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CONTRATOS ELETRÔNICOS (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS - FDA
Larissa Waleska Santos de Oliveira
Nycole Elizia Urtiga
CONTRATOS ELETRÔNICOS
Maceió
2017
Larissa Waleska Santos de Oliveira
Nycole Elizia Urtiga
CONTRATOS ELETRÔNICOS
Trabalho, apresentado à Universidade Federal de Alagoas na Faculdade de Direito, como parte das exigências referente à Unidade 1 da disciplina Contratos.
Orientador (a): Dr. Marcos Augusto de Albuquerque Ehrhardt Junior.
Maceió
2017
RESUMO
O início do século XXI é o marco da generalização da economia baseada no comércio eletrônico. Conquanto o mundo é conduzido pela economia, essa substancial mudança na forma de negociar traz reflexos imediatos para o Direito. Contudo, essa nova realidade ainda encontra certa resistência entre os juristas que hesitam em abordar incisivamente a questão por estarem presos aos institutos do Direito Clássico ou porque não compreenderam ainda a exata dimensão que a Era Digital representa para a sociedade. No presente trabalho buscamos abordar os contratos eletrônicos como uma nova forma de contratar da qual se pode fazer uso como suporte para todas as modalidades contratuais que não exijam forma especial. Buscamos identificar os princípios do Direito Contratual mais umbilicalmente ligados aos contratos eletrônicos buscando demonstrar sua validade jurídica. Como nova forma de contratação existem algumas peculiaridades que o diferencia das demais formas tradicionais, dentre essas particularidades se encontra a Assinatura Digital, elemento essencial para a eficácia probante do documento digital. A formação dos contratos eletrônicos é outro aspecto que gera polêmica na doutrina, sendo importante definir quando se pode considerar que um e-contrato foi celebrado entre ausentes ou quando foi celebrado entre presentes; quando a proposta é aceita ou quando é vinculante; ou, ainda, qual o lugar de formação do contrato eletrônico. Procuramos, também, fazer um apanhado geral sobre a legislação brasileira existente sobre o tema. Tratamos de alguns aspectos atinentes aos contratos eletrônicos por adesão e à questão tributária envolvendo o ecommerce. Por fim, defendemos a necessidade de uma padronização internacional da legislação sobre o comércio eletrônico e seus contratos visando garantir a segurança jurídica para os negociantes independentemente de onde se situarem.
- Palavras-chave: Contratos Eletrônicos. Direito e Tecnologia da Informação. Direito e Internet.
ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................6
CONTRATOS ELETÔNICOS E ESPÉCIES............................................................................5
A POSIÇÃO DE CLAUS ROXIN.......................................................................6
A POSIÇÃO DE GÜNTHER JAKOBS..............................................................8
CONCLUSÃO.................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................11
Defina contrato eletrônico. Quais seriam suas espécies? Exemplifique com casos concretos.
Existem diferenças entre contrato eletrônico e contrato celebrado por meio eletrônico?
Qual a diferença entre um contrato verbal e um contrato eletônico?
O que significa a expressão contrato intersistêmico
Quais os requisito de validade dos contratos eletrônicos? 
1 INTRODUÇÃO
2 CONTRATOS ELETÔNICOS E ESPÉCIES
O contrato surge a partir da intenção de dar mais segurança às relações jurídicas pactuadas pelo homem e através do acordo entre as partes propicia a circulação de bens e riquezas. De acordo com Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona contrato é:
“Um negócio jurídico bilateral, por meio do qual as partes, visando a atingir determinados interesses patrimoniais, convergem as suas vontades, criando um dever jurídico principal (de dar, fazer ou não fazer), e, bem assim, deveres jurídicos anexos, decorrentes da boa-fé objetiva e do superior princípio da função social.”[1: GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: contratos, tomo I: teoria geral. v. 4. 9ª ed., São Paulo, Saraiva, 2013.]
Os mesmo autores citados explicam que o princípio da função social é alcançado quando sem prejuízo ao livre exercício da autonomia privada são atendidos alguns requisitos como: a dignidade da pessoa humana, admitir a relativização do princípio da igualdade das partes contratantes, consagrar cláusula implícita de boa-fé objetiva, respeitar o meio ambiente e o valor social do trabalho. [2: Idem. ]
A revolução da informática propiciou o surgimento de transações, em número crescente, de contratos eletrônicos, e apesar da doutrina não estabelecer um consenso doutrinário sobre seu conceito, ele é geralmente diferenciado pelo meio ou técnica que se utiliza ou o tipo de operação que oportuniza. Como explica Paulo Lôbo são os que “utilizam a rede mundial de computadores, para aquisição ou utilização de produtos ou serviços, ofertados no meio virtual”.[3: Paulo lobo.33]
Os contratos eletrônicos não seriam uma espécie de contrato, no que concerne aos seus elementos essenciais, é distinto apenas quanto a forma e o meio utilizado para declaração da vontade. Como explica Paulo Lôbo “ou seja, qualquer contrato em espécie pode ser utilizado no meio eletrônico ou ainda como contrato de consumo ou contrato de adesão e condições gerais”.
