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Liga de Cardiologia aula 2

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Faculdade de Medicina de Taubaté 
Curso de Iniciação - Liga de Cardiologia 
Primeira Palestra – Dr. Pedro Duccini 
 
◘ Suporte Básico de vida, ou melhor, suporte fundamental de vida (o que dará garantia que, quando chegar o serviço 
de emergência, a vítima ainda terá condições de viver). 
◘ Quem já teve a oportunidade de chamar a ambulância? Quando se fala em parada cardíaca, a cada um minuto que 
esta vítima fica sem receber a compressão torácica, reduzo 10% das chances desta pessoa sobreviver. 
◘ Dados estatísticos dos EUA mostraram que conseguimos salvar, apenas utilizando as mãos, sem nenhuma outra 
tecnologia 1 a cada 4 vítimas (visualizamos alguém tendo mal súbito1 e aplicamos as manobras de RCP2, conseguimos 
salvar uma pessoa a cada quatro vítimas) e se usamos o desfibrilador conseguimos salvar uma a cada duas vítimas. 
→ Metrô de SP: Pessoas conseguem salvar 75% de vítimas 
→ 1- O mal súbito pode ser definido como qualquer ocorrência repentina da perda da estabilidade hemodinâmica e/ou 
neurológica de um indivíduo. Alguns quadros clínicos como: Síncope, desmaio, hipoglicemia, vertigem, convulsão, 
dentre outros, podem ter sua definição e notificação como mal súbito. 
→ 2- Ressuscitação Cardiopulmonar. 
 
American Heart Association, no final do ano já se lança as atualizações sobre as diretrizes; 
 
Atendimento e Suporte Básico/Avançado 
Vamos atender a vítima, se está desacordada e realizar alguns passos: 
Passo 0: Segurança do local (ex: sinalizar muito bem o local); 
Passo 1: Tocar no ombro da vítima (chamar a vítima); 
Passo 2: Se a vítima não respondeu, chamo ajuda, se estamos no hospital, chamar o médico e trazer o carrinho de parada 
(Suporte Avançado de vida), porém em qualquer outro local, ligar 192, e pedir para alguém que está perto ir pegar um 
desfibrilador esterno automático (tentar achar pelo menos – geralmente é encontrado em shoppings, aeroportos). 
Passo 3: aplicação do Suporte Básico, CABD 
C- Checar pulso e ver se respira – C também de compressão torácica 
Descer no pescoço, saindo com dois dedos do ângulo da mandíbula – pulso carotídeo 
 
Abro no mesmo momento a camisa da vítima para ver se o peito se meche (verificação do sinal de respiração) – tenho 
que fazer esse procedimento entre 5 a 10 segundos. 
Se não senti pulso e a vítima não respirou, realiza-se as compressões torácicas, que varia de 100 a 120 compressões 
por minuto, aprofundando entorno de 5 a 6 cm do gradil costal. Devo atingir o coração para que mecanicamente 
consiga-se ter o bombeamento do sangue. 
Local certo para comprimir: dividir o esterno ao meio transversalmente e colocar a base da mão na metade inferior do 
esterno, projeta-se o ombro em cima da mão, porque a força da compressão virá do peso do tronco, e assim se fará de 
formar ritmada a compressão. Fazer até a ambulância chegar, em 25% dos casos só fazendo isso a vítima poderá voltar 
a viver. 
Hands Only modalidade de suporte básico que a American Heart preconiza, que se direciona a todos os públicos – 
pessoas leigas (apenas não se checa o pulso, não há problema nessa situação). 
Passo 1: Responsividade; 
Passo 2: Chamar ajuda; 
Passo 3:Abrir a camisa e ver se respira; 
Passo 4: Compressão (não para até a vítima voltar a viver, ou chegou o desfibrilador, ou chegou a ambulância) 
Em hospitais ou em locais com serviço médico, pode-se aplicar a ventilação. 
5 a 6 cm 
A- Abrir a via aérea: Levanta-se o queixo e inclinando a cabeça (Chin-lift), ou traciona-se a mandíbula sem a 
inclinação da cabeça (Jaw Thrust). Cuidado para não estender a cabeça do paciente que sofreu um trauma. Deve-se 
manter a via aérea aberta e permeabilizar a via. 
 
 
 
