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CPC 31

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QUESTÃO DE PESQUISA
Este artigo demonstra como são tratadas as vendas de ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas, a contabilização e a mensuração deste ativo ou grupo de ativos nas demonstrações contábeis da empresa VALE S.A. 
OBJETIVO
Um dos objetivos da contabilidade é gerar informações que auxiliem e que sejam fidedignas para a tomada de decisão de seus usuários. Alguns desses usuários podem ser os próprios administradores de empresas, que precisam dos relatórios para criar um plano estratégico para a sua empresa; o governo para verificar a questão das retenções dos impostos; os funcionários, que podem verificar se a empresa onde trabalham conseguirá honrar as obrigações trabalhistas; e os acionistas, que conseguem analisar internamente como a empresa está financeiramente, quais são as explicações da direção referente ao resultado obtido no período e quais são as suas pretensões de resultado de acordo com as demonstrações cedidas pelas próprias companhias dentre outros.
Sendo assim, identificando a importância do relatório da administração para com o seus acionistas, o objetivo deste trabalho é a apresentação das demonstrações da empresa VALE S.A, uma sociedade anônima de capital aberto com sede na cidade do Rio de Janeiro, Brasil e tem seus títulos negociados nas bolsas de valores de São Paulo – B3 S.A. (Vale3), Nova York – NYSE (VALE), Paris – NYSE Euronext (Vale3) e Madri – LATIBEX (XVALO).
A Vale S.A. e suas controladas diretas e indiretas (“Vale” ou “Companhia”) são produtores globais de minério de ferro e pelotas, matérias-primas essenciais para a indústria siderúrgica e produtores de níquel, com aplicações na indústria de aço inoxidável e ligas metálicas utilizadas na produção de diversos produtos. A Companhia também produz cobre, carvão térmico e metalúrgico, manganês, ferroligas, metais do grupo de platina, ouro, prata e cobalto.
A empresa foi a 3ª mais valiosa do Brasil em 2016, segundo o site "Valor Econômico", alcançando mais de R$ 108 milhões de receita liquida e mais de 5 bilhões de ações em circulação no ano de 2017 (Demonstrações Financeiras 31 de dezembro de 2017).
Analisando a sua participação no cenário econômico brasileiro e mundial, este trabalho visa verificar exclusivamente se os métodos utilizados para apresentação dos ativos não circulantes destinado para venda e das operações descontinuada da companhia está de acordo com o que é exigido pelo Código de Pronunciamentos Contábeis. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Apresentação
	O IRFS 5 o e CPC 31 tem o desígnio de classificar e demonstrar as normas para que o ativo que não possui mais serventia para a entidade seja destinado a venda, cujo valor contábil será recuperado na operação. 
	O objetivo principal é reclassificar o bem pois, de acordo com o CPC 27 quando disponibilizado para a venda devemos transferi-lo para o circulante, visto que a finalidade não é mais utilizá-lo e sim vende-lo.
	 “Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação, com exceção do que é permitido pelo item 9, e as ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado”(CPC 31 Classificação de ativo não circulante como mantido para venda item 8 Pag. 3)
	De acordo com o CPC 31 o prazo para a venda do bem se restringe a 12 meses, entretanto, o mesmo informa que poderá ser estendido se houver algum acontecimento fora do controle da entidade e/ou se houver evidencias suficientes que a entidade terá condições de cumprir com seu plano de venda.
	“Acontecimentos ou circunstâncias podem estender o período de conclusão da venda para além de um ano. A extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não impede que o ativo seja classificado como mantido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controle da entidade e se houver evidência suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de venda do ativo...”. (CPC 31 Classificação de ativo não circulante como mantido para venda item 9 Pag. 4) Logo, quando existe a intenção de distribuir aos sócios o lucro que ocorrer na operação, a classificação será “mantida para distribuição aos sócios”
	“... Para isso é necessário que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição na sua condição atual e que a distribuição seja altamente provável. Para essa distribuição ser altamente provável, ações para completar a distribuição devem já ter sido iniciadas e deve estar presente a expectativa de serem completadas dentro de um ano a partir da classificação. Ações requeridas para completar a distribuição devem indicar não ser provável que mudanças significativas na distribuição sejam feitas ou que a distribuição virá a não ser feita. A probabilidade da aprovação dos sócios (se requerida legal ou estatutariamente) deve ser considerada como fator na verificação de ser a distribuição classificável como altamente provável”. (CPC 31 Classificação de ativo não circulante como mantido para venda item 12A Pag. 4)
	Ativo não circulante destinado a ser baixado não pode ser classificado como mantido para venda, isso por que seu valor contábil pode ser recuperado por meio do uso contínuo. Porém se um ativo que será baixado segundo os critérios do CPC 31 e estiver classificado como mantido para venda, a entidade deverá apresentar os resultados e os fluxos de caixa desse ativo como operações descontinuadas. Os ativos não circulantes a serem baixados devem ser utilizados até o final de sua vida econômica.
