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tributario II Casos Concretos

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José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O contador lhe 
solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os dados, com base em possíveis 
cruzamentos de informações. Como resultado da declaração apresentada, restou apurado o dever de 
recolher pouco mais de três mil reais.O contador entrega a José Manuel a declaração impressa e em versão 
digital, acompanhada da guia de recolhimento da primeira parcela, dentro do prazo legal e orienta ele a 
recolher as demais parcelas. José Manuel recebe e paga a primeira parcela, mas se esquece de fazer qualquer 
pagamento nos meses seguintes. José Manuel se habilita em um certame público para prestar serviços 
públicos como temporário em virtude de grande evento esportivo que ocorrerá em sua cidade, conduzido 
pelas forças armadas. Para isso, lhe é solicitada a entrega de certidões que comprovem sua regularidade 
fiscal. José Manuel solicita este documento à receita federal e recebe a informação de que em seu nome 
consta dívida ativa inscrita pelo não pagamento de Imposto de renda declarado. nsurge-se e entra em contato 
com seu contador que lhe relembra que deveria pagar as demais parcelas pela declaração feita recentemente, 
mas ele reclama pois a RFB inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes. Indaga-se: 
o caso concreto trata de que espécie de lançamento? 
R: trata-se de um exemplo clássico de lançamento por homologação, como descrito o art. 150 do CTN. 
A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia? 
R: O STJ – sumulas 436 e 446 consolidando o entendimento de que o tributo declarado e não pago 
legitima o fisco a proceder atos de cobrança sem qualquer notificação do contribuinte. 
 
Questão objetiva 
 
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o 
Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagará o ITR de 1995, efetuou o lançamento à 
alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade: 
( X ) da alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%; 
 
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR 
impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito 
tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o 
Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O 
contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, esta 
preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal 
para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 24.000,00, por estar acrescido 
de juros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega 
que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não 
transitado em julgado. Pergunta-se: 
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de 
mérito? 
R: suspende a exigibilidade do crédito tributário, e, em razão disto, deve ser extinta a 
execução 
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança? 
R: denegação afasta a suspensão da exigibilidade imediatamente. 
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária? 
R: Lei 9430/96 em seu art. 63 §2º 
 
Questão objetiva: O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código 
Tributário Nacional é: 
c)direito subjetivo da parte concedido por lei; 
 
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de 
Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos 
passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados 
cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS 
veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. 
Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de 
repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no 
entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por 
descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a 
transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu a prescrição. No mérito, sustenta a 
impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. Enfrente todos os argumentos trazidos 
pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são 
procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas. 
R: Repetição do indébito tributário ≠ consumerista ( §ú 42 CDC) ; Inicialmente a Cia aérea não 
é legitimada. (tributo indireto – caso dos carros!!! )..mas como não fez o repasse, ela arcou com 
todo o ônus ; 
Questão objetiva 
João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007. Tendo 
consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte 
identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. 
Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar 
o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, 
marque a alternativa correta: 
c. ( ) O pedido de compensação deverá ficar sobrestado até que sobrevenha lei estadual 
específica 
Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO 
DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores 
ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, 
conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato 
gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao 
Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância 
administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 
20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010. 
Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, 
esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido 
de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, 
contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada ofereceu 
bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver 
ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição. Pergunta-se: 
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu? 
R: Não se consumou a caducidade, pois o lançamento se deu antes de esgotado o 
quinquênio (CTN, art.173). (Desnecessário abordar a divergência jurisprudencial 
surgida no STJ e já superada sobre a contagem do prazo nos tributos sujeitos a 
lançamento por homologação, como o ICMS, pois, aqui, segundo qualquer das duas 
correntes, é induvidoso não ter havido decadência). 
 
b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido? 
R: Ocorreu prescrição, nos termos do artigo 174, caput do Código Tributário Nacional, 
já que entre a data da notificação da decisão definitiva do Conselho de Contribuintes 
e o ajuizamento da execução fiscal, transcorreram mais de cinco anos. 
 
c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de 
cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais) 
R: Causas de suspensão: CTN, art. 151; Lei 6.830, art. 2o., § 3o., e art. 40). Causasde 
interrupção: CTN, art. 174, p. único; Lei 6.830/80, art. 8o., § 2o , c/c CTN, art. 174, p. 
único (LC 118/05). 
 
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue? 
R: Segundo a opinião majoritária, a prescrição tributária extingue a ação e o próprio 
crédito, ou seja, o direito processual e o direito material (CTN, art. 156, V). 
 
e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? 
R: Nos termos do art. 921 §5º do CPC/2015, é possível o reconhecimento de ofício da 
prescrição. 
 
