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DETERMINAÇÃO DA MASSA MOLAR DO ENXOFRE RÔMBICO ATRAVÉS DO METODO CRIOSCOPICO As propriedades coligativas são características físicas de uma solução, que podem ser alteradas com a adição de soluto na solução. A adição de soluto em uma solução ocasiona: redução da sua pressão de vapor, elevação da sua temperatura de ebulição (Tb), redução da sua temperatura de congelamento (Tc). A redução da pressão de vapor é ocasionada devido à adição de soluto em uma solução, isto ocorre devido ao aumento da desordem das moléculas dificultando a “fuga” das partículas, que é mais espontânea quando o solvente está puro ou com menos soluto possível (menor quantidade de partículas). A lei de Raoult afirma que a pressão parcial de cada componente em uma solução ideal é dependente da pressão de vapor dos componentes individuais e da fração molar dos mesmos componentes. Com o aumento do número de partículas em uma solução, diminui a contribuição individual de cada componente na pressão de vapor, já que a uma redução na fração molar de cada componente na medida em que se adicionam mais componentes. Se um soluto tem pressão de vapor zero e é dissolvido em um solvente, a pressão de vapor da solução final será menor que o do solvente puro. A crioscopia é a propriedade coligativa em que estuda a diminuição da temperatura descongelamento, por exemplo, em um solvente puro à adição de um soluto não-volátil irá diminuir a temperatura de congelamento da solução. Essa propriedade pode ser explicada quando se adiciona um soluto não-volátil a um solvente, as partículas deste soluto dificultam a cristalização do solvente dando origem à propriedade crioscopia, por exemplo, a água poluída possui partículas não-voláteis que dificultam o congelamento da água, já a água pura, isenta de corpo estranho, cristaliza-se mais rapidamente. A Equação 1 representa o potencial químico de um solvente em solução ( µ), onde μº é o potencial químico do solvente puro, uma função de T e p, e x é a fração molar do solvente na solução [3]: A figura 1, que represente o diagrama de µ em f unção de T, ilustra o abaixamento crioscópico e a elevação ebulioscópica. O congelamento envolve a transição de um estado mais desordenado para outro mais ordenado e, para que isso aconteça, deve-se remover energia do sistema. Uma vez que uma solução tem maior grau de desordem que o solvente, para criar ordem, é preciso remover mais energia da solução do que do solvente puro. Portanto, a solução tem um ponto de congelamento mais baixo que o seu solvente puro. Assim, pode-se definir o abaixamento do ponto de congelamento como sendo: Analisando a figura 2, mostrado no item anterior, pode-se observar que o ponto de ebulição da solução é mais elevado que o da água pura. Com isso, pode-se definir a elevação do ponto de ebulição como sendo: onde TC é o ponto de congelamento da solução e To C corresponde ao do solvente puro[2]. Novamente, como o abaixamento crioscópico (ΔTC) é proporcional à concentração da solução, a expressão que fornece uma relação simples entre estes termos é descrita pela Equação 11. onde KC é a constante crioscópica e W é a concentração do soluto em unidades de molalidade [2]. Mais uma vez, rearranjando-se a Equação 1, tem-se: Como µ° é o potencial químico do líquido puro, então (µ°-µ=∆Gfus), onde ∆Gfus é a energia livre de Gibbs de fusão molar do solvente puro na temperatura T. Assim, tem-se a equação 13. Nota-se que A Equação 13 tem a mesma forma funcional que a Equação 8, com a diferença no sinal do segundo membro. Deste modo, a álgebra que segue é idêntica à usada na dedução das fórmulas da elevação ebulioscópica, exceto pelo fato de que o sinal é trocado em cada termo que contém ΔG ou ΔH, o que significa, simplesmente, que, enquanto o ponto de solidificação diminui, o de ebulição aumenta [3]. Com isso, a Equação 14 é análoga à Equação 9. Para que ocorra o abaixamento do ponto de congelamento, ao contrário do que acontece na elevação do ponto de ebulição, a restrição para solutos não voláteis não se aplica. Quando uma solução se congela, é possível observar que o componente sólido que se separa é o solvente puro. [2] DADOS Kc para naftaleno=6,85 kg.K/mol Massa solvente: 10g de naftaleno=0,01Kg Massa do soluto: 0,5g de enxofre rômbico Temperatura com adição de enxofre rômbico: 78,5°c Temperatura do naftaleno puro: 80°c ∆Tc: 353,15-351,65=1,5K 3. CÁLCULOS ∆Tc= Kc x W W= Nsoluto/massa do solvente= (massa do soluto/Massa molar do soluto)/ massa do solvente W=massa do soluto/(massa molar do soluto*massa do solvente) Assim, W=(massa do soluto/massa do solvente)x (Kc/∆Tc) W=(0,5/0,01)x(6,85/1,5) W=228,334g/mol 4. RESULTADOS A massa molar do enxofre rômbico calculada foi de 228,33g/mol. 5. CONCLUSÃO Pode-se concluir que a massa sob estudo pode ser calculada pelo método crioscopico, em função do coeficiente crioscopico, variação de temperatura e a molalidade da solução. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Atkins, Peter; De Paula, Julio - Fundamentos - 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011 CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de Físico-Química. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1986. 527p. � PAGE \* MERGEFORMAT �4