Buscar

APS CÂNCER DE MAMA

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM
CURSO: FISIOTERAPIA – 5º PERÍODO A
ALUNA: DANIELE DE JESUS CARVALHO
DISCIPLINA: FISIOTERAPIA DERMATOFUNIONAL
PROFESSORA: ME. ELLEN CRISTINA MACHADO RODRIGUES
QUESTIONÁRIO DA AULA
QUEIMADURA
Diante do exposto reflita a respeito do tema e faça uma síntese contendo: O que é; fatores predisponentes; prevenção; detecção; quadro clínico; tratamento médico; tratamento fisioterapêutico; complicações; precauções e orientações quanto ao câncer de mama.
O câncer (CA) de mama, também designado carcinoma mamário, é uma doença complexa, de evolução lenta ou rapidamente progressiva. É descrito como resultado de multiplicações desordenadas de determinadas células que se reproduzem em grande velocidade, desencadeando o aparecimento de neoplasias malígnas que podem vir a afetar os tecidos vizinhos e provocar metástases, aparecendo assim sob forma de nódulos. Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. • Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. • Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. • Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
FATORES PREDISPONENTES: Predisposição genética; Idade avançada;Menarca precoce; Menopausa tardia; Nuliparidade; Ingestão de álcool; Obesidade; Exposição a substâncias químicas, entre outros.
DIAGNÓSTICO PRECOCE: A importância do diagnóstico precoce do câncer está em tentar evitar a disseminação das células malígnas pelo corpo. Por isso, quando o carcinoma mamário é detectado e tratado precocemente a mulher tem mais opções de tratamento e boas chances de recuperação completa.
AÇÕES DE SAÚDE FUNDAMENTAIS PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CA DE MAMA: 
1. Auto-exame das mamas realizado de forma adequada: A própria mulher faz um exame visual e de palpação na mama em frente a um espelho. Este exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês em qualquer época. O objetivo fundamental do auto-exame de mama é fazer com que a mulher conheça detalhadamente suas mamas, o que facilita a percepção de quaisquer alterações tais como: Pequenos nódulos nas mamas e axilas; Saída de secreções pelos mamilos; Mudança na cor da pele; Retrações, entre outras. 
2. Exame clínico das mamas feito por um profissional especializado
3. Mamografia: A mamografia é o único método capaz de detectar precocemente a malignidade, podendo revelar uma neoplasia ainda de poucos milímetros geralmente não palpável. É recomendado que seja feito aproximadamente uma semana após o período menstrual. E por motivo preventivo, esse exame deverá ser feito anualmente a partir dos 40 anos, e de dois em dois anos dos 50 aos 69 anos. Para pessoas com histórico da doença na família é recomendado à partir dos 35 anos.
O diagnóstico e o tratamento do CA de mama geram notáveis repercussões psicológicas no doente. Quadros de depressão, ansiedade, insônia e medo, que compreende desde o abandono pela família e amigos até a recaída e morte, podem contribuir para um entendimento negativo da qualidade de vida. Outras consequências são, a diminuição da mobilidade, dor, linfedema do membro superior, uso de quimioterapia, sintomas vasomotores, secura vaginal, disfunções sexuais e dificuldades econômicas.
TRATAMENTO: O tratamento desta patologia deve ser realizado em hospitais terciários ou secundários, onde existem serviços complementares disponíveis. É fundamental a presença de equipe multiprofissional com Mastologista, Oncologista, Psicólogo, Fisioterapêuta, Radiologista e outros que forem necessários.
TRATAMENTO LOCO-REGIONAL: Cirurgia.
TRATAMENTO SISTÊMICO :Quimioterapia(QT) 
TRATAMENTO SISTÊMICO: Hormonioterapia(HT)
TIPOS DE CIRURGIA: Mastectomia simples: Remoção da glândula mamária e da pele que a recobre, incluindo a areola e o mamilo. 
Mastectomia subcutânea: Remoção da glândula mamária preservando a pele. É uma forma de tratamento de algumas doenças benignas e malignas da mama permitindo uma reconstrução mamária imediata, geralmente com excelentes resultados estéticos.
Mastectomia radical de Halsted – Nesta técnica cirúrgica além da glândula são removidos os gânglios axilares e também os músculos grande e pequeno peitoral. Foi uma técnica usada durante décadas no tratamento cirúrgico do câncer da mama desde que foi descrita por Halstead em 1882 até depois de 1945 e hoje abandonada. 
Mastectomia radical modificada: Técnica cirúrgica que difere da mastectomia radical por permitir conservar os músculos peitorais (apenas o grande peitoral na técnica de Patey ou o pequeno e o grande peitoral na técnica de Madden).
Quadrantectomia + esvaziamento axilar: Retira-se o quadrante mamário afetado da pele até a fáscia do músculo grande peitoral (inclusive) - completa-se com a remoção dos níveis axilares.
Radioterapia É um tratamento complementar à cirurgia, baseia-se no princípio da destruição das células tumorais através da tele-radiação. É indicado nas seguintes situações: Para complementar a cirurgia conservadora. -Em tumores de quadrantes centrais e internos. Para complementar o esvaziamento axilar (em casos que este não pôde ser adequado). Em tumores com diâmetro 5cm. Em casos de acometimento da pele por invasão tumoral. No carcinoma inflamatório da mama. 
