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Análise de Mercados Competitivos • Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas governamentais: ◦ Excedente do consumidor: benefício total que os consumidores recebem além daquilo que pagam pela mercadoria. ◦ Excedente do produtor: é o benefício do qual os produtores desfrutam ao vender o produto pelo preço de mercado (o qual excede o custo marginal). ◦ Aplicação dos conceitos de excedentes do consumidor e do produtor: ▪ Efeitos no bem-estar: ganhos e perdas para consumidores e produtores. ▪ Permitem avaliar o resultado de intervenções governamentais. ▪ Consideremos o exemplo do controle de preços: ▪ Mudanças no excedente do consumidor: • Os que ainda podem adquirir a mercadoria desfrutam de uma elevação do excedente do consumidor, representada pelo retângulo A. • O ganho de excedente é igual à redução de preços por unidade multiplicada pela quantidade de consumidores capazes de comprar ao preço menor. • Os que não podem mais comprar a mercadoria perdem excedente, que se representa pelo triângulo B. • A variação líquida se dá por A – B. ▪ Mudanças no excedente do produtor: • O retângulo A representa a perda do excedente do produtor. • O triângulo C representa a perda dos que saem do mercado e dos que produzem menos. • A variação total se dá por – A – C. ▪ Peso morto: • Perda líquida do excedente total. • Se dá por: - B – C. ▪ Uma demanda mais inelástica tornaria o triângulo B maior que o retângulo A, o que geraria uma perda líquida aos consumidores devido ao ajuste de preços. • Eficiência de um mercado competitivo: ◦ Eficiência econômica: maximização dos excedentes agregados do produtor e do consumidor. ◦ Falha de mercado: ▪ Quando o mercado não regulamentado é ineficiente. ▪ Externalidade: ação de um consumidor ou produtor que tem influência sobre outros mas não se reflete no preço de mercado. ▪ Ausência de informações: quando os consumidores não possuem informações suficientes para escolherem de maneira ótima. • Preços mínimos: ◦ Os consumidores que ainda adquirem a mercadoria sofrem uma perda de excedente representada pelo triângulo A. ◦ Os consumidores que deixam o mercado por conta do preço geram a perda de excedente representada pelo triângulo B. ◦ Δ EC=−A−B . ◦ O triângulo C representa a perda de excedente dos produtores por conta da perda de vendas. ◦ Trapézio D: custo de produção da unidade Q2 – Q3. ◦ Δ E P=A−C−D . • Suporte de preços e quotas de produção: ◦ Suporte de preços: preço que o governo fixa – acima do nível de mercado – e mantém ao comprar a oferta excedente. ◦ Ganhos e perdas: ▪ Consumidores: • Retângulo A: perda de excedente por conta do preço elevado. • Triângulo B: perda de excedente por consumidores que deixam o mercado. • Δ EC=−A−B . ▪ Produtores: • Δ EP=A+B+D . ▪ Governo: • C=(Q2−Q1)P s ◦ Quotas de produção: O governo restringe a quantidade ofertada a Q1, de modo que a curva de oferta torna-se a linha vertical S'. ▪ Δ EC=−A−B . ▪ Δ EP=A−C+Pagamentos para não produzir . ▪ Peso morto: B +C. • Quotas e tarifas de importação ◦ Quota de importação: limite da quantidade que pode ser importada de uma mercadoria. ◦ Tarifa: imposto sobre mercadoria importada. • Impacto de um imposto ou subsídio: ◦ A carga fiscal recai parcialmente sobre o consumidor e parcialmente sobre o produtor. ◦ Imposto específico: cobrado na forma de uma determinada quantia por unidade vendida. ◦ Neste caso, o equilíbrio de mercado exige as seguintes condições: ▪ QD=QD(PC ) ▪ QS=QS(PV ) ▪ QD=QS ▪ Pc−Pv=t (t =imposto). ◦ Δ EC=−A−B ◦ Δ EP=−C−D ◦ Subsídio: Pagamento que reduz o preço pago pelo comprador a um preço menor que o recebido pelo vendedor – um imposto negativo. Monopólio e Monopsônio Monopólio: ◦ Mercado onde há apenas um vendedor, mas muitos compradores. ◦ Forma de poder de mercado. ◦ Poder de mercado: capacidade do vendedor ou comprador de influenciar o preço de uma mercadoria. ◦ Receita média e receita marginal: ▪ Receita