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Aula 08 Do Crime Militar III

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Do Crime Militar – III
DIREITO PENAL MILITAR
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
DO CRIME MILITAR – III
Um militar de férias é considerado um militar da ativa ou em atividade (que 
é aquele que não é da reserva, não é reformado, não é civil) para fins da aplica-
ção da Lei Penal Militar.
Exemplo: 
Um soldado encontra-se no estádio de futebol assistindo ao jogo do seu time 
preferido e, em uma confusão no local, ele agride outra pessoa. Os envolvidos, 
conduzidos para a delegacia de polícia dentro do estádio, são identificados como 
militares em atividade, ou seja, um militar agrediu outro militar (lesão corporal), 
sem que soubessem dessa condição.
De acordo com o CPM:
Art. 9º, II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com 
igual definição na lei penal comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma 
situação ou assemelhado;
No exemplo acima, independentemente do conhecimento ou não, da condi-
ção de militar do outro, trata-se de crime de natureza militar.
Outro exemplo:
Em uma pequena alteração no exemplo exposto, o soldado agride um capitão 
da PM, sem saber que se tratava também de um militar e superior hierárquico. 
Neste caso, o soldado não responderá penalmente por violência contra superior 
(subordinação funcional) e sim por lesão corporal.
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à adminis-
tração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
A agressão ao bem jurídico ocorre em lugar sujeito à administração militar 
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil. 
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DIREITO PENAL MILITAR
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Exemplo: dentro de um quartel, hospital militar, hotel de trânsito de oficiais, 
hotel de trânsito de graduados, dentro de viatura policial ou do exército, dentre 
outros.
Exemplo:
Em uma repartição militar um sargento atende um cidadão civil que quer 
protocolar um documento na administração, mas o comportamento da pessoa 
é desrespeitoso e indigno de estar em uma organização militar ou em qualquer 
outra. Impaciente, o soldado ofende verbalmente o cidadão e comete crime de 
injúria contra um civil.
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natu-
reza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração 
militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei n. 
9.299, de 8.8.1996) 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reser-
va, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob 
a administração militar, ou a ordem administrativa militar; 
Exemplos: 
Capitão da PM faz uma licitação indevida e pratica, além de improbidade 
administrativa, crime militar por violar patrimônio sob administração militar.
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, con-
tra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos 
no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos:
Os sujeitos ativos da conduta criminosa podem ser: militar da reserva, refor-
mado, civil.
De acordo com esse inciso, o civil pode praticar crime militar e, de acordo 
com o previsto na Constituição Federal, a Justiça Militar tem competência para 
também julgar um cidadão civil:
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos 
em lei.
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Exemplo: 
Cidadão civil lança uma pedra contra uma viatura da PM, danificando, assim, 
o patrimônio. Configura crime militar e o cidadão civil responderá perante a Jus-
tiça Militar da União.
De acordo com a Constituição Federal, a Justiça Militar estadual tem compe-
tência para julgar o cidadão civil somente nos Estados da Federação em que 
o efetivo militar for superior a 20.000 homens. Entretanto, somente três Estados 
da Federação contemplam em sua organização judiciária o Tribunal de Justiça 
Militar, a saber, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Atenção!
O cidadão civil não pode ser julgado perante a Justiça Militar estadual, pois 
esta julga apenas policial militar e bombeiro militar. De acordo com o modelo 
constitucional atual, em hipótese alguma, a Justiça Militar estadual julga o 
cidadão civil.
O maior volume de processos penais militares perante a Justiça Militar da 
União é de crimes da seguinte natureza:
Estelionato contra a administração militar praticado pelo civil.
Exemplo: 
Coronel do Exército Brasileiro na reserva, reformado (recebe dos cofres públi-
cos), falece e deixa viúva e filho. Automaticamente a viúva passa a ser pensio-
nista militar. Após um tempo, a viúva também falece e o filho (que não tem direito 
a receber a pensão) não comunica o falecimento à administração militar e con-
tinua a efetuar os saques referentes à pensão militar a que a mãe tinha direito. 
Esse civil (o filho) pratica crime de estelionato contra a administração militar e 
responde perante a Justiça Militar da União.
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem adminis-
trativa militar; 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de ativida-
de ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, 
no exercício de função inerente ao seu cargo; 
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DIREITO PENAL MILITAR
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Exemplo: 
Cidadão civil em repartição pública militar ofende algum militar. Pratica, então, 
crime de natureza militar.
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, obser-
vação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor João Paulo Ladeira.

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