QUIMIOTERAPIA: A quimioterapia é o tratamento sistêmico mais eficaz no câncer da mama. É a aplicação de drogas que atuam destruindo as células cancerosas, existindo diversos grupos de medicamentos, diferenciados basicamente pelo mecanismo de ação. Os efeitos tóxicos em órgãos vitais, como a medula óssea, o fígado, os rins e o coração são fatores adversos ao uso da QT.
HORMONIOTERAPIA: É uma forma de tratamento sistêmico que visa bloquear a ação hormonal (estrogênica) sobre o crescimento do tumor ou de metástases. Basicamente, indica-se a HT como bloqueio preventivo, e em casos que os tumores primários apresentam receptores de estrogênio e/ou de progesterona detectáveis. A droga mais usada é o Tamoxifene na dose de 20mg/dia, por um período de 2-5 anos, principalmente nas mulheres menopausadas. 
FISIOTERAPIA: A atuação fisioterápica deve-se iniciar o mais precocemente possível. A introdução da cinesioterapia nos primeiros dias após a cirurgia pode trazer inúmeros benefícios para a paciente, como prevenção do linfedema, de retrações miotendíneas, dor e diminuição funcional do ombro além de encorajamento ao retorno precoce de suas atividades.
Dados que podem ser observados na avaliação fisioterapêutica: Sensação de peso do lado acometido; Diminuição da força muscular e da ADM; Sensações dolorosas; Retração devido a aderência cicatricial; Problemas posturais (aumento da cifose torácica) e linfedema. Desta forma o acompanhamento fisioterapêutico da mulher submetida à cirurgia de câncer de mama visa prevenir as complicações pós cirúrgicas, permitir um retorno, o mais breve possível, às atividades da vida diária e profissionais, o que melhora sua qualidade de vida.
Quadro Clínico Pós-operatório: Dor, diminuição da ADM do ombro homolateral à cirurgia, diminuição de força em MS homolateral à cirurgia, linfedema, alterações de sensibilidade, alterações posturais.
Podem ocorrer ainda: Infecção da ferida, seroma, necrose tecidual, hemorragia, lesão da estruturas neurovasculares da axila.
Fisioterapia no Pós-operatório Objetivos: Restabelecer a função do membrosuperior e atuar na prevenção de complicações. Inicia-se oito horas após a cirurgia, reeducação funcional da cintura escapular e membro superior, cinesioterapia (exercícios isométricos, passivos, ativo-asssitidos, ativos), drenagem linfática (manual, compressão pneumática). Enfaixamento compressivo, contensão ou braçadeira elástica, automassagem de drenagem linfática, alongamento muscular, fortalecimento muscular, fisioterapia respiratória, por volta do 15º dia a paciente já terá retirado os pontos e o dreno.
FASE MAIS ATIVA DA REABILITAÇÃO.
Complicações: Por vários motivos, após a cirurgia da mama podem surgir complicações no braço do lado operado. As principais são: Dor e restrição do movimento do ombro; Inchaço do braço; Falta de Sensibilidade na parte superior e interna do braço.
Exercícios logo após a cirurgia: Manter o braço afastado do corpo ±20 cm, apoiado sobre um travesseiro, deixando a mão e o cotovelo mais altos que o ombro.
No dia seguinte à cirurgia: a) Movimente o punho, o cotovelo e o ombro vagarosamente. Repita cada movimento 10 vezes, 3 vezes do ao dia
b) Com uma bolinha, faça movimentos de aperto por 5 minutos, 3 vezes ao dia.
A partir do 4° dia após a cirurgia: 
1) Pêndulo: incline-se para frente, mova os braços como pêndulo (A) e ainda inclinada, mova os braços para os lados (B).
2) Formiguinha: suba os dedos pela parede, mantenha o cotovelo esticado e permaneça nesta posição por 5 segundos.
3) Passarinho: com as palmas das mãos para dentro, junte as pernas e abra os braços sem dobrar os cotovelos. Mantenha os braços no máximo da elevação conseguida por 5 segundos.
4) Sutiã: coloque os braços nas costas. Mantenha-se reta levando as mão para cima e para baixo. Mantenha por 5 segundos as mão juntas no ponto mais alto que você atingir e por mais 5 no ponto mais baixo.
5) Oferecer: levante os braços até ficarem paralelos ao chão, com as palmas das mãos para cima. Abaixe-os sem dobrar os cotovelos, mantendo a posição por 10 segundos.
6) Cruz: com as palmas das mãos para dentro, levante os dois braços juntos, até a posição vertical, mantendo-os elevados por 10 segundos. Retorne à posição original.
7) Pegar a orelha: com a mão apoiada na cintura, eleve o braço do lado operado, passando por cima da cabeça e tocando com os dedos a orelha do lado oposto. Mantenha esta posição por 10 segundos e retorne à posição inicial.
PRECAUCÕES: Realizar os exercícios apropriados para braço e ombro. Usar aparador elétrico de costeletas ("trimmer") para a remoção dos pêlos da axila ou cortá-los rente com tesoura sem ponta. Manter soltas as mangas e os punhos das roupas. Usar um creme hidratante e nutritivo para a pele, à base de lanolina. Usar luvas de borracha para lavar louça ou roupa. Usar luvas de lona para trabalhar no jardim. Usar luvas acolchoadas para manusear o forno. Usar dedal para costurar. Evitar (do lado operado): Fazer grandes esforços ou carregar peso. Praticar movimentos repetitivos. Medir a pressão arterial. Tomar injeções e/ou vacinas. Coletar sangue para exames. Receber soro. Retirar cutícula. Queimar, ferir ou arranhar a pele. Usar relógios e/ou pulseiras apertados. Expor-se excessivamente ao sol. Picadas de inseto. Substâncias irritantes, que ressequem a pele.

Continue navegando