média: preço recebido por unidade vendida. ▪ No caso do monopolista, é a curva de demanda do mercado. ▪ Receita marginal: variação na receita resultante do aumento da produção em uma unidade. ▪ Considere a seguinte tabela: Quando a receita marginal é positiva, a receita aumenta com o aumento da quantidade; o inverso é análogo. Quando a curva da demanda é descendente, o preço (receita média) é superior à receita marginal. Se as vendas aumentarem em 1 unidade, o preço diminui. ▪ A maximização do lucro se dá quando a receita marginal se iguala ao custo marginal: ▪ Podemos verificar algebricamente por que Q* é capaz de maximizar o lucro: Sendo (ΔR/ΔQ == RMg) e (ΔC/ΔQ == Cmg), temos lucro máximo onde: Rmg – Cmg = 0 Determinação de preços: onde ◦ Imposto → o imposto por unidade se agrega ao custo marginal: Rmg = Cmg + t ◦ Índice de Lerner de Poder de Monopólio → calculada como o excesso do preço sobre o custo marginal como uma fração do preço: ◦ Custos sociais do poder do monopólio: ◦ Regulamentação de preços: Monopsônio: ◦ Monopsônio: mercado com um único comprador. ◦ Oligopsônio: mercado com poucos compradores. ◦ Poder de monopsônio: capacidade dos compradores de afetar o preço de um produto. ◦ Valor marginal: benefício adicional derivado da compra de uma unidade de um produto. ▪ A curva de valor marginal é a curva de demanda da mercadoria. ◦ Despesa marginal: custo adicional da compra de mais uma unidade de um produto. ◦ Despesa média: preço pago por unidade de um produto. ◦ Determinação da quantidade a se adquirir: ▪ A quantidade ideal a se adquirir, Q*m, encontra-se na intersecção das curvas da demanda e da despesa marginal. O preço pago por ele é encontrado por meio da curva de oferta. ◦ Fontes de poder do monopsônio: ▪ Elasticidade da oferta do mercado: uma curva de oferta ascendente beneficia o monopsonista. Uma curva de oferta menos elástica aumenta o poder de monopsonista do comprador. ▪ Número de compradores. ▪ Interação entre os compradores: se os compradores forem competitivos, perderão poder de monopsônio. ◦ Custos sociais do monopsônio: ◦ Limitação do poder de mercado: ▪ Legislação antitruste: leis que proíbem ações que limitem a concorrência. ▪ Conduta paralela: coalizão na qual uma empresa segue as atitudes tomadas por outra. ▪ Preço predatório: prática de estabelecer preços que pressionam os competidores atuais para fora dos negócios e desencoraja novos competidores a entrarem no mercado. Determinação de preços e Poder de Mercado Captura do excedente do consumidor: ◦ Há uma série de práticas que permitem à empresa resolver este problema. Discriminação de preço: ◦ Define-se como a prática de cobrar preços diferentes de clientes diferentes por produtos similares. ◦ Assume formas de discriminação de preço de primeiro, de segundo e de terceiro graus. ▪ Discriminação de preço de primeiro grau: Define-se como a prática de cobrar de cada consumidor seu preço de reserva (valor máximo que ele está disposto a pagar). Levando-se em conta o preço único P*, a empresa produz a quantidade Q*, ponto em que a receita marginal iguala-se ao custo marginal. Lucro variável: soma dos lucros de cada unidade adicional produzida, i.e., o lucro descontado o custo fixo. Discriminação perfeita de preço: o custo de cada unidade adicional é determinado pela curva de custo marginal da empresa; portanto, o lucro adicional de cada unidade é igual à diferença entre a demanda e o custo marginal. A empresa expandirá seu lucro enquanto a demanda for maior que o custo marginal até o ponto Q**, onde eles se igualam. Discriminação imperfeita de preço: discriminaçãofeita com base em estimativas sobre os preços de reserva dos clientes. ▪ Discriminação de preço de segundo grau: Prática em que são cobrados preços diferentes para quantidades diferentes da mesma mercadoria. Exemplo: cobrança por faixas de consumo, onde determinadas faixas de quantidade influenciam no preço cobrado. ▪ Discriminação de terceiro