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1 REVISA˜O DE CA´LCULO Notas de aula de Ca´lculo Nume´rico A - 2018 Sa´vio B. Rodrigues Dept. Matema´tica - UFSCar 1 Revisa˜o de Ca´lculo Precisaremos de va´rios resultados de Ca´lculo 1. Ale´m do material descrito aqui, voceˆ precisa ter certeza que voceˆ consegue calcular derivadas corretamente e encontrar ma´ximos e mı´nimos corretamente. Certifique-se tambe´m que voceˆ sabe utilizar os outros teoremas descritos aqui. Calcule as derivadas: 1. (( senx+ x)(x3 − lnx))′ 2. d dx sen (x3 − x2) 1.1 Ma´ximos e mı´nimos de func¸o˜es Voceˆ deve revisar as definic¸o˜es de ma´ximo/mı´nimo global e local do Ca´lculo 1, para isto, sugiro o livro do Stewart de onde vem esta figura: Esta figura mostra mı´nimos e ma´ximos globais e locais. Os pontos a, c, e e sa˜o mı´nimos locais no qual a e´ o mı´nimo global. Os pontos b e d sa˜o ma´ximos locais no qual d e´ ma´ximo global. Ha´ um me´todo para determinar o ma´ximo (mı´nimo) global de f num intervalo fechado [a, b] resumido a seguir: Ma´ximo e mı´nimo global em intervalo fechado Seja f(x) : [a, b]→ R for cont´ınua e diferencia´vel. 1. Encontre todos os pontos c em [a, b] tal que f ′(c) = 0. 2. Calcule os valores f(a) e f(b). 3. Tome o maior/menor valor entre todos os valores de f(x) do item 1 e do item 2. Exerc´ıcio: use este procedimento para encontrar o ma´ximo global de f(x) = x3 − 3x2 + 1 no intervalo [−1/2, 4]. Esboce o gra´fico desta func¸a˜o e localize os pontos onde a derivada vale zero. 1 1.2 Teorema de Rolle 1 REVISA˜O DE CA´LCULO 1.2 Teorema de Rolle O seguinte teorema sera´ muito u´til: Teorema de Rolle Seja f(x) : [a, b] → R uma func¸a˜o cont´ınua e diferencia´vel. Se f(a) = f(b) enta˜o existe c ∈ (a, b) tal que f ′(c) = 0. Veja a interpretac¸a˜o gra´fica. Isto mostra para func¸o˜es diferentes que sempre e´ poss´ıvel encontrar algum c, talvez mais de um, no qual a derivada de f vale zero. Ha´ mais de uma forma de usar o teorema de Rolle, podemos tambe´m usa-lo da seguinte forma equivalente: Teorema do valor me´dio da derivada Seja f(x) : [a, b]→ R uma func¸a˜o cont´ınua e diferencia´vel. Enta˜o existe c ∈ (a, b) tal que f ′(c) = f(b)− f(a) b− a . Veja a interpretac¸a˜o gra´fica. As retas por P1 e P2 tem a mesma inclinac¸a˜o que a reta que vai de A a B. 2 1.3 Como a derivada afeta o crescimento da func¸a˜o 1 REVISA˜O DE CA´LCULO Outras formas u´teis de reescrever esta mesma fo´rmula sa˜o f(b)− f(a) = f ′(c) · (b− a) ou ainda, com b = a+ h, tem-se f(a+ h) = f(a) + f ′(c)h. Quando a func¸a˜o f descreve a posic¸a˜o de um ve´ıculo em func¸a˜o do tempo, o valor c representa o instante de tempo em que o ve´ıculo esta´ com a velocidade instantaˆnea igual a velocidade me´dia do percurso. Note tambe´m uma informac¸a˜o importante: se a derivada de f for pequena enta˜o a func¸a˜o f quase na˜o varia, ela e´ quase constante. 