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PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) 
WEB 13 
 O Sr. Mauro Matias, microempresário, indignado com o ajuizamento da 
reclamação trabalhista de uma ex-empregada, postulando o pagamento de 
horas extras e do adicional de periculosidade calculado sobre a remuneração 
paga ao empregado, resolve comparecer pessoalmente, sem advogado, à 
audiência de uma ação em que aduz simplesmente nada dever a empregada. 
Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação de falta 
de contestação específica dos fatos, o juiz julga procedente o pedido, com 
condenação do empregador apenas no pagamento do adicional de 
periculosidade, calculado sobre a remuneração do empregado. O empregador, 
intimado da sentença e embora com ela não concorde, não a impugna. O 
empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando o pagamento das 
horas extraordinárias. Como advogado contratado pelo empregador, no 
momento em que recebida a intimação para oferecer sua resposta, tomar a 
providência processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do 
reclamado. 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇA RECURSAL 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO JUÍZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA DO 
TRABALHO Nº __ DA CIDADE DE ___/___ 
 
 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
PROCESSO Nº: XX. 
 
 
Mauro Matias, microempresário, fartamente identificado nos autos do 
processo em epígrafe, vem, respeitosamente, através de seu advogado já 
devidamente qualificado na espécie, à presença de vossa excelência, 
demonstrar o inconformismo com a sentença proferida nos presentes autos, a 
qual julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados pela Autora, 
interpor RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO, com arrimo nos 
artigos 997, 998 do cpc/15, aplicáveis subsidiariamente ao processo do trabalho, 
por força do artigo 769 da CLT, e súmula 283 do TST, e amparado nas razões 
adiante expendidas. 
Nesses termos, requer que seja recebido o presente recurso e, após 
cumpridas as formalidades de estilo, que seja este remetido para o Colendo 
Tribunal Regional do Trabalho da _ª Região, a fim de que este profira seu 
superior julgamento. 
Espera deferimento. 
Cidade, 03 de novembro de 2017. 
Advogado 
OAB/UF. Nº XXX-XXX 
 
 
 
COLENDO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA _ª REGIÃO 
 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
PROCESSO Nº: XX. 
RECORRENTE: MAURO MATIAS 
RECORRIDA: ___ 
 
I. DA TEMPESTIVIDADE 
Cumpre registrar a tempestividade do instrumento recursal aqui utilizado, 
visto a sentença ter sido publicada na data xx/xx/xxxx, e tendo sido oferecido 
recurso ordinário pela parte reclamante na data de xx/xx/xxxx, findando então no 
dia xx/xx/xxxx o prazo para oferecimento de contrarrazões, em que se aproveita 
o reclamado e interpõe o instrumento acessório do recurso adesivo neste 
presente dia, por então, resta-se demonstrado a regular temporalidade do 
seguinte instrumento, conforme interpretação dos artigos 997, e 998 do cpc/15, 
e súmula 283 do TST. 
 
II. DAS RAZÕES RECURSAIS 
 Em que pese o reconhecido saber jurídico do douto juízo de primeira 
instância prolator da sentença ora vergastada, carece de reforma a decisão que 
julgou parcialmente procedente os pedidos da reclamante, ante os fatos e 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
 
III. DA SÍNTESE DA DEMANDA 
O Sr. Mauro Matias, microempresário, ora recorrente, é parte em 
reclamação trabalhista ajuizada por sua ex-empregada, ora recorrida, na qual 
requeria-se o pagamento de verbas referentes a horas extras laboradas, bem 
como recebimento de adicional de periculosidade calculado sobre a 
remuneração da obreira. Acontece que o Sr. Mauro, comparecera pessoalmente 
sem estar assistido de advogado, à primeira audiência, oportunidade em que 
aduziu simplesmente nada dever a empregada. Encerrada a instrução, sem 
produção de outras provas, sob a alegação de falta de contestação específica 
dos fatos, o juiz de primeiro grau julgou parcialmente procedente os pedidos 
formulados pela reclamante, condenando-o ao pagamento do adicional de 
periculosidade, calculado sobre a remuneração da trabalhadora. 
O recorrente, intimado da sentença, mesmo não concordando com o 
entendimento firmado na parte dispositiva da peça, não a impugna. Já a 
empregada, por sua vez, oferecera recurso ordinário, postulando o pagamento 
das horas extraordinárias. Sendo assim, uma das razões por que se dá a 
interposição deste instrumento adesivo, sob os fundamentos fáticos e jurídicos 
que se passa agora a expor. 
 
IV. DA IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE HORAS EXTRAS 
Colenda câmara, não pode prosperar o argumento levantado pela 
reclamante acerca das horas extras supostamente laboradas, visto o fato 
inequívoco de que aqui se trata de empregador microempresário, e em razão 
disso é ônus da parte reclamante trazer ao juízo a comprovação clara das horas 
extraordinárias eventualmente efetuadas. Conforme entendimento que se extrai 
da súmula nº 338 do TST, e ainda pelo fato de que no setor do comércio e 
serviços (como ocorre na espécie), ter-se o entendimento consolidado na 
doutrina e jurisprudência pátria, de que em uma microempresa não se pode ter 
mais de nove funcionários. Nesse sentido: 
 
SÚMULA Nº 338 DO TST 
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA 
(incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 
306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) 
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do 
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos 
controles de freqüência gera presunção relativa de 
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida 
por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela 
Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que 
prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova 
em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e 
saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-
se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do 
empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se 
desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) 
(Destaquei) 
 
 Portanto, à luz do exposto, requer-se desde logo a decretação de 
improcedência do pedido de horas extras da reclamante. 
 
