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Resumo Introdução ao Estudo do Direito

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Resumo Introdução ao Estudo do Direito
Definição da Palavra direito
Direito = Poder/Pretensão = Direito Subjetivo (faculta agendi)
Ex.: Direito de receber aluguéis, Direito a prestação de serviços, Direito a saúde, Direito a educação.
Direito = Norma/Regra = Direito Objetivo (norma agendi)
Ex.: Norma legislativa (lei), Norma Jurisprudência (Jurisprudência), Norma consuetinaria (costumes), Norma contratual.
Direito = Ordem/Disciplina = Direito Positivo
É a ordem e a disciplina de um lugar (sociedade) concretizado através do conjunto de normas exclusivamente jurídicas.
Common Law = lei dos costumes /Civil Law = lei civil
Ex.: Direito positivo brasileiro, Direito positivo alemão.
Direito = ciência = ciência do direito/jurídica
É o setor do conhecimento humano que investiga e sistematiza os conhecimentos jurídicos
Dogmática Jurídica = Jurisprudência 
Direito = Fato = Fato jurídico 
É o acontecimento proveniente da natureza e o produzido pela atividade humana que gera consequência jurídicas criando modificação ou extinguindo direito.
Ex.: nascimento, morte, maior idade, casamento.
Fato jurígeno e fato gerador
Direito = Justiça 
Dar a cada um o que é seu de direito
Relação entre a sociedade e o direito
Ubi societas, Ibi jus / Ubi jus, Ibi societas.
Ética = ao conjunto de valores morais e princípios pessoais que determinam o rumo das atitudes humanas, está relacionada com o sentimento de justiça.
Moral é um tipo de ética, é o conjunto de práticas e costumes padrões de um determinado ambiente. Ex.: Não matar, respeito ao próximo...
Direito é o conjunto de normas que servem para definir a dimensão da conduta humana exigida que especifiquem a formula do agir.
Ex.: respeitar a integridade física, patrimonial e moral.
 Comparativo entre moral e direito
	Moral
	Direito
	Interioridade
Interior – o que está dentro. A moral visa o aperfeiçoamento íntimo do seu destinatário
	Exterioridade
Exterior – o que está fora. O direito visa disciplinar o comportamento do seu destinatário.
	Unilateral
Unilateridade tem um lado. A moral do tem o lado do dever moral
	Bilateral
Bilateridade tem dois lados. O direito tem o lado do Direito Subjetivo e o lado do Dever Jurídico.
	Autonomia
A moral depende da adesão intima do seu destinatário para ser valida
	Heteronímia
O direito não depende da adesão intima do seu destinatário.
	Incoercibilidade 
Incoerção não usa força. É a impossibilidade do uso da força do estado para o cumprimento da moral
	Coercibilidade
Coerção uso da força. É a possibilidade do uso da força do estado para o cumprimento do direito
Coerção pode ser psicológica (tempo de prisão) ou material (prisão). (Força licita).
Coação uso da força ilícita.
Teoria dos Círculos
1 – Teoria dos círculos concêntricos – Jeremy Benthan – 1748-1839 – filosofo inglês 
Direito
Moral
Nessa teoria o direito faz parte da moral, ou seja, todo direito faz parte da moral, mas nem toda moral faz parte do direito.
O direito é totalmente dependente da moral. O direito é uma espécie de moral, todo seu conteúdo vem da moral, mas nem toda moral vem do direito.
2 – Teorias dos círculos secantes – Du Pasquier (1717/1783) – filosofo Frances 
Direito
Moral
	
O direito e a moral têm autonomia e independência e ao mesmo tempo possuem uma área em comum. Ex.: 
Moral – Caridade, agradecer, prostituição.
Direito – Limite de velocidade, maior idade, sinalização.
Área em comum – Ação alimentícia, assento prioritário, furto, homicídio.
3 – Visão Kelsiana (Hans Kelsen) – Teoria dos círculos independentes (1881/1973) – filosofo austríaco.
Direito
Moral
	
Essa teoria também é conhecida como teoria pura do direito onde o direito não tem ligação com a moral é uma das linhas de raciocínio do direito positivista, aqui a norma dever ser aplicada de forma como descrita, independente de motivação.
4 – Teorias do mínimo ético – George Jellinek (1851/1911) – Jus filosofo alemão 
O direito apresenta o mínimo de preceitos morais necessários ao bem-estar da coletividade.