1.3 Como a derivada afeta o crescimento da func¸a˜o Os intervalos de crescimento/decrescimento podem estar separados por pontos de ma´ximo/mı´nimos locais onde f ′(x) = 0. Teste de crescimento e decrescimento Se f ′(x) > 0 num intervalo enta˜o f e´ crescente neste intervalo. Se f ′(x) < 0 num intervalo enta˜o f e´ decrescente neste intervalo. Por exemplo, os intervalos de crescimento e decrescimento de f(x) = 3x4−4x3−12x2+5 podem ser encontrados calculando f ′ e escrevendo-a como f ′(x) = 12x(x− 2)(x+ 1) encontramos os pontos x = 0, x = 2 e x = −1 como pontos em que a derivada vale zero. Calculando os valores de f(x) nestes pontos, e sabendo os intervalos de crescimento e decrescimento onde analisamos o sinal de f ′(x), 3 1.4 Teorema do Valor Intermedia´rio 1 REVISA˜O DE CA´LCULO fica fa´cil esboc¸ar o gra´fico da func¸a˜o: Havera´ va´rios exerc´ıcios de revisa˜o sobre gra´ficos. 1.4 Teorema do Valor Intermedia´rio Pode-se ver no exemplo anterior que a func¸a˜o f(x) = 3x4− 4x3− 12x2 + 5 cruza o eixo x em algum ponto entre x = 0 e x = 2. Ou seja, a func¸a˜o f tem um zero neste intervalo. Basta ver que f(0) > 0 e f(2) < 0. Portanto a func¸a˜o tem que cruzar o eixo x em algum lugar. Esta afirmac¸a˜o pode ser formalizada matematicamente usando o seguinte teorema: Teorema do valor intermedia´rio Se f e´ cont´ınua em [a, b] e k ∈ R esta´ entre f(a) e f(b) enta˜o existe c em [a, b] tal que f(c) = k. Este e´ um resultado muito u´til para encontrar zeros de func¸o˜es. 1.5 Ma´ximo global de func¸o˜es com mo´dulo Em ca´lculo nume´rico precisaremos encontrar o ma´ximo global do mo´dulo de uma func¸a˜o. Por exemplo, considere novamente a func¸a˜o f(x) = 3x4 − 4x3 − 12x2 + 5 da Sec. 1.3. Queremos encontrar o ma´ximo de |f(x)| no intervalo [−1, 2.5], denotaremos o ma´ximo por: max x∈[−1,2.5] |f(x)|. O mo´dulo “rebate” valores negativos de f(x) < 0 para −f(x) > 0. Ou seja o ma´ximo de |f(x)| pode ocorrer no valor mais positivo ou no mais negativo de f(x). Deve-se encontrar o ma´ximo global de f e o mı´nimo global de f e enta˜o a resposta sera´ o maior valor em mo´dulo. No exemplo, temos que o ma´ximo global de f e´ 5 (ocorre em x = 0) e o mı´nimo global e´ −27 (ocorre em x = 2). Logo a respostas e´ max x∈[−1,2.5] |f(x)| = 27. Exerc´ıcio: encontrar o valor de max x∈[0,1] ∣∣∣∣2− ex + 2x3 ∣∣∣∣ . 