grau: Os consumidores são divididos em grupos diversos com curvas de demanda separadas; cobram-se preços diferentes para cada grupo. Criação dos grupos: Os preços e a produção devem ser tais que: Determinação dos preços: temos que Assim, igualando RMg1 e RMg2, temos: ◦ Discriminação de preço intertemporal e preço de pico: ▪ Discriminação de preço intertemporal: os consumidores são separados com diferentes funções de demanda em diferentes grupos, com preços diferentes a depender do tempo. Aproveita-se dos consumidores que desejam comprar o quanto antes e estão dispostos a pagar mais caro por isso. Objetiva a captura do excedente dos consumidores. ▪ Preço de pico: cobrança de preços altos em períodos de pico, quando as restrições de capacidade elevam os custos marginais. Objetiva a eficiência econômica. ◦ Tarifa em duas partes: ▪ Forma de precificar onde cobra-se dos consumidores uma taxa de entrada e uma taxa de utilização. ▪ Para o caso de apenas dois consumidores, temos: ▪ A variedade de consumidores com demandas diferentes impede que haja uma fórmula que a calcule de maneira ótima; a fixação desta tarifa normalmente envolve experimentos de tentativa e erro. ◦ Venda em pacote: ▪ Vender produtos em conjunto. ▪ Pacotes mistos: Quando os produtos são vendidos tanto em pacote quanto separadamente. Adotado quando as demandas estão apenas um pouco negativamente correlacionadas ou quando os custos marginais de produção são significativos. Exemplo → três estratégias são comparadas: 1. P1 = $50; P2 = $90. 2. Pacote = $100. 3. Pacote misto: Pacote = $100; P1 = P2 = $89,95. ▪ Venda casada: exigir que o consumidor adquira um produto para adquirir outro. ◦ Propaganda: ▪ A empresa deve gastar com propagandas até o ponto em que: onde A é o gasto com propaganda. ▪ Regra prática para gasto em propaganda: onde Competição Monopolística e Oligopólio Competição monopolística: ◦ Características: ▪ As empresas competem vendendo produtos diferenciados mas altamente substituíveis: as elasticidades cruzadas de suas demandas são grandes. ▪ Há livre entrada e saída. ◦ Equilíbrio no curto e longo prazo: ▪ Curto prazo: o preço ultrapassa o custo médio e a empresa obtém lucros. ▪ Longo prazo: os lucros levam novas empresas a entrarem no mercado, o preço iguala-se ao custo médio e o lucro tende a zero. ◦ Competição monopolística e eficiência econômica: Oligopólio: ◦ Equilíbrio no mercado oligopolista: ▪ Equilíbrio de Nash: cada empresa faz seu melhor em função daquilo que seus concorrentes estão fazendo. ▪ Duopólio: mercado com apenas dois competidores. ◦ Modelo de Cournot: ▪ As duas empresas produzem mercadorias homogêneas. ▪ Cada uma considera fixo o nível de produção da concorrente. ▪ Ambas decidem a quantidade a ser produzida ao mesmo tempo. ▪ Curvas de reação: Relação entre a quantidade de produção que maximiza os lucros de uma empresa e a quantidade que ela acredita que seus concorrentes produzirão. ▪ Equilíbrio de Cournot: Cada empresa estima corretamente a quantidade produzida pela concorrente e produz de acordo com esta estimativa. É um exemplo de equilíbrio de Nash. ▪ Exemplo: Suponhamos a seguinte curva de demanda: P = 30 – Q onde Q = Q1 + Q2. Suponhamos também que CMg1 = CMg2 = 0. A receita total da empresa 1 é: Podemos calcular a receita marginal como: Igualando RMg1 a CMg1 = 0: Para a empresa 2 o cálculo é análogo. Resolvendo para as curvas de ambas as empresas, temos que o equilíbrio de Cournot se dá por: Caso as empresas fizessem um acordo, teríamos: Portanto, a receita marginal seria: O lucro máximo seria quando Q = 15 e Q1 = Q2 = 7,5. ◦ Vantagem em ser o primeiro – modelo de Stackelberg ▪ Modelo de oligopólio onde uma empresa determina seu nível de produção antes das outras. ▪ Exemplo: Neste caso, a empresa 1 daria o primeiro passo. Temos que a curva de reação da empresa 2 se dá por: Visando a maximização dos lucros, a empresa 1 escolhe sua quantidade de modo que a receita marginal se iguale ao