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FARMACOEPIDEMIOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS EM ESTUDOS E METODOLOGIAS EPIDEMIOLÓGICAS OBJETIVOS: 1. Compreender e se situar na evolução da Medicina Baseada em Evidências; 2. Compreender as distinções entre os diferentes estudos epidemiológicos; 3. Compreender quais as metodologias mais utilizados nos estudos da Farmacoepidemiologia; 4. Aplicar o conhecimento teórico em casos práticos de delineamento metodológico; Medicina Baseada Em Evidências • Integração da experiência clínica individual com a melhor evidência externa disponível oriunda da pesquisa sistemática. • A MBE reconhece que a literatura de pesquisa está constantemente mudando. A tarefa de estar constantemente atualizado é feita, de maneira mais fácil, incorporando como ferramenta a MBE, por meio da avaliação crítica das evidências, aplicando-as à sua prática diária. UpToDate! Medicina Baseada Em Evidências • Melhorar a qualidade da assistência; • Promover o pensamento crítico; • Selecionar profissionais com a mente aberta para tentar novos métodos, comprovados cientificamente como eficazes e descartar os ineficazes ou nocivos. Evidência: - Dados do paciente - Pesquisa básica, clínica e epidemiológica - Ensaios randomizados - Revisões sistemáticas Conhecimento DECISÃO CLÍNICA Guias Clínicos Ética Limitações: -Políticas de saúde -Padrões comunitários -Tempo -Financiamento Fatores ligados ao médico/paciente (epidemiológico): - Valores pessoais - Valores culturais - Experiência individual - Fatores educacionais A Epidemiologia como ciência que alicerça a MBE A Epidemiologia como ciência que alicerça a MBE A Epidemiologia como ciência que alicerça a MBE A Epidemiologia como ciência que alicerça a MBE A Epidemiologia como ciência que alicerça a MBE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Em termos gerais Têm-se: 1- Nos estudos observacionais, como o próprio nome sugere, o investigador mede mas não intervêm; 2- A intervenção intencional do pesquisador sobre uma variável e a mensuração dos efeitos dessa intervenção são características dos estudos experimentais, o que os torna semelhantes aos experimentos utilizados por outras ciências. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ANÁLISE DO ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Vantagens do Estudo Caso-Controle 1. Resultados rápidos; 2. Baixo custo; 3. Não necessita de acompanhamento dos participantes; 4. Pode-se ter número diferente de participantes nos dois grupos; 5. Permite investigação simultânea de muito fatores de risco; 6. Prático para investigação da etiologia de doenças raras e de longa duração de latência; ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Limitações do Estudo de Caso-Controle 1. Melhor trabalhar com os casos novos (incidência) para evitar o viés de prevalência; 2. Dificuldade na seleção do grupo controle; 3. Falta de comparabilidade entre as características de casos e controles. (possibilidade de ajustes restrição de categorias, pareamento, ajustamento na fase de análise); 4. Os dados de exposição no passado podem ser: 5. - inadequados incompletos ou falhos quando baseados na memória; 6. - viciados quando o pesquisador procura supervalorizar as informações dos casos; 7. Dificuldade de interpretação pelos fatores de confundimento; 8. Presença de viéses: de seleção, prevalência, recordação, classificação ; ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS VAMOS Praticar... ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS VAMOS Praticar... ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS VAMOS Praticar... COORTE • Do latim, cohors • Batalhão de 300-600 soldados romanos, todos de um determinado tipo, por exemplo da cavalaria • 10 coortes formavam uma legião “Um grupo de indivíduos com uma característica em comum que avançam em conjunto.” Edward Panacek, http://www.saem.org/download/panacek2.pdf ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Sir Richard Doll, 2001. Soz. Präventivmed, 46:075-086. Exemplificação Prática => Coorte ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Vantagens dos Estudos de Coorte 1. não há problemas éticos, pois não expõem as pessoas a fatores de risco ou tratamentos, como acontece nos ensaios clínicos randomizados (aleatorizados); 2. a seleção dos controles (não expostos) é simples; 3. a qualidade dos dados sobre exposição e doença pode ser de excelente nível, já que sua coleta é feita no momento em que os fatos ocorrem; 4. dados referentes à exposição são conhecidos antes da ocorrência de doença; 5. a cronologia dos acontecimentos é facilmente determinada: 1º ocorre a exposição 2º o desfecho; ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Limitações dos Estudos de Coorte 1. alto custo, principalmente nos estudos de coorte prospectivos de longa duração; 2. as perdas de seguimento podem ser grandes; 3. número de pessoas a ser acompanhado costuma ser grande, tanto maior quanto menos frequente é o efeito a ser detectado; 4. impossível ser aplicado no estudo de doenças raras; 5. em muitas situações, os resultados são obtidos após longo prazo de seguimento (exceto para os estudos de coorte retrospectivos); 6. mudanças de categoria de exposição (por ex.: indivíduos que mudam de hábitos) podem levar a erros de classificação de indivíduos quanto à exposição; ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Limitações dos Estudos de Coorte 7. mudanças de critérios diagnósticos com o passar do tempo, especialmente em projetos de longa duração, levando a erros de classificação quanto ao diagnóstico dos desfechos clínicos; 8. dificuldades administrativas causadas por mudanças da equipe e de fontes de financiamento nos projetos de longa duração; 9. dados sujeitos a influências subjetivas na avaliação dos desfechos, decorrentes do conhecimento prévio da exposição; 10. muitas vezes falta de comparabilidade dos grupos de expostos e não-expostos, como por ex.: os obesos têm muitas características que os diferenciam dos não-obesos, à parte a obesidade; 11. interpretação dificultada pelos fatores de confundimento (ou variáveis confundidoras). ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudo da prescrição de antidepressivos e alterações na mortalidade e no suicídio por uso desses medicamentos: Prática Estudo da prescrição de antidepressivos e alterações na mortalidade e no suicídio por uso desses medicamentos: Prática RESUMINDO... Só por estar publicado posso confiar no material científico? E, se houver vários artigos com informações contraditórias, qual devo escolher? Escolho pelo que acho verdade ou pelo que já ouvi falar? Prática CONSIDERAÇÕES FINAIS: 1. Compreender e se situar na evolução da Medicina Baseada em Evidências; 2. Compreender as distinções entre os diferentes estudos epidemiológicos; 3. Compreender quaisas metodologias mais utilizados nos estudos da Farmacoepidemiologia; 4. Aplicar o conhecimento teórico em casos práticos de delineamento metodológico; Fato é que biólogos e psicólogos evolucionistas acharam evidências neurais e possivelmente genéticas de uma predisposição humana a cooperar, crescendo os indícios de que a evolução pode favorecer a quem coopera e às sociedades que abrigam esses indivíduos (Yochai Benkler, Harvard Bussines Review Brasil. Vol. 89, N. 7, Julho, p. 41 – 49)
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