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resumo/esquema baseado na bibliografia: ALVES-MARREIROS, Adriano. FREITAS, Ricardo. ROCHA, Guilherme. Direito Penal Militar. Teoria Crítica & Prática. 1 ed. São Paulo: Editora Método, 2015. DIREITO PENAL MILITAR CRIME MILITAR → o Código Penal Militar (decreto-lei 1.001/69, recepcionado pela CF/88 com status de lei ordinária federal) define taxativamente quais são os crimes militares. (ler arts. 9º e 10º – crimes propriamente militares e crimes impropriamente militares) CRIME MILITAR ≠ TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR MILITAR A Transgressão Disciplinar Militar é a ação contrária aos preceitos estatuídos, que ofende a ética, os deveres e as obrigações militares. → No concurso de crime e transgressão de idêntica natureza, só se aplica a penalidade do crime. TEORIA DO CUBO IMPOSSÍVEL → teoria criada para explicar a impossibilidade de se definir crime propriamente militar, tendo em vista o dissenso da doutrina. CRIME MILITAR E A JUSTIÇA COMUM A mudança de competência para processar, não retira a natureza militar de certas condutas. Súmula 53/STJ → Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime contra instituições militares estaduais. Os casos de prerrogativa de foro são exemplos. Apesar de serem julgados pelos Tribunais comuns, estão submetidos à Lei Penal Militar. LEI 9.099/95 → não é aplicada na Justiça Militar por força do seu art. 90-A e da Súmula 9 do STM. OBS: Acidentes de Trânsito: Réu Civil = Justiça Comum Estadual (exceto se evidenciado que o objetivo era impedir ou atingir uma operação militar em andamento). Mesmo com vítima militar em serviço. Réu Militar viatura em serviço = Justiça Militar viatura fora de serviço/carro civil = Justiça comum ©METR A RT. 9º DO CÓDIGO PENAL MILITAR Crimes militares em tempos de PAZ Inciso I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; Critério ratione legis. O sujeito ativo não é necessariamente um militar → civil também comete crime militar. Inciso II - os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: a) por militar em situação de atividade ou assemelhado contra militar na mesma situação ou assemelhado: crime de militar contra militar sempre afeta direta ou indiretamente a hierarquia e disciplina. Assemelhado = servidor efetivo ou não do Ministério da Defesa, submetido a preceito de disciplina militar. Militar da União x Militar Estadual RÉU: Justiça Militar Federal Justiça Militar Estadual b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, reformado ou assemelhado, ou ainda contra civil: Sujeito ativo = militar da ativa ou assemelhado Sujeito passivo = qualquer pessoa PNR (Próprio Nacional Residencial) →não está sob administração militar. Vila militar SIM! c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva ou reformado, ou ainda contra civil: Serviço = função decorrente de lei, decreto, regulamento, ato, portaria, instrução, ordem verbal ou escrita de autoridade militar competente; O deslocamento para o trabalho e de volta para casa não configura serviço; d) por militar durante o período de manobras ou exercício e) por militar ativo, ou assemelhado, contra patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar: Todo o patrimônio pertencente ou administrado pelas Forças Armadas ou pelas corporações estaduais; ©METR STF: são infrações que atingem a organização, a existência e finalidade das Forças Armadas, bem como o prestígio moral da administração militar. Inciso I II - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: Prevê as hipóteses em que o civil pratica crime miliar, sem ser em coautoria ou participação. a) contra o patrimônio sob administração militar, ou contra a ordem militar: Súmula 36 STF → compete à Justiça Federal processar e julgar civil por crime de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação de CIR ou CHA, ainda que expedidos pela Marinha do Brasil. b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério Militar ou da Justiça Militar, no exercício do cargo; Juízes, servidores e auxiliares MPM → NÃO! c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras: Folgas, licenciamentos e liberações não se incluem. d) ainda que fora de local sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim ou em obediência a determinação legal superior. PARÁGRAFO ÚNICO → crimes dolosos contra a vida e cometidos contra civil: competência da justiça comum (Tribunal do Júri) Admite exceções: Militares das Forças Armadas (União) quando: I - do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: Lei no 7.565/86, Lei Complementar no 97/99, Decreto-Lei no 1.002/69 e, Lei no 4.737/65. ©METR A RT. 10 º DO CÓDIGO PENAL MILITAR Crimes militares em tempos de GUERRA Tempo de guerra = começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele reconhecimento, e termina quando ordenada a cessação das hostilidades. Não se trata de lei excepcional ou temporária. D eclaração de guerra → compete privativamente ao Presidente da República, com a autorização do Congresso Nacional. Em guerra, entramos em estado de sítio Inciso I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra: Inciso I I - os crimes militares previstos para o tempo de paz na guerra, ainda se tutelam os mesmos bens jurídicos tutelados na paz. LEMBRAR : aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com aumento de um terço, exceto se o crime tiver disposição especial. Inciso II I - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: o civil, que em tempos de paz é excepcionalmente submetido às leis militares, quando em tempo de guerra passa a ficar sujeito a essa legislação. a) em território nacional, ou estrangeiro, ou militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; Inciso I V - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado. ©METR Não há limite de tempo Não se aplicam limitações às restrições contra as pessoas
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