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Atividade Estruturada Filosofia da Educação

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDICAÇÃO
PROFESSOR (A) TUTOR (A): MONICA SILVA FERREIRA
ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
CONHECIMENTO E EDUCAÇÃO EM KANT ATRAVÉS DE VÍDEOS E FILME
ALUNO (A) AUTOR DA ATIVIDADE: FERNANDA CRISTINA FERNANDES SILVA
BELO HORIZONTE
2017
1. POSSIBILIDADES E LIMITES DA RAZÃO, SEGUNDO O PENSAMENTO DE KANT, NA PRODUÇÃO DOS SABERES EDUCACIONAIS
	Após assistir ao vídeo “Ser ou não ser – Kant” e realizar a leitura do texto “A Filosofia da Educação Kantiana: Educar para a Liberdade”, conclui-se que o filósofo Immanuel Kant empenhou-se em estudar e refletir sobre o conhecimento, questionando se seria possível ou não conhecer tudo. Dentre suas reflexões estão os problemas relacionados com a estética e as formas estudadas pela biologia que o levaram a criticar a razão humana.
	Autor de textos críticos como: “Crítica de Razão Pura”, “Fundamentos da Metafísica dos Costumes”, “Crítica da Razão Prática”, “Crítica da Faculdade de Julgar”, que destacam estudos dos limites e das possibilidades da razão, abrangendo a moral e a estética, o filósofo contribuiu para conceituar o mundo e o homem dentro de uma concepção nova e moderna para aquela época, o “século das luzes”.
	Para Kant, o nosso conhecimento começa por meio da experiência que temos com as coisas do mundo, mas que antes de chegar a nós é filtrada, ou seja, o conhecimento não é algo simplesmente dado pelas coisas, como se o sujeito ficasse passivo no processo. Assim, após realizar alguns estudos, o filósofo concluiu que o sujeito possui algumas capacidades que possibilitam e determinam a experiência e o conhecimento. Uma dessas capacidades é a sensibilidade.
	Kant observou que, quando percebemos e representamos em nossa mente qualquer coisa externa, essa representação é sempre feita no tempo e no espaço. O tempo e o espaço estão em nossa consciência. Assim, não podem ser vistos como abstrações ou algo que existe fora de nós. O tempo e o espaço são maneiras de sensibilidade, ferramentas humanas inatas e fundamentais ao ser humano para que ele possa construir sua experiência do mundo.
	Essas maneiras de sensibilidade, na concepção do filósofo, atuam como filtros que são capazes de definir como podemos perceber a realidade; é como se tivéssemos “recipientes vazios” (tempo e espaço) que vão sendo preenchidos com conteúdos que compõem as sensações.
Nossa capacidade de perceber é sempre limitada. Kant acreditava que não podemos conhecer tudo, apenas o que é possível de ser captado por nosso aparelho de perceber, ver, ouvir e sentir. Essas sensações trazidas pelos órgãos dos sentidos são colocadas nos “recipientes vazios”, ali são ordenadas na consciência e compõem a experiência do fato. Essa ordenação é fruto da razão.
	Tudo o que conhecemos do mundo são as “coisas para nós”, ou seja, os fenômenos. Podemos entender essas “coisas para nós” como tudo aquilo que aparece para nós já filtrado pela sensibilidade. O processo de conhecer o mundo, para Kant, é como uma câmera fotográfica. A câmera fotográfica registra apenas o que consegue captar, imagens sem som, imóveis e congeladas. A imagem é como a “coisa para nós”, a máquina é o sujeito com suas sensibilidades e a foto é a representação do fenômeno que corresponde à experiência possível.
	Kant afirmava que o ser humano jamais seria capaz de chegar a um conhecimento seguro acerca da existência de Deus, da imortalidade da alma, do fato do Universo ser infinito ou de sua própria liberdade. Porém, isso não quer dizer que estas questões fundamentais para a Filosofia devam ser descartadas. Caso fossem descartadas não haveria Ciências ou Filosofia. O homem sempre sentirá a necessidade de saber para onde vem e para onde vai, mas essa necessidade é inerente à própria razão. 
2. O PAPEL E A FINALIDADE DA EDUCAÇÃO EM KANT
	Segundo Kant, o ser humano é a única criatura que necessita receber educação. A educação deve abranger tanto os cuidados para com a infância que correspondem às precauções dos pais em dois aspectos básicos: impedir que as crianças façam algo de nocivo para si ou a quem está ao redor e a atenção com a alimentação; quanto à disciplina, a formação e a instrução. É fundamental cuidar da disciplina e da instrução para que os homens não continuem no estado de brutalidade e selvageria.
