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27/02/18 1 Conceitos básicos em Avaliação Psicológica 1 Sequência dos conteúdos • Conceituação de avaliação psicológica • Propósitos da avaliação psicológica • Diferenças entre avaliação psicológica x testagem x psicodiagnóstico 2 O que é uma avaliação psicológica? 3 • Avaliação psicológica como um processo flexível e não-padronizado, que tem por objetivo chegar a uma conclusão sustentada a respeito de uma ou mais questões psicológicas através da coleta, avaliação e análise de dados apropriados ao contexto em questão (Maloney & Wand, 1976). 4 27/02/18 2 • Avaliação psicológica busca fornecer informações cientificamente fundamentadas tais que orientem, sugiram e sustentem o processo de tomada de decisão em algum contexto específico no qual a decisão precisa levar em consideração informações sobre o funcionamento psicológico (Urbina, 2007). 5 6 “A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenom̂enos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins aos quais a avaliação se destina.”(CFP, 2007) 7 Segundo a Resolução CFP no 07/2003, “os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica”. Quais as respostas obtidas com a avaliação psicológica? • “O processo de avaliação psicológica é capaz de prover informações importantes para o desenvolvimento de hipóteses, por parte dos psicólogos, que levem à compreensão das características psicológicas da pessoa ou de um grupo. (...).Assim, dependendo dos objetivos da avaliação psicológica, a compreensão poderá abranger aspectos psicológicos de natureza diversa.”(CFP, 2007) 8 27/02/18 3 Quais as respostas obtidas com a avaliação psicológica? • A qual idade do conhecimento alcançado depende de todo o processo de avaliaçã o: • Levantamento de demandas • Levantamento de hipóteses • Escolha de instrumentos que maximizem a qualidade da avaliação • Domínio das técnicas empregadas • Capacidade de integração e síntese das informações... • A qualidade/grau de confiança no RESULTADO da avaliação depende tanto das característ icas das FERRAMENTAS como da CAPACITAÇÃO do psicólogo para realizar tal processo 9 10 Psicólogo Ferramentas para atuação profissional Quais ferramentas podem ser utilizadas nas avaliações? • Ferramentas que possuam fundamento técnico e científico: • Entrevistas • Observação • Testes psicológicos • Dinâmicas de grupo • Documentos escritos (histórico escolar, histórico médico, histórico de trabalho) • Uso de diferentes fontes de informação (o próprio avaliado, familiares, colegas, etc.) 11 Participantes do processo de avaliação • Autores e criadores de testes e outros procedimentos de avaliação • Editoras de testes • Usuários/psicólogos (escolha, aplicação, correção e interpretação) • Testandos • Pessoas que solicitam a avaliação (diretora de escola, dono de empresa, juiz, etc...) 12 27/02/18 4 Propósitos da avaliação psicológica (CFP, 2003) 13 1.Descrição Analisa ou interpreta os resultados do instrumento para entender os aspectos mais destacados, forças e fraquezas, de um indivíduo ou grupo. Esta informação é integrada com modelos teóricos e dados empíricos para aprimorar as inferências. 14 2.Classificação diagnóstica Utiliza o resultado do instrumento como auxílio na classificação e diagnóstico de variáveis externas associadas a um sistema taxonômico específico, para chegar a uma classificação diagnóstica. 15 3.Predição Utiliza os resultados do teste para prever outros aspectos e características do comportamento de indivíduos ou grupos não diretamente avaliados pelo instrumento, mas que estão associados. 16 27/02/18 5 4.Planejamento de intervenções Utiliza os resultados do instrumento para avaliar quão apropriadas são diferentes intervenções e a sua relativa eficácia para o público alvo. 17 5. Monitoramento Usa os resultados do instrumento para monitorar características psicológicas ao longo do tempo. 18 Avaliação psicológica X Testagem psicológica X Psicodiagnóstico 20 Aspecto Testagem Avaliação Grau de complexidade Mais simples; procedimento uniforme; freq. unidimensional Mais complexa; cada avaliação envolve vários procedimentos e dimensões Duração Mais breve Mais longa Fontes de dados Uma pessoa, o testando Muitas vezes são usadas fontes colaterais Foco Como uma pessoa se compara com outros (nomotético) Singularidade de um indivíduo ou grupo (idiográfico) Qualificação necessária Conhecimento sobre testes e procedimentos de testagem Conhecimento de testagem, de outros métodos de avaliação e da área avaliada Base de procedimentos Necessário objetividade e quantificação Necessária a subjetividade na forma de julgamento clínico Custo Barata Muito cara pois requer profissionais altamente qualificados Objetivo Obter dados para tomada de decisões Chegar a uma decisão que motivou o encaminhamento Grau de estruturação Altamente estruturada Aspectos estruturados e não- estruturados Avaliação dos resultados Investigação relativamente simples da precisão e validade baseada em resultados grupais Muito difícil devido à variabilidade de métodos, avaliadores e natureza das questões investigadas 27/02/18 6 O Psicodiagnóstico (Cunha, 2000) • Psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica, com propósitos clínicos • Busca identificar forças e fraquezas do funcionamento psicológico, com foco na existência ou não de psicopatologia • Plano de avaliação é estabelecido com base nas perguntas ou hipóteses iniciais 21 Referências Anastasi, A., & Urbina, S. (2000). Testagem Psicológica (7a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas. Conselho Federal de Psicologia- CFP. (2007). Cartilha sobre Avaliação Psicológica. Retrieved from www.pol.ogr.br Cunha, J. A. (2000). Psicodiagnóstico V (5a. Ed. ed.). Porto Alegre: ArtesMédicas. International Test Commission. (2000). Diretrizes para o Uso de Testes. Acesso em 20/06/2010, em www.ibapnet.org.br Messick, S. (1965). Personality measurement and the ethics of assessment. American Psychologist, 20, 136- 142. Messick, S. (1980). Test validity and the Ethics of Assessment. American Psychologist, 35(11), 1012-1027. Pasquali, L. (2001). Técnicas de Exame Psicológico –TEP: manual. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo; Conselho Federal de Psicologia. Primi, R., Muniz, M., & Nunes, C. H. S. S. (2009). Definições contemporâneas de validade de testes psicológicos. Em C. S. Hutz (Ed.), Avanços e polêmicas em avaliação psicológica (pp. 243-266). São Paulo: Casa do Psicólogo. Urbina, S. (2007). Fundamentos da Testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed. Urbina, S. (2007). Fundamentos da Testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed. Wechsler, S. M. (2001). Princípios Éticos e Deontológicos da Avaliação Psicológica. Em Técnicas de Exame Psicológico-TEP: Manual. Volume I: Fundamentos das Técnicas Psicológicas (pp. 171-194). São Paulo: Casa do Psicólogo.Wechsler, S. M. (2005). Guia de Procedimentos Éticos para a Avaliação Psicológica. Em S. M. Wechsler & R. S. L. Guzzo (Eds.), Avaliação psicológica: perspectiva internacional (pp. 167-176). São Paulo: Casa do Psicólogo.
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