custo marginal: Como R1 depende de Q2, temos que: Portanto, sua receita marginal é: Assim, Q1 = 15 e Q2 = 7,5. Concorrência de preços: ◦ Concorrência com produtos homogêneos – modelo de Bertrand ▪ Modelo de oligopólio em que as empresas produzem uma mercadoria homogênea, consideram o preço de suas concorrentes fixo e todas as empresas decidem o preço simultaneamente. ▪ Supondo que CMg1 = CMg2 = $3, o equilíbrio de Nash ocorre quando P1 = P2 = $3. ▪ Caso uma empresa ofereça um preço menor, levará todo o mercado. ◦ Concorrência com produtos heterogêneos: Suponhamos que duas empresas tenham um custo fixo de $20 e suas demandas sejam: Q1=12−2 P1+P2 Q2=12−2 P2+P1 Supondo que ambas fixem seus preços ao mesmo tempo e que cada uma considere o preço da concorrente fixo, o lucro da empresa 1 se dá por: π1=P1Q1−20=12P1+P1 P2−20 O preço para o qual o lucro é maximizado pode ser encontrado da seguinte maneira: Δ π1 Δ P1 =12−4 P1+P2=0 Portanto, as curvas de reação das empresas se dão por: P1=3+ 1 4 P2 P2=3+ 1 4 P1 • Concorrência versus acordo: o dilema dos prisioneiros: ◦ Jogo não cooperativo: jogo no qual a negociação e execução de contratos vinculativos não são possíveis. ◦ Tabela que mostra o lucro (payof) que cada empresa obterá em função de sua decisão e da decisão do concorrente. ◦ Dilema dos prisioneiros: exemplo onde dois prisioneiros precisam decidir separadamente se confessam um crime. Uma pena mais leve se aplica a quem confessar; caso ninguém confesse, a pena é mais leve do que se algum tivesse confessado. A matriz abaixo ilustra o caso: ◦ Neste caso, a decisão mais vantajosa é confessar, pois traz o melhor resultado independentemente da escolha do outro. ◦ Empresas oligopolistas enfrentam este dilema ao decidirem se concorrerão mais agressivamente (não cooperativa) no mercado ou de maneira mais amena (cooperativa). • Dilema dos prisioneiros e preços oligopolistas: ◦ Muitas vezes as empresas fazem acordos implícitos ao longo dos anos, os quais tendem a serem frágeis. ◦ Rigidez de preços: ▪ Ocorre quando, temendo que seus concorrentes interpretem mal, uma empresa mantém seus preços apesar das alterações de demanda ou custos. ▪ Curva de demanda quebrada: ◦ Sinalização de preço: acordo implícito onde uma empresa anuncia seu aumento de preço e espera que as outras aumentem também. ◦ Liderança de preço: situação em que uma empresa anuncia regularmente seu preço e as outras a seguem. ◦ Modelo da empresa dominante: ▪ Empresa dominante: possui uma parcela grande das vendas totais e escolhe os preços para maximizar os lucros, levando em consideração a reação da oferta das empresas melhores. • Carteis: ◦ Coalizão explícita de produtores. ◦ Os preços se elevam bem acima dos níveis competitivos. ◦ Condições para o sucesso: ▪ A organização deve ser estável. ▪ Deve haver espaço para o poder de monopólio do cartel. Teoria dos jogos • Jogos e decisões estratégicas: ◦ Jogo: situação onde os jogadores tomam decisões estratégicas levando em consideração atitudes e respostas uns dos outros. ◦ Payoff: resultado que acarreta recompensas. ◦ Estratégia: plano de ação para participar de um jogo. ◦ Estratégiaótima: maximiza o payoff esperado. ◦ Jogos cooperativos e não cooperativos: ▪ Jogo cooperativo: os participantes podem negociar contratos vinculativos que lhes permitam planejar estratégias em conjunto. Exemplo: negociação na compra de um bem. ▪ Jogo não cooperativo: a negociação e o cumprimento de contratos vinculativos não são possíveis. Exemplo: duas empresas determinando a estratégia de preço de maneira independente, inferindo o comportamento uma da outra. ▪ Diferença fundamental: possbilidade de negociar e implementar contratos ou não. • Estratégias dominantes: ◦ Estratégia dominante: estratégia ótima independentemente da ação do oponente. ◦ Adotada no dilema dos prisioneiros. ◦ Equilíbrio de estratégias dominantes: resultado do jogo em que todas as empresas adotam a estratégia dominante. ◦ Há casos em