1.6 Aproximac¸a˜o linear e Teorema de Taylor E´ bastante u´til aproximar uma func¸a˜o f(x) pela reta tangente L(x) = f(a) + f ′(a)(x− a), ou seja, f(x)≈f(a) + f ′(a)(x− a) 4 1.6 Aproximac¸a˜o linear e Teorema de Taylor 1 REVISA˜O DE CA´LCULO Claramente a aproximac¸a˜o de f(x) por L(x) fica melhor a medida que x se aproxima de a. Visivelmente a aproximac¸a˜o tende a piorar quando x se afasta de a. Importantes questo˜es que procuramos responder em Ca´lculo Nume´rico sa˜o: “Qual o erro desta aproximac¸a˜o?” e “Quando consigo garantir que a aproximac¸a˜o e´ boa o suficiente para minha aplicac¸a˜o?” Usaremos o teorema de Taylor para responder tais questo˜es. Este teorema tambe´m permitira´ encontrar expresso˜es que sejam melhores para avaliac¸a˜o nume´rica, ou seja, expresso˜es nos quais os erros de arredondamento na˜o sejam ta˜o pronunciados. Teorema de Taylor Seja f ∈ Cn+1[a, b] e x0 ∈ [a, b]. Para todo x em [a, b] existe um ξ entre x e x0 tal que f(x) = Pn(x) +Rn(x) onde Pn e´ o polinoˆmio de Taylor Pn(x) =f(x0) + f ′(x0)(x− x0) + f ′′(x0) 2! (x− x0)2 + · · · · · ·+ f n(x0) n! (x− x0)n, e onde Rn(x) = f (n+1)(ξ) (n+ 1)! (x− x0)n+1. O termo Pn(x) e´ chamado de polinoˆmio de Taylor e o termo Rn(x) e´ chamado de resto de Lagrange ou simplesmente de resto. No caso especial em que x0 = 0, Pn(x) tambe´m e´ chamado polinoˆmio de Maclaurin. Este teorema permite ter duas informac¸o˜es importantes: podemos aproximar func¸o˜es f(x) por um polinoˆmio e podemos saber o tamanho do erro presente na aproximac¸a˜o. Vamos agora exemplificar como usar este teorema. Por exemplo, dada a func¸a˜o f(x) = ln(2x) e uma aproximac¸a˜o e´ 2x− 1. Podemos enta˜o investigar a resposta para a seguinte pergunta: “Em qual intervalo de x e´ poss´ıvel garantir que o erro e´ inferior a 10−5?” Usando o teorema, vamos escolher f(x) = ln(2x), x0 = 0.5 e vamos tomar n = 1. Seguindo a fo´rmula, o polinoˆmio de Taylor fica igual a P1(x) = ln(2 · 0.5) + ( 1 0.5 ) (x− 0.5) ou seja, P1(x) = 1 − 2x, esta e´ a func¸a˜o que aproxima ln(2x). Sabemos que para x = 0.5 a 5 2 APLICAC¸O˜ES DO TEOREMA DE TAYLOR aproximac¸a˜o coincide com a func¸a˜o. Mas a aproximac¸a˜o piora gradualmente a medida que x se afasta de 0.5. Gostar´ıamos de responder a pergunta: “Em qual intervalo de x, com x > 0.5, e´ poss´ıvel garantir que o erro | ln(2x)− (1− 2x)| seja inferior a 10−5?” Observe que este erro e´ dado pela expressa˜o |f(x) − P1(x)| a qual e´ exatamente o mo´dulo do resto: |R1(x)|. Portanto, considere o termo do resto R1(x), sua expressa˜o se traduz para Rn(x) = f′′(ξ) 2! (x− 0.5)2. Calculando a segunda derivada temos f ′′(x) = (ln(2x))′′ = − 1 x2 . Ou seja, Rn(x) = − 1 ξ2 2 (x− 0.5)2. Segundo o teorema, sabemos que ξ e´ um valor entre 0.5 e x (ele na˜o e´ igual ao valor x). Vamos agora limitar (ou seja, majorar) o mo´dulo do resto por uma expressa˜o que podemos calcular: |Rn(x)| = ∣∣∣∣− 12ξ2 (x− 0.5)2 ∣∣∣∣ ≤ maxξ∈[0.5,x] ∣∣∣∣− 12ξ2 ∣∣∣∣ · ∣∣(x− 0.5)2∣∣ . Calculando max ξ∈[0.5,x] ∣∣∣∣− 12ξ2 ∣∣∣∣ = 12(0.5)2 isto porque 1 2ξ2 e´ uma func¸a˜o decrescente em ξ, logo, o ma´ximo ocorre no menor valor de ξ ∈ [0.5, x], ou seja, em ξ = 0.5. Agora podemos escrever |Rn(x)| ≤ 1 2(0.5)2 · (x− 0.5)2. Como queremos garantir que o erro seja inferior a 10−5, procuramos x tal que 2(x− 0.5)2 ≤ 10−5, ou seja, x ≤ 0.5 + 2.23607× 10−3. Resposta: Para 0.5 ≤ x ≤ 0.50223607 o erro | ln(2x)− (1− 2x)| e´ garantidamente inferior a 10−5. Exerc´ıcio: use o teorema para encontrar um limitante para o erro ao aproximar ln(x) por P3(x) com x0 = 1 no intervalo x ∈ [0.9, 1.1]. Exerc´ıcio: considere f(x) = ex/2, encontre o polinoˆmio de Taylor de grau 2 expandindo f por x0 = 0. Encontre o resto R2(x). Encontre um limitante para o erro ao aproximar f(0.2) por P2(0.2). Compare com o erro da calculadora, sera´ que e´ pro´ximo ao limitante? 2 Aplicac¸o˜es do Teorema de Taylor Nesta aplicac¸a˜o, o polinoˆmio de Taylor e´ usado para evitar a subtrac¸a˜o de nu´meros pro´ximos. Isto porque subtrac¸a˜o de expresso˜es parecidas podem ser aproximada por uma derivada. Considere a expressa˜o y = √ 2 − √2− 10−8 a ser calculada com 10 d´ıgitos. Note o grande cancelamento de d´ıgitos significativos quando subtra´ımos y = √ 2− √ 2− 10−8 ≈ 1.414213562− 1.414213558 = 4.0000000× 10−9. 6 3 CO´DIGOS PARA GERAR GRA´FICOS COM LEGENDAS Utilizando Taylor, aproximamos √ 2 + x ≈ √ 2 + (2 √ 2)−1x (1) e substitu´ımos na expressa˜o, e usando x = −10−8. Resulta em y ≈ (2 √ 2)−1 · 10−8 ≈ 3.535533906× 10−9 que ja´ e´ muito pro´ximo do resultado dado pelo Octave: 3.5355340877174513 × 10−9. A lista de exerc´ıcios traz dois exerc´ıcios onde esta te´cnica e´ usada. Exerc´ıcio: Encontre um limitante para o erro nesta aproximac¸a˜o de Taylor √ 2 + x ≈ √2 + (2 √ 2)−1x quando x = 10−8. Exerc´ıcio: Repita a aproximac¸a˜o (1) colocando mais um termo no polinoˆmio de Taylor: √ 2 + x ≈ √ 2 + (2 √ 2)−1x− (8 √ 23)−1x2. Compare com a resposta exata 3.53553391035215 · · · × 10−9. Ha´ outros truques para evitar a subtrac¸a˜o de nu´meros pro´ximos. Quando b e´ pro´ximo de √ b2 + � enta˜o pode-se usar multiplicac¸a˜o pelo conjugado da raiz b− √ b2 + � = (b−√b2 + �) · (b+√b2 + �) b+ √ b2 + � = −� b+ √ b2 + � . Ao inve´s de uma diferenc¸a, tem-se uma soma no denominador. Este truque e´ usado para melhorar a precisa˜o da fo´rmula de Baskara (veja Sec. 1.2 do livro) e tambe´m pode ser usado no exemplo anterior. Experimente mostrar que y = √ 2− √ 2− 10−8 = 10 −8 √ 2 + √ 2− 10−8 . Este e´ o modo mais preciso para avaliar a expressa˜o. Infelizmente o reperto´rio de truques e´ limitado. Taylor e´ a melhor opc¸a˜o para o caso geral. 