro. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 6 abaixo: Tabela 6: Dimensões da Peça Paquímetro 1 2 3 4 5 Média σ m d Expressão da Medida d interno (mm) 3,3 2,1 3,3 3,3 3,35 3,07 0,24 0,025 3,07 0,24± d externo (mm) 34,1 33,1 34,1 34,1 34,1 33,9 0,2 0,025 33,9 0,2± l externo (mm) 6,65 6,6 7,6 6,6 6,7 6,83 0,19 0,025 6,83 0,19± Com os dados obtidos experimentalmente através das medidas diretas, foi possível realizar o cálculo do volume, que é uma medida indireta através da equação: V = (Área Maior - Área Menor) x Largura O resultado obtido está representado na tabela 7 abaixo: Tabela 7: Cálculo do Volume e de Propagação da Incerteza Volume d Expressão 24456,52 1143,9 24456,52 ± 1143,9 É possível também, mensurar o volume de um sólido utilizando um recipiente com uma quantidade conhecida de um líquido. Medimos a diferença do volume no recipiente com a adição do sólido. Os erros sistemáticos que podem ocorrer nesse método são os instrumentais. b) Medidas de Massa Com a balança, a massa da peça foi medida diretamente por 5 membros diferentes do grupo. Os resultados obtidos estão representados na Tabela 8 abaixo: Tabela 8: Massa da Peça Balança1 2 3 4 5 Média σ m d Expressão da Medida thaciana Realce thaciana Realce Massa (g) 49,96 49,9 8 49,98 49,99 49,98 49,978 0,0049 0,005 49,978 0,005± Através dos resultados obtidos nas Tabelas 7 e 8, foi possível realizar o cálculo da densidade e da propagação da incerteza, que estão localizados na Tabela 9 abaixo: Tabela 9: Cálculo da densidade e da propagação da incerteza Densidade (g/m³) σ m δ Expressão da Medida 0,0020 0,0049 0,000093545 0,0020 0,0049± 7.1.3. Uso de Micrômetros a) Medidas A espessura da folha de sulfite e do fio de cabelo foram medidas diretamente 10 vezes diferentes. Os resultados obtidos e a expressão da medida estão localizadas na Tabela 10 apresentada abaixo: Tabela 10: Medidas da espessura da folha de sulfite e do fio de cabelo Medida Espessura Folha de Sulfite(mm) Espessura Fio de Cabelo (mm) 1 0,10 0,05 2 0,10 0,05 3 0,09 0,05 4 0,09 0,05 5 0,09 0,05 6 0.09 0,04 7 0,09 0,04 8 0,09 0,05 9 0,09 0,05 10 0,10 0,05 Expressão 0,093 0,005± 0,048 0,005± 7.2 DISCUSSÃO Os resultados aferidos nas Tabelas 3 e 4 nos mostram a importância da escolha correta do equipamento para medição. A régua graduada em milímetros se aproximou da medida encontrada com a régua em centímetros, entretanto, a régua em decímetro apresentou valores um pouco divergentes. Podemos atribuir tal diferença à baixa precisão da régua graduada em decímetro, pouco ideal para realizar medidas pequenas. Algo similar ocorreria se houvesse a tentativa de se medir a espessura do fio de cabelo com a régua graduada em centímetros, que se mostrou eficiente para a medida da folha, mas que não seria tão eficiente quanto o micrômetro para medição do fio de cabelo. Nota-se também que, quanto mais preciso o equipamento, maior foi o desvio padrão das observações, isto está relacionado ao erro observacional, como a medida foi feita através de observação a olho nu, medidas menores se tornam mais controversas. Foram realizadas cinco medições com o intuito de diminuir tal erro, atingindo uma média mais próxima da medida real. Observa-se ainda a relação da incerteza propagada com a escala do equipamento, quanto menor a escala maior foi a incerteza propagada, isto é diretamente decorrente da característica analisada no parágrafo anterior, já que a propagação da incerteza é medida através do desvio padrão. 8. CONCLUSÃO O experimento introduziu conceitos fundamentais para a prática da ciência experimental, como precisão e exatidão, apresentando também os procedimentos corretos para análise dos dados coletados. A relevância de um estudo experimental é dada pela repetibilidade dos resultados obtidos e aferidos. Todo experimento possui uma incerteza intrínseca, porém é dever do cientista diminuir ao máximo as fontes de erro grosseiro, erros sistemáticos e erros aleatórios. O estudo contínuo do método experimental e instrução na utilização dos equipamentos empregados no laboratório, são boas práticas essenciais para evitar os erros grosseiros. Os erros sistemáticos são evitados com adequação do método de medida as grandezas analisadas e adoção de calibração regular das ferramentas. Já a precaução de erros aleatórios ressalta o papel fundamental que o processamento de dados por métodos de estatística e probabilidade possuem na thaciana Nota Precisa discutir mais, e preferencialmente junto com os resultados e não em uma sessão separada. thaciana Nota Podia ter falado mais dos resultados das medidas em si ciência, evidenciando também a simbiose existente entre a parte experimental a parte teórica. A aprendizagem dos métodos estatísticos e o entendimento do conceito de propagação de incertezas devem ser levados para a trajetória acadêmica e fundamentam o entendimento prático do método científico. 9. REFERÊNCIAS [1] POZEBON, S. Grandezas e medidas: surgimento histórico e contextualização curricular. Disponível em: <http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/ciem/vi/paper/viewFile/971/908> Acesso em 19 de março de 2018. [2] Régua Online. Sobre a régua. Disponível em: <http://www.reguaonline.com/sobre-a-regua.html> Acesso em 19 de março de 2018. [3] O que é um paquímetro. Indústria Hoje. Disponível em: <https://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-paquimetro> Acesso em: 19 de março de 2018. [4] O que é um micrômetro. Indústria Hoje. Disponível em: <https://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro> Acesso em 19 de março de 2018. [5] Tabacniks, M. H. Conceitos básicos da teoria de erros. Disponível em: <http://macbeth.if.usp.br/~gusev/ApostilaErros.pdf> Acesso em 21 de março de 2018. [6] Conceitos de medidas e teoria de erros. Departamento de Física – Laboratório Integrado de Física Geral. Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: <http://www.uel.br/pessoal/inocente/pages/arquivos/03-Conceitos%20de%20medida s%20e%20teoria%20de%20erros.pdf> Acesso em 21 de março de 2018. [7] UNESP. Tipos de erros experimentais. Disponível em <http://wwwp.fc.unesp.br/~jhdsilva/Tipos_de_Erros_Experimentais.pdf> Acesso em 22 de março de 2018. [8] RIBEIRO, A.G. Variância e desvio padrão. Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/variancia-desvio-padrao.htm> Acesso em 22 de março de 2018. [9] “O que é desvio padrão? E erro padrão?” ABG Consultoria Estatística. Disponível em <http://www.abgconsultoria.com.br/blog/desvio-padrao-e-erro-padrao/> Acesso em 22 de março de 2018.
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