Teoria tridimensional do direito (Miguel Reale 1910/2006 – Jus filosofo brasileiro)
Esse pensamento teve notoriedade em 1968, para Reale direito é igual a fenômeno jurídico visto por três dimensões. 
Fatídica = fato = é o acontecimento social na sua eficácia e efetividade.
Normativa = norma =é uma estrutura proporcional e normativa que deve ser seguida de forma objetiva e obrigatória, vigente numa dadem jurídica.
Axiologia = valor (deve ser) = é a ideia do moralmente certo (moralismo jurídico/filosofia jurídica), objetivando ativir a justiça. Ex.:
Art. 121 CP (código penal) => norma
 “Matar alguém”. Bem protetora à vida. => fato
 Pena reclusão de 6 a 20 anos. => valor
Petição inicial possui norma, fato e valor. É a aplicação da teoria tridimensional.
Divisão do Direito (Direito Natural e Direito positivo)
Direito Natural
“É o conjunto de princípios essenciais e pensamentos atribuídos: à natureza (na antiguidade greco-romana), a Deus (na idade média) ou razão humana (era moderna) que serviram de fundamento a legitimação ao direito positivo, o direito criado pela vontade humana” (F. Amaral).
São os princípios que se supõem idênticos em toda parte, inspiradores do direito positivo.
Os princípios mais apontados do direito natural são os seguintes: à vida, à liberdade, à participação social, à união dos seres para criação de prole, à invalidade.
As características mais informadas pelos doutrinadores, atribuída ao natural, tradicionalmente são as seguintes: eterno, imutável e universal.
O jusnaturalismo é a corrente de pensamento que reúne todas as tórias que surgiram no decorrer da história em torno do Direito Natural, sob diferentes orientações. Os jusnaturalistas são os filósofos que acreditam na existência do direito natural, o principal nome da corrente jusnaturalista é o de Hugo Grócio (1583/1645).
O direito natural tem como expressão inicial, as cartas de direitos dos homens e dos cidadãos que foram anotadas após a revolução francesa em 1789. Já sua referência mundial se manifestou através da declaração universal dos direitos humanos.
Direito Positivo
É o direito vigente num determinado lugar, determinado local, determinada época. É o direito que em algum momento histórico entrou em vigor, teve ou continua tendo eficácia.
A ciência do direito é sempre ciência de um direito positivo, isto é, vigente no tempo e no espaço, como experiências efetivas, passada ou atual. Para o positivismo jurídico só existe uma única ordem jurídica que é a comandada pelo estado que é soberana. O positivismo jurídico é o direito como um conjunto de ordens ou comandos produtos da vontade humana ou da autoridade, garantido pelo estado e precedido de sanção (F. Amaral).
O Juspositivismo é a corrente de pensamento que somente acei8ta a ideia do direito positivo.
Principal nome da corrente juspositiva é Augusto Comte (1798/1857).
O direito positivo é também constituído como ornamento jurídico, direito criado pelo estado ou ainda um sistema jurídico.
Divisão do Direito (Direito Público / Direito Privado)
Direito Publico
Ele é representado de forma vertical, uma relação de subordinação (O estado subordina o indivíduo, o estado ordena o indivíduo), jus imperium.
É o ramo do direito positivo cujas normas servem para disciplinar os relacionamentos em que o estado é parte e pelo interesse coletivo (social/público) subordina os indivíduos.
Ex.: Direito penal, direito constitucional, direito administrativo, direito tributário.
Direito Privado
Ele é representado horizontalmente, onde os indivíduos têm igualdade de condições.
É o ramo do direito cujas normas servem para disciplinar os relacionamentos dos indivíduos e das pessoas jurídicas privadas (associações, sociedades, fundações) e que pelo interesse individual (particular/privados) ocorre à igualdade de condições.
Ex.: Direito civil Direito econômico
Direito Misto (Paulo Dourado de Gusmão)
Tem aspectos tanto público como privado.
Ex.:Direito do Trabalho.
Divisão Direito Público (Direito Público Interno e Direito Público Externo)
Direito público interno
Regula matéria do estado, suas funções e organizações, bem como a ordem e seguranças internas, os serviços públicos e os recursos indispensáveis a sua execução.
Direito público externo (internacional)
Regem as relações e situações jurídicas em que são partes, os estados soberanos (EUA, Itália, França...) como objetivo de criar a comunidade internacional, manter a paz e garantir o comercio internacional.