	Kant afirmava que a herança que se deve deixar para as futuras gerações é a perfeição da natureza humana. A educação deve ser excelente ao ponto de proporcionar o aperfeiçoamento da humanidade. A natureza humana sempre pode ser aperfeiçoada e aprimorada pela educação. Tal pensamento do iluminismo kantiano é visto como um belo sonho, mas Kant considerava que se não conseguimos realizá-lo, pelo menos devemos tratá-lo como ideia.
Na concepção de Kant, a finalidade da educação é o bem geral e a perfeição da humanidade. A tarefa principal da educação é desenvolver o bem e a do ato pedagógico é cuidar para que a humanidade se desenvolva. Sendo assim, o homem precisa ser disciplinado, deixando a selvageria, tornando-se culto, capacitando suas habilidades como ler, escrever, ser músico, tornando-se um cidadão civilizado, consciente do bem e do mal.
	Atualmente, sabemos que a tarefa de educar e preparar crianças e jovens para o futuro é difícil. Essa perspectiva de deixar seres humanos melhores para o mundo de amanhã com o cenário mundial de hoje é um belo sonho como o visto no pensamento kantiano. No filme “Entre os Muros da Escola” (“Entre les Murs”), de Laurent Cantet, podemos visualizar bem essa questão de dificuldade no cenário da educação nos dias de hoje.
	A história mostra o cotidiano de um professor em uma escola da periferia parisiense, durante o período de um ano letivo. Pode-se perceber há muitos conflitos que revelam obstáculos enfrentados pela sociedade francesa atual. Logo é possível destacar diferenças étnicas, culturais e de classe, gerando conflitos entre os alunos e os professores, e entre os alunos entre si, dando movimento e força ao enredo. 
	A miscigenação racial é fortemente abordada no filme, destacando lados bem definidos. O lado do professor como um representante da cultura francesa e o lado dos alunos, filhos de imigrantes que desejam encontrar espaço dentro da sociedade francesa e mostram-se revoltados com a mesma por suas posições inferiores devido à origem étnica e à desvalorização de suas origens culturais. 
O ponto alto do filme está no julgamento disciplinar do aluno Souleyman, que ao final é expulso da escola. Nesse momento, ficou claro que o diálogo entre professores, o aluno e sua mãe, estava impraticável. A mãe não falava francês e nenhum professor conseguia entendê-la, reforçando a diferença étnica entre eles. Nenhum professor conhecia a cultura ou a língua mãe dos alunos e de seus pais. Na verdade, nenhum professor procurou conhecer a cultura de seus alunos para manter uma relação mais harmoniosa dentro do ambiente escolar.
Ao final, fica evidente que os conflitos estão longe de serem solucionados. A situação de discriminação que os alunos sentem em relação à sociedade francesa é reforçada pela própria escola e seu corpo docente que deveriam ser os primeiros a acolhê-los sem enfatizar as diferenças étnicas, culturais e raciais. Faz-se necessário um esforço ético da escola, dos professores e dos alunos para resolver os conflitos existentes, melhorar a disciplina e formar cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, mesmo com todas as diferenças étnicas, culturais e raciais.
O ambiente educacional deveria ser, nesse caso, o local para os alunos desenvolverem suas habilidades como ler, escrever e fazer cálculos, mas, principalmente, a serem respeitados quanto as suas diferenças étnicas, culturais e raciais; buscarem o auxílio para entender melhor suas necessidades e aprenderem a solucionar seus problemas de maneira civilizada e consciente do bem e do mal. 
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
VÍDEO: Ser ou não ser – Kant. Disponívelno site: http://www.youtube.com/watch? v=1argw1pCM1k&feature=related. Acesso em 15 de Outubro de 2017.
CARVALHO, Alonso Bezerra de. A Filosofia da Educação Kantiana: Educar para a Liberdade. Disponível em: http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789 /128/3/01d07t03.pdf. Acesso em 15 de Outubro de 2017.
FILME: “Entre os Muros da Escola” (“Entre les Murs”), de Laurent Cantet. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rBXlPg7nj-Y. Acesso em 15 de Outubro de 2017.