que não existe estratégia dominante: Neste caso, se a Empresa B fizer propaganda, será melhor para a Empresa A fazer o mesmo; caso a Empresa B não fizer propaganda, será melhor para a Empresa A também não fazer. Assim, como a Empresa B possui como estratégia dominante fazer propaganda, é ideal para a Empresa A assumir que isto acontecerá e, portanto, fazer propaganda também. • Retomando o equilíbrio de Nash ◦ Equilíbrio de Nash: quando cada jogador escolhe o melhor que pode em função das ações de seus oponentes. Estratégias dominantes: Eu faço o melhor que posso independentemente do que você esteja fazendo. Você faz o melhor que pode, independentemente do que eu esteja fazendo. Equilíbrio de Nash: Eu faço o melhor que posso em função do que você está fazendo. Você faz o melhor que pode em função do que eu estou fazendo. ◦ Um jogo pode ter um, mais de um ou nenhum equilíbrio de Nash. ◦ O problema da escolha de produto: ▪ Este caso lida com o lançamento de dois produtos no mercado: Desta maneira, se uma empresa souber do comportamento que a outra irá tomar, poderá maximizar os lucros das duas; há dois possíveis equilíbrios de Nash. ◦ O jogo de localização na praia: ◦ Estratégias maximin: ▪ Uma estratégia maximin maximiza a obtenção de um determinado nível mínimo de ganho. ▪ Estratégia cautelosa, por não maximizar o lucro mas minimizar as possíveis perdas. ▪ Exemplo: Se a Empresa 1 investir e a Empresa 2, agindo irracionalmente, não investir, o prejuízo da Empresa 1 será maior do que se tivesse investido. ◦ Maximização do payoff esperado: ▪ Determinado através de probabilidaes. ▪ Ex: caso a Empresa 1 considere que há 10% de chance da Empresa 2 não investir, o payoff esperado no investimento será: (0,1)(-100) + (0,9)(20) = $8KK. O payoff esperado no não investimento será: (0,1)(0)+(0,9)(-10) = - $9KK. Neste caso a Empresa 1 deve investir. ◦ Estratégias Mistas: ▪ Estratégia pura: os jogadores agem de uma forma específica. ▪ Estratégia mista: o jogador faz uma escolha aleatória dentre duas ou mais ações possíveis, com base em um conjunto de probabilidades escolhidas. • Jogos repetitivos: ◦ Jogos onde as ações são tomadas e os decorrentes payoffs são recebidos várias vezes, de maneira consecutiva. ◦ Estratégia tit-for-tat (toma lá, dá cá): ▪ O jogador responde de forma igual às jogadas anteriores do oponente. ▪ Melhor estratégia em jogos repetitivos. ◦ Jogo repetido infinitas vezes: a cooperação mútua é preferível. ◦ Número finito de repetições: ▪ A princípio é racional cobrar o valor mais alto até o último mês, quando não há mais chances de retaliações. ▪ Este princípio pode ser aplicado para todos os meses anteriores; assim, a forma racional leva as duas empresas a praticarem os valores baixos em todos os meses. • Jogos sequenciais: ◦ Os jogadores agem em resposta a ações e reações do oponente. ◦ Forma extensiva de um jogo: representação de possíveis movimentos de um jogo no formato de uma árvire de ações. Exemplo: • Ameaças, compromissos e credibilidade: ◦ Movimento estratégico: ação que dá ao jogador uma vantagem por limitar seu comportamento, influenciando as expectativas do oponente. ◦ Ameaça vazia: ▪ Ameaça sem credibilidade. ▪ Ocorre quando é desvantajoso a quem ameaça cumprir com o que ameaçou. ◦ Compromisso e credibilidade: ▪ Exemplo: A Race Car Motors pode fabricar tanto carros grandes quantos pequenos. Neste caso, ela é a líder do mercado, de modo que a Far Out Engines segue suas ações: caso a RCM produza automóveis pequenos, a FOE produzirá motores pequenos; caso a RCM produza automóveis grandes, a FOE produzirá motores grandes, conforme a tabela abaixo: A FOE pode ameaçar produzir apenas motores grandes, para induzir a RCM a produzir automóveis grandes e maximizar assim seu lucro. Neste caso, a ameaça não terá credibilidade, porque ela deixaria em muito de lucrar ao fazer isso caso a RCM não a seguisse. Se, por outro lado, ela tornasse seus lucros por motores pequenos