3 Co´digos para gerar gra´ficos com legendas Constantemente usaremos ferramentas computacionais para compreender o comportamento, val- ores, zeros, ma´ximos e mı´nimos de func¸o˜es. Aqui esta˜o exemplos de como gerar gra´ficos bonitos no Octave e em Python. Por “bonito” entende-se que o gra´ficos tenham eixos com legendas. Sempre um gra´fico e´ usado num relato´rio ou apresentac¸a˜o e´ essencial que ele tenha um t´ıtulo e legendas nos eixos. Aqui esta´ um co´digo para fazer gra´ficos em Octave/Matlab >> plot(x,y) >> grid on >> x = linspace(0,10,100); >> y = sin(x); >> plot(x,y) >> grid on >> xlabel(’x’) >> ylabel(’y’) >> title(’seno no intervalo 0 a 10’) 7 4 RESPOSTAS O comando “linspace(a, b, n)” produz um vetor com n elementos comec¸ando no valor a, termi- nando em b inclusive, com valores igualmente espac¸ados. Em Matlab os vetores comec¸am em 1, logo, x(1) tem o valor zero e x(100) o valor 10. O co´digo em Python fica assim: import numpy as np import matplotlib.pyplot as plt x=np.linspace(0,10,100) y=np.sin(x) plt.plot(x, y) plt.grid() plt.title(’seno no intervalo 0 a 10’) plt.xlabel(’x’) plt.ylabel(’y’) plt.show() 4 Respostas Derivadas: 1. (( senx+ x)(x3 − lnx))′ Resp: (x+ sen (x)) ( 3x2 − 1 x ) + ( x3 − ln (x)) (cos (x) + 1) . 2. d dx sen (x3 − x2) Resp.: cos(x3 − x2) · (3x2 − 2x). • O ma´ximo global de f(x) = x3 − 3x2 + 1 no intervalo [−1/2, 4] e´ 17 e o mı´nimo global e´ -3. Para fazer o gra´fico desta func¸a˜o no Octave, >> x =-1/2:0.01:4; >> y = x.^3 - 3*x.^2+1; >> plot(x,y) ou em Python import numpy as np import matplotlib.pyplot as plt x = np.arange(-0.5, 4., 0.01) y = x**3 - 3*x**2 + 1 plt.plot(x, y) plt.show() 8 4 RESPOSTAS • Calculando o valor de max x∈[0,1] ∣∣∣∣2− ex + 2x3 ∣∣∣∣ encontramos 0.462098. • Quando f(x) = ex/2 o polinoˆmio de Taylor de grau 2 expandindo f por x0 = 0 e´ P2(x) = 1 + 0.5x+ 0.125x2. O resto R2(x) e´ dado por R2(x) = (1/2)3 3! eξ/2 · x3 onde ξ e´ algum valor entre 0 e x. Um limitante para o erro |f(0.2)− P2(0.2)| e´ dado por |R2(0.2)| ≤ (1/2) 3 3! max ξ∈[0,0.2] |eξ/2| · (0.2)3 ≤ 1.8420× 10−4. O erro e´ exatamente |f(0.2)−P2(0.2)| = |e0.1− (1 + 0.5 ·0.2 + 0.125 ·0.22)| ≈ 1.709181×10−4. Comparando com o valor acima, vemos o limitante para o erro e´ um valor pro´ximo do erro, apenas um pouco maior. • Um limitante para o erro ao aproximar ln(x) por P3(x) com x0 = 1 no intervalo x ∈ [0.9, 1.1] e´ dado por 1 4 · 1 0.94 · 0.14 ≤ 3.8104 · 10−5. Assim, o erro e´ garantidamente menor que 3.8104× 10−5. Note que maximizamos separada- mente max ξ∈[0.9,1.1] ∣∣∣∣ 14ξ4 ∣∣∣∣ e max x∈[0.9,1.1] ∣∣(x− 1)4∣∣ isto porque queremos um limitante superior para o erro no pior caso. 9
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