V. DA IMPROCEDÊNCIA DO PAGAMENTO DO ADICIONAL DE 
PERICULOSIDADE. 
 
O douto juízo de primeira instância, sob a justificativa de que o Sr. Matias 
não contestou especificamente os pedidos formulados pela Reclamante, acabou 
condenando-o ao pagamento de adicional de periculosidade calculado sobre a 
remuneração da obreira. 
Ocorre que, em que pese a expressiva capacidade judicante do MM. juiz 
de primeira instância, o mesmo laborara em erro pelo menos duas vezes, assim 
até agora vê-se, no caso em tela, vez que não poderia ter procedência o pedido 
da reclamante sem prévia perícia executada por perito efetivamente habilitado 
em juízo, e ainda, o cálculo do adicional aludido teria que ter se dado sob o 
salário base da autora, e não sob a sua remuneração integralis, como ocorrera, 
e que como bem sabemos, são valores expressamente discrepantes. 
Assim, não poderia o magistrado arbitrar ex officio qualquer grau de 
periculosidade em total arrepio da lei pertinente. Como é expressão dos artigos 
192, 193 e 195, parágrafo 2º, todos da CLT, e súmula nº 191 do TST: 
 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, 
acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministériodo 
Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente 
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez 
por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem 
nos graus máximo, médio e mínimo. 
 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, 
na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos 
de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição 
permanente do trabalhador a: 
 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela 
Lei nº 12.740, de 2012) 
 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído 
pela Lei nº 12.740, de 2012) 
 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura 
ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre 
o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, 
prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído 
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade 
que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 
22.12.1977) 
 
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da 
mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por 
meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 
2012) 
 
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de 
trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 
2014) 
 
Art. . 195 - A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas 
do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia 
a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 
 
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou 
periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato 
em favor de grupo de associado, o juiz designará perito 
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, 
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério 
do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 
22.12.1977) (CLT. Destaquei) 
 
SÚMULA Nº 191. TST 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE 
CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação e 
inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado 
em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016 
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o 
salário básico e não sobre este acrescido de outros 
adicionais. 
 
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, 
contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser 
calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. 
Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a 
incidência do referido adicional sobre o salário básico. 
 
III - A alteração da base de cálculo do adicional de 
periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº 
12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a 
partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será 
realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme 
determina o § 1º do art. 193 da CLT. (Destaquei) 
 
 
Pelo exposto, Excelências, requer-se a modificação da sentença afim de 
que assim seja reconhecida a improcedência de fixação de grau de insalubridade 
pelo juízo de primeira instância sem perícia prévia, quando o mandamento 
expresso da consolidação das leis do trabalho, exige o laudo técnico elaborado 
por perito oficial previamente habilitado, e ainda, por ter sido concedida a referida 
verba adicional calculada sob o salário base da parte autora, sendo também 
equivocado o julgamento, com base no que se extrai da fundamentação supra. 
 
 
VI. DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, colenda câmara, pelo mais que dos autos consta, 
doutrina, jurisprudência e princípios gerais do direito, espera e requer o 
recorrente o conhecimento e provimento do presente recurso adesivo em 
recurso ordinário para que: 
I. Seja declarada a impossibilidade de concessão de 
horas extras, visto o fato inequívoco de que aqui se trata 
de empregador microempresário, e em razão disso é ônus 
da parte reclamante trazer ao juízo a comprovação clara 
das horas extraordinárias eventualmente efetuadas. 
Conforme entendimento que se extrai da súmula nº 338 do 
TST, e ainda pelo fato de que no setor do comércio e 
serviços (como ocorre na espécie), ter-se o entendimento 
consolidado na doutrina e jurisprudência pátria, de que em 
uma microempresa não se pode ter mais de nove 
funcionários; 
 
II. Seja modificada a sentença afim de que assim dê-se 
reconhecida a improcedência de fixação de grau de 
insalubridade pelo juízo de primeira instância sem perícia 
prévia, quando o mandamento expresso da consolidação 
das leis do trabalho exige o laudo técnico elaborado por 
perito oficial previamente habilitado, e ainda, por ter sido 
concedida a referida verba adicional calculada sob o salário 
base da parte autora, em flagrante desrespeito aos 
mandamentos previstos nos artigos 192, 193 e 195, 
parágrafo 2º, todos da CLT, e na súmula nº 191 do Tribunal 
Superior do Trabalho; 
 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Cidade-Estado, sexta-feira, 03 de novembro de 2017. 
 
NOME DO ADVOGADO 
OAB/UF 
Nº. XX.XXX-X

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