	“A entidade não deve classificar como mantido para venda o ativo não circulante ou o grupo de ativos destinado a ser baixado. Isso se deve ao fato de o seu valor contábil ser recuperado principalmente por meio do uso contínuo. Contudo, se o grupo de ativos classificado como mantido para venda que será baixado satisfizer aos critérios do item 32(a) a (c), a entidade deve apresentar os resultados e os fluxos de caixa do ativo mantido para venda como operações descontinuadas, de acordo com os itens 33 e 34, na data na qual ele deixar de ser usado. Os ativos não circulantes a serem baixados incluem ativos que devem ser usados até o final da sua vida econômica e ativos não circulantes que devem ser fechados em vez de vendidos.”. (CPC 31Ativo não circulante a ser baixa do item 13 Pag. 4 e 5).
Operações Descontinuadas
	Conforme o CPC 31, a operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está considerado para venda e:
Representa uma linha separada de negócios ou área geográfica de operações;
É parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações;
É uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo de venda.
	Na Demonstração de Resultado – DRE a entidade deverá evidenciar em valor único o total dos seguintes itens:
Lucro ou prejuízo apos os impostos da operação descontinuada;
Ganhos ou perdas apos impostos, reconhecidos na mensuração a valor justo menos custos de venda, ou na alienação.
	Deverá analisar também:
Receita, despesas e lucro ou prejuízo antes de impostos de operações descontinuadas e despesa de imposto de renda correspondente;
Ganhos ou perdas reconhecidos na mensuração a valor justo menos custos de venda, ou alienação dos ativos ou grupos para alienação que constituem a operação descontinuada e a despesa de imposto de renda correspondente.
	Para expansão, algumas entidades utilizam de fusões,cisões e compras de empresas, o que acaba em alguns casos remodelando as atividades antes exercidas, porem, como devemos tratar este evento de encerramento, abandono ou venda de uma linha de negócios que fora relevante para a entidade? Este evento é tratado na contabilidade como operação descontinuada, uma vez que a entidade opta por encerrar a operação por não gerar lucro ou não estar de acordo com a estratégia da empresa. 
	A palavra descontinuada significa que já houve o encerramento, entretanto, na contabilidade, ao evidenciar uma operação contábil descontinuada, o termo que mais condiz com a situação seria uma operação em descontinuidade, já que a mesma não foi encerrada de fato e sim, houve a decisão de encerramento por parte da entidade.
	O CPC menciona as diretrizes para reconhecimento desta operação sendo esta importante para a entidade, capaz de ser separada das demais operações em continuidade e siga os critérios necessários para venda de um ativo imobilizado. 
Com base no texto abaixo, podemos ver que uma operação descontinuada pode ser uma operação abandonada ou desativada e que a mesma pode não ser classificada nos itens mantidos para venda:
	“Nesse sentido, vale comentar que a norma contém exigências especificas para quando a empresa deixar de classificar como mantida para venda uma operação anteriormente descontinuada. A exigência é que os resultados dessa operação que tiverem sido até então apresentados como operações descontinuadas sejam reclassificados para integrar os resultados das operações em continuidade para todos os períodos previamente apresentados. Então, os montantes apresentados para os períodos anteriores deverão ser descritos nas demonstrações contábeis como sendo reapresentados (CPC 31.36). Essa exigência não é feita no caso dos ativos e grupos de ativos mantidos para venda.”(GELBCKE, Ernesto Rubens, SANTOS, Ariovaldo dos, IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu. Manual de Contabilidade Societária, 3ª edição. Atlas, 03/2018.)
	Essa a classificação para o grupo de operações descontinuadas, reclassificação e a reapresentação de resultados anteriores de operações descontinuadas não apresentadas apesar da decisão de descontinuar a operação servem para colaborar com as projeções futuras por parte dos usuários das informações contábeis para mensurar a capacidade de desempenho da entidade no que diz respeito a gerar resultados.
	O CPC menciona que uma operação descontinuada deve ser separada das operações em continuidade, desta forma, os resultados advindos destas operações também devem ser separados até que a mesma seja vendida. Com base no estudo de caso das demonstrações da empresa Vale, é possível notar a separação dos resultados das operações descontinuadas em todas as demonstrações contábeis apresentadas e notamos também que por meio das notas explicativas, a decisão por descontinuar as operações e o acordo junto ao comprador ocorreu no exercício de 2016 e a venda de fato houve apenas em 2018, entretanto as evidenciações ocorreram em 2016 e 2017 com os ajustes devidos (eventos subseqüentes) por conta da venda ter sido realizada no exercício posterior ao das demonstrações.