Divisão Direito Privado (Direito Privado Interno e Direito Privado Externo)
Direito privado interno
Regula a matéria referente as relações dos indivíduos da sociedade entre si e a dos órgãos do estado quando orientados pela atividade privada
Direito privado externo (internacional)
É o ramo formado por um conjunto de normas que objetivam solucionar conflitos de leis o ser aplicado.
Divisão do Direito (Direito Subjetivo e Direito Objetivo)
Direito subjetivo
É o poder de agir, conferido a uma pessoa individual ou coletiva, afim de realizar seus interesses no limite da lei, constituindo- se juntamente com o respectivo titular, o sujeito de direito em elemento fundamental do ornamento jurídico (F. Amaral).
E também denominado direito de cada um ou Faculta Agendi (Faculdade de agir).
Direito Objetivo
É o conjunto de imperativos normatizantes, ou seja, normas socialmente aceitas por determinada comunidade em determinado período histórico e que autorizam ou não comportamentos individuais (Goffredo da Silva Telles).
É também denominado de direito que está na norma, norma jurídica, norma de direito ou norma agendi (norma de agir).
Divisão do Direito (Direito Material e Direito processual)
Direito material
É o corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas a bens e utilidades da vida. É o direito que disciplina as relações entre o sujeito e ativo, titular do direito subjetivo, e o sujeito passivo a quem contrai o dever jurídico. Direitos e deveres que recaem sobre um objeto.
É também denominado direito substantivo. Como exemplo temos o direito civil (lei 10.406/02), Direito penal (Decreto lei 2.848/40), direito administrativo (art. 37 CF/88 e lei 8.112/90), direito empresarial (lei 10.406/02), direito tributário (lei 5.172/66), direito do trabalho (Decreto lei 5.452/43)
Direito processual
É o que cuida das relações dos sujeitos processuais da posição de cada um deles no processo da forma de se proceder aos atos destes sem nada a dizer quanto ao bem da vida que é objeto de interesses primários das pessoas (o que entra na órbita do direito substantivo)
É também denominado direito adjetivo. Como exemplo temos o direito processual civil (lei 13.105/15), o direito processual penal (decreto lei 3.689/41) e o direito processual do trabalho (lei 13.105/15 e decreto lei 5.452/43).
Normas Jurídicas
Norma = esquadro jurídica = direito
Retas traçadas que devemos seguir, qualquer desvio gera punição
“Estrutura proposicional enunciativa de uma forma de organização e de conduta, que devem ser de maneira objetiva e obrigatória. (M.Reale = Lição preliminares). Ex.:
CODERJ = Código Jurídico do Estado do Rio de Janeiro deixar de segui-lo gera desordem no estado.
Norma de organização ou conduta
“Conduta exigida ou modelo imposto de organização social” (P.Nader)
Características das Normas
São meios que as normas se apresentam:
1º Generalidade/Universalidade = as normas jurídicas disciplinam as pessoas que se encontram na mesma situação jurídica e por ela tratada. Ex.: art. 5º CF/88 princípio da isonomia
2º Abstratividade = não concreto = a norma jurídica disciplina os casos concretos (relacionamentos) dentro de um denominador comum.
3º Bilateralidade = dois lados = a norma tem 2 lados o lado do direito subjetivo e o lado do dever ser.
4º Atributividade = a norma atribui direito e deveres as pessoas
5º Alteridade = outro = estabelecer vínculos intersubjetivos
6º Heteronímia = é válida independente da adesão intima do seu destinatário
7º Imperatividade = imperium = imposição = a norma é uma imposição da vontade e não um mero aconselhamento
8º Coercibilidade = coerção = uso da força pelo estado para validar a norma
Estrutura da Norma Jurídica de Conduta
1ª Hans Kelsen
Norma secundaria “Dado o NP da obrigação, deve ser S” (NP = não comprimento / S = sanção)
Norma primaria “dado FT, deve ser P” (FT = fato / P = obrigação)
2ª Carlos Cossio (Argentino)
“ Dado A deve ser P, ou dado NP deve ser S” (A= fato/ P= obrigação/ NP = não comprimento / S= sanção)
3ª Paulo Nader
“Se A é B deve ser, sobe pena de S” (A= fato/ B= proibição/ S= sanção)
Validade da Norma Jurídica
1 – Validade Formal ou técnica jurídica (Vigência) – Vigios formal
3 requisitos
Legitimidade dos órgãos
Competência de órgão (ratione materiae)
Legitimidade do procedimento
Ex.: Medida Provisória (MP) só pode ser criada pelo chefe do executivo, tem 120 dias para se tornar lei.