Outros meios de declaração da vontade como a verbal, seguem a mesma linha para definição doutrinária. Dessa forma, os contratos verbais assim como os contratos eletrônicos diferenciam-se pelo meio de celebração contratual. Sendo o contrato verbal, um negócio jurídico firmado verbalmente e o eletrônico firmado através da rede mundial de computadores. O código civil, prevê, no art. 107, que a validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, exceto quando a lei exigir. Portanto, é livre a forma que se faz um negócio jurídico, entre eles o contrato verbal.[4: Código civilCódigo Penal. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm acesso em Mai/2017]
Para um contrato verbal ser válido é necessário que ele seja lícito, não contrarie disposição legal, e atenda a vontade das partes de igual modo. Pode-se provar que o contrato feito verbalmente existe com testemunhas, documentos, coisas e outros meios periciais. Mas, para que as negociações tenham uma maior garantia e segurança dos envolvidos, recomenda-se o contrato escrito. 
O contrato eletrônico poderá ser também verbal quando o meio tecnológico for usado apenas como comunicação entre as partes, por exemplo um negócio feito por meio de uma ligação telefônica, ou de uma ligação no Skype ou Whatsapp. Seria, portanto, uma forma de contrato eletrônico interpessoal. Servindo como forma de comunicação de vontades antes concebida. 
Portanto o contrato eletrônico pode em algum momento ser verbal. Pois a forma seria verbal e o meio seria o eletrônico. Mas nem todo contrato eletrônico seria verbal, os contratos eletrônicos podem ser da forma verbal ou escrita.
Paulo Lôbo explica que diante das múltiplas dimensões dos contratos eletrônicos, a doutrina cogita de classifica-los em três tipos: interpessoais, intersistêmicos e interativos.
 Contratos eletrônicos intersistêmicos
Sua característica é de que as partes apenas transpõem para o computador as vontades resultantes de negociação prévia, sem que o equipamento interligado em rede tenha interferência na formação dessas vontades.
Neste contrato eletrônico o meio para constituir o negócio jurídico é o meio tradicional, a utilizaçãode rede de computadores é acessória, ou seja, o computador é utilizado como simples meio de comunicação.
3.2 Contratos eletrônicos interpessoais
São os contratos firmados de modo que o computador é utilizado como meio de comunicação entre as partes, interagindo na formação de vontade destas e na instrumentalização do contrato, ou seja, não é apenas forma de comunicação de vontade já concebida. Portanto, esse é uma espécie de contrato eletrônico firmado por meio eletrônico, são diferentes. 
Pode ser dividido em duas categorias, sendo simultâneas as declarações de vontade ou com intervalo entre a declaração de uma parte e a recepção de outra.
São contratos simultâneos os firmados em tempo real, on-line, ou seja, os contratos firmados quando as partes estejam ao mesmo tempo conectadas na internet. Temos como exemplo os contratos firmados em chats ou de ambientes de conversação.
Como exemplo de contratos em que a declaração e a recepção não ocorrem simultaneamente temos os firmados por meio de correio eletrônico.
3.3 Contratos eletrônicos interativos
Nesta modalidade contratual a pessoa interagem com um sistema destinado ao processamento eletrônico de informações, colocado a disposição de outra pessoa, sem que esteja conectada no momento da contratação ou mesmo que tenha ciência do contrato.
Como exemplo deste tipo contratual temos os contratos firmados via Internet, pela World Wide Web, como as compras de produtos e contratação de serviços pelas páginas eletrônicas.
São resultados de interação entre uma pessoa e um sistema aplicativo. Este sistema nada mais é do que um programa de computador que possibilita o acesso a bancos de dados que tem funções múltiplas como, por exemplo, escolher itens de compra. Desta forma, a página eletrônica ao ser acessada pode contar oferta de produto que pode despertar o interesse do usuário.
Normalmente as cláusulas dos contratos interativos são preestabelecidas pelo titular do Web Site unilateralmente, sem possibilidade de alteração pela outra parte contratante.