B- Boa ventilação, podendo ser oferecida através de um dispositivo bolsa-valva-máscara (AMBU), ou boca-a-boca. 
→ Máscara facial também pode ser utilizada; 
→ Faz-se 30 compressões para 2 ventilações; 
→ Porém de acordo com atualizações da American Heart, seria melhor que se fizesse 100 compressões por minuto e 
uma pessoa seria responsável pela ventilação, sendo esta uma a cada 6 segundos; 
→ O essencial seria trocar a pessoa que está fazendo as compressões a cada 2 minutos, pois cai o rendimento; 
→ É importante ter alguém cronometrando; 
D- Desfibrilação 
◘ Suporte Avançado de Vida 
Se o suporte básico dentro do hospital, aplica-se agora o suporte avançado de vida, feito em equipe; 
Líder: se tiver gente suficiente, ficará de fora e passará as funções dos membros da equipe – um ficará na RCP, um 
ficará na via aérea, outro ficará na medicação, um monitoriza, e outro ficará no tempo que avisará o momento para a 
equipe se reajustar. 
◘ Dentro de uma equipe deve-se ter: 
→ Comunicação em alça fechada (líder: 1 mg de epinefrina, seguido de 20 ml de água destilada e levanta o braço – 
um membro da equipe repetirá o que ele falou), dei ordem e houve a execução dessa ordem; 
→ Determinar papeis na equipe (analisar cada pessoa e seus pontos fortes); 
→ Respeito mútuo (independente da profissão); 
→ Compartilhar conhecimento (“Quando faço de epinefrina mesmo ?????”); 
Chin lift Jaw Thrust 
→ Intervenção Construtiva (“Me faz 3 mg de epinefrina!!” outro profissional “espera só um pouquinho líder, acho que 
você está equivocado, seria apenas 1 mg, não?!?”); 
→ Reavaliar situação (atualização de todos os procedimentos); 
→ Reunir para conversar, resumir o caso (saber o que se fez de certo ou errado, se os tempos estavam corretos, o que 
se poderia fazer para melhorar, se alguém tem uma sugestão); 
◘ Atendimento Propriamente Dito 
Estou na emergência e faço o suporte básico de vida. Peço o carrinho de parada; 
American Heart: 5 elos na cadeia de sobrevivência e um desses 5 é a desfibrilação precoce – “É GEL NA PÁ, PÁ NO 
PEITO” essencial para a monitorização; 
Temos 3 rítimos de Parada Cardíaca: 
→ Fibrilação Ventricular (80% da parada cardíaca fora do ambiente hospitalar), o coração fica fibrilando, o sangue 
não sai de dentro dele, assim tenho que desfibrilar e deve ser selecionado a carga (entra-se no algorítimo FV/TV, um 
dos tipos de parada cardíaca). Se estou diante de um cardioversor a primeira pergunta será: “Ele é bifásico ou 
monofásico?”, se for monofásico dou uma carga de 360 Joules, e se for bifásico de 120 a 200 Joules, se você é novo 
e ainda não aprendeu como utilizar o cardioversor é só colocar a maior carga. Depois de desfibrilar deve-se iniciar 
imediatamente a RCP, pois por mais que tenha voltado ao ritmo próprio, o coração fica “bobo”, não está contraindo 
efetivamente, e para que ele o faça demora 2 minutos e são nestes minutos que se deve retomar o RCP. Depois de 2 
minutos deve olhar novamente o monitor e há 3 possibilidades: ter continuado o FV/TV, ou trocado para assistolia, ou 
para circulação espontânea (votou a vida). 
Em FV/TV existe uma sequência de administração de drogas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vítima parou Suporte Básico 
de vida 
Chegou o 
carrinho de 
parada 
Identifiquei que era uma 
fibrilação ventricular 
Choque 
2 minutos 
de RCP 
Checo o 
rítimo 
Ainda 
fibrilando Choque 
2 minutos de RCP e 
1ª dose de 
Epinefrina (1mg) 
Ainda 
fibrilando 
(FV/TV) 
Choque 
2 minutos de RCP e 1ª dose de 
Amiodarona (300 mg) 
(antiarrítmico) 
Ainda 
fibrilando 
(FV/TV) 
Choque 
2 minutos de RCP e 
2ª dose de Epinefrina 
(1mg) 
Ainda 
fibrilando 
(FV/TV) 
Choque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Epinefrina deve entrar apenas após o 2° Choque; 
→ Epinefrina e Amiodarona: 3 a 5 minutos de uma dose para outra (cada 4 minutos administro uma droga); 
→ Epinefrina sempre se faz 1 mg endovenoso em bolus e Amiodarona 300 mg na 1ª dose e150 mg na 2ª dose; 
→ Lidocaína (antiarrítmico) 1 a 1,5 mg/kg EV em bolus* 
* Bolus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto. Geralmente através de seringa. 
→ Amiodarona e Lidocaína só pode apenas 2 doses; 
→ Epinefrina, quanto tiver no estoque do hospital; 
→ Corticoide ainda é pouco utilizado. 
Há paradas cardíacas que duram de 40 a 50 minutos; 
Deve-se garantir a qualidade da RCP, SE NÃO SE FAZ BEM FEITO, NADA ADIANTA!!! 
Acoplar no tudo endotraqueal um capnógrafo para tentar manter a curva de pressão de saída do CO2 > 10mm. Se tiver 
abaixo disso significa que as compressões não estão sendo feitas de maneira correta; 
Paciente que está na UTI, com uma pressão arterial invasiva, manter o componente diastólico desta pressão arterial 
invasiva > 20 (parâmetro para monitorar a qualidade da RCP); 
◘ Normalização do ritmo do paciente 
Atividade elétrica organizada: Deve-se checar pulso. 
→ 2° tipo de parada cardíaca: Há atividade elétrica, mas não há pulso. 
 