nulos, fechando as fábricas de motores pequenos, por exemplo, sua ameaça ganharia credibilidade, pela produção de motores grandes agora representar sempre uma melhor opção: ▪ Uma reputação pode garantir ou não credibilidade a uma ameaça. • Desencorajamento à entrada: ◦ Consideremos o caso de uma empresa estabelecida e de outra que tem a intenção de entrar no mercado: Se a aspirante acreditar que a estabelecida está propensa a se acomodar, ela entrará. Se acreditar na ameaça de guerra, permanecerá fora do mercado. A ameaça, porém, não possui credibilidade: caso a aspirante entre, será mais vantajoso à estabelecida voltar ao preço alto. No segundo caso, tendo a empresa estabelecida investido em capacidade adicional antes da entrada da empresa aspirante, sua ameaça se torna digna de crédito, porque, no caso da entrada, não haveria vantagem para a empresa estabelecida em voltar para o preço alto: ◦ Política de comércio estratégico e concorrência internacional: ▪ Em determinadas situações, uma nação poderá ser beneficiada ao adotar políticas que dão a seus setores domésticos vantagens competitivas. • Leilões: ◦ Mercados de leilões: mercados onde as compras e vendas se dão por meio de processos formais de lances. ◦ Leilões consomem menos tempo que a negociação individual e incentivam a competição entre compradores, aumentando a receita do vendedor. ◦ Dividem-se em três tipos: ▪ Inglês tradicional: o vendedor solicita ativamente lances mais altos de um grupo de potenciais compradores. ▪ Holandês: o vendedor inicia oferecendo o item a um preço alto que é, depois, reduzido em quantias fixas até que seja vendido. ▪ Lances fechados: todos os lances são feitos simultaneamente em envelopes lacrados. Ora o lance mais alto é o que arremata o produto, ora o segundo lance mais alto o arremata. ◦ Avaliação e informação: ▪ Leilões de valor privado: • Cada comprador tem um preço de reserva diferente para o item. • Em um leilão inglês, a estratégia dominante consiste em lances honestos; não se deve oferecer lances acima do preço de reserva, para não haver payoffs negativos. • Em um leilão de lances fechados, a estratégia e resultado devem ser parecidos. ▪ Leilões de valor comum: • Todos os compradores atribuem, aproximadamente, o mesmo valor ao item. • Estratégia dominante: oferecer lances até o valor da estimativa. • Maldição do vencedor: quando o vencedor do leilão superestima o item que comprou e tem prejuízo. ◦ Maximização da receita do leilão (vendedor): ▪ Em leilão de valor privado, incentivar o maior número possível de pessoas a participar. ▪ Em leilão de valor privado, estabelecer um lance mínimo igual ao que levaria o vendedor a guardá-lo para uma venda futura. ▪ Em leilão de valor comum, utilizar um leilão aberto e revelar informações sobreo valor real do objeto, para inibir o medo da maldição do vencedor. Investimento, tempo e mercados de capitais • Estoques versus fluxos: ◦ Estoque: quantidade de instalações e equipamentos dos quais a empresa é proprietária; maneira de medir o capital. ◦ Fluxos: forma de medir os insumos trabalho e matéria prima. ◦ Para saber se valerá a pena investir em uma fábrica, é interessante estimar o lucro que ela irá gerar dentro do período de tempo em que ela vai operar, por exemplo. • Valor presente descontado: ◦ Taxa de juros: taxa pela qual se podem tomar ou conceder empréstimos em dinheiro. ◦ Valor presente descontado (VPD): valor corrente de um fluxo de caixa futuro esperado. ◦ $1 investido hoje à taxa de juros R valeria (1+R)n em n anos. ◦ O VPD de $1 pago após n anos é $1 (1+R)n ◦ Avaliação de fluxos de agamentos: ▪ Exemplo: Consideremos os seguintes fluxos de pagamentos: Podemos calcular o valor presente descontado desses dois fluxos: VPDA=100+ 100 (1+R) VPDB=20+ 100 (1+R) + 100 (1+R)2 Teremos rendimentos diferentes de acordo com as taxas de juros: • Valor de um título: ◦ Título: contrato por meio do qual um tomador de empréstimo concorda em pagar ao portador do