Não existe hierarquia entre as casas (câmara e senado)
Aprovação tácita = sem pronunciamento.
2 – Validade Social (efetividade/ eficácia)
É a pratica social da norma jurídica
Costume secundum legen – eficácia (VS)
Costume contra legen – ineficácia (NVS)
Desuso – leis anacrônicas ultrapassadas pelo tempo / leis defectivas – possuem vigência, mas não são regulamentadas
3 – Validade Ética (fundamento)
É o atingimento da finalidade de uma norma.
Ornamento jurídico
É o sistema de legalidade do estado, formado pela totalidade das normas vigentes que se localizam em diversas fontes (P.Nader)
Estrutura do Ornamento Jurídico (Normas / regras/ principio)
Norma (gênero)
O direito se expressa por meio de normas, sendo que as normas só exprimem por meio de regras ou principio
Regras (espécie de norma)
Disciplinam uma determinada situação, quando ocorre essa situação não tem incidência.
Ex.: matar alguém, não fumar, não furtar...
Antinomia = conflito de regras, solucionadas por critério; hierarquia, especialidade e posteridade.
Princípios (espécie de normas)
São enunciativas normativas de valor genérico que condicionam a compreensão do ornamento jurídico em sua aplicação e intergeração ou mesmo para elaboração de novas normas
Ex.: princípio da economia, princípio da retroatividade das leis, princípio da boa-fé objetiva dos contratos...
ADC = Ação Direta de Constitucionalidade
ADI = Ação Direta de Inconstitucionalidade
Ornamento jurídico (Hierarquia)
1 – Normas constitucionais ocupam o mais elevado na hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem subordina-se as normas presentes na constituição. Ex.: art.1º e 5º CF/88, EC 45/04 (sumula vinculante), EC66/10(Divorcio Direto)
2 – Normas complementares – são as leis que complementam o texto constitucional, a lei complementar deve estar devidamente prevista na constituição. Ex.: Lei Complementar 123/06 (microempreendedor), Lei 80/94 (defensoria pública)
3 – Norma ordinária – são normas elaboradas pelo poder legislativo em sua função típica de legislar. Ex.: Lei 6015/73 (lei de registro público), lei 5069/90(ECA), lei 8078/90(código de defesa do consumidor)
4 – Normas Regulamentares – são os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas em desenvolvimento da lei. Ex.: Decretos e portarias
5 – Normas individuais – são as normas que representam a aplicação ou demais normas do direito a conduta social das pessoas. Ex.: Sentenças e contratos
Relação Jurídica
1 – “ Quando a relação de homem para homem se submete ao modelo normativo instaurado pelo legislador essa realidade concreta é reconhecida como uma relação jurídica. ” (M. Reale)
2 – “É um vínculo entre pessoas em virtude do qual uma delas pretende algo a que a outra pode estar obrigado” (F.C. Sabygni)
Elementos constitutivos da relação jurídica 
M. Reale (Objeto, Sujeito e Vinculo)
P. Nader (Sujeito passivo 1, sujeito passivo 2, objeto e vinculo)
Sub-Rogação – mudança de relação jurídica
1º Sujeito (Direito e Deveres)
É o ente dotado de personalidade jurídica capaz de adquirirdireito e deveres perante o ornamento jurídico. Ex.: ente dotado de personalidade (Pessoa natural/física ou jurídica) sujeito ativo (titular do direito) sujeito passivo (constitui dever)
Exceção: entes desprovidos de personalidade (condomínio)
2º Objeto (conteúdo)
Toda relação jurídica precisa de um objeto que recai toda obrigação e dever. É o elemento em razão qual se constitui a relação jurídica e sobre o qual recai tanto a pretensão do credor quando a obrigação devedor podendo ser uma coisa, uma pessoa ainda uma obrigação. Ex.: coisa móvel ou imóvel, propriedade usufruto, penhor, filho menor (poder familiar), menor de idade (Tutela)
3º vinculo jurídico (vinculo de atribulidade)
É o elemento da relação jurídica que atribui direito e deveres ao sujeito. Ex.: lei, contrato, jurisprudência, uma conduta
4º Fato jurídico (fato jurígeno, fato gerador, fato propulsor)
É todo acontecimento proveniente da natureza. Fato jurídico natural ou produzido pela atividade humana (ato jurídico) que gera consequências judiciais criando, modificando ou extinguindo direitos. (Teoria tridimensional) Ex.: nascimento, morte, avulsão, maior idade, testamento, registro, emancipação
5º Garantia
É o elemento da relação jurídica que visa a afetividade da realização do direito subjetivo do sujeito ativo exercida em face o dever jurídico do sujeito passivo. Ex.: Despejo, busca e apreensão, prisão
Direito subjetivo e direito potestativo
Direito subjetivo – direito= dever jurídico
Direito potestativo – direito = sujeição => é a possibilidade de invasão na esfera jurídica de outra pessoa cabendo a esta apenas a sujeição. Ex.: Demissão.