 
 
2 minutos de RCP e 2ª dose de 
Amiodarona (150 mg) 
(antiarrítimico) 
Ainda 
fibrilando 
(FV/TV) 
Choque 
2 minutos de RCP e 
3ª dose de 
Epinefrina (1mg) 
Ainda 
fibrilando 
(FV/TV) 
Choque 
2 minutos de RCP e 1ª 
dose de Lidocaína ou 
Epinefrina 
AESP ou Assistolia não entra Lidocaína e Amiodarona, somente Epinefrina. 
REC: RCP, Epinefrina e Causas (pesquisar causas, os 5Hs e s 5Ts) 
 
 
 
 
5Hs 
⁕ Hipoxemia (intubar); 
⁕ Hipovolemia (faz soro fisiológico); 
⁕ H+ (acidose) (bicarbonato); 
⁕ Hipo ou Hipercalcemia (KCl e 
bicarbonato de Potássio); 
⁕ Hipotermia (aquecimento). 
5Ts 
⁕ Trombose Coronária (IAM); não se usa antídotos, apenas quando ele sair da parada, mandar fazer uma angioplastia. 
⁕ Tamponamento cardíaco; (Pericardiocentese) 
⁕ TEP (Tromboembolismo pulmonar); (fibrinolítico) 
⁕ Tórax Hipertensivo; (Toracocentese) 
⁕ Tóxicos. (Cocaína/bicarbonato, β-bloqueador/glucagon) 
Não Parei de fazer a RCP, posso ficar apenas de 5 a 10 segundos sem fazer a compressão, faz-se também a 
administração de Epinefrina de 3 a 5 minutos, e busca-se a causa nos 5Hs e 5Ts. 
Tomar cuidado, pois muitas vezes os eletrodos saem do paciente, assim não de monitoriza nada. 
→ Assistolia 
 
 
 
Assistolia (linha reta), deve-se fazer CAGADA (cabo, ganho derivação) 
 
 
AESP 
RCP; 
Epinefrina; 
Causas 
Monitorizar 
Checar ritmo e 
pulso a cada 2 
minutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Mudando o ganho ou derivação do monitor, muitas vezes percebe-se que é uma fibrilação e não uma assistolia. 
 
Se analiso que há ritmo e pulso, posso falar que houve retorno da circulação espontânea. 
 
◘ ABCDEF (Prestar Atendimento no Pós-Parada) 
Prestar o correto atendimento no pós-parada 
A- Avaliar a via aérea (chamar a vítima novamente) 
Se a pessoa não responde, não está ventilando bem, deve ser entubado (proteger a via aérea e manter uma via 
aérea definitiva e se puder colocar uma capnografia é melhor); 
B- Boa ventilação (garantir que a saturação arterial de O2 fique entre 94 e 99%) 
O excesso de O2 faz tão mal quanto a falta dele; 
C- Circulação (Medir pressão: manter > que 65, se estiver < irei administrar drogas, como soro fisiológico, 
adrenalina, dopamina) 
D- Drogas 
Medir pressão: manter > que 65 (se estiver < irei administrar drogas, como soro fisiológico, adrenalina, 
dopamina) 
Assistolia 
(linha reta) 
 
CAGADA 
(checar cabo, ganho, 
derivação*) 
RCP (30:2) 
Epinefrina 1 mg EV bolus 
Pesquisar 5H e 5T 
Monitorizar 
Checar ritmo e 
pulso a cada 2 min 
FV/TV 
AESP 
RCE 
Algoritmo 
FV/TV 
Algoritmo 
AESP 
Cuidados 
pós-parada 
E- Exames laboratoriais (ver se está com acidose, perda de eletrólitos, medir os marcadores de necrose miocárdica 
como Troponina, CPK, CK-MB), Raio-X de tórax e eletrocardiograma de duas derivações (supra 
desnivelamento – cateterismo e se não tiver utiliza-se fibrinolíticos). 
Derivação bipolar: é aquela em que os eletrodos positivo e negativo são colocados a uma mesma distância do 
coração (do ponto de vista elétrico), captando a DIFERENÇA DE POTENCIAL entre esses dois pontos. 
Derivação unipolar: é aquela que registra as variações de potencial obtidas pelo eletrodo positivo (também 
chamado de explorador), enquanto o eletrodo negativo (também chamado de indiferente) está a uma distância 
muito grande do coração (do ponto de vista elétrico). Isso é possível colocando-o, numa manobra técnica, no 
chamado "terminal central de Wilson". Estando o eletrodo indiferente "zerado" após essa manobra, o explorador 
passa a captar POTENCIAIS ABSOLUTOS do local onde é colocado, ao invés de diferença de potencial. 
 
 
F- Frio (protocolo de hipotermia, resfriar o corpo e diminuir a atividade cerebral) 
Manter a temperatura entre 32 a 36°C, soro à 4°C circulando, manta térmica. Medida da temperatura é central, 
preferencialmente esofágica ou por cateter vesical. 
Faz-se isso para evitar que a pessoa depois de uma parada possa não ter danos na atividade cerebral. 
 
 
Triângulo de 
Einthoven

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