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ATPS DIREITO PENAL II

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Faculdade Anhanguera de Guarulhos
Direito
Direito Penal II
ATIVIDADES DE PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
GUARULHOS
2016
Faculdade Anhanguera de Guarulhos
Direito
Direito Penal II
Érica Moraes Genuíno Moreira RA: 8638277022
Karoline Gomes Lima RA: 8640252849
Leonardo Bebiano Vitor RA: 9902011957
Maíra P. F. Magalhães RA: 8412161903
Atividades Práticas Supervisionadas
Apresentado ao Curso de Direito na
Faculdade Anhanguera Educacional,
 sob orientação do Professor Tabajara.
GUARULHOS
2016
INTRODUÇÃO:
O objetivo do trabalho presente é identificar os princípios próprios do direito penal, como as medidas de seguranças e a ação penal e extinção da punibilidade para em seguida delinear o conteúdo jurídico destes princípios. Para tanto, faz-se necessário primeiramente a conceituação do que vem a ser um princípio, distanciando-o das regras. Em seguida é mister classificar os princípios incidentes neste quadrante do sistema jurídico. Classificados então os princípios, já poderão ser identificados os princípios específicos do direito penal chegando-se ao momento de delinear seus respectivos conteúdos jurídicos.
Qual o conceito de medida de segurança?
Sanção penal imposta pelo estado, na execução de uma sentença, cuja finalidade é exclusivamente preventiva, no sentido de evitar que o autor de uma infração penal, tenha tido demostrado periculosidade, volte a delinquir.
2) Qual a finalidade da medida de segurança e quais seus pressupostos?
É exclusivamente preventivavisando tratar o imputável e o semi imputável que A medida de segurança é uma espécie de sanção penal através da qual o Estado reage contra a violação da norma punitiva por agente não imputável ou por agente imputável com responsabilidade penal diminuída (semi-imputável).
 Diferentemente da pena, a medida de segurança tem uma finalidade essencialmente preventiva e volta-se para o futuro e para a pessoa autora do ilícito. A medida de segurança se ajusta ao grau de periculosidade do agente, e não à gravidade do fato delituoso.
1) Prática de fato previsto como crime: a Lei das Contravenções Penais não dispõe acerca das medidas de segurança; então, pelo artigo 12 do Código Penal, aplica-se a regra geral subsidiariamente. Logo, contravenção penal admite medida de segurança.
2) Periculosidade do agente: pressuposto a ser verificado na personalidade de certos indivíduos, militando ser possuidor de clara inclinação para o crime. O grau de periculosidade varia em inimputabilidade (art. 26, caput ) e imputabilidade com responsabilidade penal diminuída (art. 26, parágrafo único).
3) Quais as espécies de medida de segurança?
Art. 96. As medidas de segurança são:
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado;
II - sujeição a tratamento ambulatorial.
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
4) Explique qual a diferença entre medida de segurança detentiva e medida de segurança restritiva?
As medidas de segurança são divididas em detentiva e restritiva, sendo que a detentiva é obrigatória quando a pena imposta for de reclusão, além de ser por tempo indeterminado, persistindo enquanto não houver a cessação da periculosidade que será averiguada mediante perícia médica em um prazo variável entre um e três anos. Entretanto, tal averiguação pode ocorrer a qualquer tempo, mesmo antes do término do prazo mínimo se assim determinar o juiz da execução penal. Já a medida de segurança restritiva é punida com detenção, onde, o agente pode ser submetido a tratamento ambulatorial, e, assim como na medida de segurança detentiva, a restritiva perdurará até a constatação da cessação da periculosidade que também será feita em um prazo de um a três anos.
Passo 2
No que concerne ao prazo das medidas de segurança, o art. 97, § 1º reza que a internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
O juiz, pela persistência da periculosidade do agente, fará com que a medida de segurança seja mantida renovando-se o exame psiquiátrico do paciente de ano em ano, ou a qualquer tempo, conforme possibilita o art. 97, § 2º, do Código Penal e o art. 176 da Lei de Execução Penal, respectivamente transcritos:
“Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação. Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. 