Fontes do direito
“Modos de formação e revelação das normas jurídicas” (J.M.L.L de Oliveira)
“Processo ou meios em virtude das quais as regras jurídicas se positivam com legitima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa” (M. Reale)
Classificação (espécie)
Fontes materiais (substanciais (M.H. Diniz) / em sentido sociológico (J.M. Leone))
“São as constituídas por fenômeno social e por dados extraídos da realidade social, das tradições e dos ideais dominantes, com os quais o legislador, resolvendo questões que dele exigem solução, do conteúdo a matéria as regras jurídicas, isto é, as fontes formais do direito” (P.D. de Gusmão) Ex.: Lei Maria da Penha
Fontes Formais (Cognição (M.H. Diniz) / conhecimento)
“São os meios ou formas pelas quais o direito positivo se apresenta na história, ou então, os meios pelos quais o direito positivo pode ser conhecido, são meios formais (lei, costumes, decreto) pelos quais a matéria (economia, social, moral) que não é jurídica. Mas que necessita de disciplina jurídica, torna-se em jurídica” (P.D. de Gusmão)
Paulo Nader Fontes materiais => direta e imediata => órgãos que emana a norma => lei (poder legislativo) => costumes (poder social) => jurisprudência (poder jurídico) / indireta e mediata => acontecimentos da vida em sociedade
Fontes Formais
Leis – é uma norma jurídica escrita, criada pelo estado através da atividade legislativa (legiterante) e aplicada socialmente de forma bilateral, heteronímia, imperativa e coercitiva.
Sentidos – amplíssimo => toda e qualquer norma jurídica, sendo escrita ou não (lei = costumes/ lei = norma, todo costume é norma, norma é lei) / amplo – é a norma jurídica escrita (lei ≠ costume, lei ≠ contrato verbal.
Estrito ou restrito – é a norma jurídica, escrita criada através de processos legislativos especiais, tais como a lei complementar e a lei ordinária.
Estrutura do texto (Dispositivos)
1º artigo – números cardinais / ordinais, art. 1º,2º,3º....10,11...
2º parágrafos – exceções ou complemento da regra, números cardinais e ordinais, parágrafo 1º, 2º,3º .... §10, §11 ....
3º incisos – algarismo romanos, I, II, III, IV
4º Alíneas – complemento a regras – letras minúsculas de alfabeto, a, b, c
Processo legislativo (processo criador das leis)
Consiste nos atos ou procedimentos, necessários e obrigatórios a criação. Ex.: iniciativa, discussão, cotação, sansão ou veto, promulgação e publicação
Fontes formais
Costumes (consuetudine ou consuetuno, pratica social)
Regra de conduta usualmente observada em um meio social por ser considerado necessário e obrigatório. P.Nader
Requisito
Corpus (material/objetivo/externo) é a pratica social reiterada e uniforme, a mesma conduta praticada por vários indivíduos
Animus (material/subjetivo/ interno) é a consciência da necessidade e obrigatoriedade da pratica (intimo)
Classificação (comparação com a lei)
Secundum Legem – é a pratica social da lei
Contra Legem – é a pratica contraria a lei
Praeter Legem – é a pratica não legislada
Jurisprudência
É o conjunto uniforme e reiterado de decisões judiciais/julgados, sobre determinada questão jurídica das quais se deduz uma norma
Classificação (comparação com a lei)
Secundum Legem – é um julgado de um tribunal em conformidade com a lei e a interpretação judicial do direito
Contra Legem – é um julgado de um tribunal contraditório do direito vigente
Praeter Legem – é um julgado de um tribunal sobre um caso não previsto na lei
Doutrina
Conjunto de ideias enunciadas nas obras dos juris construtor sobre determinada matéria jurídica, opinião de um profissional do direito sobre determinado tema jurídico

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