título um fluxo monetário. ◦ O valor a se pagar pelo título pode ser calculado como o VPD. ◦ Perpetuidades: ▪ Definição: tipo de título que a cada ano paga uma quantia fixa em dinheiro, perpetuamente. ▪ VPD = 100/R. ◦ Rendimento efetivo de um título: ▪ Porcentagem de retorno que se recebe ao investir em um título. ▪ Obtido isolando-se R; na maioria dos casos numericamente, através de softwares. • Critério do valor presente líquido para decisões de investimento de capital: ◦ Critério do valor presente líquido (VPL): regra segundo a qual devemos investir se o valor presente esperado do fluxo de caixa futuro for maior do que o custo do investimento. VPL=−C+ π1 (1+R) + π2 (1+R)2 +...+ πn (1+R)n ◦ Taxa de desconto: usada para determinar o valor corrente de $1 recebido no futuro. • Ajustes para riscos: ◦ Prêmio do risco: quantia que um indivíduo avesso ao risco pagará para evitá-lo. ◦ Risco diversificável: pode ser eliminado através do investimento diversificado. ◦ Risco não diversificável: não pode ser eliminado através do investimento diversificado. ◦ Modelo de formação de preço para ativos de capital: modelo em que o prêmio do risco para um investimento de capital depende da correlação entre o retorno do investimento e o retorno do mercado de ações. • Decisões de produção intertemporal – recursos esgotáveis ◦ Decisão de produção de um produtor de recurso esgotável único: ▪ Exemplo: petróleo • Regra: manter o petróleo no poço caso se espere que seu preço, menos seu custo de extração, vá subir mais rapidamente do que a taxa de juros. Extrair e vender caso se espere que o preço, menos o custo de extração, vá subir mais lentamente que a taxa de juros. Temos: Se PI +1−c>(1+R)(P I−c) , mantenha no poço; se PI +1−c<(1+R)(P I−c) , venda; se PI +1−c=(1+R)(PI−c) , indiferente. Onde PI é o preço neste ano, PI + 1 é o preço no ano seguinte e c é o custo de extração. ◦ Custo de uso da produção: custo de oportunidade de produzir e vender uma unidade hoje, indisponibilizando-a para o futuro. ◦ Produção de recursos pelo monopolista: RMg I+1−c=(1+R)(RMgI−c ) • Determinação das taxas de juros: Equilíbrio Geral e Eficiência Econômica Análise de equilíbrio geral: ◦ Definição: determinação simultânea de preços e quantidades em todos os mercados relevantes, levando em conta os efeitos de feedback. ◦ Efeito de feedback: ajuste de preço ou de quantidade em determinado mercado causado pelos ajustes de preços ou de quantidades em mercados correlatos. ◦ Dois mercados interdependentes - rumo ao equilíbrio geral: ▪ Ex: Bens substitutos: Eficiência nas trocas: ◦ Economia de trocas: mercado em que dois ou mais consumidores trocam duas mercadorias entre si. ◦ Distribuição eficiente (Pareto): alocação de bens em que ninguém consegue aumentar seu bem-estar sem reduzir o de outra pessoa. ◦ As vantagens do comércio: ▪ Um exemplo ilustra as vantagens da troca: Suponhamos que a TMS de vestuário por alimento de Karen seja (ou seja, para obter uma unidade de alimento, ela abriria mão de 3 de vestuário). Entretanto, a TMS de James de vestuário por alimento é de apenas ½. Neste caso, a troca foi vantajosa, pois James dá mais valor ao vestuário, ao passo que Karen da mais valor ao alimento. ◦ Diagrama da caixa de Edgeworth: ▪ Diagrama que mostra todas as possíveis alocações de quaisquer duas mercadorias entre duas pessoas, ou de dois insumos entre dois processos de produção. ▪ Cada ponto na caixa mostra as cestas de mercado de ambos os consumidores. ◦ Alocações eficientes: ▪ Ocorrem quando, após a troca, as TMS's são iguais; isso se obtém através das curvas de indiferença dos agentes. ▪ O ponto C representa uma alocação eficiente, porque as curvas de indiferença se cruzam e as TMS's de ambos os agentes são iguais. ◦ A curva de contrato: ▪ Curva que mostra todas as alocações eficientes de bens entre dois consumidores ou de dois insumos entre duas funções de produção. ▪ Uma vez que seja escolhido um ponto na curva, não há como