Questão objetiva 
 (FGV-2016) Em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da declaração 
do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos geradores ocorridos no 
mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal, na sua integralidade. No 
entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do IRPJ, vencido em dezembro 
de 2015. Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá 
R: ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020. 
 
Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para 
as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, 
gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos. Várias dessas 
empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu 
uma outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN. Responda: 
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção? 
R: Caso de isenção: subjetiva, onerosa, por prazo certo, condicionada a despacho 
da autoridade administrativa. O art. 178 estabelece : isenções onerosas 
concedidas por prazo certo geram direito adquirido à fruição do benefício, pelo 
prazo estipulado, para aqueles que cumpram as condições na lei previstas. É isso 
que o CTN quer dizer quando afirma que as isenções podem ser revogadas, salvo 
se concedidas por prazo certo e em função de determinadas condições. 
b) Pode esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)? 
R: não significa que a lei não possa ser revogada. A lei sempre pode ser revogada. 
O que ocorre é que, se a isenção concedida por essa lei for onerosa e por prazo 
certo, aqueles sujeitos passivos que, antes da revogação da lei, tiverem cumprido 
os requisitos exigidos, para a fruição do benefício, terão direito a gozá-lo pelo 
prazo estabelecido, MESMO DEPOIS DE A LEI HAVER SIDO REVOGADA. STF: de que 
não há obrigatoriedade de observância do princípio da anterioridade, no caso de 
revogação de isenções, não significa e jamais pode significar, que disciplina mais 
benéfica não possa ser estabelecida para o contribuinte. Com o princípio da 
anterioridade da lei, porque a revogação de uma lei que concede isenção equivale 
à criação de um tributo 
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção 
mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)? 
R: MS com pedido de liminar, já que a matéria não está relaciona com a simples 
expectativa de direito, mas sim com o direito adquirido das empresas, tornando, 
portanto, a revogação inválida, não observando a Súmula do STF de n° 544: 
 
Questão objetiva 
O Tribunal de Contas 
R: integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional. 
 
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial 
Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de 
dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando 
conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido 
o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido 
ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-
gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo 
administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em 
dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu ex-
contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Perguntase: 
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias? 
R: art. 185 seu parágrafo do CTN, estabelece a presunção de fraude à execução 
dos atos de alienação e oneração de bens do sujeito passivo da obrigação 
tributária, praticados após a inscrição do respectivo crédito em dívida ativa, 
salvo se remanescerem bens ou renda suficientes para garantir a execução 
fiscal. Assim, os atos do sócio-gerente alienando bens sociais são nulos de 
pleno direito, a não ser que haja reservado outros bens sociais bastantes para 
assegurar a execução; 
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade? 
R: a Fazenda Pública não TEM INTERESSE nem é legitimada 
pela lei de Falências. 
 
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados 
das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as 
irregularidades, independente de autorização judicial? 
R: decisão do STF sobre a constitucionalidade da LC 105/2001, no sentido de 
que a norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em 
transferência de sigilo da órbita Bancária para a fiscal, Ambas Protegidas 
contra o acesso de terceiros. A transferência de informações é feita dos bancos 
ao Fisco, que tem o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há 
ofensa à Constituição Federal. 
 
Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário 
constituído antes da decretação da falência de determinado contribuinte que 
deve também créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil 
reais; créditos trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros, 
equivalentes a quinze mil reais; crédito garantido com hipoteca até o limite do 
valor do bem gravado; remuneração devida ao administrador judicial 
equivalente a cinco mil reais, corresponderá ao 
R: quarto pagamento. 
 
A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, objetivando incrementar a 
recuperação de sua dívida ativa, realiza a emissão de duplicatas relativamente 
aos débitos de IPTU inscritos em nome do contribuinte Imobiliária Irmãos 
Guimarães S/A, e desconta os títulos na agência local do Banco do Brasil. Este 
estabelecimento bancário, sub-rogado, vencido o prazo para pagamento 
amigável e notificado pela Prefeitura à empresa contribuinte, promove o 
protesto das duplicatas no cartório competente da Comarca, que dá ciência ao 
devedor, assinando-lhe prazo para quitar os títulos. Pergunta-se: a) Que medida 
judicial pode a empresa tomar, nessas circunstâncias emergenciais, para defesa 
imediata de seus interesses? b) Se tivesse optado pela emissão de certidão de 
inscrição em Dívida Ativa, poderia a Prefeitura requerer a falência da empresa 
comercial? 
R: Desconsideração da Person Jurídica – divergência doutrinária. Enunciado 53 
da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de 
Figueiredo Teixeira (Enfam): “O redirecionamento da execução fiscal para o 
sócio-gerente prescinde do incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica previsto no artigo 133 do CPC/2015.” O tema é bastante controverso

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