Com relação às pequenas e médias empresas, pronunciamento do CPC PME exime as entidades dos requisitos mencionados anteriormente conforme abaixo:
“27.21 - O valor recuperável de ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo menos despesa para vender e o seu valor em uso. Se não for possível estimar o valor recuperável do ativo individualmente...” 
Mensuração e Contabilização
	Os ativos não circulantes mantidos para venda precisam ser mensurados de acordo com o CPC 31, de forma que o menor valor entre valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda, seja o utilizado na negociação do ativo que deve estar disponível de imediato para sua venda.
	A exceção fica por parte de ativos adquiridos por meio de combinação de negócios, onde o ativo deve ser mensurado por meio do valor justo menos as despesas de venda sem precisar definir qual o menor valor entre o justo e o contábil.
	Quando a venda do ativo tiver sua consolidação após um ano, todas as despesas de venda devem ser remensuradas a valor presente, tendo o valor diferencial de despesas causadas por tempo excedido em relação ao calculado anteriormente, lançado como despesas financeiras.
	A entidade deve reconhecer tanto a perda quanto o ganho junto ao valor recuperável em relação ao valor justo menos as despesas de venda, esse valor deve ser adicionado ou reduzido ao valor contábil do ativo não circulante disponível para venda. Este tipo de reconhecimento deve ser reconhecido até a data da venda do ativo, caso não ocorra deve ser feito até a baixa do ativo.
	A partir do momento que o ativo ou grupo de ativos é disponibilizado para venda, ou mantido no grupo disponível para venda (já no ativo circulante) a entidade não deverá depreciar e ou amortizar o ativo, apenas os valores de juros ou gastos de passivos (como por exemplo, um pagamento parcelado referente à compra do ativo) devem continuar a serem reconhecidos.
	De acordo com o CPC 31, a entidade deve apresentar as informações de uma forma que permita aos usuários da contabilidade, avaliarem os efeitos financeiros das operações continuadas e das baixas de ativos não circulantes mantidos para a venda.
Comparação antes e depois do CPC31/IFRS
		Um dos focos da contabilidade é o de fornecer todas as informações para a tomada de decisão por parte dos stakeholders, as informações devem ser claras e suprir todas as dúvidas. Com relação às operações descontinuadas e venda de ativos não circulantes, o CPC 31 veio para normatizar o tratamento de operações que tem grande impacto na entidade.
		Anteriormente os ativos mantidos para venda e as decisões de descontinuar uma operação não eram informadas. No caso da venda de um ativo importante ou não para atividade da empresa, o mesmo era baixado no ativo imobilizado pelo valor liquido (custo de aquisição deduzido a depreciação), a receita ou despesa era lançada como resultado não operacional, tributadas pelo Imposto de Renda e o ciclo se encerraria. Entretanto os resultados não operacionais envolvem tudo o que não faz parte da atividade principal ou assessoria, porém a empresa pode vender um equipamento que englobava as despesas da entidade, uma maquina que esta obsoleta ou uma controlada que o tratamento seria o mesmo. Essa ação era prejudicial ao investidor, pois não lhe dava clareza para analisar as probabilidades de investimento na companhia, efetuar as projeções da posição financeira no mercado, impacto na geração de lucros, capacidade da entidade após a venda ou descontinuidade da operação, ou seja, a capacidade da entidade no mercado após as alterações relacionadas na venda.
		Com o advento do CPC 31, mudaram as tratativas, quando a gestão decide vender um ativo ou descontinuar uma operação deve realocar contabilmente para uma conta especifica o que já garante maiores informações. Quando este ativo ou operação geram receitas até o prazo de sua venda, estas também são informadas em linhas separadas na DRE. O item também recebe a dedução por conta do imposto de renda, entretanto fica fácil a observação e analise para tomada de decisão.	
	
METODOLOGIA
	O método de pesquisa utilizado para elaboração do artigo foi por meio de análise nas demonstração contábeis da empresa VALE S.A e o CPC 31 - Ativos Não Circulante mantidos para Venda e Operações Descontinuadas.
	O tipo de pesquisa é qualitativa e descritiva. Qualitativa porque a análise é voltada para entender a mensurar e como é feita as operação de vendas de ativos não circulante e suas operações descontinuadas, e descritiva, porque não há interferência no objeto de estudo. (CERVO; BERVIAN, 2002). 
"CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. São Paulo: Prentice Hall, 2002"

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