Passo 3
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
Registro: 2012.0000364200
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de
Habeas Corpus nº 0151479-26.2012.8.26.0000, da Comarca de
São Paulo, em que é paciente JOAO CARLOS e
Impetrante RAFAEL CAVALHEIRO BUENO, é impetrado MM.
JUIZ (A) DE DIREITO DA 5ª VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA
CAPITAL.ACORDAM, em 9ª Câmara de Direito Criminal do
Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte
decisão: "Concederam a ordem. V.U." de conformidade com o
voto do Relator, que integra este acórdão
HABEAS CORPUS nº 0151479-26.2012.8.26.0000
IMPETRANTE: RAFAEL CAVALHEIRO BUENO PACIENTE: JOAO CARLOS
IMPETRADO: MM. JUIZ (A) DE DIREITO DA 5ª VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA CAPITAL
COMARCA: SÃO PAULO
Habeas Corpus – Paciente ao qual foi imposta medida de segurança, consistente na internação em hospital psiquiátrico, preso ainda em Centro de Detenção Provisória – Constrangimento ilegal caracterizado – Ordem concedida.
Tratam estes autos do pedido de habeas
corpus formulado pelo advogado RAFAEL CAVALHREIRO BUENO em prol de JOAO CARLOS que, consoante os termos da
impetração, sofre constrangimento ilegal praticado pelo
MM. Juízo da 5ª Vara das Execuções Criminais da Comarca da
Capital do Estado, consistente em mantê-lo preso em
estabelecimento carcerário, embora lhe tenha sido imposta
medida de segurança consistente na internação em hospital
psiquiátrico e/ou ainda internação ao hospital particular. Assim, buscando a transferência ao
estabelecimento adequado ou a colocação do paciente em
liberdade para realização de tratamento ambulatorial,
emprega o remédio heroico. 
É o relatório.
Versando a impetração sobre matéria
exclusivamente de Direito, encontro-me apto a decidir de
plano a questão aqui abordada, dispensada a requisição de
informações ao impetrado.
O pleito está no caso de ser acolhido.
Senão, vejamos:
Inviável é a colocação do paciente em
liberdade, pois que tido como necessária sua segregação
pela sentença que reconheceu sua inimputabilidade. Ora,
para verificar a possibilidade de sua desinternação,
necessário o exame de cessação de periculosidade, que,
sendo de competência do juízo da execução, não pode ser
determinado em sede de habeas corpus, em que não cabe
dilação probatória.
Entretanto,
deve
ser concedida a
ordem, diante do constrangimento
ilegal
a que é submetido
o paciente.
O recolhimento dos inimputáveis e semi-
imputáveis não pode se dar em estabelecimento carcerário,
mas apenas em hospital psiquiátrico ou similar, locais
destinados ao tratamento das moléstias mentais, como
previsto nos artigos 96, do Código Penal, e 171 e 172, da
Lei de Execução Penal.
No caso dos autos, o título executivo
de que dispõe o Estado para a execução da sanção imposta
ao paciente determina sua internação em hospital
psiquiátrico, de tal sorte que mantê-lo em situação
diversaimporta em inaceitável excesso, ou melhor, desvio
de execução.
Assim, deve ser ele imediatamente
transferido aoestabelecimento adequado.
Estas as circunstâncias por que meu
voto orienta-se no sentido da concessão da ordem, para o
fim de determinar a imediata remoção do paciente a
hospital psiquiátrico. 
É o que proponho à E. Turma Julgadora.
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca de São Paulo, 
data: 28 DE MAIO DE 2014 .
Advogado,
RAFAEL CAVALHEIRO BUENO
OAB/____ n. ____.
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/presos/parte910.htm
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8536/Medida-de-seguranca-principios-e-aplicacao
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413368/medida-de-seguranca
http://lelivros.online/book/download-curso-de-direito-penal-vol-2-parte-especial-fernando-capez-em-epub-mobi-e-pdf/
http://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22221561/habeas-corpus-hc-1514792620128260000-sp-0151479-2620128260000-tjsp/inteiro-teor-110591664

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