se deslocar para outro ponto sem diminuir o bem estar de um agente. ◦ Equilíbrio do consumidor em um mercado competitivo: ▪ No caso seguinte, a razão entre os preços dos bens é igual a 1; a linha de preço PP', que possui inclinação -1, descreve todas as possíveis alocações para a troca: ▪ Equilíbrio: conjunto de preços nos quais a quantidade demandada torna-se igual à quantidade ofertada em cada um dos mercados. ▪ Excesso de demanda: quantidade demandada > quantidade ofertada. ▪ Excesso de oferta: quantidade ofertada > quantidade demandada. ◦ A eficiência econômica em mercados competitivos: ▪ A alocação de mercadorias em um equilíbrio competitivo é economicamente eficiente. ▪ Economia do bem-estar: avaliação normativa do desempenho dos mercados e da política econômica. ▪ Como as curvas de indiferença são tangentes, todas as TMSs são iguais. ▪ Como cada curva de indiferença é tangente à linha de preço, a TMS de alimento ou vestuário para cada agente é igual à razão entre os preços. ▪ Formalmente: Equidade e eficiência: ◦ Fronteira de possibilidades da utilidade: ▪ Curva que mostra todas as alocações eficientes de recursos. ▪ Ponto L satisfaz mais ambos, mas é inalcançável por falta de mercadorias. ▪ Função do bem-estar social: pesos atribuídos a cada utilidade individual na determinação do que é socialmente desejável. ▪ As quatro visões sobre equidade apresentam-se na tabela abaixo: Eficiência na produção: ◦ Produção na caixa de Edgeworth: ◦ Eficiência nos insumos: ▪ Eficiência técnica: ocorre quando as empresas combinam insumos para produzir um produto do modo menos dispendioso possível – a produção de uma mercadoria não pode ser aumentada sem reduzir a produção da outra. ▪ Curva de contrato da produção: mostra todas as combinações tecnicamente eficientes de insumos. ◦ Equilíbrio do produtor em um mercado de insumos competitivos: ▪ Sabemos que se s produtores dos dois bens minimizam seus custos de produção, utilizam combinações de trabalho (L) e capital (K) de modo que a relação entre os produtos marginais dos dois insumos é igual à razão entre seus preços: , onde w → trabalho; r → capital (taxas). ▪ Temos, também, que a taxa marginal de substituição técnica do capital pelo trabalho é igual a esse valor: ▪ Como a TMST é a inclinação da isoquanta da empresa, haverá equilíbrio competitivo somente quando cada produtor utilizar trabalhoe capital de modo que as inclinações sejam iguais entre si e sejam iguais à razão entre os preços dos insumos. Ou seja: ▪ Fronteira de possibilidades de produção: Curva que mostra as combinações de dois bens que podem ser produzidas com quantidades fixas de insumos. ▪ Taxa marginal de transformação: quantidade de um bem que se deixa de produzir para uma unidade adicional de outro bem. ▪ A inclinação da fronteira de possibilidades de produção mede o CMg da produção de uma mercadoria em relação ao CMg da produção da outra mercadoria: ◦ Eficiência na produção: ◦ Eficiência nos mercados produtivos: ▪ Em mercados competitivos, os consumidores alocam seus orçamentos de forma que: ▪ E cada empresa produzirá até o ponto em que o preço for igual ao custo marginal: ▪ Portanto: Os ganhos obtidos a partir do livre comércio: ◦ Vantagem comparativa: situação em que o país 1 possui uma vantagem sobre o país 2 na produção de uma mercadoria, porque o custo de produção dela no país 1, em relação ao custo de produção de outras mercadorias no país 1, é mais baixo que o custo de produção da mercadoria no país 2, em relação ao custo de produção de outras mercadorias no país 2. ◦ Vantagem absoluta: situação onde o país 1 possui vantagem sobre o país 2 na produção de uma mercadoria porque o custo de produção nele é mais barato. ◦ Quando um país tem uma vantagem comparativa, ele realiza melhor negócio produzindo aquilo que melhor sabe e adquirindo o restante das coisas. ◦ Uma fronteira expandida das possibilidades de produção:
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