Condições de validade para os contratos eletrônicos
Como negócio jurídico que é, o contrato deve satisfazer certas condições que digam respeito ao seu objeto, à sua forma e às suas partes. Se são estas as condições de validade dos contratos em geral, também são as condições de validade de um contrato por meio eletrônico. Em que pese não existir lei alguma estabelecendo outras condições de validade especiais para os contratos eletrônicos, devem ser analisadas as condições existentes e suas adequações para com as particularidades dos contratos eletrônicos.
a) Partes capazes: para que um contrato eletrônico seja válido, é necessário que as partes contratantes sejam capazes. A confirmação desta capacidade é uma questão de segurança jurídica que deve ser buscada por ambas as partes, por meio de processos de identificação segura, tais como os processos de assinatura eletrônica por meio de sistema criptográficos de chave pública e chave privada.
b) Objeto Lícito: o objeto do contrato eletrônico deve ser lícito, ou seja, conforme a lei. Por esta razão, a importação de um software pela Internet, com pagamento via cartão de crédito ou outro meio, cujo valor importa tributação, mas sem o seu recolhimento, caracteriza uma ilicitude.
c) Forma: A regra é a liberdade da forma, no entanto, por vezes a lei exige determinada forma para validade dos contratos. Portanto, se a forma dos contratos é livre, havendo algumas exceções previstas em lei, qualquer contrato pode ser celebrado por meio eletrônico, exceto aqueles sobre os quais a lei exige forma especial. Logo, aqueles que exigem forma solene, se celebrados via eletrônica, não tem validade.
Os princípios do contrato eletrônico
À luz da doutrina civilista contemporânea e com base na revolucionária legislação consumeirista (que se diga, permeia todo o Direito Civil e não apenas se presta exclusivamente às relações de consumo) podemos extrair os princípios que assumem posição de destaque nos contratos eletrônicos, quais sejam: autonomia privada, boa-fé objetiva, função social do contrato e o equilíbrio das prestações contratuais. Frisamos novamente que esses princípios são apenas os mais ligados à contratação eletrônica, não diminuindo a importância dos outros princípios que regem as relações jurídicas obrigacionais, os quais são plenamente aplicáveis.
Boa-fé objetiva
Diferentemente da boa-fé subjetiva, a boa-fé objetiva não é crença, é comportamento. Exige-se do “obrigado” um comportamento conforme a boa-fé (função objetiva, porque exterior ao sujeito), o que é diverso do sujeito que age de boa-fé (função subjetiva). Paulo Nalin13, ao tratar da diferenciação entre boa-fé objetiva e boafé subjetiva assim se expressa: ”percebe-se que além do elemento interno (subjetivo) do contratante de julgar estar agindo conforme procedimentos condizentes com a boafé (padrões razoáveis de conduta), espera-se dele um plus exterior. Para a boa fé subjetiva, somente o elemento interno é suficiente.”
Autonomia privada
A autonomia da vontade20 é a manifestação psicológica de vontade em seu aspecto subjetivo, é o querer do indivíduo em contraposição aos limites estabelecidos pelo Estado; e a autonomia privada corresponde ao poder negocial conferido às partes, pelo Estado, para criação do conteúdo jurídico de seus atos tendo conforme estabelecido pela lei e com vistas ao atendimento aos interesses coletivos envolvidos.
Função social do contrato 
O contrato estará cumprindo sua função social se conciliar a necessidade de regramento dos interesses privados com os interesses da sociedade, em especial com o da comunidade local aonde irão se desencadear os seus efeitos. Assim, podemos dizer que a função social estabelece certas balizas ao poder de contratar, através de um “juízo de merecimento” sobre os atos praticados pelas partes, enquadrando-os como jurídicos (atinge o fim social) ou anti-jurídico (não atinge o fim social).
Equilíbrio das prestações 
Cada contrato representa uma equação de direitos e obrigações que deve tender ao equilíbrio, quaisquer benefícios diretos ou indiretos que favoreçam a ambição de uma das partes em detrimento da outra deve ser tolhido da relação jurídica. Para que atinjam os fins a que se destinam os contratos devem estar pautados pelo equilíbrio das prestações impostas às partes envolvidas em todas as fases, desde a pré-contratual, até a pós-contratual. A proteção equilibrada dos interesses e expectativas dos contratantes seguirá o transcurso das prestações contratuais, a execução do contrato, o cumprimento dos deveres principais e acessórios e alcançará até o momento póscontrato, onde o dever de cooperação se torna mais relevante. Para tanto, é necessário que os direitos e deveres contratuais sejam distribuídos com equidade, afastando a incidência de cláusulas abusivas que onerem mais uma parte em favorecimento de outra o que representaria a quebra da “democracia obrigacional”.
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1744/Peculiaridades-dos-contratos-eletronicos
http://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/30740/753.pdf?sequence=1
https://jan75.jusbrasil.com.br/artigos/149340567/contratos-eletronicos-principios-condicoes-e-validade
http://www.oliveiraesilvaadvogados.com.br/o-contrato-verbal-e-sua-validade.html

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