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Tráfico de Drogas: Condutas e Penas

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Lei 11.343/06
2ª Parte
Dos Crimes
TRÁFICO
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
Crime de Perigo Abstrato – há uma probabilidade de dano ao bem juríd. tutelado, independente de prova dessa probabilidade de dano, uma vez q/ presumida pelo legislador.
SAÚDE PÚBL. – bem juríd. imaterial – possib. de várias pessoas, em n. Indefinido, adoecerem e morrerem, devido ao tráfico de drogas.
Condutas: Crime comissivo – os verbos indicam ações. 18 condutas (crime c/ maior n. de condutas da legislação penal brasileira): importar (trazer p/ Brasil); exportar (levar p/ fora Brasil); remeter (enviar a algum lugar); preparar (obter algo por meio da composição de elementos - manipular); produzir (dar origem a algo inexistente); fabricar (produzir em larga escala – equipamentos e máquinas próprias – criar o q/ não existia); adquirir (comprar, obter); vender (alienar por certo preço); expor à venda (colocar à mostra p/ alienação); oferecer (ofertar como presente); ter em depósito (manter em reservatório); transportar (levar de um lugar p/ outro); trazer consigo (transportar junto ao corpo); guardar (tomar conta de algo); prescrever (receitar); ministrar (aplicar); entregar a consumo (confiar a alguém p/ gastar); fornecer (abastecer);→ droga/substância entorpecente ou q/ determine dependência física ou psíquica.
OBS.: trata-se de tipo misto alternativo – o agente pode praticar uma ou mais condutas, sendo q/ responderá por apenas um delito. Eventualmente, poderá responder por concurso de crimes (transcurso de período excessivamente extenso entre uma conduta e outra).
Elemento subj.: dolo. Não há forma culposa.
Norma penal em branco: necessidade de complementação – norma específica – ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – órgão governamental próprio vinculado ao Ministério da Saúde.
ENT: sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Consumação: c/ a prática das condutas acima descritas.
Tentativa: possível, mas de difícil configuração, em face das 18 condutas existentes no tipo penal. Ex.: quem traz consigo já consumou a infração e, p/ vender é preciso trazer consigo. Mas não é impossível. Ex. Tentativa de adquirir.
Tráfico de Drogas  comércio; atividade comercial habitual; c/ intuito de lucro - considerado equiparado a crime hediondo.
Tráfico de Drogas = comércio; atividade comercial habitual; c/ intuito de lucro - considerado equiparado a crime hediondo. 
A quantidade é mero indício p/ o tráfico e não pode ser analisada isoladamente, mas sim c/ outros elementos. V. §2º do art. 28.
Preparar ≠ Fabricar
Preparar  simples manipulação
Fabricar processo complexo de refino, criar o q/ não existia
Crime Permanente
Ter em depósitoa droga é de minha propriedade
Guardar a droga é de 3º
Prescrever ≠ Ministrar
Prescrever Médicos e Dentistas (Crime Próprio)
Ministrar introduzir no corpo humano.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Condutas que não são praticadas com drogas, mas com figuras típicas assemelhadas – mesmo assim o agente responderá por tráfico.
Inciso I:
Obj. Juríd.: saúde pública e segurança pública.
Obj. Material: matéria-prima (subst. bruta da qual se extrai qualquer produto), insumo (elemento participante do processo de formação de determinado produto) ou produto químico (subst. química qq, pura ou composta, utilizada em laboratório) → voltada p/ a preparação de drogas – Ex.: matéria-prima: acetona.
Suj. Ativo: qualquer pessoa imputável.
Suj. Passivo: sociedade.
Condutas: são os mesmos do caput. 
Elemento subj.: dolo. Não há elemento EST, nem forma culposa.
ENT: sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Consumação: c/ a prática das condutas acima descritas.
Tentativa: possível, mas de difícil configuração.
Inciso II:
Obj. Juríd.: saúde públ. e segurança públ.
Obj. Material: semente ou planta.
Suj. Ativo: qq pessoa imputável.
Suj. Passivo: sociedade.
Condutas: semear (espalhar sementes p/ q/ germinem); cultivar (propiciar condições p/ o desenv. da planta); fazer a colheita (recolher o q/ a planta produz).
Elemento subj.: dolo. Não há elemento EST, nem forma culposa.
ENT: sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Consumação: c/ a prática das condutas acima descritas.
Tentativa: possível, mas de difícil configuração
Inciso III:
Obj. Juríd.: saúde públ. e segurança públ.
Obj. Material: área territorial ou o bem utilizado p/ o tráfico de drogas.
Suj. Ativo: proprietário; posseiro; administrador; guarda ou vigilante de determinada área territorial ou bem.
Suj. Passivo: sociedade.
Elemento subj.: dolo. EST: p/ o tráfico ilícito de drogas. Não há punição p/ forma culposa.
ENT: sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Obviamente nunca haverá autorização legal ou regulamentar p/ utilização de local p/ fim de tráfico de drogas!!!
Consumação: c/ a prática das condutas acima descritas.
Tentativa: possível, mas de difícil configuração.
Condutas
1ª conduta: comissiva - utilizar (aproveitar) local ou bem de qq natureza de quem tem a propriedade (ter o uso, gozo e disposição de algo); posse (tirar proveito s/ ser proprietário); administração (gerência); guarda (sob tutela); vigilância (cuidado). 
2ª conduta: omissiva - consentir (permitir) q/ outra pessoa utilize o local ou bem de qq natureza, aproveitando-o ainda q/ gratuitamente (s/ contraprestação).
Se não houvesse o tipo específico, o agente q/ se enquadra nas condutas acima seria partícipe do crime de tráfico de drogas.
Figura Privilegiada
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
NÃO SE TRATA DE CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO – V. Art. 44.
Obj. Juríd.: saúde públ.
Obj. Material: pessoa q/ usa a droga.
Suj. Ativo: qq pessoa imputável.
Suj. Passivo: sociedade e secundariamente a pessoa q/ usa a droga.
Condutas: induzir (dar a idéia); instigar (fomentar idéia já existente) ou auxiliar (prestar qq tipo de ajuda).
* Alguns traficantes podem ser beneficiados com esse tipo, uma vez q/ podem incentivar o uso de droga p/ viciar seu futuro consumidor.
Elemento subj.: dolo. Não há elemento EST, nem forma culposa.
Consumação: c/ a prática das condutas acima descritas.
Tentativa: possível, mas de difícil configuração.
Benefícios penais: cabe SUSPRO (art. 89, Lei n. 9.099/95); conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de dirs. e SURSIS (art. 77, CP). 
Figura Privilegiada
§ 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
NÃOSE TRATA DE CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO – V. Art. 44.
Obj. Juríd.: saúde públ.
Obj. Material: pessoa a quem se oferta droga.
Suj. Ativo: qq pessoa imputável.
Suj. Passivo: sociedade e secundariamente a pessoa q/ consome a droga oferecida.
Elemento subj.: dolo. EST: consumo droga em conjunto. Não há forma culposa.
Consumação: c/ a prática das condutas acima descritas.
Tentativa: possível, mas de difícil configuração.
Benefícios penais: cabe transação penal; SUSPRO (art. 89, Lei n. 9.099/95); conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de dirs. e SURSIS (art. 77, CP).
* Multa estipulada exorbitante (mínima: R$10.850,00) e superior a do §2º (pena maior e q/ pode haver objetivo de lucro)- incoerência.
Condutas: 
oferecer (ofertar como presente) → droga.
 04 requisitos: 
a) agir em caráter eventual; 
b) s/ objetivo de lucro; 
c) atingir pessoa do relacionamento do agente (requisito amplo e subj.); 
d) ter a finalidade de consumir a droga em conjunto.
Causa de Diminuição de Pena
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

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